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➤ Chapter Twenty Four


Abro a porta do passageiro assim que Lucas estaciona seu Jeep em frente a casa de fachada tão familiar.

Mesmo depois de anos desde que me mudei para Nova York, a árvore de flores rosadas continua levantada em frente ao jardim da casa de estilo americano.

Assim que fecho a porta atrás de mim, com a alça da mala nas mãos, meu coração pulsa com nostalgia e saudade dos tempos em que vivia aqui, em Pittsburgh.

— Bem vinda de volta, maninha. — Lucas para ao meu lado, sorrindo de modo reconfortante enquanto coloca a mão pesada sobre meu ombro.

A porta da frente se abre, revelando minha mãe passando pela entrada apressadamente.

- Lisa, meu bebê! - Ela ofega, diminuindo a distância entre nós na mesma velocidade que corro até ela.

Aos soluços, — chorando realmente feito um bebê — sou recebida pela minha mãe de braços abertos. Ela afaga minhas costas, com carinho.

- Oh, querida, por que você está chorando? Pare, você me deixando triste. - Ela fala, tocando meus cabelos com delicadeza, como fazia quando eu era mais nova.

Quando consigo abrir meus olhos molhados, consigo - ainda com a vista um pouco embaçada - ver meu pai se apoiar no batente da porta com a ajuda de uma muleta.

Ele sorri para mim, mas antes que eu possa sair correndo na direção dele, minha mãe se afasta, segurando meu rosto.

- Meu deus! Você está tão magrinha! Você não andou se alimentando bem, não? - Ela me analisa, preocupada.

- As últimas semanas tem sido tão malucas, mãe. - Tento explicar, mas minha mãe balança a cabeça.

- Isso não é desculpa. Venha, vamos entrando vocês dois, o almoço logo está pronto! - Ela tira a mala da minha mão e chama Lucas com um aceno, que observa a cena com os braços cruzados e com um sorriso no rosto.

Na porta, meu pai espera pacientemente, abrindo os braços grandes e aconchegantes para eu ficar entre eles.

Tomo cuidado, ao mesmo tempo que o abraço com força e saudade.

— Que bom que você veio, princesinha. — Ele fala no topo da minha cabeça, afastando-se para limpar minha bochecha. — Você sempre foi a mais chorona da família.

— É verdade! - Lucas passa por mim. — Como é que te chamávamos mesmo?

— Torneirinha! - Minha mãe responde, rindo.

— Isso mesmo! Torneirinha!

Ajudo meu pai a entrarmos em casa e o levo até sala de estar, que continua com a decoração tradicional e os tons pastéis de sempre.

Sentamos no sofá enquanto minha mãe vai para cozinha e Lucas leva minhas malas para o segundo andar.

- Lucas disse que você finalmente teve uma folga.

— Pois é. — Eu dou de ombros, querendo mudar de assunto.

Meu pai, conhecendo-me do jeito da que sabe, arqueia as sobrancelhas, desconfiado.

— Você não parece tão animada, princesa.

— Só estou cansada, pai. — Falo, o que não deixa de ser verdade.

— O almoço está pronto! Fizemos Cordon Bleu¹, lembra que você adorava? — Minha mãe aparece na sala agitando um pano de prato no ar, ainda com um sorriso no rosto. — Finalmente você vai comer comida de verdade, não essas porcarias instantâneas que os jovens de hoje em dia comem! Por isso você está tão magrinha!

— Não encha a menina, Vana², ela sempre foi magrinha assim. — Meu pai retruca enquanto eu o ajudo a se levantar.

— Mas eu me preocupo, Marco, ainda mais com esse feio costume dela. Você continua fumando, querida?

Minha mãe passa a tagarelar até chegarmos a cozinha, onde Lucas já belisca o prato, sendo repreendido pela minha mãe em seguida.

Algumas coisas nunca mudam.

...

— Xeque Mate! — Meu pai comemora ao cercar a peça do rei de Lucas no tabuleiro.

Meu irmão se afasta da mesa, desacreditado.

— Não é possível! — Ele exclama, vendo meu pai cair na gargalhada.

— O seu irmão perdeu de novo? — Minha mãe passa pela sala, curiosa ao ouvir a gritaria.

— Sim. — Dou um meio sorriso. — Pela terceira vez.

Lucas olha para mim, com os braços cruzados.

— Tente ganhar dele, então!

— Oh, eu não a desafiaria. Não se lembra que ela era boa em Xadrez? — Minha mãe lembra, olhando para meu rosto em seguida, com um brilho nos olhos. — Mas ela preferia desenhar e dançar.

— Sim, ela gostava daquela banda de garotos, One Direction³. — Meu pai ri, também lembrando enquanto eu só quero esconder meu rosto nas almofadas.

— Verdade! Ela gostava do Liam, mas também do Harry, então dizia que eles formavam um triângulo amoroso. — Lucas fala.

— Podemos mudar de assunto, por favor? — Eu rio nervosamente.

— Só se você jogar uma partida comigo. — Meu pai oferece.

Aceito, pois não estou nem um pouco afim de falar sobre meus amores unilaterais adolescentes.

Trinta minutos depois, Lucas está puxando os cabelos enquanto olha a partida. Até mesmo minha mãe se sentou para observar.

— Não! — Lucas grita de animação antes da fala do meu pai.

— Xeque Mate! — Então ele derruba o meu rei.

Minha mãe se levanta, eufórica e chocada ao mesmo tempo.

— Ela realmente perdeu? — Minha mãe pergunta, aproximando-se.

— Você costumava ganhar quando era mais nova. — Meu pai fala com um sorriso leve, mas também surpreso.

Dou de ombros.

— Acho que perdi um pouco o jeito.

— Agora estou mais tranquilo em saber que eu não sou o único. — Lucas fala, suspirando.

— Vou fazer alguns lanches, quem vai querer? — Minha mãe fala, rindo quando Lucas e meu pai levantam as mãos.

Entrelaço os dedos das mãos, olhando distraidamente para o tabuleiro.

Ele, estranhamente, parece uma representação material da minha vida.

...

Pela noite, Lucas e eu estamos na varanda, observando o pouco movimento da rua.

Pego um cigarro e coloco na boca, procurando por um isqueiro.

— Você tem um?

Lucas olha para mim, sorrindo com graça.

— Não, não tenho. E nem mesmo se eu tivesse eu te daria, mamãe cortaria o meu pau.

— Me poupe desse diálogo envolvendo sua genitália. — Falo, guardando o cigarro.

A porta da frente se abre e mamãe sai, usando bobs no cabelo.

— Hora de entrar, crianças, está tarde.

Meu irmão se vira, rindo.

— Lembra que costumávamos brincar no jardim até tarde? Lalisa levava suas bonecas e eu os meus carrinhos.

— Como esquecer? — Minha mãe ri. — Eu tinha que lavar todo dia suas roupas sujas de terra e grama, e Lisa sempre voltava chorando com uma das suas bonecas sem alguma parte do corpo.

— Lucas quebrava minhas bonecas de propósito. — Olho para ele, que balança a cabeça.

— Era acidental, não tenho culpa se as suas bonecas retardadas ficavam bem no meio da rua dos meus carrinhos.

— Ei, ei! — Minha mãe repreende e Lucas e eu rimos.

— Onde está o papai? — Pergunto para ela, secando os olhos.

— No escritório, estamos precisando de novos funcionários, o movimento do restaurante tem aumentado.

— Mesmo? — Falo. — Se vocês quiserem, eu posso ajudar em algo.

— O quê? Não, de jeito nenhum. Você está de folga, Lisa.

— Mas vou começar a ficar entediada. — Argumento. — Posso fazer qualquer coisa por lá, não precisa ser o dia inteiro. — Dou de ombros.

Minha mãe pensa, cruzando os braços e mudando o peso de um pé para o outro.

— Posso falar com o seu pai, mas não garanto uma resposta positiva.

Balanço a cabeça.

Pelo menos assim, me distrairei com algo que não seja ele.

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¹|Prato de origem suíça, o Bife à Cordon Bleu ou apenas Cordon Bleu é um tipo de panado em que a carne é recheada, tradicionalmente com fiambre e queijo, antes da fritura.

²| "Vana" é o apelido para "VANIDA", nome tailandês que significa "menina".

³| Para os desinformados: One Direction é uma boyband britânica, formada em 2010. Atualmente o grupo é formado por Louis Tomlinson, Harry Styles, Liam Payne e Niall Horan, porém o grupo permanece em hiatos desde a saída de Zayn Malik.

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