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➤ Chapter Forty One


É cedo, e o sol já aparece no horizonte, dando ao céu um tom alaranjado frio. Uma camada fina de neve cobre parte do jardim, proporcionando uma paisagem realmente bonita.

Passando minha cabeça pelo buraco do meu suéter gola alta creme, escuto a porta do quarto se abrir, e quando coloco a cabeça para fora, vejo pelo reflexo do espelho Jungkook entrar com seu moletom de academia e uma toalha no ombro.

Ele fecha a porta atrás de si e fica me olhando por um bom tempo, em silêncio e com deleitamento.

— Perdeu alguma coisa, senhor? — Começo a rir quando ele se aproxima por trás, como um gato caçando sua presa.

— Você é linda demais. — Murmura solene, segurando minha cintura e me virando para si. — Minha.

Liberto meus cabelos do suéter e passo meus braços por seu pescoço, enroscando-me nele.

— Sua. — Dou-lhe um beijo na bochecha. — Onde está Nic?

— Doyeon o levou para andar de patins.

Quando fico quieta, seus lábios encontraram os meus na tentativa de interromper meus pensamentos e me distrair. Eu aceito, porque também não quero prolongar o assunto. Quando vejo, nossas línguas estão se provocando e agora ele é quem está se distraindo.

Meus dentes mordiscam seu lábio inferior e ele me prende contra parede do quarto, atacando minha boca com avidez. Sua protuberância sólida se insinua entre minhas pernas semiabertas e me faz gemer, enlouquecida.

— Acho que vou precisar foder você antes de sair para treinar de agora em diante. — Ele rosna, soltando minha boca apenas pelos segundos necessários para passar seu moletom pela cabeça.

Não tenho muito tempo para admirá-lo, sua boca colide contra minha e seu corpo me empurra para cama. Minhas mãos estão agarradas aos seus cabelos e sua boca grudada na minha, ele e seu temperamento impaciente e selvagem me deixam a ponto de derreter sob seu corpo.

Jungkook se move e empurra duro contra mim, fazendo minhas pernas se abrirem e um calor insuportável surgir pelo atrito entre as roupas.

O toque do meu celular, me avisando que devo mandar alguns e-mails para minha secretária ainda hoje clareiam minha mente, então tento empurrar Jungkook, vendo-o tentando disfarçar seu sorriso.

— Não faça isso. Eu preciso trabalhar. — Fico ofegante e fecho os olhos quando ele começa a beijar minha orelha.

— E eu preciso de você. — Ele chupa e morde meu lóbulo.

Nicholas, por favor. — Tento me livrar dele.

Jungkook se afasta e me olha feio.

— Lalisa, se acha que vou broxar porque me chamou de Nicholas, está muito enganada. Inclusive, você de alguma forma conseguiu deixar isso bem sexy.

Jogo a cabeça para trás, rindo, e Jungkook se aproveita do meu pescoço exposto, colocando seus lábios.

—  Está mesmo me rejeitando?

— Não, apenas adiando. — Preciso de muito esforço para tocar seu rosto e olhá-lo nos olhos, continuando com um tom mais duro: — Preciso realmente trabalhar.

— Você pode trabalhar em mim. Na nossa cama. E receber minha atenção especial o dia todo.

Sorrio.

— Muito tentador, Senhor Jeon. Muito tentador.

A porta do quarto se abre sem aviso, mas Jungkook não move nenhum milímetro para sair de cima de mim, continua me prendendo ao colchão sob seu peso, e não consigo ver quem é justamente por isso.

— O que está fazendo aqui tão cedo, Nam?

— Temos um problema, me encontre lá embaixo. — A voz do homem não parece constrangida, na realidade, ele parece estar se contendo para não rir. — Vestido. — Ele completa, então ouço clique da porta.

Jungkook solta uma longa respiração e tomba a cabeça para frente com os olhos fechados, em seguida abrindo-os e olhando diretamente nos meus.

— Parece que algum infeliz quis estragar meus planos. — Ele fala, parecendo verdadeiramente frustrado.

Quero beijá-lo e rir de sua frustração ao mesmo tempo, mas me contenho.

— O que acha que aconteceu?

— Compradores. Eles sempre me dão problemas. 

Levantando-se preguiçosamente, Jungkook segura minha mão e me leva consigo. Seu braço envolve minha lombar e seu corpo fica pressionado contra o meu.

— Você é linda. — Ele diz, com delicadeza. Acaricia meu rosto e coloca uma mecha rebelde de cabelo atrás da minha orelha.

— Você também é. — Beijo sua boca com rapidez, me livrando de distrações.

Ele balança a cabeça, me solta e vai para o banheiro.

...

Quando desço as escadas para tomar o almoço, encontro Somi no meio das escadarias, também parecendo estar descendo para comer.

— Bom dia, Lisa! — Ela diz quando me vê, alegre.

Ela também usa um suéter de gola alta, mas o seu é rosa choque, assim como suas unhas pintadas.

— Olá, Somi! Bom dia.

— Está descendo para o almoço? Vamos Juntas!

Enroscando seu braço no meu, Somi abre um sorriso adorável e terminamos de descer as escadas juntas, caminhando até a cozinha.

— Jungkook me contou que vocês levaram Nic para o parque ontem. Foi divertido? — Ela pergunta com sincera curiosidade.

— Foi, sim. Na verdade, foi ótimo.

— Céus, eu teria pago para ter visto Jungkook em um parque de diversões. Ele é todo bronco e reclamão. — Ela ri sozinha. — Estou feliz por vocês, de verdade.

Antes que eu possa agradecer, ouvimos risadinhas vindas da sala de jantar. Entrando, vemos Nam e Aurora juntos, eu diria num momento bem íntimo, já que a mão dele está na cintura dela e a dela no peito dele. No entanto, não há tempo para observar mais, já que em questão de segundos os dois se desvencilham.

Nam, que minutos atrás riu ao pegar Jungkook e eu no quarto, agora está constrangido.

— Desculpem, meninas. — Ele fala, limpando a garganta e escondendo as mãos.

— Hum, que clima de romance é esse entre você e a minha mãe? — Somi fala, evidentemente querendo brincar com a situação.

Aurora parece querer rir, e pela primeira vez vejo sua pele corar de vergonha desde que cheguei aqui.

— Não preciso dizer nada. — A mulher diz, muito calma. — Nenhum piu para Jungkook, ouviram?

Nós duas concordamos em silêncio, mas sinto que isso uma hora virá a tona e o resultado não será nada bonito.

— O que tem eu?

Assim que me viro, meus olhos são tomados pela visão de um homem devastadoramente lindo, vestido de terno grafite. Deixo um suspiro extasiado escapar. Sua barba está por fazer, deixando seus traços mais másculos e acentuados. Acabo por me esquecer do que acabou de acontecer, e acho que ele também, porque está sorrindo para mim.

— Vejo você mais tarde. — Ele vem até mim, beijando meu rosto com carinho. — Vou pegar você.

Sussurrando a última parte, ele se despede de todos e sai ao lado de Nam.

...

Já se passaram mais de duas horas e Jungkook ainda não conseguiu voltar, mandou uma mensagem dizendo que o problema era mesmo um cliente que estava querendo complicar as coisas, mas que esperava convencê-lo e voltar a tempo para passarmos o resto do dia juntos.

Estou no escritório, terminando de mandar alguns e-mails e arquivos de projetos para Lucy, mas então a porta se abre lentamente, desviando minha atenção. Pela pequena abertura, vejo Nic colocando a cabeça para dentro. Provavelmente acabou de chegar de seu passeio com Doyeon.

— Oi. — Ele fala, entrando e vendo que estou sozinha. — Onde está o meu pai?

Levanto os ombros e me aproveito da pausa para me alongar um pouco.

— Ele precisou resolver algumas coisas, mas logo estará de volta.

Nic faz um beicinho, mal me olha de volta e não diz mais nada, sai tão rápido da sala assim como entrou.

Dou de ombros e volto ao trabalho, e assim que termino, coincidentemente meu celular começa a tocar e o nome de Roseanne aparece na tela.

Ei, oi! Eu ainda existo! — Ela cantarola assim que eu atendo.

— Olá, eu sei que sim. — Rio um pouco, me inclinando sobre a cadeira. — Está tudo bem?

Sim! Tudo bem por aqui! E como está minha melhor amiga e o namorado dela?

— Estamos bem.

Ouça, estou sedenta para saber de algo. As poucas mensagens que você me envia são monossilábicas, isso quando você não me perguntando sobre Coco.

— A última semana foi uma loucura, Rose. Estou tão distraída.

Estamos muito distraídas ultimamente.

Eu rio um pouco, concordando.

— Aposto que você está se divertindo muito com Jimin.

Sim, estamos. — Ela responde rápido, desconversando e me deixando desconfiada.

Ficamos pelo menos uma meia hora falando sobre os acontecimentos da última semana, ela diz que as fofocas sobre o que houve na Fashion Week diminuíram depois que Jungkook e eu aparecemos juntos na empresa, e que provavelmente isso logo será esquecido, mas não estou totalmente segura, ainda não sabemos quem divulgou aquela foto, muito menos quem fez aquele rombo no cofre da empresa.

Ouço um som que se assemelha a uma batida vindo do corredor, e quando fico totalmente quieta, consigo ouvir um chorinho silencioso.

— Rose, vou precisar desligar. Nos falamos depois.

— Tudo bem. — Ela desliga.

Fecho meu notebook e pulo da mesa, seguindo para fora do escritório. Dando um passo para fora, busco pelo dono do barulho que ouvi segundos atrás, e dou de cara Nic, sentado no chão enquanto tenta tirar seus patins e chora.

— Ai, não. — Murmuro para mim mesma.

Quando vê que estou me aproximando, Nic se vira e abaixa o rosto, mas sei que ainda está chorando. Encolhido no chão, ele ainda tenta tirar os seus patins, uma tentativa falha, já que parece muito nervoso.

— Nic...? — Eu falo, hesitando em tocá-lo e receber um belo de um fora. Vejo que um de seus joelhos está ralado, e posso ver que é de agora, pois o sangue está fresco. — Nic, você está machucado.

— Eu estou bem. — Ele começa a limpar as lágrimas, ainda sem olhar para mim.

Arqueio as sobrancelhas e olho para os patins. Estávamos nos dando bem, mas não posso ignorar o fato de que ele precisa de uma advertência.

— Nic, você não pode andar de patins dentro de casa, ainda mais sem proteção. — Falo bem séria, colocando as mãos na cintura.

— Você não manda em mim! — Ele grita de volta.

Abro a boca, chocada.

— Nic, isso não foi nada legal. Vamos, deixa eu te ajudar com isso. — Eu me refiro aos patins, mas Nic começa a negar freneticamente.

— Não!

Ignoro, dou a volta e fico de frente para ele, me ajoelhando. Franzo o cenho profundamente, vendo que ele abaixa o rosto de novo.

— Nic, olha para mim. — Dessa vez peço, mas o garoto balança a cabeça. — Olha para mim, Nic. — Insisto, mas com delicadeza. Coloco a mão em sua bochecha e levanto seu rosto.

Seus olhos grandes e escuros se erguem e alcançam os meus, marejados. Seu queixo também está machucado, mas não digo nada, apenas suspiro. Ele também não diz nada, apenas aceita minha ajuda quando tiro seus patins.

— Vem, vamos limpar esses machucados.

O garoto não protesta. Segura minha mão e vem mancando ao meu lado pelo corredor.

...

— Isso vai arder. — Eu aviso, passando o remédio na gaze. Quando tento colocá-la em seu queixo, Nic se afasta, desconfiado. — Nic, precisa passar isso se quiser que o machucado cicatrize logo.

— Será que não vou precisar de pontos? — Ele pergunta, intercalando o olhar entre a gaze e os meus olhos.

— Foi superficial, não precisa de pontos. — Tento de novo, mas ele desvia mais uma vez. — O que foi agora?

— Eu acho que é melhor a minha tia ver. Ela é médica.

Arqueio as sobrancelhas para ele, que entende e fica quieto. Coloco a gaze no seu queixo, vendo-o balançar os pezinhos por causa da ardência.

— Está ardendo!

— Eu avisei que iria. — Termino de limpar o machucado no queixo e começo a preparar o curativo.

Nós dois ficamos em silêncio por um bom tempo. Nic apenas me olha e eu me ocupo em terminar seu curativo, e quando o faço, passo a limpar o seu joelho. O garoto dessa vez não reclama de dor, mas vejo que se contém muito.

— Por que estava andando de patins dentro de casa? — Pergunto, ainda concentrada em seu joelho.

— Eu estava praticando. — Ele responde rápido.

— Sem os equipamentos de segurança? — Meu tom é quase repreenssivo.

— Eu achei que conseguiria. — Fala baixinho, com vergonha. — Queria mostrar para o papai, pra ele ficar orgulhoso de mim.

Fico quieta, sem saber o que dizer por vários segundos. Continuo a limpar seu machucado, por final enfaixando.

— Você não vai contar pra ele, vai? — Nic pergunta, parecendo apreensivo.

— Nic, acho difícil que seu pai não perceba. Você machucou o rosto. — Explico.

Ele não diz nada, parece aceitar que vai levar uma bronca de qualquer jeito. Ajudo-o a descer da pia do banheiro, onde fiz os curativos. Ele se olha no espelho, fazendo um biquinho inconsciente.

— Obrigado. — Ele fala, dando um sorriso quase imperceptível antes de sair do banheiro.

Deixo meus ombros caírem e solto uma lufada de ar para o teto. Olho para o meu reflexo no espelho e respiro pesadamente.

— Esse garotinho ainda vai me deixar maluca.

...

Quando fico entediada, ando pela casa sem compromisso. Perdida em pensamentos, decido ir para sala onde Jungkook tocou piano na última vez, só não esperava encontrar Aurora ali. Penso em sair de fininho, mas a mulher nota minha presença rapidamente.

— Olá, querida. — Ela sorri, apontando para um espaço vazio ao seu lado no sofá. — Venha, não fique parada ai, sente-se.

Eu me aproximo e obedeço ao pedido, notando que Aurora está segurando melancolicamente um porta-retrato. Não falo nada, sei exatamente o que é.

— Vocês já conversaram sobre isso, não? — Ela pergunta com dificuldade, sem conseguir tirar os olhos da foto dos dois irmãos.

— Sim, ele me contou tudo.

— Não é fácil para ele falar desse assunto. — Ela passa a ponta dos dedos pelo vidro gelado retrato, segurando as lágrimas. — Não é fácil para ninguém nesta casa. Faz seis anos, mais ainda parece tão recente.

Com cuidado, ela coloca o porta-retrato nas minhas mãos, me mostrando.

— Eles não eram lindos? — Ela sorri, emocionada. — Muito jovens, cheios de vida. Junghoon era muito expressivo e responsável, Jungkook era o oposto, reservado e imprudente. Eles eram melhores amigos, estavam juntos o tempo todo. Jisoo chegava a se sentir excluída.

Ela ri e eu também, mas tenho consciência de que ainda é muito difícil tocar no assunto.

— Jungkook me disse que ele e o pai...

— Jungsik fez muito mal a esta família, principalmente a Jungkook. — Ela suspira profundamente, como se quisesse encerrar o assunto. — Lembro-me de um episódio em especial. Os meninos eram bem novinhos, acredito que quatorze anos, os dois faziam aulas de piano e violino, tocavam em orquestras e em apresentações escolares. Eu amava ir em cada uma delas.

Olhando para foto novamente, ela dá uma pausa antes de continuar:

— ...mas houve um dia em que Jungkook disse que não queria mais participar das aulas, não entendi o porquê, ele adorava tocar. Tempos depois, Junghoon disse que o sonho de Jungkook era ser pianista, mas que o pai disse que ele provavelmente fracassaria, que não era bom o suficiente para fazer com que as pessoas o ouvissem. Aquilo doeu tanto. Não consigo imaginar o quão desiludido meu filho se sentiu.

Fico muito mal de um segundo para o outro. Eu já desconfiava que Jungkook não fosse completamente feliz com o que faz, mas não imaginava que o buraco fosse mais profundo. Sempre recebi apoio dos meus pais, mesmo quando nem eu mesma acreditava na minha capacidade, mas eles sempre estiveram ali, provavelmente foram a minha maior motivação. Não sei o que teria feito sem eles. Não teria rumo.

Será que é assim que ele se sente?

— Jungkook herdou muitos traumas daquela época, como o cheiro de nicotina. Jungsik era fumante viciado. Jungkook costumava ficar muito vulnerável e agitado quando sentia o cheiro. Jisoo e eu precisamos o colocar na terapia. Ele melhorou, mas não completamente. Ainda não consegue sentir o cheiro sem se sentir sufocado.

Meus ombros caem e eu me encolho, agora estou me sentindo péssima. Fiz a promessa de que não fumaria outra vez, mas sei que há uma caixinha cheia escondida na minha bolsa, apenas esperando o momento em que eu explodir e não resistir. Talvez eu não esteja sendo totalmente sincera com ele.

— Bem, acho que deveríamos mudar de assunto. — Aurora fala, limpando os olhos marejados e se voltando para mim. — Nic disse que adorou a visita ao parque. Sabia que vocês iriam se dar bem em algum momento.

— É... nós estamos tentando nos entender. — Falo, ainda um pouco distraída e afetada com tudo o que acabei de ouvir.

— Nic é orgulhoso, é igual ao pai. Mas logo logo vai deixar isso de lado e vai amar  você, assim como todos aqui. — Aurora me olha com carinho, segurando minha mão. — Lisa, você já faz parte da nossa família. Não posso esperar pelo momento em que meu filho vai agir de uma vez e te pedir em casamento.

Fico surpresa, mas Aurora não me deixa responder, sorri de modo meigo e me deixa sozinha e pensativa no sofá.

Casamento? Rio sozinha. Que idéia maluca!

Eu me levanto e saio da sala, pensativa. Quando passo pelo corredor, ouço uma voz vinda do escritório, e reconheço que é Jungkook, mas mesmo que eu não entenda o que está dizendo, sei que está irritado pelo tom de voz que usa.

Aproximando-me na porta, vejo que ele não está sozinho.

Jungkook está atrás da mesa, olhando para Doyeon, que está sentada na borda. Os dois estão discutindo sobre algo, mas não consigo entendê-los. A gravata de Jungkook está desatada, as mangas da sua camisa estão dobradas e sua camisa amassada. Seus cabelos escuros formam uma bagunça naquela linda cabeça frustrada.

Há um momento em Doyeon se levanta e fica fora da minha vista. Jungkook abaixa a cabeça e cobre o rosto com as mãos, parece muito cansado. Doyeon então volta, segurando um copo de líquido esquisito e o deixando na frente dele.

— Lisa?

Assusto-me, virando para trás e encontrando Nic parado no meio do corredor, olhando-me com os olhinhos apertados e sonolentos. Aperto os lábios e me afasto da porta do escritório, tentando não fazer barulho.

— Tudo bem, Nic? — Eu falo, vendo seus olhos curiosos se desviarem para porta do escritório.

— Meu papai chegou?

— Ah... — Vacilo, também olhando naquela mesma direção. — Sim, mas ele parece meio ocupado. Vamos esperar no seu quarto, está bem?

Sorrio nervosamente para Nic, mas ele felizmente me obedece e me leva até o seu quarto sem questionar. O cômodo é bem grande, com paredes cor azul bebê com desenhos de nuvens. Há brinquedos espalhados por toda parte, até mesmo um videogame.

— Quarto legal. — Comento, vendo o garoto se jogar na própria cama.

Depois de um longo silêncio, Nic olha para mim, e então posso ver a incrível semelhança entre seus olhos e os de seu pai.

— Acha que ele vai ficar bravo comigo? — Ele pergunta, parece realmente entristecido com a ideia.

Sento-me aos seus pés na cama, pensando no temperamento de Jungkook há poucos minutos. Não me parecia muito feliz.

— Não sei, Nic. — Suspiro. — ...mas vai ficar tudo bem, eu prometo.

Nic sorri para mim, um sorriso pequeno, mas sincero. A porta do quarto se abre e nós dois movemos a cabeça na direção dela, vendo Jungkook entrar. Estranhamente, ele está sorrindo também.

— Então é aqui que estão os amores da minha vida.

Jungkook se aproxima e fecha a porta atrás de si, mas sua expressão se fecha quando ele parece finalmente notar.

— O que aconteceu? — Jungkook fala, ajoelhando-se e segurando o rosto do filho, evidentemente preocupado. — O que aconteceu, Nic? — Jungkook repete, dessa vez num tom mais duro.

O garoto olha para mim, como se buscasse ajuda, mas quando não digo nada, ele se volta para o seu pai.

— Eu estava andando de patins dentro de casa e me machuquei porque não estava usando proteção.  — Nic admite, acanhando e esperando a reação do pai.

Jungkook fica surpreso com a confissão, mas não diz nada, apenas olha o filho profundamente antes de puxá-lo cuidadosamente para um abraço.

— Contanto que não faça isso outra vez, está tudo bem, Nic. É preciso de muita coragem para admitir um erro, filho.

— Então você me desculpa?

— Sim, é claro.

O garoto se anima outra vez, abraçando o pai com força. Sinto-me uma intrusa por estar observando esse momento tão bonito entre pai e filho.

— E quem fez esses lindos curativos em você? — Jungkook pergunta, bagunçando os cabelos de Nic, que ri.

— Foi a Lisa. — O garoto responde.

Agora os dois estão me olhando, e estou parada feito uma boba, abrindo um sorriso para o meu homem e o seu pequeno homenzinho.

Apesar disso, ainda estou desconfiada. Tento decifrar Jungkook com olhar, porque ele não parece o homem que encontrei no escritório minutos atrás. Isso me leva a pensar que sua discussão deve ter sido apenas entre ele e Doyeon.

No entanto, estarei atenta.

...

Estou na cozinha, pegando um copo de água antes de seguir para sala de jantar e me encontrar com os outros. Consigo ouvir os passos de alguém se aproximando por trás e sorrio, sabendo quem é.

— Nossa! — Eu murmuro quando ele me agarra pelo traseiro e me puxa, batendo seus lábios nos meus e devorando minha boca, mas estranho ao não sentir o gosto de álcool.

Ele não bebeu?

Minhas mãos vão para sua nuca e ele me prende contra o balcão, roçando sua pélvis em mim.

— Fiquei esperando o dia todo por isso. — Ele geme na minha boca.

Eu dou uma risadinha.

— Pobrezinho. O que você fez?

— O que você acha que eu fiz?

Caio na gargalhada em seus braços, imaginando Jungkook tentando se aliviar por minha causa. Paro de rir logo, sentindo seu sexo se esfregar no meu.

— Eu pararia de rir se fosse você, meu anjinho sedutor. — Ele me agarra e me aperta. — Tem sorte que esta casa está cheia e as paredes são finas demais. Quero fazer muitas coisas com você. — Ele me beija com força, se esfrega em mim e se afasta, me deixando zonza e desorientada.

Este homem vai me deixar louca. Não pelo fato de me consumir, mas porque quero que ele me consuma.

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Olá, queridos! Tudo bem?

Aviso importante aqui!!! ↓↓↓

Andei pensando muito. Eu tinha todo um planejamento quando comecei a escrever S.P, mas como minha imaginação é uma grande caixinha de surpresas, acabei prolongando e tendo ideias demais para um curto período de tempo. Estavam programados 46 capítulos, mas obviamente não vou conseguir desenvolver tudo que preciso até o final.

Então decidi que a estória terá um segundo volume. Mais informações serão lançadas em breve, mas espero que tenham gostado na notícia!

É só para dar um gostinho, vou deixar uma interaçãozinha bem leve aqui para vocês descobrirem o nome do próximo volume:

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Por hoje é só!

Beijinhos da Megan

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