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𝑵𝑨̃𝑶 𝑫𝑰𝑺𝑪𝑹𝑰𝑴𝑰𝑵𝑨

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⚠️ ATENÇÃO: DESCRIÇÕES DE EVISCERAÇÃO ⚠️

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𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐇𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 𝐃𝐈𝐒𝐂𝐈𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎𝐒 𝐏𝐄𝐂𝐀𝐃𝐎𝐑𝐄𝐒 𝐄 𝐎𝐒 𝐒𝐀𝐍𝐓𝐎𝐒, apenas tira, suga toda a vida, drenando o sangue que dar a força vital ao corpo de um ser vivo. Contudo, mesmo ceifando tantas almas que perambulam pela terra, as pessoas continuam vivendo de qualquer maneira, se erguem, caem, cometem seus erros e acertos. E mesmo diante de tudo isso, Delilah se perguntava o motivo de ainda estar viva. Do jeito que seu peito subia e descia a cada vez que o ar adentrava em seus pulmões, no brilho em seus olhos oceânicos. Aqueles pensamentos sempre rondavam o olho de sua mente quando junto de suas irmãs velavam alguém. Naquele dia a ordem das irmãs silenciosas se viam encarando o corpo de lorde Harold Seymour a qual repousava em uma mesa de pedra fria, envolto em lençóis brancos agora manchados com o rubor pálido da vida que se foi. Com um gesto firme e expressão serena, Delilah ergue sua lâmina, a superfície polida tremeluzindo sobre o brilho de inúmeras velas.

Os movimentos daquelas mulheres eram meticulosos e meditativos, a única dança que conheceriam com seu marido. A lâmina deslizava com precisão sobre a pele do lorde, a carne se separando com um sussurro agudo, enquanto líquido vital escorria lentamente, era como se chorasse, lamentando a perda de sua corrente. As irmãs silenciosas desnudavam a carne com cuidado reverente, trabalhando com a calma de quem conhece os segredos do corpo humano, uma cartilha sagrada ao Estranho. Não demorou para que os órgãos internos, escarlates e úmidos fossem expostos. O coração fora entregue aos finos dedos de Delilah, que demorou o seu olhar na carne fibrada. Ela sempre fazia isso. Era algo poderoso, o símbolo da vida de cada ser vivente, agora pulsante apenas na memória. Seu peso era frio e mortal sob sua mão, que o depositou com um cuidado quase carinhoso em um recipiente cerimonial.

Os pulmões foram retirados em um movimento suave, seus tecidos esponjosos e avermelhados constratando com o fogo das velas. Depois retiraram o fígado, vasto e escuro e logo após o estômago que se desdobrava como um pergaminho que escrevia a respeito da complexidade do interior de um ser humano. Cada órgão repousava em um lugar que outrora fora designado por um ritual antigo. O silêncio da câmara era interrompido pelo som das respirações abafadas pelo pano que cobriam seus rostos até a altura do nariz e também pelo eco sutil das ferramentas. Ao final, o corpo do Lorde Herold Seymour fora meticulosamente arrumado, tal qual um dia fora em vida, pronto para os ritos cerimônias. Uma obra de precisão e devoção, em sua essência, uma celebração silenciosa da mortalidade.

Naquela tarde do décimo sexto dia do mês o Estranho estaria presente naquele lugar. As septãs inundavam o interior do Septo de Baelor com canções a sétima ponta da estrela. Era como se pudesse sentir a aura sinistra daquela entidade, pairando sob o cadáver de Lorde Seymour em sua pira funesta. Delilah encarava a face pálida antes de colocar a segunda pedra cobrindo o seu olho esquerdo. A serenidade de seus pensamentos foram interrompidos quando Jeyne Seymour se aproximou, uma donzela de não mais 14 anos ruiva e sardenta como céu noturno, levantou o rosto vermelho de choro e depositou um beijo na cabeça lisa do lorde e a encarou.

- Obrigada, irmã. - Disse fungando.

Delilah sorriu e fez uma pequena reverência, antes de se retirar.

O funeral de Harold ocorrera como todos os outros. Delilah e suas irmãs ficaram até o final como de costume. Sua vida por dois anos havia sido diversos eventos da mesma cena que se desenrolava à sua frente. Ela achava tenebroso, com certeza, mas não podia explanar aquilo em voz alta. Deixava suas queixas para seus pensamentos que naquela altura beiravam a loucura. Elas permaneceram até a cerimônia ser finalizada. Quando finalmente a família se dirigia para enterrar de fato o corpo do antigo lorde, as irmãs puderam se retirar. Delilah caminhou até a ala onde ficava os dormitórios, quando estava próximo do seu, já tirava o pano que cobria seu rosto até a altura do nariz, suado e liso. Um longo suspiro saira de seus lábios quando o ar frio entrou em contato com a pele.

Os quartos eram um pequeno quadrado, um refúgio de austeridade e tranquilidade, onde o silêncio se tornava seu companheiro constante. As paredes eram frias e nuas e uma parca luz iluminava o local, atravessando o vidro fosco da única janela centralizada em cima da cama. O restante da iluminação era proveniente de velas presas em um suporte de ferro forjado, lançando uma luz suave e tremeluzente, criando sombras longas e discretas sob a superfície. A cama era feita de palha e tinha água para se lavar sempre que quisesse. Delilah retirou as vestes quentes, sentindo o ar bater refrescante por todo seu corpo. Devagar entrou na banheira e permitiu-se por um momento fechar os olhos. Lembranças de casa a invadiram. Era comum pensar no que estariam fazendo enquanto ela estava ali, pensava nos irmãos e como estariam. Teriam crescido ? O caçulinha finalmente a havia ultrapassado em altura ? Delilah balançou a cabeça e mergulhou água adentro, afogando qualquer tipo de pensamento que pudesse invadir a mente que já estava tão cheia.

Quando finalmente limpa e a poeira do dia havia se tornado passado, Delilah enrolou-se em um roupão de tecido tão fino que as partes ainda úmidas de seu corpo tornaram o tecido aderente. Ela prendeu os cabelos molhados acima da cabeça e esgueirou até a porta quando ouviu o sino passageiro sendo tocado anunciando o jantar. Contudo ela não saiu, estava cansada demais e também enjoada depois de ter passado o dia inteiro retirando órgãos e embalsamando o corpo... ainda podia sentir cada textura dos órgãos velhos de Harold Seymour. O pensamento a levou a esfregar os dedos involuntariamente, mentalizando a sensação pegajosa do sangue. Ela se virou e correu até a pequena tigela com água e limpou as mãos bruscamente com a pedra de sabão. Quando a paranóia se desvaneceu de sua mente, Delilah se afastou respirando fundo.

Uma de suas irmãs chegou a bater em sua porta, Delilah apenas abriu o suficiente para que a mulher a visse balançar a cabeça em negação. Ela observou enquanto se afastava e só depois disso fechou a porta. Exausta, caminhou até a cama onde se alinhou entre os lençóis, mal encostou a cabeça no travesseiro sentiu os olhos pesarem e rapidamente caiu no sono. Na manhã seguinte, despertou sozinha, como normalmente acontecia. Ela se arrumou com as longas vestes cinzas cobrindo o corpo e os cabelos loiros escondidos pelo capuz, apenas para que no final do dia tivesse manchas de sangue novamente. Delilah saiu do quarto e o cheiro do desjejum invadiu as narinas. Comeu pão seco e guisado de cevada com pedacinhos de cenoura e nabo, além de poucos pedaços de carne aqui e ali.

Após a refeição, Delilah subiu as escadas para o salão principal do Septo. Tinha intenção de atravessá-lo e seguir até a ala onde iria desempenhar suas funções. Ela olhou aos arredores e notou um cavalheiro de manto branco passando pela entrada, não qualquer um, mas o próprio comandante da guarda real, Sor Barristan Selmy. Estava sozinho, as septãs a informaram certa vez, que o comandante vinha apenas quando algo infligia o seio da família real. Ela parou quando percebeu que o guarda caminhava em sua direção, bloqueando seu caminho.

- Desculpe irmã, mas a presença de uma de sua ordem é requisitada com urgência na Fortaleza Vermelha.

Delilah não respondeu, mas fora a primeira vista por ele, e a única irmã silenciosa presente ali. Não tinha outra escolha a não ser assentir com a cabeça e seguí-lo até uma carruagem. O homem da guarda real foi montado numa égua alazã, enquanto ela subiu sem dificuldade para o interior da carruagem. Em um chacoalhão, o transporte fora posto em movimento. Delilah afastou o pequeno tecido que cobria a janela e assistiu aos afazeres rotineiros de Porto Real. Crianças corriam sujas e de cabelos duros, homens gritavam a respeito dos peixes que haviam pescado pela manhã, enquanto mulheres discutiam os preços do mercado ou carregavam trouxas de roupas. Avançaram a rua mercantil e a carruagem virou bruscamente, subindo a Colina de Aegon. No topo a grande Fortaleza se erguia.

A Fortaleza Vermelha era uma imensa construção de tijolos tingidos de vermelho-claro, robustas muralhas de pedra, altas e espessas, projetadas para resistir aos ataques. As torres eram pontiagudas e proporcionavam uma visão estratégica dos arredores. Ela era o significado de toda a brutalidade e ambição que seu projetor, Maegor Targaryen carregava. Grandiosa e sombria, Delilah conseguia sentir o poder e intimidação que ela transmitia. Ao adentrar no palácio, ela caminhou pelo ambiente de aspecto sombrio, mesmo sendo dia. Foi encontrada pelo Grande Meistre Pycelle. Sor Barristan Selmy fez uma rígida reverência e se retirou.

- Venha, irmã. - Disse Pycelle com uma voz cansada. - Vossa Graça a aguarda.

Ele seguiu na frente, tagalerando como um papagaio vindo de Braavos. A moça não prestava atenção em nenhuma palavra enquanto caminhavam pelos longos corredores e salas amplas, dotadas de decorações extravagantes.

Ambos adentraram na sala privativa da rainha que esperava sentada diante de uma mesa. Uma bela coroa de ouro enfeitavam os cabelos dourados que desciam pelos ombros como ouro derretido. Usava também um manto de arminho, e o tecido cor de marfim deslizava na medida certa de seu corpo. Pycelle a anunciou e se posicionou atrás da mulher como um cão leal. Cersei tinha um rosto sério, as sobrancelhas estavam unidas, denunciadoras da tensão que parecia pairar sobre ela. Delilah, contudo mantinha um rosto sereno, para ser requisitada daquela forma e... sozinha só poderia significar que algum membro da família real tinha perecido subitamente.

- Obrigada pela sua presença, irmã. - Falou, mas dava para sentir a falsa gentileza. - Sei que deve estar pensando, mas os herdeiros do reino estão com saúde e fortes...

Ela fez uma pausa sendo seguida de uma respiração.

- É o rei que me preocupa. - Contou entre-dentes, a mulher se ajeitou no seu assento e Delilah observou quando ela despejou vinho em sua taça e bebeu um gole, passando a língua nos lábios em seguida. Os límpidos olhos verdes a fitaram. - O rei está doente e acredito que não conseguirá sobreviver a este tormento. - Contou, Cersei sugou o ar pela boca.

- Fizemos o melhor que podíamos e ainda estamos. Contudo, vossa graça já não tem a mesma força de antes. - Disse Pycelle.

- É uma lástima, sem dúvida. Mas uma notícia dessas não pode sair pelo reino como um cavalo selvagem. - Comentou a rainha. Cersei fez uma pausa e os olhos estreitaram quando pousaram nela. - O que estou prestes a pedir deve ser feito com total discrição, por isso requisitei apenas uma de sua ordem.

Cersei esperou novamente. Delilah piscou, mas nada disse.

- Eu quero que o vigie. Dia e noite e qualquer sinal, de vida ou morte preciso ser a primeira a ser avisada. Consegue compreender a gravidade da situação ?

Seu silêncio fora sua resposta. A rainha estalou a língua em um sorriso.

- Claro, todos sabem que apenas conversam com os mortos... - Ela tomou mais um gole e se levantou, o som rascante da cadeira ecoou pela sala. - Será direcionada até a torre do rei, Meistre Pycelle dará as informações necessárias.

Cersei Lannister saiu, seu guarda juramentado a acompanhou e assim que saira pela porta, outros três se juntaram a ela. Delilah observou enquanto o vestido esvoaçava em torno das pernas. Quando ergueu o olhar, Pycelle fez um gesto com a mão para que ela o seguisse.

- A doença do rei ainda é desconhecida. No começo suspeitamos que fosse lepra, contudo o seu desenvolvimento se mostrou bastante diferente.

Contou ele enquanto caminhavam. Passaram por uma ponte que interligava duas torres, abaixo, pelotões atravessavam sua longa sombra entoando brados de guerra. Delilah seguiu em frente, prestando atenção nas palavras do velho meistre. Subiram alguns degraus escuros que erguiam-se em espirais, andaram por mais um corredor, até finalmente chegarem à porta do quarto do rei.

- Como a rainha disse, seu papel é vigiá-lo, querida. - Ele deu passagem para que ela entrasse. Delilah estranhamente não gostou da palavra usada para se referir a ela. - Um criado virá regularmente entregar-lhe o remédio da rotina de vossa graça,mesmo que tenha se mostrado inútil, manteremos a sua ingestão por alguns dias. Também virei para supervisionar o estágio do rei.

Delilah assentiu com a cabeça e seus olhos varreram a cama onde Robert Baratheon jazia. Ela sentia o odor acre empertigar seu nariz, contudo, muito diferente com Herold Seymour, ainda havia uma ponta de esperança ali. O cobertor grosso vermelho com arabescos dourados cobriam-lhe até a altura do pescoço. O rosto marcado estava pálido com tons de roxo ao redor dos olhos e também na boca. Algumas feridas vermelhas enfeitavam a bochecha, a testa e o cantos dos lábios. E ele respirava com dificuldade, a cabeça se movia rigidamente. Delilah perguntou a si mesma se o homem sonhava.

A porta atrás dela bateu, fazendo-a sobressaltar-se devido ao leve susto. Delilah deixou a respiração se soltar bruscamente e alisou a saia cinzenta. Devagar ela se aproximou do rei e se sentou em uma cadeira que havia próximo a cama. Erguendo uma mão, Delilah afastou o lençol próximo a sua cintura. Vendo sua situação, se levantou novamente e analisou o corpo. Mesmo com os músculos poderosos característicos dos homens de sua casa, ela logo percebeu que até os mais fortes poderiam ser acometidos pela desgraça. A pele do corpo de Robert estava ainda pior que o rosto, feridas e bolhas se espalhavam como erva daninha, prejudicando a pele e comendo a fagulha que ainda o mantinha vivo de forma lenta. Partes do pano grudavam nas feridas do homem e com a cautela que apenas as irmãs silenciosas sabiam ter, Delilah repuxou o tecido. Com o auxílio de um abridor de selos, a moça rasgou a blusa, de forma que não pudesse grudar mais. Quando terminou, ela se sentou novamente. O homem continuava a dormir, preso em sonhos sombrios. No momento que ele começou a se tremer devido a temperatura baixa de seu corpo, Delilah o cobriu novamente. Robert Baratheon certamente era um homem morto.

💀 𓄹 ࣪˖ 🜲˖. 𐂂༉ Devo confessar que amei escrever esse capítulo. Tudo aqui foi muito novo pra mim, essa pegada mais sombria, morte, morte, morte. Não é muito bem meu estilo, apesar de gostar muito de escutar e ler sobre algo mais policial, serial killer e etc. Dei meu melhor na descrição e espero que tenha ficado razoavelmente bom.

💀 𓄹 ࣪˖ 🜲˖. 𐂂༉ Alguém leu escutando a música ? Eu nem ia colocar nada, mas quando tava revisando tocou no Spotify e me toquei que ficou uma pegada meio estranha, não sei explicar, tipo a abertura da Coraline só que não tão macabra ? Não sei, mas gostei muito. Comente aqui se teve uma sensação parecida ou nada sksksksk.

💀 𓄹 ࣪˖ 🜲˖. 𐂂༉ Não esqueça de comentar e votar, seu feedback é muito importante para está pobre escritora.




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