Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

💀 𓄹 ࣪˖⁰²| 𝑶 𝑪𝑼𝑺𝑻𝑶 𝑫𝑨 𝑳𝑬𝑨𝑳𝑫𝑨𝑫𝑬

💀 𓄹 ࣪˖⁰²| 𝑶 𝑪𝑼𝑺𝑻𝑶 𝑫𝑨 𝑳𝑬𝑨𝑳𝑫𝑨𝑫𝑬
⁰¹|¹⁰| ²⁰²⁴

🥀

𝑺𝑬 𝑷𝑬𝑹𝑮𝑼𝑵𝑻𝑨𝑺𝑺𝑬𝑴 𝑨 𝑻𝒀𝑹𝑰𝑶𝑵 𝑳𝑨𝑵𝑵𝑰𝑺𝑻𝑬𝑹 𝑸𝑼𝑨𝑳 𝑶 lugar que ele preferia passar o resto de sua vida, com certeza não responderia Porto Real. Em alguns lugares a cidade é idealizada. As terras da coroa, a morada dos reis de Westeros. A maior cidade portuária dos sete reinos era também a mais insalubre, mal planejada e fedorenta. Bem mais preferia Lannisporto, uma vista de encher o olhar de maravilha, ainda mais preferia a fortaleza de Rochedo Casterly, alta e cheia de opulência, como o próprio nome Lannister carregava.

Contudo, o sacrifício de seu conforto era um preço justo a ser pago, afinal, o próprio pai o encarregara de vigiar os passos da irmã. A memória da chegada da carta de Cersei informando ao pai a respeito da saúde de Robert ainda era fresca. Tywin jogara o pergaminho sob fogo no instante em que os olhos terminaram a leitura, foi quando atribuiu a tarefa a ele. Tyrion não compreendeu de primeira, suspeitou que Tywin só queria o filho longe, e ele tinha certeza que era isso também, mas ele preferiu focar na outra perspectiva. Cersei não precisava de sua força braçal, afinal tinha os inúmeros guardas que a seguiam aonde fosse e acima de tudo.... tinha Jaime. Mas havia mais na participação de Tyrion naquilo tudo, o que seu pai queria era que ele usasse sua esperteza. Apesar de seu cruel desprezo, Tywin Lannister reconhecia que ele poderia ser mais capaz no jogo político que Cersei.

Tyrion bamboleiou entre os corredores até uma grande porta de carvalho, ele as empurrou com um leve rangido e continuou o caminho. Sua figura diminuta era clara contra o amplo ambiente. Os móveis polidos, o símbolo real bordado nas tapeçarias, o forte cheiro do incenso que impregnava no ar indicavam que Cersei estava ali a um bom tempo.Ela estava de pé perto da lareira, o dourado dos cabelos brilhando à luz do fogo, seus olhos de esmeralda cravados em algum ponto distante. Ao vê-lo, as sobrancelhas arquearam-se, mas a expressão logo se fechou, como se a mera visão de Tyrion lhe fosse um incômodo.

- Querida irmã, sempre radiante. - Disse, sabendo o quanto ela odiava que ele a elogiasse.

- O que está fazendo aqui, Duende ? - Respondeu sem se mover de onde estava. A voz saiu fria, os olhos denotavam uma áurea nojenta, como se a presença do irmão poluísse o ar.

- Creio que mereço uma saudação mais decente, pelos Sete, Cersei... depois de todo o esforço que fiz para chegar aqui, para ajudar minha doce irmã, a quem nosso pai tanto adora. - Sua voz soava mansa, enquanto oferecia a si mesmo uma taça generosa do Vinho da Árvore.

Ele inclinou a cabeça enquanto bebericava, se os olhos dela exalavam repulsa, os dele pingava na mais pura ironia, irritando-a ainda mais.

- Me ajudar ? Não preciso de seus conselhos... como foi que disse outra hora ? Inúteis.

Tyrion riu e apontou para ela com a mão que segurava a taça.

- Que preocupação a toa então fez nosso pai passar com aquela sua carta. Deveríamos mandar nossos conselhos inúteis por um corvo, então.

Cersei deu um passo na direção dele, o queixo erguido em desafio.

- Se está para espiar, não precisa se preocupar, tenho tudo sob controle e sei muito bem o que estou fazendo. Robert está doente, haja o que houver preciso preparar Joffrey para...

Suas palavras morreram com a risada que irrompeu do anão.

- Ah, sim, controle. Essa é uma palavra interessante, irmã. - Sua gargalhada aumentou, maior que sua altura - Que os sete me ajudem... não consigo parar... Foi isso o que disse ao nosso pai ?

Ele enxugou as lágrimas antes de continuar.

- Agora eu entendo porque ele me enviou tão depressa. Mas sejamos francos, nosso amado rei Robert sempre foi forte como um touro, mas até o mais forte dos touros pode ser derrubado por uma cobra traiçoeira. Você não acha ?

A rainha estalou a língua e caminhou na direção contrária, sentando-se num sofá bem acomodado com almofadas.

- Não sei o que está querendo insinuar, mas Robert... bem, ele nunca foi cuidadoso com a própria saúde.

- Ah, sim, o vinho. - As sobrancelhas de Tyrion expandiram-se, seus olhos de cores desiguais encararam o interior do copo. Balançando o conteúdo lá dentro, deixou os pensamentos extravasarem para além da mente - Mas o que mais poderia ter sido derramado em sua taça, eu me pergunto.

Ela estreitou os olhos em dúvida.

- Por um acaso está me acusando ? - Perguntou e Tyrion ergueu a taça em sua direção.

- Se doeu em você.

- Cuidado, irmão. - Disse finalmente em tom de alerta. - Sua língua desenfreada pode te trazer problemas.

- De todos eu sei bem do seu amor inexistente pelo próprio marido.

- E pode me culpar ?

Cersei cuspiu as palavras com seu desdém característico.

- Agradaria-me muito enterrar ele do jeito que está! - As palavras saiam afiadas como espadas em pleno combate. - E não seja ridículo com sua acusação infundada, sabe como são as coisas... doenças inesperadas.

- Então é uma mulher de sorte. Tudo conspira a seu favor.

Cersei riu e respondeu com a voz imbuída de serenidade.

- Ou então os deuses realmente escutam as preces.

- Então agora estou curioso para saber quantas velas você acendeu para o Estranho.

As palavras de Jon Arryn perfuravam os pensamentos de Delilah como uma flecha flamejante, perturbando a calma mascarada que ela sempre tentava manter. Os dois anos de sua vida vieram passando como um segundo em sua mente. Juramentos eram algo sério, condenavam a uma vida inteira de servidão, abandonar suas vontades carnais, calar sua voz. Não era diferente das palavras proferidas pelos cavaleiros da Guarda Real. Homens de branco, mulheres cinzentas, ambos selavam seu destino em um ciclo de obediência e sacrifício, um caminho sem volta e apenas a morte era a sua saída. Contudo, enquanto aqueles votos de proteção leal ao rei eram vistos como uma nobre causa, Delilah sentia um amargo desgosto em relação ao que lhe fora imposto. Obrigada por um dever que não queria.

[...] Pois a luz do dia é para aqueles que vivem, e eu agora pertenço às sombras [...]

Esses pensamentos flutuavam em sua mente, fazendo o estômago embrulhar. Repulsão. Era isso que sentia por aquele juramento. Mas não deixaria que isso transparecesse, não podia. Era perigoso demais. Ainda assim, o peso de suas palavras era real e o que Jon Arryn pedia violava tudo o que ela jurara... ou pelo menos o que fora forçada a jurar.

A Mão do Rei veio na calada da noite, vestia um gibão preto, com arabescos cinzas enfeitando a manta. No peito a Águia do Vale estampava sobre a lua crescente. Ele a encarava com expectativa, os olhos ávidos por decifrar sua decisão por meio da expressão. Todavia, Delilah ainda estava rígida por conta de seus nebulosos devaneios. As mãos agarravam fortemente a barra da saia, seus dedos trêmulos deram uma leve puxada no tecido, e Jon notou.

- E então, Delilah. - Disse ele sem se prolongar. - Creio que pensou bem na gravidade da situação, o que você decidiu?

Finalmente, seus olhos encontraram os dele, mas firmes desta vez. Sua mão soltou o tecido da saia devagar, como se ela tivesse se libertado de um fardo invisível. Ainda sem dar um sinal claro, a irmã silenciosa atravessou o quarto até Robert. Ela encostou o dorso da mão em sua testa, quente como o verão, em seguida as bochechas. Suspirando profundamente, o único sim que se ouviria dela, Delilah pousou os dedos no vaso ao lado. Voltou a encarar o homem, o rosto dele relaxou. Ela não precisava dizer nada... aquele era o olhar, mesclando determinação com relutância, mas eram decididos acima de tudo. Ela passou as mãos pelo objeto e o ergueu. Ela não falaria, mas seu gesto, ao oferecer o vaso, selava o acordo.

A jovem percebeu que não tinha nada a perder, Delilah não o ajudaria porque era boa ou leal, mas faria como um ato de rebeldia a todos que tentaram prendê-la.

Pela vida que me foi arrancada.

Na manhã seguinte, Delilah acordou em um modesto quarto cedido por Jon Arryn com as costas agradecidas pelo conforto que lhe fora negado durante tantos dias. Não era espaçoso como o do rei, mas era mais do que uma pessoa como ela poderia pedir. Apesar de ser localizado na Torre da Mão - A irmã silenciosa suspeitou a escolha, pois Jon tinha mais controle na área onde ele próprio dormia - o quarto era próximo do cômodo onde Robert estava, ainda assim tinha de levantar cedo para cumprir com suas obrigações.

Caminhou a passos ligeiros até os aposentos do rei, tão cedo que nem Sor Barristan estava em sua guarda, ao contrário um outro membro de manto branco ocupava seu lugar. O homem não foi de muitas palavras com ela, contudo a cumprimentou com um aceno de cabeça, Delilah retribuiu e esperou que ele lhe desse passagem. As coisas estavam do jeito que havia deixado. A diferença era que dessa vez ela não assistiria ao sofrimento do rei como uma estátua. Ela caminhou próximo ao homem e mediu sua temperatura, ainda estava quente, fora do normal. Ela se afastou, contemplando-o pela primeira vez, de forma detalhada.

Mesmo debaixo de todas as feridas, ela conseguia ver o guerreiro que tanto lhe contaram. E compreendeu o fascínio que sobrevoavam as órbitas de Barristan e Jon Arryn ao mencionarem seus feitos no campo de batalha. Claro, não era nem de longe o esplendor de um homem saudável, de acordo com Jon Arryn, estava magro,mas mesmo assim músculos ainda enfeitavam a extensão do corpo, era a combinação de um maxilar bem marcado, um peitoral que parecia com uma placa de uma armadura, ao seu ver ainda era o demônio do tridente.

Um ruído de pedra vindo da parede esquerda a fez desviar da visão que quase deleitava os olhos, uma pesada passagem de pedra totalmente inesperada se abriu, revelando Jon Arryn e um rapaz que aparentava não mais de 15 anos. Ele trazia uma cesta cheia de suprimentos e ervas de variadas espécies. Mesmo impactada com a descoberta, sua expressão suavizou.

- Maegor e suas surpresas. - Disse num tom quase brincalhão. - Aqui está tudo o que irá precisar para iniciar a tratar de Robert.

Delilah se aproximou, pegando a cesta e analisando o conteúdo. O rapaz parecia nervoso ao encarar Robert na situação que se encontrava, mas nada disse, Jon Arryn também não se importou em apresentá-lo.

- Se faltar alguma coisa, peço que prepare uma lista. - Disse ele, preparando-se para ir embora. - Não posso ficar muito tempo, os deveres do reino me prendem como raízes profundas que não me deixam partir, mas a noite retorno.

Delilah assentiu com a cabeça e quando fora deixada a sós, pôs-se a trabalhar. Ela explorou na cesta as ervas necessárias para aliviar as dores que as feridas poderiam causar, bem como parar sua expansão sobre a pele. O cheiro da crisólida misturou-se com o da valeriana em um aroma pungente que preencheu o ar. Eram plantas poderosas,mas poderiam enfim trazer a paz que tanto faltava a Robert Baratheon. Na mistura, acrescentou rosa de inverno e folha de fogo. Suas mãos trabalhavam com um cuidado guardado para desvelar os corpos cuja alma já não habita, ágeis e delicadas. Um almofariz de pedra estava ao lado das outras ervas embrulhadas, Delilah o apanhou e com um pilão robusto começou a roer algumas sementes de anis-estrelado. As folhas secas de bacurolho, junto ao hissopo dariam o toque final na preparação do unguento necessário.

Após deixar a mistura descansando por um período curto de tempo, a irmã silenciosa passou com os dedos sob as feridas do rei, alguma vermelhas, outras roxas. Após terminar, enfaixou cuidadosamente os ferimentos, deu atenção maior a uma em seu braço e a outra teve dificuldade, pois tinha de dar uma volta em sua cintura, tendo de erguer o corpo pesado. Enquanto trabalhava notou na área próxima a costela uma cicatriz grotesca... impulsivamente seus dedos passearam por ali, dançando suavemente pelo relevo sutil e esbranquiçado, a barriga subia e descia, exalando penosamente a vida que ela tinha de salvar. Voltando para si, Delilah terminou aquela tarefa com zelo e no final lavou as mãos numa bandeja com água fria.

Quando a noite caiu, Jon Arryn entrou, o rosto cheio de expectativa quanto ao estado do rei. Delilah se afastou, ficando perto da janela. O Septo de Baelor surgiu em sua visão, suas setes e altas torres se erguiam como juízes, observando-a, julgando cada um de seus passos, enquanto a Mão do Rei observava aquele que ela só poderia tocar se estivesse morto.

- Fez um ótimo trabalho, Delilah. - Comentou ele. - Espero que ele se recupere logo.

Delilah se virou e assentiu com a cabeça em agradecimento. O homem sem esperar uma resposta, andou até a mesa verificando quais os materiais ela tinha utilizado.

- Estamos fazendo nossa parte- A voz era calma, tentando transmitir otimismo. - Que os deuses sejam bons.

Com o passar de poucos dias, Delilah dava seu melhor para que a saúde de Robert melhorasse. Contudo, ela começou a notar que os avanços eram mínimos, as feridas, por mais que algumas tivesse abrandado, ainda tinham muitas outras espalhadas pelo corpo, avançando, tornando-se negras. Ele continuava do jeito que estava, preso na linha tênue entre a vida e a morte. Enquanto amassava o anis-estrelado, Delilah quebrava o juízo tentando desvendar aquele mistério. Pensou tanto que o almofariz remexeu em sua mão, devido a força exercida. Delilah parou de súbito, suspirando cansada. Seus olhos se ergueram, parando no vaso que desvendou que Robert havia sido e ainda era envenenado e apesar da entrada dos Meistres não se fizesse mais presente, ela suspeitou que a doença já estava bastante avançada.

Delilah não tocou nas folhas, mas por um instante ponderou. Nem mesmo o Grande Meistre Pycelle conseguiu achar uma cura com todo o conhecimento que tinha, bem... ao menos que ele ou alguém não quisesse que Robert fosse curado. Se o primeiro caso fosse considerado, então aquelas ervas não resolveriam a raiz do problema, mas camuflá-la e de certo modo a morte do rei viria de qualquer jeito. Os olhos de Delilah mantiveram- se nas plantas, ela pegou o vaso e caminhou até o leito do rei, os olhos indo das folhas para as feridas, tentando encontrar uma solução. O cheiro que havia sentido na última visita do meistre lhe cutucou a memória, perturbando-a, forçando-a se lembrar. E então arregalou os olhos.


Em seu primeiro ano como irmã silenciosa, Delilah e as moças que estavam na mesma situação que ela viviam sendo supervisionadas na arte de velar os mortos, na época dividia um quarto com uma outra garota que não parecia ser westerina, contudo assemelhava-se aos dorneses, com a pele morena e olhos tão escuros quanto obsidiana. Na primeira noite logo após proferirem seus votos para o Estranho, a garota sussurrou o nome em meio a escuridão, a voz saindo como se fosse um raio de luz em meio ao vazio negro que preenchia os ouvidos. "Izara". Delilah ao contrário, não sussurrou o seu de volta, na época as palavras haviam sufocado sua garganta por completo.

Mesmo com seu silêncio profundo, um laço de amizade havia se estabelecido entre as duas, Izara não se preocupava nem um pouco em quebrar o silêncio em sussurros durante a noite, parecia que sua raiva tinha transbordado mais cedo do que a da própria Delilah. Certo dia, ambas tinham recebido sua primeira tarefa para preparar o corpo do filho de um pequeno comerciante que havia conseguido pagar para que seu filho tivesse um enterro digno. Ambas chegaram em um casebre que de maneira clara transmitia que o comerciante era um homem de poucas posses.

Ao entrar no quarto onde o corpo se encontrava, pálido e fraco, a mãe e o pai choravam a cada lado da cama, Izara fez algo inesperado e muito mais audacioso. Avançou até eles e proferiu palavras que Delilah nunca havia escutado.

- Valar Morghulis. - Era provável que os dois não sabiam que Irmãs Silenciosas não podiam falar, mas o homem ainda assim estava surpreso.

- Valar Dohaeris. - Respondeu. Eram das cidades livres logo concluiu.

A figura do estado da criança retornou agora vívida na mente de Delilah. O garoto estava deitado em uma cama simples, envolto de lençóis grossos e amarrotados. Os cabelos escuros encaracolados estavam grudados na testa, úmidos pelo calor febril que emanava de seu corpo. O peito arfava em respirações irregulares, cada uma mais pesada que a anterior, como se o ar se recusasse a preencher completamente os pulmões frágeis. Os olhos entreabertos, avermelhados e rodeados por olheiras profundas, quase não conseguiam se manter focados, perdidos entre a vigília e o sono febril. As bochechas estavam afundadas, pálidas como leite, enquanto uma leve coloração azulada tingia os finos lábios Os braços, magros e frágeis, tremiam de leve, e as mãos, pequenas e finas, apertavam convulsivamente os lençóis em busca de alívio.

Ele exalava o mesmo ar de exaustão e impotência que Delilah testemunhara em Robert Baratheon, como se a força vital estivesse sendo drenada aos poucos, deixando apenas uma sombra do que fora antes. Para salvar o menino, Izara logo se prontificou para preparar um antídoto. Na pequena trouxa atada na cintura carregava inúmeros frascos, apanhou um de coloração roxa e sem dar nenhuma satisfação a sua companheira, agiu de forma rápida, misturou com água e alguns outros ingredientes que o comerciante prontamente a forneceu, durante o processo falavam um idioma desconhecido, e Delilah apenas observou. No final, Izara deu de beber à criança e com o restante fez algumas doses para que os pais continuassem o tratamento.

Uma vez de volta ao quarto, Izara lhe mostrou outra amostra.

- Você fica em silêncio o tempo todo, mesmo sendo contra como eu. - Dissera, a voz carregada de sotaque. Ela ergueu o frasco sob a luz de uma vela, a luz iluminou o líquido numa promessa de vida ou morte. - Às vezes a arma que pode matar é a mesma que pode salvar se usada do jeito certo.

A mulher depositou o frasco na palma da mão de Delilah e a fechou. Quando ela abriu, além do frasco, uma pequena moeda estrangeira repousava na palma.

- Que isso guarde seu silêncio em relação a mim, é improvável que veja isso acontecer novamente, o veneno que o acometeu não tem nessas terras. Valar Morghulis... De onde eu venho essas palavras possuem grande valor.

Depois daquele dia, Izara misteriosamente havia sumido, provavelmente ela fugiu com o auxílio do comerciante, uma espécie de dívida talvez ? Ela nunca mais soube da amiga ou se o garotinho havia sobrevivido. Depois de tanto tempo não importava mais, aquela era a ponta de esperança que Jon Arryn ansiava. Contudo, a última chance de salvar a vida do rei dos sete reinos se encontrava na sua antiga moradia, seu quarto no Septo de Baelor.

Enquanto pensava no local exato onde o conteúdo estaria, uma fraca voz soou pelo recinto. Robert Baratheon tinha sua aparência agravada, gordas gotas de suor rolavam em sua face, algumas transparentes, outras vermelhas de sangue e o calor que emanava de sua pele já maltratada era mais intenso do que de uma fornalha, como uma chama descontrolada que arrasava as colheitas, devorando-o de dentro para fora.

- Lyanna... - Delilah estreitou as sobrancelhas, Robert lutava por cada fôlego, a vida escorregando por seus dedos - Tudo que eu fiz foi por você...

Naquela noite, ela temeu que aquelas fossem suas últimas palavras.

💀 𓄹 ࣪˖ 🜲˖. 𐂂༉ Esse capítulo foi mais de boas de escrever, tanto que o terminei antes do prazo previsto, mas estou desenvolvendo uma escaleta ( a fic acabou virando uma espécie de estudo sksksk) e por isso segurei ele um pouco. Apesar da simplicidade, tive que sempre mudar detalhes que servirão de gancho para os próximos, foi como catar piolho, juro. Mas aqui está ele, estou bem satisfeita com o resultado e espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo e uma dica, ele tá babadeiro demais.




Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro