𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓤𝓶
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𝓔𝓷𝓽𝓻𝓮 𝓼𝓾𝓼𝓹𝓲𝓻𝓸𝓼 𝓮 𝓻𝓮𝓬𝓮𝓲𝓸𝓼, 𝓸 𝓬𝓸𝓻𝓪𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓭𝓪𝓷𝓬̧𝓪;
𝓐 𝓹𝓪𝓲𝔁𝓪̃𝓸 𝓯𝓵𝓸𝓻𝓮𝓼𝓬𝓮, 𝓶𝓪𝓼 𝓪 𝓼𝓸𝓶𝓫𝓻𝓪 𝓭𝓪 𝓶𝓪́𝓰𝓸𝓪 𝓪𝓿𝓪𝓷𝓬̧𝓪.
𝓜𝓮𝓭𝓸 𝓭𝓮 𝓪𝓶𝓪𝓻, 𝓬𝓲𝓬𝓪𝓽𝓻𝓲𝔃𝓮𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓪𝓼𝓼𝓪𝓭𝓸 𝓪 𝓵𝓮𝓶𝓫𝓻𝓪𝓻.
𝓝𝓸 𝓭𝓲𝓵𝓮𝓶𝓪 𝓭𝓮 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓮𝓻 𝓿𝓸𝓪𝓻, 𝓶𝓪𝓼 𝓻𝓮𝓬𝓮𝓪𝓻 𝓼𝓮 𝓮𝓷𝓽𝓻𝓮𝓰𝓪𝓻.
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No epicentro da cidade de Downtown Haven, a equipe de decoração da Symphony Unions (Uniões Sinfônicas) empenhava-se com pressa nos toques finais para a cerimônia de um dos membros mais proeminentes da localidade. Reconhecida por suas decorações matrimoniais deslumbrantes, esta ocasião não seria exceção, a não ser por um único detalhe...
"As orquídeas chegaram", grita um dos funcionários; o caminhão baú refrigerado que transporta os arranjos utilizados nas celebrações encosta na área de descarga, as portas são abertas e as feições do funcionário se tornam desesperadas.
━━ Senhor Anthony. ━ Maíra chama exasperada. ━━ A... as flores, o... o caminhão. ━ Ela gagueja.
━━ Respira, Mai! O que ouve com as flores? ━ Jeon pergunta aturdido.
Após respirar fundo a hostess fala compassadamente: ━━ Os arranjos de flores estão no caminhão e estão todos danificados.
━━ Como? ━ O empresário indaga exaltado. ━━ Me expliquem como isso aconteceu. ━ Ordena, indo em direção a área de descarga, encontrando os responsáveis pelo transporte das orquídeas radiantes, as flores mais pedidas nas cerimônias.
Um dos rapazes, responsáveis pela entrega, explica que durante o transporte, o caminhão teve uma falha no refrigerador, as orquídeas ficaram abafadas e com o calor exacerbado acabaram por murchar durante o percurso.
Andando de um lado a outro Jeon se pergunta onde encontraria as flores naquele momento; o casamento seria no dia seguinte e o único local que o fornecia não possuía mais estoque; estavam todas destruídas no baú refrigerado.
Em um rompante de alegria, Maíra grita dando-lhe uma alternativa.
━━ Já sei! Senhor Jeon, em Meadowbrook tem uma floricultura chamada Petals of Love (Pétalas do Amor), o dono possui muitas orquídeas, talvez o senhor ache por lá.
━━ Você tem o contato dele, Mai? ━ ele indaga animado.
━━ Não tenho. ━ Ela responde cabisbaixa. ━━ Fui lá quando visitei minha prima na semana passada, como ela ama flores, parei para comprar algumas, mas não peguei o cartão de contato. Desculpa Sr Jeon.
━━ Tudo bem querida! ━ Ele a conforta. ━━ Daremos um jeito! Nem que para isso eu tenha que ir a Meadowbrook.
O sol lançava seus últimos raios sobre Downtown Haven, enquanto Jeon, decidido, se encaminha para Meadowbrook em busca das tão necessárias orquídeas. O nervosismo pairava no ar, mas a determinação do empresário se destacava.
Ao entrar na floricultura Petals of Love, Jeon é recebido pelo caloroso aroma das flores e pela visão de inúmeras orquídeas em exibição. Ele se aproxima do balcão, onde um senhor idoso, aparentemente o dono da loja, o cumprimenta com um sorriso amigável.
━━ Como posso ajudá-lo, senhor? ━ Pergunta o suposto dono da floricultura, observando a expressão apressada de Jeon.
━━ Preciso de orquídeas, muitas orquídeas, para um evento amanhã. ━ Jeon explica, compartilhando a situação urgente.
O florista, compreendendo a urgência da situação, oferece uma solução surpreendente.
━━ Tenho um lote especial nos fundos da loja, recém-chegado e ainda não exposto. São as orquídeas mais exuberantes que já recebi. Fique à vontade para escolher as que desejar. ━ O idoso sorri generosamente.
O empresário, aliviado, se direciona aos fundos da floricultura para escolher as flores; enquanto observa a variedade de orquídeas espalhadas pelo ambiente, uma voz melodiosa inunda seus tímpanos lhe chamando atenção, inebriado pela sinfonia, ele segue em direção ao som.
No jardim dos fundos um homem de pele levemente bronzeada, cabelos escuros e feições delicadas cantarola enquanto arruma belos arranjos florais.
Jeon permanece encantado com a visão a sua frente; o homem de feição angelical, em meio as flores faz seu coração errar as batidas; ele anda em direção ao mesmo, como se estivesse sob hipnose, acabando por esbarrar nos regadores deixados no caminho, assustando o rapaz que para com o canto o libertando do transe. Envergonhado, tenta desculpar-se.
━━ Oh! Pe...perdão. ━ Ele gagueja. ━━ Vim ver as orquídeas, não quis invadir, só achei a melodia muito bonita e a segui, mais uma vez me perdoe.
Gentilmente o rapaz sorri ao lhe responder: ━━ Tudo bem! Não tem problema, você gostaria de ajuda?
Jeon encanta-se mais uma vez com o belo sorriso e assente em concordância.
━━ Por aqui. ━ Ele o guia. ━━ Quais orquídeas você busca?
━━ As orquídeas radiantes, preciso de muitos arranjos florais para uma cerimônia.
━━ Você trabalha com casamentos? ━ o florista indaga. ━━ Sim! ━Jeon responde empolgado. ━━ Sou dono da Symphony Unions, acho que você já ouviu falar. ━ O rapaz assente sorrindo.
━━ A propósito, me chamo Jeon... Jeon Anthony, e você? ━ fala enquanto caminham lado a lado.
━━ Eu sou Park... Dylan Park, muito prazer! ━ o florista se apresenta com um aperto de mãos. ━━ Você prefere que eu faça os arranjos, ou levará assim mesmo? ━ ele indaga concentrando-se nos ramos de orquídeas.
━━ Se não for incomodo, você poderia fazer os arranjos? ━ Anthony pergunta tímido.
━━ Incômodo algum. ━ Diz Dylan gentilmente, se encaminhando ao balcão com os materiais para arranjos, sendo seguido pelo cerimonialista, que observa todos os movimentos do Park.
Delicadamente Dylan prepara os lindos arranjos que enfeitariam a cerimônia; Anthony admira cada movimento executado pelo florista, vez ou outra soltando suspiros profundos, que não passam despercebidos pelo mesmo.
Ao término dos arranjos, gentilmente Dylan sorri.
━━ Estão prontos Sr Jeon! ━ ele diz educado.
━━ Oh! Por favor, "Senhor" não. Me sinto velho sendo chamado assim. Me chame apenas de Anthony! ━ diz o empresário enquanto faz o pagamento.
Ambos riem enquanto organizam as flores para serem levadas ao carro.
━━ Você salvou o meu evento. Como posso retribuir? ━ Jeon expressa sua gratidão enquanto paga pelas orquídeas.
━━ Nada de compensações a mais, meu caro. A felicidade dos clientes é a maior recompensa para um amante das flores como eu. Desejo-lhe um casamento espetacular. ━ Dylan responde com sinceridade.
Os homens trocam sorrisos sinceros enquanto levam os arranjos até o veículo. O silêncio entre eles é prazeroso; ao término, Dylan cumprimenta Anthony e se vira para sair, mas ao sentir os dedos de Jeon envolvendo seu antebraço estanca seus movimentos.
Ele olha curioso para a mão em seu braço e por cima dos ombros o pergunta: ━━ Deseja algo mais, Anthony? ━ envergonhado Jeon abaixa a cabeça e respira fundo antes de prosseguir.
━━ Você aceitaria participar da cerimônia amanhã ao meu lado? Além de organizador sou convidado e não tenho ninguém para levar. Gostaria que fosse comigo, queria lhe mostrar o ambiente em que trabalho e quem sabe possamos fazer uma parceria.
Dylan apesar de receoso, pondera por um instante, mas aceita o convite; seria mentira dizer que não gostou da companhia de Anthony. Desde a primeira troca de olhares seu coração também bateu fora do compasso; se pudesse estar mais uma vez em companhia do Jeon seria muito grato.
Não pretendia envolver-se além, mas de fato, apenas a amável presença do loiro de olhos apetecados, brilhantes e um sorriso de coelho adorável, amolecera seu coração a muito tempo fechado.
━━ Aceito! ━ ele respondeu sobrepondo a mão do outro, que a retirou envergonhado assim que percebeu a ousadia de seu toque. ━━ Leve o cartão da floricultura, o número de contato é meu, me envie a localização e horário. Estarei lá.
Jeon assente sorridente, enquanto pega o cartão com o número de Dylan. Ainda sorrindo, entra no automóvel e parte rumo a Downtown Haven.
Escorado no portão da loja, Dylan acompanha o carro sumir na rodovia, um sorriso persistente habita sua face, porém é tirado de seu transe pelas palavras do atendente.
━━ Você gostou dele, não é mesmo menino Dy? ━ ele indaga matreiro.
Corrigindo a postura e limpando uma sujeira imaginária em seu macacão Dylan faz-se de desentendido.
━━ Do que o senhor está falando, Sr Paul? Eu não gostei de ninguém, pelo menos não dessa forma. Já lhe disse que não quero mais saber de relacionamentos, tire isso dessa sua mente fértil.
Ele retorna aos fundos da floricultura, com as mãos em seu peito, respira fundo; de olhos fechados entoa uma oração silenciosa. "Deus, não permita que eu me apaixone, é apenas um convite de negócios, nada mais"
Sr Paul que os observava durante toda interação balança a cabeça em negação.
" Essa criança! Tão teimoso, nem notou que ele já gosta do rapaz, tomara que dessa vez ele consiga ser feliz".
Na manhã seguinte, os primeiros raios de sol acariciam suavemente a paisagem, despertando Dylan para um novo dia. Com a calma da alvorada, ele se dirigiu à cozinha, preparando com carinho seu desjejum. Os aromas de café fresco e pães recém-assados permeavam o ar.
Ao se acomodar na varanda de sua residência, Dylan segurava a xícara de café entre as mãos, deixando que o calor reconfortante abraçasse seus dedos. Seus olhos, iluminados pela luz da manhã, encontraram o jardim que ele tanto amava; sorriu, sentindo-se em comunhão com a natureza ao seu redor.
Cada flor tinha sua própria história, uma narrativa entrelaçada com o ciclo da vida. Ele se perdeu na contemplação, saboreando o café e deixando-se envolver pela serenidade que emanava de seu jardim, um refúgio de beleza e tranquilidade em meio à agitação do mundo lá fora.
O caçula de três filhos, herdou de sua mãe o gosto pela jardinagem, desde de muito novo a acompanhava em seu trabalho na floricultura herdada pela família. Estudou, formou-se, mas o amor pelas plantas foi o seu destino.
Após o desjejum, Park arrumou-se para encontrar Anthony, repetia constantemente a si mesmo que o frio no estômago e a ansiedade que sentia, era apenas animação por um novo trabalho.
Não permitia-se sentir algo a mais, suas feridas ainda eram muito profundas; não fora fácil acreditar que um relacionamento de dez anos acabou em apenas dez minutos, com a simples frase " Ela pode me dar o que você não pode".
Lee Jong-suk foi extremamente maldoso ao termino da relação, apontou todos os possíveis defeitos do Park e ainda o comparou com a amante. Dylan foi abandonado por não ser abastado o suficiente para competir com a filha do senador.
Ao chegar em Downtown Haven, foi agraciado com a belíssima visão do prédio da Symphony Unions, um edifício com ares coloniais em meio a grandes arranha-céus; sem dúvidas era o maior destaque no centro da metrópole.
Estacionou na área privativa, assim como Jeon o indicou; desceu do automóvel arrumando seu blazer, de fato estava muito elegante, nada parecido ao florista do dia anterior; blazer azul, camisa branca, calça sarja no tom do blazer e tênis branco.
Encaminhou-se à recepção do edifício, apresentou o convite virtual e teve sua entrada liberada.
Por todo o caminho, o Park contemplava a decoração do ambiente, os espaços em tons beges e detalhes dourados, com vários espelhos, davam um ar refinado ao interior da Symphony; encantado era como se encontrava.
Se aproximou do salão de festas e ao longe olhou Anthony que dava as últimas instruções aos funcionários.
Dylan prendeu o ar ao ver a figura loira trajando um blazer listrado discretamente em tons de marrom e azul, camisa branca, calça em conjunto com o blazer e um Wholecut Oxford Madrid Burgundy nos pés; suas mãos tremiam e suavam frio, quando Anthony notando sua presença, sorriu graciosamente e caminhou em sua direção.
━━ Park! Que bom que veio. Chegou cedo, a cerimônia é daqui a duas horas. ━ Anthony falava animadamente se aproximando do florista.
━━ Vim antes do horário para conhecer melhor o local, fiz mal em chegar cedo? ━ perguntou preocupado.
━━ Oh! Não, você fez o certo, me acompanhe, deixe eu lhe apresentar as instalações e a equipe da Symphony Unions. Esses são Maíra, nossa talentosa hostess, e o Sr. Lee, nosso experiente coordenador de eventos.
Dylan retribuiu os cumprimentos com um sorriso gentil e apertos de mãos cordiais. Observou o ambiente ao redor, impressionado com a eficiência e a dedicação da equipe.
━━ Gostaria de lhe mostrar o coração de nossos eventos: a área de decoração. ━ Anthony conduziu-o a uma sala cheia de arranjos florais deslumbrantes; os mesmos feitos pelo florista. ━━ Aqui é onde a magia acontece. As flores não são apenas enfeites; são a essência, a alma de cada celebração.
Em seguida, Jeon indicou a enorme tela onde eram projetadas as ideias de decoração.
━━ Cada casamento é um conto de amor único, e trabalhamos para capturar a essência dos noivos em cada detalhe. ━ Anthony explicou, seus olhos brilhando com entusiasmo. ━━ Acreditamos que suas flores poderiam transformar nossos eventos em verdadeiras obras de arte. ━ falou com uma sinceridade que ecoou no coração de Dylan. ━━ E é por isso que gostaria de propor uma parceria. Suas habilidades com flores dariam um toque especial aos nossos eventos.
Park ouviu atentamente, considerando a proposta. A ideia de colaborar com a Symphony Unions era tentadora, e a sinceridade nos olhos de Anthony era evidente. Foi apresentado aos demais funcionários e logo a cerimônia teve início; se posicionaram em seus lugares.
Durante a troca de votos, Anthony sentiu uma onda de emoção ao perceber que não estava apenas celebrando um casamento, mas também o início de algo especial com Dylan. Os arranjos florais perfeitos que adornavam o local eram um testemunho não apenas da beleza das orquídeas, mas também da conexão que havia surgido entre eles.
Ao final da cerimônia, se encontraram em meio aos aplausos e felicitações. A sintonia entre eles era palpável, e o olhar cúmplice trocado indicava o início de uma parceria que ia além dos eventos matrimoniais.
Noite adentro, após a festa, encontraram um momento tranquilo para conversar. Sob as estrelas, compartilharam risos, histórias e sonhos. O vínculo entre o empresário e o florista crescia, e a promessa de futuros eventos juntos ecoava no ar.
Anthony sentiu o momento propício para uma aproximação mais pessoal com Park. Com um sorriso caloroso, ele se aproximou do florista, que estava admirando a decoração sob a luz suave das estrelas.
━━ Dylan, você fez um trabalho incrível com as flores, os arranjos ficaram tão lindos quanto você. ━ Elogiou com sinceridade, tentando iniciar uma conversa mais íntima.
Dylan, embora grato pelo elogio, sentiu uma pontada de desconforto. Lembranças do passado ainda pairavam em sua mente, tornando-o cauteloso em relação a novas aproximações.
━━ Obrigado, Anthony. Fico feliz que tenha gostado. ━ respondeu com um sorriso contido, dando um passo para trás, mantendo uma distância sutil.
Percebendo a hesitação nos olhos de Dylan, Anthony tentou dissipar qualquer mal-entendido.
━━ Eu realmente aprecio sua presença aqui hoje. E, além do trabalho, gostaria de conhecê-lo melhor, entender as flores que cultivam em seu coração. ━ falou com gentileza, buscando criar uma conexão mais profunda.
O Park, no entanto, permaneceu reservado, sua expressão revelando uma mistura de gratidão e precaução.
━━ Jeon, eu valorizo a oportunidade de trabalharmos juntos, mas preciso ser honesto. Meu passado deixou cicatrizes que ainda estou curando. ━ explicou com delicadeza, recuando um pouco mais. ━━ Eu não estou pronto para me envolver emocionalmente neste momento.
Respeitando a honestidade de Dylan, Jeon assentiu compreensivamente.
━━ Eu entendo, Dylan. Suas emoções são preciosas, e não quero pressioná-lo. Estou aqui para apoiá-lo, seja como for. ━ Respondeu, seu tom carregado de compreensão.
Park agradeceu com um aceno, seus olhos transmitindo gratidão pela compreensão de Jeon. Embora o empresário tenha tentado uma aproximação, Dylan, por enquanto, preferiu manter uma certa distância emocional, respeitando os limites de seu coração ferido.
Sob as estrelas cintilantes, os dois homens permaneceram, cada um mergulhado em seus próprios sentimentos, pensamentos e jornadas, aguardando o tempo e as flores da vida para guiá-los adiante.
Publicação em:
06/01/2024
Notas da Autora
Olá, minhas pétalas!
Deixem aqui os comentários de vocês.
Me digam quais suas expectativas para essa história.
Não esqueçam de clicar na estrelinha ali em baixo.
Beijos e até breve!
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