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𝟎𝟐𝟏

Filipa Nielson, 18.10.2018

Cheguei finalmente ao interior do estádio de Coimbra, depois de quase iniciar uma discussão com um dos seguranças por não me deixar entrar onde Rúben Dias se teve de meter para me deixarem finalmente entrar pois estavam a alegar que o meu cartão era falso.

Credo ser mulher no século XXI estava cada vez mais difícil.

- FILIPA MINHA QUERIDA! - Félix gritou no túnel dos jogadores assim que me viu ao fundo, a sua voz por algum motivo continha animação e ironia. - Desculpa só estou feliz por poder voltar a jogar. - Abraçou me de modo a que quase me deixou sem respirar e eu tive de o avisar sobre isso para ele finalmente largar o meu corpo.

Observei o moreno assim que ele me colocou de volta no chão, ele estava radiante, o sorriso dele dizia tudo fazendo me sorrir também.

- E eu estou feliz por não te ter de aturar mais no ginásio! - Brinquei. - Vai ter com os outros, preciso de ir falar com o meu tio. - Mantive o sorriso amigável vendo o mesmo suspirar.

- Sim vai lá, não temos muito tempo antes do jogo começar. - Passou a sua mão pelos meus cabelos, desajeitando-os.

Fiz uma expressão de chateada pela sua ação, mas logo me lembrei do que tinha em mente para colocar em prática hoje.

Afinal eu ter ganhado o jogo no treino contra a equipa dele ainda teria um custo.

- Até dizia que te odeio, mas ambos sabemos que isso não é verdade. - Afirmei ajeitando os meus cabelos vendo a sua expressão desconfiada ser acompanhada por um sorrisinho de canto.

Saí então de perto do moreno para procurar pelo meu tio, não tinha nada importante para lhe dizer, apenas não me queria esquecer.

- TIO! - Chamei o assim que o vi a atravessar um dos corredores e corri até perto dele. - É só para lhe dizer que no domingo vamos fazer um almoço no restaurante do costume para comemorar os 16 anos do menino Diego. - Cruzei os braços e sorri.

- Claro, estarei lá concerteza! Mas se não te importares relembra me no final do jogo que agora eu tenho mesmo de ir falar com o treinador da outra equipa.

- Sem problemas tio, até já então... - Dei um tchau com a mão e saí em direção á área da comida que por norma havia sempre dedicada ao membros da equipa técnica.

Quando passei pelo túnel estava lá uma garotinha com a camisola do Benfica vestida, provavelmente á espera dos jogadores para lhes poder dar mais cinco.

- Olá pequenina, como estás? - Perguntei baixando me ao pé da ruiva que devia ter uns 5 ou 6 anos.

- Tu és a Filipa? - Perguntou com um sorriso no rosto.

- Sou... - Sorri também. - E tu como é que te chamas?

- Leonor... podes dizer ao Félix que eu gosto muito dele? - Vi os olhos da menina brilharem.

- Claro que posso! - Dei um sorriso sincero e abraçei a menina. - Até já e boa sorte com eles. - Disse apontando para alguns que já saiam do balneário para o aquecimento.

**

João Félix

Acabamos o aquecimento e como é habitual fazermos voltamos para o túnel para trocarmos os equipamentos.

Achei estranho o facto da Filipa não ter assistido ao aquecimento como sempre faz, mas não dei grande importância e só passei direto para o balneário.

- Não acharam a menina super querida a dizer olá a todos nós? É raro quando temos alguém no túnel, e principalmente tão pequeno. - Foi Jota quem comentou.

Eramos grandes amigos desde pequenos, e achava bastante injusto o facto de muitas vez ele ser colocado no banco, ele tinha imenso potencial e esperava que se o Benfica não reconhecesse isso que alguma equipa do exterior o reconhecesse.

- VAMOS LÁ MEUS MENINOS É PARA GANHARMOS ISTO! - Jardel anúnciou para todos nós que concordamos e obviamente apoiamos com alguns assobios e salvas de palmas.

Após isso os meus companheiros de equipa começaram a sair aos poucos do balneário, mas fiquei para trás pois ainda tive de ir beber água para não morrer desidratado no meio do campo.

- João! - Ouvi a voz familiar de Filipa chamar me e olhei para a mesma que estava encostada á parede do lado de fora do balneário. - Eu pensei um pouco sobre o que te pedir em relação a ter ganho o jogo no outro dia.

Olhei confuso e desconfiado para ela, não sabendo ao certo onde ela queria chegar com a conversa, afinal de contas o jogo começaria em menos de 5 minutos. Ainda assim a forma suave como ela falava e o olhar hipnotizante com que ela me olhava faziam me querer esquecer do jogo e levar a garota para minha casa, torná-la minha.

Estava a ir um bocado longe de mais nos pensamentos, não estava?

Mas mesmo tentando negar era impossível. A beleza e delicadeza que ela possuía encantava-me, e naquele momento, momentos antes de entrar em campo, percebi que não dava mais para negar o quanto a queria.

- E estive a pensar e percebi que seres tu a fazer algo não teria sentido nenhum... - Continuava confuso, muito confuso, e só queria poder esclarecer tudo aquilo fora dali, depois do jogo.

- Filipa...

Ela deu mais um passo para perto de mim, os nossos corpos praticamente colados, e tive quase me meter as minhas mãos atrás das costas para evitar pegar na cintura delicada que ela tinha e puxa-la para ainda mais perto de mim para finalmente a beijar.

- Desculpa se isto arruinar algo entre nós... - Foi ela quem disse, pegando-me de surpresa quando senti os lábios dela colidirem contra os meus.

Não tive tempo para reagir, uma das suas mãos estava na minha bochecha e a outra na minha nuca, e quando finalmente me dei conta do que estava a acontecer envolvi a sua cintura com as minhas mãos, trazendo-a para mais perto, fazendo Filipa sorrir entre o nosso beijo.

Talvez isto fosse um sonho, mas se fosse eu poderia garantir que não queria acordar nunca mais.

E naquele ponto eu pensei seriamente em desistir do jogo, pegar na loira e anunciar que estaríamos de partida com destino á minha casa.

Ela afastou se lentamente de mim quando começámos a ficar sem ar, ainda assim por mim eu nunca mais a tinha soltado, mas tive de me limitar a deixar apenas mais alguns pequenos beijinhos nos lábios dela.

- Félix... - Murmurou. - O jogo...

Suspirei afastando novamente os meus lábios dos seus vendo-a sorrir, um sorriso puro e genuíno que não dava para fingir nem se tentassemos.

- Falámos no final?

- Sem dúvida... - Colocou-se na ponta dos pés dando um beijo na minha bochecha. - Boa sorte!

Após isso virou costas indo a correr para o lado oposto do túnel ao que eu tinha de subir.

Não conseguia processar os momentos anteriores, deveria manter a nossa relação enquanto profissional, mas beijar a sobrinha do treinador e querer repetir o momento não era lá muito profissional da minha parte.

Uns beijinhos não fariam mal a ninguém, certo? E ninguém precisava de saber, não por agora.

Sai do pensamentos que corriam em círculo pela minha mente e corri para o campo sentindo o vento a bater na minha cara cada vez mais depressa, a adrenalina e a sensação de nervosismo por estar de volta de novo.

- Demoraste! - Rafa murmurou assim que me coloquei ao lado dele para a foto típica dos 11. - Estiveste a comer a Filipa ou quê?

Não evitei. Dei um sorriso sincero, mas tentei parecer relaxado e calmo em relação á situação.

- Queria eu... - Olhei para a loira sentada na zona dos técnicos e os nossos olhares rapidamente se cruzaram e ela sorriu também.

Acho que ainda conseguia sentir os lábios dela nos meus.

Continua...

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