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Pichação

— Lys, eu vou ser sincera: não consigo parar de pensar na Debrah na porta da gravadora.

Eu estava visivelmente preocupada com o que ela poderia ter aprontado dessa vez. Seu sorriso entregou que a jogada seria alta, e eu, realmente, tinha muito medo do que poderia acontecer comigo e com os meus amigos, principalmente pela nossa segurança.

— Não se preocupe muito. — ele me puxou para um abraço reconfortante. — Na pior das hipóteses, pense que eu e os outros vamos assumir a culpa também. Não pense na pior das hipóteses: você não vai ser expulsa da escola, porque senão terão que expulsar a turma inteira!

Nós já estávamos na porta da minha casa enquanto tínhamos essa conversa. Eu o convidei para jantar comigo e com os meus pais, mas ele recusou quando checou seu celular e constatou que já tinham três chamadas perdidas da sua mãe e uma mensagem na caixa postal. Nos despedimos com um selinho e ele foi andando tranquilamente para a sua casa.

Tentei não pensar no diabo enquanto comia a macarronada do meu pai. Surpreendentemente, o jantar foi bastante calmo, e conversar com os meus coroas sobre as notícias do jornal daquele dia foi bem interessante. Depois eu tomei um banho demorado e, quando me deitei, consegui dormir sem muito estresse. Eu praticamente apaguei, na verdade. Acordei tarde no outro dia, sentindo alguém me cutucando.

— Filha… — era a minha mãe. Eu me espreguicei, mas quando me lembrei que era domingo, tentei voltar a dormir. Só que a minha mamãe não deixou, queria me acordar a qualquer custo. — Flaysa!

Ela me cutucou um pouco mais forte, me forçando a olhar diretamente em seus olhos, embora ainda sonolenta.

— O que foi? — a minha voz não ajudou, falhou nessa frase.

— Alguém pichou todos os muros de Sweet Amoris!

Ela mandou a notícia na lata, me fazendo despertar de uma vez só. Pichar os muros da escola era problema, muito problema. CRIME! Vandalismo! E dependendo do que foi pichado, o caso fica ainda mais grave.

Mas, só depois de pensar nisso, foi que me lembrei de um detalhe: na noite anterior, na porta da gravadora, eu encontrei a Debrah segurando uma peruca parecida com o meu cabelo em uma mão, e uma lata de tinta spray na outra. Imediatamente associei essas informações com a hipótese de que ela poderia ser a vândala, mas deveria ter se disfarçado de mim para parecer que fui eu quem cometeu o crime!

Imediatamente comecei a suar frio.

— A senhora tem certeza disso, mamãe?

— É claro, minha filha! Está passando na televisão!

Quando eu fico muito nervosa eu costumo estalar os dedos das minhas mãos, como fiz neste caso aqui. Eu tenho essa mania até hoje.

Eu corri para o banheiro, liguei o chuveiro na água morna, tomei um banho para despertar completamente e conseguir pensar e colocar as ideias no lugar. Depois de me vestir, eu liguei para o Lysandre.

— Alô?

A voz dele era de sono. Certo, eram aproximadamente oito da manhã de um domingo, qualquer adolescente normal estaria dormindo a uma hora dessas.

— Eu te acordei, Lys?

— Flaysa? — obviamente o acordei, já que ele demorou a processar que era eu quem o tinha ligado. — Sim, minha coelhinha, mas isso não é problema. Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu sim, um verdadeiro desastre! — ok, eu estava sendo um pouco dramática. — Você pode me encontrar no café daqui a 30 minutos?

Tinha uma cafeteria na esquina da rua da escola, na qual eu gostava de comprar um cappuccino para ir tomando durante as aulas todos os dias. Meus amigos também costumavam frequentar lá, então ali tinha basicamente se tornado o nosso ponto de encontro quando precisávamos conversar.

— Eu posso.

Acho que o Lysandre entendeu que se tratava de algo muito sério para eu estar o ligado antes das oito da manhã de um domingo! Ele desligou imediatamente e sem questionar nada. 

No prazo estipulado estávamos reunidos lá. Um pouco mais a frente, na porta da escola, era possível observar várias pessoas aglomeradas observando os muros pichados, enquanto alguns policiais tentavam os fazer manter distância do lugar. Ao fundo, uma equipe de repórteres gravava uma matéria sobre o ocorrido.

Sabe, no Brasil pode ser a coisa mais normal do mundo uma pichação num muro, mas aqui na França não é. Aqui é visto como um crime realmente, vandalismo, uma das coisas mais repugnantes que um cidadão poderia fazer. E por isso eu estava tão nervosa. Por mais que eu ainda tivesse 17 anos, fosse legalmente menor de idade, eu teria que pagar um preço pelo crime, se caso a minha dedução estivesse correta.

— Me deixa entender. — Lysandre me ouviu atentamente durante a história. — Você acha que a Debrah pichou o muro disfarçada de você para te incriminar?

— Lys, você viu ontem como ela me olhou na porta da gravadora! Eu não estou exatamente com medo dela, mas estou preocupada.

— Eu sei disso. — ele segurou nas minhas mãos, me tranquilizando um pouco, de certa forma. — Mas você não acha que essa seria uma jogada muito burra e arriscada da parte dela?

— Burra porque, se for desmascarada, ela pode ser presa, e arriscada porque existem várias chances do plano não dar certo?

— Exatamente isso.

Com a frase dele, eu fiquei mais pensativa, mas não deixei de permanecer preocupada. Ele me puxou para um abraço quentinho e fez carinho no meu cabelo.

— Não vamos nos precipitar, viu, coelhinha?

Lysandre colocou esse apelido em mim do nada, coelhinha, e vê-lo me chamando dessa forma me causou um certo estranhamento a princípio.

"Coelhinha", Lys? — olhei pra ele, de supetão, e com um leve corado nas bochechas.

— Você não gostou de ser chamada assim?

Não é que eu não gostei, na verdade eu gostei sim, mas naquela hora eu estava pensando em outras coisas e, ainda por cima, estava tão preocupada, que eu acho que acabei chateando o menino.

— Eu adorei. — tentei reverter a situação. — Achei um apelido muito fofo!

Depois de mais alguns segundos abraçados, nós tentamos nos aproximar do muro pichado. Conseguimos apenas quando notamos Rosa e Leigh mais na frente e decidimos ir até eles.

— Gente! — cumprimentei a minha amiga e o namorado dela. — Por que vocês também estão aqui?

— Viemos checar com nossos próprios olhos o estrago. — a Rosalya disse. — E a diretora está uma fera…

— Eu imagino que quem fez isso, vai ser levado pela polícia. — Leigh fez uma observação importante, me fazendo engolir em seco e trocar um olhar preocupado com o meu namorado.

Um olhar que, claro, Rosalya nunca deixaria passar em branco.

— Por acaso vocês dois sabem de alguma coisa que nós não sabemos?

A moça dos longos cabelos brancos e olhos cor de âmbar cruzou os braços na nossa frente, esperando um posicionamento meu e do garoto ao meu lado. Ela não ia sair dali e nem parar de nos olhar daquela forma enquanto alguém não dissesse alguma coisa, então eu fui esse "alguém", simplesmente para não me sentir pressionada por mais tempo.

— Eu estou com uma paranóia de que foi a Debrah quem pichou esse muro.

Rosa me encarou confusa.

— Mas ela faria isso como vingança? Ela já não cansou desse teatrinho chato?

— Eu acho que não, amiga. E eu estava comentando com o Lys que ela teria se disfarçado de mim para vir até aqui fazer o "trabalho".

Ela e o Leigh olharam de mim para o Lysandre.

— Mas como vocês conseguiram deduzir isso? — o namorado da Rosa perguntou, olhando diretamente para o irmão. — Vocês não sonharam com isso, com certeza…

— Na saída da gravadora, ontem, nós vimos a Debrah com uma peruca e uma lata de tinta spray nas mãos. — e isso foi o que o meu namorado respondeu. Ele e o irmão ficaram se encarando por alguns segundos, o Leigh parecendo processar aquela informação.

Rosa aproveitou esse momento de brecha para tocar no meu ombro esquerdo.

— Flaysa, tendo sido ela ou não, é importante que você saiba que a pessoa responsável pelo ato vai ser punida severamente! No pior dos casos, se for algum menor de idade, os pais dele ou dela podem até ser presos!

E no caso da minha família, seríamos deportados para o Canadá. Essa história já tinha ido longe demais. Se toda essa teoria fosse verdade, eu teria apenas que provar a minha inocência.

— E como vão fazer para encontrar o culpado? — eu fiquei tão abismada que nem reparei que fiz uma pergunta óbvia.

— Estamos aqui a mais tempo do que vocês, vimos a polícia coletando digitais do muro. — Leigh me respondeu.

— Sim, e além disso, — a Rosa completou a fala do namorado. — a diretora está com dois policiais e a professora Delanay lá dentro, verificando as imagens das câmeras externas. 

Então eu tive uma brilhante ideia…

— Eu vou entrar lá!

Eu sei, foi uma péssima ideia. Mas eu não pensei nisso nem por um segundo sequer. Sai correndo em direção ao portão de entrada e, antes que conseguisse dar um passo para dentro do pátio, alguém segurou o meu pulso.

— Me desculpe, mocinha, mas não pode entrar aí.

Era uma policial. Alta, morena, de pele dourada e olhos escuros como jabuticabas. Seu semblante estava totalmente fechado e rígido, ela claramente falava sério comigo.

— Mas eu sou aluna! — protestei. Olhei rapidamente para atrás da mulher e notei que Leigh, Rosalya e Lysandre se aproximavam de mim e dela.

— Mesmo assim, não pode entrar. Apenas pessoas autorizadas.

Ao olhar para o semblante dos três ali, apenas a alguns metros atrás, assustados e chocados com a minha reação repentina, eu decidi recuar e voltar para perto deles. Só que, depois de levar um sermão da minha melhor amiga e decidirmos nos retirar dali, ouvimos uma voz muito autoritária e familiar nos chamando.

— Ei, vocês quatro aí!

Automaticamente nos viramos novamente em direção ao portal de entrada da escola, mas dessa vez nos deparamos com a seguinte cena: a diretora, no topo da escada principal, rodeada pelos dois policiais e pela professora Delanay, segurando um monte de papéis nas duas mãos. Pela sombra das impressões, dava pra ver que eram fotos.

— Vocês quatro, na minha sala agora!

Incrível como que eu congelei todinha apenas com essa frase. Definitivamente eu tive uma crise de ansiedade interna durante esse acontecimento, e com certeza ser chamada na diretoria em pleno domingo não era sinal de que tudo está bem.

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Finalmente, né, gente, saiu um capítulo novinho!

Desculpa pela demora :( eu estive um pouco ocupada com o meu TCC, e, provavelmente ainda hoje, eu postarei um novo capítulo dele também.

Mas, bem, estamos na reta final dessa história que eu adorei escrever!

Me digam, o que estão achando? Será que a teoria da Flaysa estava correta?

E esse final, hein? Vamos concordar, ser chamado(a) na diretoria já é angustiante, imagina ser chamado(a) na diretoria em pleno domingo? KKKKKKK eu estaria morta e enterrada!

Enfim, vejo vocês no próximo capítulo!

Beijinhos, se cuidem e bebam água!

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