02 - EMPATHY
ᴱᴹᴾᴬᵀᴵᴬ
¹⁵ ᴰᴵᴬˁ ᴰᴱᴾᴼᴵˁ
MEU SEXTO JOGO, era para onde eu estava indo. Eu não esperava nada menos que puro desespero da parte dos desconhecidos que me acompanhariam. Esse lugar era oficialmente um pesadelo. Eu já estava totalmente despedaçada, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Tinha acabado de sair de casa e por sorte a arena era perto de onde eu estava. Não sei se o plano de ficar em minha própria casa, um lugar que eu já conhecia como a palma da minha mão, foi extremamente inteligente ou só não pensado pelos outros. Me pergunto aonde todos eles estavam. Eram tantos nos jogos, mas após eles, silêncio e solidão total.
Minhas roupas estavam lutando para sobreviver junto comigo. Meu uniforme que antes era uma calça, uma blusa e um casaco, agora era um pequeno short rasgado, e o casaco amarrado. Deixando à mostra minha pequena tatuagem na barriga, parecia uma fantasia de Halloween. A blusa havia sido usada para minha perna que foi machucada. Meu cabelo era uma das piores partes, após meu segundo jogo, resolvi cortar ele. Nunca tive o cabelo tão curto antes, mas também nunca estive em jogos de sobrevivência antes então estou aberta a mudanças. Mesmo estando em minha própria casa com todas as minha roupas, não sei se iria trocar essas agora. Assim como no mundo normal, esse é meu uniforme de batalha, assim que os telões se acendem, visto os meus trapos e saio a busca de mais dias no visto.
O jogo de hoje seria em um hotel, antes de entrar analiso todo o local, as luzes piscando, os carros na frente, e três garotos assustados junto de uma mulher e uma garota que parecia ser estudante.
— Não! — eles me alertam antes de eu passar pelo lazer
— Calma, não é meu primeiro jogo. Preciso de dias no visto. — pego o celular esperando o início do jogo
— Visto? — um garoto que parecia não tomar banho a dias perguntou
— Primeira vez não é? — perguntei deixando os três mais confusos ainda
— As inscrições estão encerradas, o jogo vai começar. — disse a voz irritante de sempre
— Jogo? — a estudante disse
— Jogo: morrer ou viver. Dificuldade: três de paus.
— Três de paus?
— O que isso quer dizer?
— Jogo em equipe. — falei olhando novamente para o celular
— Regras: escolha a porta correta no tempo estipulado. Condição para vencer: sair do prédio no tempo limite.
Vi a porta do elevador abrir então logo entrei sendo acompanhada pela mulher. Os outros ficaram parados nos encarando.
— Se vocês demorarem vão morrer. — ela disse fazendo eles nos acompanharem enquanto a porta fechava
Assim que a porta abre novamente tenho a visão de duas portas. "Viver" e "morrer". Jogo de sorte? Não pode ser. É um jogo de paus, a não ser que tenhamos que sacrificar uns aos outros.
— Isso é mesmo um jogo? Na verdade, tá começando a ficar interessante. — o de camisa social falou começando a gravar, me fazendo olhar para o mesmo com desaprovação — Com toda certeza isso é algum evento promocional.
— Eu quero voltar pra casa. — a garota que estava ao meu lado se afastou um pouco com um olhar de medo
Parece que meus trapos do exército funcionam.
— Vai ficar tudo bem, você tá com a gente. A gente vai conseguir o cupom e voltar pra casa.
— Cupom?
— Com certeza a gente vai conseguir um.
— Não tem cupom. — sai me aproximando dos garotos que analisavam as portas
— Um minuto.
A voz anunciou me causando um pingo de nervosismo, o suficiente para esconder.
— Eai, qual vocês acham que é?
— Sei lá.
— A gente escolhe pra viver ou pra morrer? Eu não escolheria o esqueleto. — o garoto falou rindo
— Não acho que é "viver", seria muito óbvio. Mas se pensar assim "morrer" seria a óbvia. — falei pensando — É só entrar em qualquer uma é ver no que vai dar.
— Como assim ver no que vai dar, a gente vai morrer! — a mulher disse indignada
— A gente vai morrer por um cupom?
— Então por que você não vai? — a garota falou finalmente se impondo
— Porque pelo visto quem entrar na porta errada vai morrer, e esse alguém não vai ser eu — não era óbvio?
— Você é uma pessoa terrível.
— Que pena. Vai abrir a porta ou não?
— Ela é ruim mesmo, mas eu também não tô muito afim de ir. — o de camisa social concordou comigo
Á esse ponto já estava subindo um gás pelo chão.
— Existe uma coisa chamada empatia, você deveria ter um pouco. Eu vou abrir a porta, porque diferente de você, eu não sou um monstro. — a garota andou até porta olhando para mim
Ela abriu a porta e em poucos segundos foi atingida pelo lazer, caindo com tudo no chão. Me viro indo até a outra porta.
— Viva a empatia. — entro sinalizando para os outros entrarem
Os garotos estavam parados em total choque.
— O tempo limite para essa sala é um minuto e cinquenta segundos.
— Cara ela morreu mesmo!
Estávamos finalmente entrando na última porta, o garoto que pelo visto se chamava Arisu tinha descoberto o esquema do jogo. Esse garoto era um gênio. Matemática nunca foi meu forte, eu era boa, nunca tirei uma nota ruim, mas não pensava tão bem sob pressão.
— Deu certo! — os garotos comemoravam quando entramos na última sala
Vejo Arisu ficar parado, não era a reação que eu esperava. Ele pega o seu papel e anota novamente, dessa vez não tínhamos saída.
— Já que não dá pra ir pra direita, vamo pra parede da frente. — os três foram até a porta mas eu continuei parada ao lado do garoto
— Espera um pouco! Eu posso ter perdido algum detalhe. — ele pensava silenciosamente enquanto eu encarava o papel
— O vídeo. Você gravou um vídeo quando a garota abriu a porta não foi? — eu disse apontando para o garoto de camisa social
— Isso! — Arisu correu para perto do garoto
Vimos o vídeo todo e quando a garota entrou na sala paramos ele. Não tinha porta.
— Não tem nenhuma porta na sala que a garota entrou.
— O que isso quer dizer? — a mulher falou
— Que tem uma outra sala atrás daquela porta! — falei correndo até a outra porta, abri ela rezando para que estivesse certa
Quando todos entramos nos deparamos com mais duas portas, o garoto tinha acabado de queimar toda sua perna, tínhamos apenas dez segundos. Nesse momento eu não conseguia escutar mais nada, minha mente estava extremamente confusa. Vi Arisu abrir uma porta e sem pensar duas vezes segui o garoto deixando a sala em chamas. Eu sobrevivi, de novo. Desci as escadas correndo e quando cheguei no chão deixei minhas pernas descansarem, desabando no monte de lixo.
— Jogo zerado, parabéns.
— Só conseguimos por causa de vocês.
— Obrigada. — falei tentando me levantar
Vi a mulher se levantando e indo em direção à carta que estava em cima da mesa. Corri até a mesa segurando a carta.
— Espero ver vocês em um próximo jogo, que não seja de copas de preferência. — enfiei a carta no bolso e corri deixando o grupo
— Os sobreviventes do jogo agora vão receber um visto. — ouvi a notificação do celular
Parei no lugar mais longe que consegui para me recuperar antes de chegar em casa. Segurei firme a carta olhando para a mesma.
— Eu tô chegando Aiko, me espera.
Oioi gente, só vim trazer essa atualização pra avisar q tô com um bloqueio enorme e ainda estou escrevendo partes antes do dez de copas. Talvez eu poste mais rápido quando eu chegar na segunda temporada. Mas enfim, obrigada por quem esta acompanhando, amo vcs!!
Votem e interajam pfvr. Até o próximo capítulo!
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