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004. Encontro

— Eu esperava te encontrar de cabelo curto — Giovanna falou, se aproximando por trás da menina. — Mas não posso negar que você fica uma deusa de cabelo comprido.

— Fazer o que, né… O trabalho não me permite ficar sem um coque — Cindy, que antes prestava atenção no radar do jato, desviou o olhar para a policial, que se sentou no banco do co-piloto. — Aliás, eu fico uma deusa de qualquer jeito.

— Estou realmente surpresa — Giovanna se encostou no seu assento, enquanto fitava a sargento à sua frente por inteiro. Reparou nos poucos fios de cabelo negros soltos que caíam por cima de seus olhos puxados. Observou, também, o sorriso ladino que a mulher portava em seus lábios carnudos e rosados, o que a fazia parecer extremamente atraente. Mas o que prendeu a atenção da policial foi o fato da sargento estar usando a sua farda com alguns botões superiores abertos, o que deixava uma parte de seus seios à mostra. Inclusive, estava dando para ver uma parte da renda do sutiã alheio. — Você não parece ser alguém que segue regras. Eu tamparia isso antes que algum homem superior seu entre aqui.

— Homem? — A outra olhou em volta rapidamente. — Só tem nós duas aqui. Aliás… — Agora foi a vez da asiática olhar a policial de cima à baixo, antes de parar o seu olhar sobre os lábios alheios. — Você já me viu sem nada disso, por que está me mandando me tampar?

Giovanna suspirou e desviou o olhar da garota. Encarou o painel de controle da aeronave porque sentia que se não inventasse alguma desculpa, elas acabariam transando ali dentro, como faziam nos velhos tempos em que ficavam sozinhas em algum lugar lá em São José dos Campos.

— Você encontrou alguma coisa? — Claramente ela queria cortar aquela conversa. Fazia tempos que não tinha uma conversa pessoalmente com Cindy, e por mais que gostasse e desejasse sentir os seus toques outra vez, não seria daquela forma, em um ambiente de trabalho e sem uma conversa séria sobre a última briga que tiveram que isso aconteceria.

E Cindy pareceu entender o recado. Ela bufou, se ajeitou na sua poltrona, pegou um aparelho celular antigo e pesado que estava em cima do painel de controle e o jogou na direção da policial, que foi esperta o suficiente para segurá-lo antes que ele atingisse a sua coxa.

— Encontrei esse tijolão nas coisas do Samuel — a asiática falou. — E tava ligado.

— Acha que houve interferência de sinal? — Giovanna examinou o aparelho. Ela sabia que era perigoso voar com os celulares ligados atualmente por correr o risco do sinal dos telefones atrapalharem a comunicação dos pilotos com a torre de controle. Se com smartphones atuais era perigoso, imagina com celulares de antena dos anos noventa?

— Eu não tenho dúvidas — a sargento pegou um gravador que tinha deixado por cima do painel de controle. — Se liga nisso aqui.

Ela colocou uma gravação para rodar, uma gravação aparentemente da caixa preta do avião. Se tratava de um diálogo entre o controlador de vôo e o piloto. Nela era perceptível que houve um equívoco por ambas as partes. O controlador disse para o piloto seguir para um setor, que seguiu e confirmou que foi para outro, porém o controlador não o corrigiu, enfim, era uma confusão que só! Giovanna não conseguia esconder a sua frustração através de suas faces, e quando viu que as caretas dela estavam ficando muito intensas, Cindy parou a gravação.

— O mais importante já foi — concluiu. — Acho que você entendeu que o baixista deveria ser questionado sobre o que é isso aí.

A policial assentiu. Tiraria um tempo para questioná-lo mais tarde, quando se reunisse com a banda outra vez.

— Agora, Cindy… — Giovanna guardou o celular em um de seus bolsos e depois voltou o seu olhar para a face da asiática. — Eu gostaria que me ajudasse a encontrar a família do co-piloto.

— Ontem, depois que você me ligou, eu fiquei horas acordada até de madrugada pesquisando sobre ele — ela cruzou os seus braços na frente do peito. — Descobri que portamos o mesmo sobrenome, Takeda.

— Mesmo? — Aquilo interessou Giovanna. — Seriam vocês parentes?

— Eu não sei — Cindy ergueu ambas as sobrancelhas. — Tenho que pesquisar a minha árvore genealógica porque não conheço todo mundo da minha parte japonesa.

— Se bem que, se vocês fossem parentes, aliviaria muito a minha barra… — A policial deixou escapar tal frase, como se estivesse pensando em voz alta.

— É. Aliviaria a sua e sujaria a minha — Cindy a fitou nos olhos, seriamente. — Não quero mais problemas para a minha cabeça.

— Então isso quer dizer que você não me ajudará?

— Isso quer dizer que eu te ajudarei, porém, em troca, quero um beijo seu.

Para quem conhecia Cindy como Giovanna conhecia, era impossível não notar a pontada de verdade por trás do seu tom brincalhão. Tal fala fez a policial sorrir como se estivesse rindo, mas para quem conhecia Giovanna como Cindy conhecia, era impossível não perceber que ela estava, na verdade, envergonhada.

A policial se levantou do assento do co-piloto e foi até a saída da aeronave. Porém, antes de ir embora, olhou novamente para a sargento e pronunciou:

— Se eu pudesse, te daria muito mais do que um só beijo.

— Sabe, eu gostei dessa ideia — um sorriso debochado despontou no canto dos lábios da asiática. — Por que não tenta?

— Não antes de termos uma conversa séria sobre nós — essa frase da policial desmanchou o sorriso da outra garota. Para Cindy, aquele papo antigo já estava encerrado, porém para Giovanna ele era tão atual quanto a volta dos Mamonas Assassinas. — Aliás, eu tenho que me encontrar com a banda e interrogar um baixista, como você mesma me disse para fazer.

— Verdade. Me esqueci que, para você, o trabalho é mais importante do que a gente — Cindy ficou visivelmente alterada com a fala da policial. Até virou o rosto para o outro lado após pronunciar esta última frase. — Aliás, já que faz parte do seu trabalho, aonde estão os tais Mamonas Assassinas? Por que não me leva para conhecê-los, assim como você fez com a sua prima?

Giovanna respirou fundo antes de pensar em algo que respondesse a garota.

— Não tente se comparar com a Raquel, Cindy. Você sabe que vocês duas são importantes para mim, de formas diferentes.

— Ah, é? — À essa altura, o tom de voz de Cindy se elevou ao ela virar o seu rosto repentinamente em direção à mulher parada na porta. — Se eu sou importante para você, por que você simplesmente insiste em deixar o passado afetar nós duas? Ou por que você não faz algo mais simples e me convida para ir contigo até o encontro com a banda? Não foi você que me pediu ajuda com a investigação?

Giovanna encarou profundamente a menina. Com aquele breve encontro, ficou perfeitamente nítido que Cindy ainda considerava a policial muito mais do que uma simples amiga ou colega de trabalho. Afinal, desde quando eram adolescentes e moravam em São José dos Campos, elas já ficavam às escondidas. Mais do que isso, elas eram o refúgio uma da outra para os problemas pessoais que enfrentavam. E Giovanna, de fato, nunca se esqueceu de nada disso. Porém, com o passar dos anos, as coisas mudaram entre elas: a maturidade, os problemas e, inclusive, os ciúmes.

E foi justamente por causa dos ciúmes que a policial ficou receosa em responder a sargento, a princípio. Ela sabia que Cindy não gostaria nada do que estava prestes a ouvir, porém pensava que, se escondesse esta verdade especificamente dela, as coisas poderiam ficar piores entre as duas.

— Porque eles estão na casa do tenente George. De madrugada o tenente se ofereceu para levá-los para a sua casa, já que não tinha para onde eles irem, até então.

Como se fosse ensaiado, a face raivosa da asiática se tornou, em um instante, uma face triste. Aquilo significava que a policial teria que ir até a casa do seu superior, aquele que já lhe fizera ter os seus piores pesadelos. A sargento se encolheu na sua poltrona. E, olhando para esta, Giovanna soube que ela precisava ficar um tempo sozinha para colocar as suas ideias em ordem e saiu do lugar, porém se segurando para não voltar para dentro do avião e dar-lhe um abraço apertado.

Já no pátio do Aeroporto de Guarulhos, ela olhou para o seu relógio: meio dia e quarenta e sete. Sinal de que ela teria uma hora e treze minutos para almoçar antes de se juntar aos meninos da banda na casa do seu superior.

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