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❝ A celebração esquecida ❞


     

      Jake não chorou na noite anterior, ele não tirou o peso de suas costas. Ele esperou por duas horas Miles voltar, suas íris fixadas na porta com uma grande esperança em seu coração. Houve uma tristeza em seus olhos sonolentos e doloridas pelas luzes, do tipo que é agonia em todo o clima estranho em sua casa. Particularmente hoje, Jake não se sente disposto para nada, suas costas tremem em um zunido de dor. Ele se culpa, cair de sono no sofá sentado foi uma idéia estúpida. Embora ele tenha acreditado que em alguma hora, Miles voltaria para casa. Foi tenebroso em sua linha de pensamento que seu pai sabia de tudo, as vozes em sua cabeça confirmando suas paranóias que nada voltará a ser como antes. Mesmo com toda a dor que ele guarda, o dia parece trazer mais estranheza.

     Participando da atividade no laboratório específicamente de dissecação de anuros, ele assiste na primeira cadeira na segunda fileira Daniel Kim escolher sua parceira. Uma garota que Jake escolheria se não fosse por Kim, não houve outra opção e Olive ficou com Luke. Tanto quanto Jake, Ryle encara Madley ao lado de Daniel. Banks parece triste pelo sapo usado, mas Daniel deu a impressão que estava prestes a vomitar,  Jake mentiria se não dissesse que isso lhe tirou um erguer mínimo nos cantos da boca. Mas Daniel, escolher Madley? Alguém que ele desprezou ou fez pouco caso em todas suas declarações de amor. Mesmo com Madley odiando chamar tanta atenção, fez por ele, mas ele a menosprezou.

   Madley aparentemente parece serena e concentrada, talvez as investidas de Félix em ser um namorado legal tenham funcionado e ela não vê mais Kim como um namorado perfeito.

     Ryle resmunga, algo como é nojento os pulmões do sapo. Ele cutuca inúmeras vezes com a pinça, Jake fita seu professor seguindo as instruções do mais alto.

      — Ryle. Por favor coloque as luvas, e faça as anotações não vou pedir de novo. — Repetiu o professora de biologia. — Em primeiro lugar cortem o sapo na vertical, de cima pra baixo com o bisturi. Com cuidado agora.

    Com extremo cuidado Jake afundou o bisturi da camada seca do anfíbio, ele não sangrou no segundo que Olive arrasta a lâmina e seus olhos azuis vêem a pele se desfazendo. Embora fosse nojento e o loiro não conseguisse engolir saliva se formando em sua boca, ele continuou até chegar ao fim onde o professor havia dito. Ele pode ver um dos órgãos vermelhos, mexendo um pouco com a pinça Jake pode ver pulmão pouco desenvolvido com uma cor escura, outro pulmão pequeno ocupando pouco espaço mais aberto escondido na esquerda.

   Jake levou sua outra mão para seu bloco de anotação distribuído para todos os alunos. Ele escreve de um lado, e do outro lado com a pinça cutucando e retirando os órgãos com cuidado para analisar oque está por baixo.

       — Alunos me tirem uma dúvida? Qual o habitat do sapo? — Perguntou ele.

      — Sapolandia? — Indagou Ryle com uma careta.

      — Sei que pode fazer melhor que isso.

      — Sapos costumam ficar em lugares úmidos, eles são muito dependentes da água. Sempre estarão onde tiver umidade, então eles podem estar escondidos dentro de casa, no encanamento...— O professor concordou com tudo que Jake dissera, mesmo que seus olho tivessem voado para Daniel no momento que ele ergueu sua mão. Transpirando com lábios úmidos, Madley do seu lado parece confusa.

       — Fale Daniel?

      — Não vou fazer isso. Estou passando mal. — Foi repentino, mas visto como ele suou o professor assente. Mas ele não parece cooperar com a tentativa de Kim sair desta aula.

 

      — Daniel, não tem sangue nem nada. Está aula é para estimular, e quero uma participação ativa de todos meus alunos. Sente ai. — Mas Kim se levantou, uma expressão séria passou por seu rosto e sua postura dura.

 

       — Não sou obrigado a fazer nada. Não preciso.

      — Tudo bem, só não tera nota nesta aula. — Daniel vacilou, mas passou. E agora ele parece rebelde.

      — Não pode fazer isso, meu pai ajudou com todos os equipamentos desta sala. — Daniel ficou indignado, está situação deveria ser levada em consideração.

        — Como assim? — Perguntou Jake a Luke.

      — Alguns meses o laboratório não tinha equipamentos com bom uso, então por causa de Daniel o laboratório ganhou muitas paradas novas. — Sussurou Luke ao lado de Jake. — Eu até tentei ser amigo dele, mas ele disse que eu era burro demais.

 

 
      — Você não pode me dar uma nota ruim, vocês professores tem o dever de me deixarem no meu posto de melhor aluno. — Daniel bateu com seu indicador na mesa.

      — Daniel seu pai nos ajudou porque ele quis, você não pode ordenar sobre suas notas. Somos nós que determinamos se você é um bom aluno ou não.

      — Meu pai deu dinheiro pra essa escola porque eu estudo aqui. — Rebateu convencido.

     — Senta seu filho da puta. — Ameaçou Ryle ríspido e massageando os lados de sua cabeça. — Nossa você é um pé no saco — Ryle ofereceu seu deboche e mau humor evidente, com escárnio perante os olhos negros de Kim. — Vai se queixar para o papai e cale a boca. Estou estudando. — Sua última fala Jake duvidou, entretanto o loiro quis evitar qualquer discussão.

     — E desde quando você se importa em estudar? — Indagou ríspido. — Sua maior nota foi um B menos. — Ryle se virou encarando o garoto de pé, os olhos de Kim se esmagam para ver a expressão. Sua testa franzida e um riso forçado foi o suficiente para Wilson se levantar de sua cadeira.

    Madley conhecia os sinais, os sinais de que seu amigo estava prestes a começar uma briga sem sentido. Jake por outro lado, ansiava há muito tempo que alguém batesse em Daniel. Contanto que não fosse ele, infelizmente a força física de Kim era mais que a sua, mas não tanto quanto de Wilson. Mesmo assim, Jake duvidava inúmeras vezes se Daniel fosse revidar qualquer tentativa de agressão.

     — Vamos parar agora. Meninos está tudo bem, você tem razão Daniel. Sapos são nojentos — Madley suspirou. — Peças desculpas a Ryle e acabou.

    — Talvez, se ele soubesse soletrar a palavra “desculpe” — Wilson passa a língua leve pelos lábios e morde, como se duvidasse da coragem de Daniel.

    — Seu mauricinho de merda. — O primeiro soco  ocasionou nos cantos da boca de Jake se curvando, isso era muito mais divertido do que dissecação de sapos. Suas mãos se fecham depois que Kim caiu no chão, levando parte da mesa junto. Madley abriu sua boca berrando o nome de Ryle como uma bronca severa, mesmo com Banks ali, obviamente Wilson não parou. Havia alguma coisa em brigas que cativa Ryle, talvez os socos, o sangue, os desafios ou seus rostos manchados depois que duvidam dele. — Levanta desgraçado, cê vai leva porrada.

    O professor chamou seu nome uma vez, com um inalação tensa já familiarizado com o delinquente e desatento. O professor marchou até a diretoria, pedindo aos mais velhos para acalmarem a confusão da turma do terceiro ano. Eles não precisaram adivinhar, perguntando o nome de Wilson e foi o suficiente para saber. Jake gargalhou ao ver Daniel se esquivar e usar Madley como um tipo de escudo, empurrando a garota na frente dele. Foi hilário, Daniel era um covarde. Mais covarde que Jake. Foi uma cena incrível, o sentimento de culpa ou de dor no peito se evaporou temporiamente graças a confusão das pessoas e Wilson, que Olive menos gosta em todo colégio.

 

    O moreno segurou os braços de Banks em uma falha tentativa de arrasta-la para canto e bater em Kim, Daniel o xingou, mas nenhum efeito teve em Wilson. Os olhos azuis parecem divertidos e descontraídos, parece que um soco na cara em uma manhã de laboratório pode animar alguém com problemas sérios em casa. Para seu azar o diretor e dois dos funcionários vieram, a traição nos olhos de Kim foram tão incríveis. Era como se os funcionários tivessem a obrigação de servir a ele apenas pelo dinheiro do pai, ou pelo poder que ele achava que tinha com seu dinheiro, mas não funcionou. O garoto era um aluno como todos e foi levado. Jake lançou um joinha na porta no momento que Kim se virou para menosprezar seu professor e ele acabou olhando de relance para o loiro. Isso era uma vitória, hoje Jake ficaria em primeiro lugar. Menos em matemática, esses exames ou atividade ele sempre tiraria o famoso F.

    Por isso será ótimo uma faculdade de direito, ele seria um ótimo advogado. Ele só teria a necessidade que no futuro fosse mais sociável, e comunicativo. Bem, ele terá de aprender. De qualquer forma Madley ficou como dupla da garota que se juntou a Ryle, atrás de Jake.

      — Bom, vamos voltar a nossa aula. — Disse o mais velho com um encolher de ombros. Jake virou ligeiramente com o canto do olho, Madley ergue sua cabeça em segundos com um ruído questionador.

      — Por que ele te escolheu?
 

      — Não faço idéia, ele tem sido estranhamente, quase legal comigo. Oque deu nele?

      — Desde quando ele está assim? — Isso chamou sua atenção e uma centelha de desconfiança surgiu no rosto do loiro, os olhos de Madley se tornaram fagulhas de um sorriso apaixonado notado por Jake.

      — Desde do presente do meu namorado perfeito ~ cantarolou extasiada com os braços e cabeça decaindo na mesa, lábios bobos e apaixonados de uma garota sonhadora. Jake negou com a cabeça, Madley não parece preocupada com a mudança repentina de Daniel.

     — Um aviso, não espere coisas boas vindo daquele idiota. — Jake teve a leve impressão de Madley estava em seu mundinho do arco íris agora, Banks concordou com a cabeça olhando para qualquer ponto.

    Há cerca de 21 minutos depois Ryle e Daniel aparecem. Kim está marchando duramente agarrando sua mochila, retirando suas luvas e jogando na lata de lixo.

      — Isso é uma palhaçada. — Resmungou Kim batendo a porta.

      — Oque houve? — Indagou Madley movendo sua cabeça conforme Wilson andava, o moreno estalou sua língua no céu da boca.

     — Nada que eu já não tenha me acostumado, três dias de suspensão e vir aqui no sábado. — Deu de ombros agachando ao lado de Madley, Ryle riu baixo e Jake sentiu um beliscão no seu braço ardendo rapidamente.

      — Seu desgraçado, isso dói. — Jake xingou, mas Ryle apenas parece zombar de sua expressão irritada. Ele massageia o braço quando Wilson se alegra.

     — Ouça frajola você vai gostar. John Lennon tentou subornar o diretor — Jake arregalou os olhos e fitou Madley que abriu a boca em um “O” desfazendo em uma curva de lábios desacreditada.

       — Oque? — Ryle da uma gargalhada e o professor ignora sua presença antes que se inicie outra confusão. — O Daniel tentou comprar o professor?

     — John Lennon disse ao diretor que ele não poderia ter nenhuma suspensão ou nota ruim, e depois veio um monte de merda. Comprar ele ou quanto ele tinha que pagar pra sair dessa aula com uma nota, da pra acreditar no que aquele cara faz por uma nota? — Debochou Wilson.

      — O esforço que ele fez é equivalente oque você faz pra escrever seu nome. — Olive não esconde o sorrisinho maldoso em seu rosto.

        — Dei um soco em um nerdola, posso fazer de novo. — Provocou Ryle rabugento ao ser testado e provocado.

 

       — Você não vai bater nele.

      — Você nunca deixa eu fazer nada divertido, parece minha mãe.

    Ryle teve que sair em algum momento, a mando do professor é claro. Ele estava livre todo o final da tarde, porém era evidente que Kim não. Jake notou isso no momento que ele saiu do banheiro secando suas mãos na camisa, Daniel usava o bebedouro com a alça da mochila segurada pela mão esquerda. Ele amaldiçoou o bebedouro chutando sua placa de metal e afundando com o tênis, Jake observou andando até a próxima sala. Olive só tinha que ir até seguir até sua sala, mas ele o fez? É claro que não, ele estava por cima de Daniel.

    Um garoto raivoso e quieto que ignorava a existência de Jake, mas o loiro não fez o mesmo. As provocações de Daniel se gabando em ser o melhor o levarão onde está, sentado em um banco até o horário que seu motorista venha. Isso quer dizer que resta mais três horas para ele ficar sentado no banco, já que seu motorista tem um horário programado e ligações da escola para sua casa ou qualquer outro não funcionaria. Jake se aproximou inocentemente, fitando o garoto bufar e bater o pé como uma criança birrenta. No tempo que vagarosamente a cabeça de Kim se vira, já percebendo quem estava ali vendo-o.

   A boca de Jake curvou de leve.

       — Oque você está olhando? Veio zombar mim Olive? — Questionou Kim rude.

      — Imagina, você está encrencado o suficiente com o papai. A propósito, diga a ele como você tremeu de medo por um sapo morto. — Jake sorriu ao ver os olhos de Daniel tremerem, provocar não era algo que Jake faz. Porém Kim tirava-o do sério, porque não fazer o mesmo e aproveitar a vitória uma vez.

      — Está se gabando por quê? Tirar uma única nota maior que a minha? — Daniel se levantou, com um suspiro e seu ar de superioridade que Jake odeia. O loiro debochou antes de franzir o cenho. — Não fique tão animadinho, você sempre ficará em segundo lugar Olive, por causa de uma coisa tão básica que é matemática. O segundo lugar, o lugar dos patéticos e idiotas como você. — Disse ele em pura seriedade, Jake negou. Até em provocar o maldito era melhor. — Você entende o quão engraçado soa? Você não conseguir ser melhor que isso por uma matéria?

       — Consigo ser melhor que você, em muitas coisas. — Jake virou as costas, acabou que o tiro saiu pela culatra e ele que ficou bravo.

  Porém, Daniel o chamou:

       — Espere, Olive. — Kim caminhou até ele, pegando em seu ombro e rapidamente levamos um solavanco que ele desviou por pouco. Sorte de Daniel o loiro ser mais baixo que ele.

      — Não encoste em mim merda. — Olive o encarou em confusão. — Oque você quer? — Jake farfalhou sua roupa enquanto Kim rejeita o desânimo na voz, mantendo sua postura seria.

      — Madley e aquele garoto ruivo estão realmente juntos?

      — Por que isso seria da porra da sua conta? — Olive encolheu os ombros aos suspiros do mais alto.

      — Só responda a maldita Olive, não estou pra brincadeira.

 
 
 
     — Aaa, — o loiro revirou seus olhos, sua cabeça moveu-se para o teto segundos antes de encarar o mesmo. — sim eles estão juntos. Namorando. Sério.

    O garoto parece ofensivo, olhos arregalados e depois ele abre e fecha sua boca. Sua expressão é cheia de desaprovação, e tudo oque Jake vê é uma briga interna em sua cabeça segundos antes da conversa continuar.

     — Com ele... — disse ele negando e olhando para o ponto no chão. — o pai dele é administrador em uma empresa mal direcionada, sabe quantas perdas financeiras eles tem por mês? Trabalho miserável. — Ele não parece estar falando com Jake, mas sim praguejando e jogando suas palavras desagradáveis não se importando com quem vá ouvir.

     — Cara por que você é tão imbecil? — Kim levanta a cabeça, Jake com suas sobrancelhas franzidas parece desacreditado de como esse garoto pode ser desprezível em muitos momentos. — Você nem conhece o Félix e muito menos o pai dele, menosprezando como se tudo que seu pai ou você fizessem fosse melhor.

      — É a melhor empresa. — Jake inalou uma risada. — Você tem que entender Olive, meu pai sempre disse para mim. Um homem tem seu valor e respeito pelo que ele tem, oque ele domina e enriquece. Pessoas miseráveis são vistas apenas pela motivação do outro de não ser aquilo que vê. — Jake esboça tanto amargor pela fala de Kim, o loiro deu um passo para trás.

   A expressão de Daniel não vacilou, ele está convencido do que foi ensinado é o certo.

       — E eu aqui pensando que você era o mais nojento da sua família. — Pigarreou, Jake ergueu uma sobrancelha com uma questão crescendo em sua mente. — Se você é tão digno, ou seja qual merda sua família acha que é. Por que estuda em uma escola pública? — Era inacreditável que eles estavam tendo uma conversa calma, em muito tempo Jake não teve discussão ou provocações. Era apenas respostas e perguntas de duas pessoas qual criaram rivalidade desde que se lembram. Jake gostava de acreditar que Daniel não era tão rico quanto ele demostrava ser, mas depois do que Luke disse. Ele não vê porque um garoto inteligente e com tanto dinheiro estuda nessa escola.

       — Infelizmente minha mãe não compartilha da mesma opinião que meu pai. Digamos que ela queria que eu tivesse amigos, e como meus vizinhos não são tão afortunados, ela queria que eu fosse como eles e criasse um pouco de humildade e empatia.

      — Ela deve ter ficado triste ao ter fracassado. — Jake inclinou sua cabeça. — Mas por quê não podia ser na escola particular?

      — Na minha excelente e com ótima educação, escola particular. Os alunos eram mais reservados, assim como eu. — Daniel contorna seu sorriso arrogante, ao rosto aborrecido do loiro. Jake se vira de costas querendo terminar sua conversa, ele ficou mais tempo do que deveria. — Acha que eles vão ficar juntos por muito tempo? — Indagou Kim, abruptamente em um momento de espanto com a pergunta o sufocando. Jake observa como ele parece enciumado e move sua cabeça para olha-lo. Seus lábios são mordidos com nervosismo, um leve quase nada para que Jake não veja como alguém com sentimentos que possa ser derrubado. Daniel é arrogante e mesquinho demais para deixar seu nervosismo pela resposta do loiro surgir.

      — Eu espero que sim. Madley está feliz com Félix, deixa ela em paz ou falarei pro Ryle. — Jake lança uma careta desagradável, a maneira como Daniel suspira. Olive até diria que ele parece mexido com o relacionamento de Madley. — Mas quê diabos esse cara quer afinal? — Pergunta para si mesmo, movendo sua cabeça para os lados.

    Possivelmente ele não gosta dela, só queira deixar ela sozinha. Ele sentiu coisas demais hoje, tristeza, alegria, indignação e raiva. É visível como tudo parece uma sombra cheia para Olive, ele balança seus pés na direção de sua próxima aula. Sua mente está em outro lugar no entanto, são águas tensas e cheias de complicações. Ele pensa e pensa, são como correntes cheias de palavras e perguntas sem respostas. Colocado em suas costas como um peso extra, Olive não sabe oque fazer quando o assunto se torna noite passada. Ninguém o conhece tão bem quanto Miles, ninguém o leu tão bem quanto Miles. Claro, quando Jake não escondia suas emoções empurrando com estômago todas aquelas confissões vomitadas com um maldito álcool em seu organismo tornado tudo bobo demais. Sua consciência se rebelou contra si naquela noite, ele afrouxou o passo com tudo transbordando em sua pequena cabeça de cabelos loiros ondulados.

      De repente ao passar pela porta braços são jogados em seus ombros, um gritinho bastante agudo e divertido. Uma verdadeira menina de ouro, seu cheiro é lavanda e chiclete de uva, suas roupas macias e seus cabelos cacheados tocam o rosto do loiro como a primavera de manhã com leite quente e cobertores felpudos. Como uma irmã, como uma mãe. Qualquer familiaridade que Jake compartilhe com esse garota que tem fagulhas de felicidade em seu ser. Banks lembra sua tia Cindy, com seu entusiasmo, alegria genuína. Iluminada e formosa, doce e meiga. Madley se afasta com seu tom alegre impressionante. Ela balança o loiro com motivação, chamando seu nome como um mantra cheia de ruídos do seu bom humor anormal de sua melhor amiga.

    Suas mãos são calorosas, e seus olhos castanhos radiantes. Madley é uma garota brilhante, Jake tem a certeza que se pudesse se forçar a gostar de meninas ele se apaixonaria pelo modo como Madley exala feminilidade. Ela não é perfeita, não é magra e nem sabe tantas coisas como outra garotas, mas ela é incrível e atrai todo tipo de gente em sua volta. Desde pessoas como Ryle, a pessoas como Jake. Até mais estranhas que os dois.

     Ele se pergunta por quê Daniel a rejeitou? Sinceramente ela é incrível.

        — Jake Olive, você sabe que dia amanhã!? — Sua voz é alta, ela aperta seus ombros e Jake respira com um leve erguer de lábios. Um riso baixo e as ondas loiras cobrem seus olhos azuis.

        — Uhm? — Indagou ele com um sorriso óbvio, agora com Madley desse jeito. Ele já sabe a resposta.

      — Já pode parar. — Tossiu Félix sentado, Jake não notou ele antes. Ele é muito quieto e menos chamativo com suas cores de roupas escuras e de tecido leve, sem correntes, anéis ou apetrechos no rosto, mas é apenas isso. Não havia nada que o destacasse com estilo emo, como Ryle dizia.

       — Amanhã é seu grande dia, seu aniversárioooo ~ Cantarola balançando o loiro e ignorando os olhos atentos de seu namorado, um pouco ciumento. Entretanto, nada que Madley não possa resolver.

    — Você parece mais animada que eu.

    E isso era uma verdade que Madley deixou transparente com iris cintilantes.


     • • •

    Não bastou muito com o alvoroço de Madley para convencer Jake, ele seguiu eles pelo parque. O sol brilha acima de suas cabeças, Ryle resmungou sobre o calor. Porém Jake notava frestas arrepiantes de ar, as flores desabrocham e nuvens fofas no céu. Banks segura firme a mão de Felix, Ryle está atrás com Estella que foi chamada pelo dito anteriormente. Jake sobrou, andando lentamente e fitando a grama viva parecendo macias como lãs de seu casaco. Entre tanto o desânimo pouco a pouco se torna governante de si, privado de qualquer som do mundo fora de sua cabeça. Nada estava em seus pensamentos, parecendo um eterno vazio aos olhos do loiro. Era como se algo tentasse se preencher, há um solidão em algum espaço que ele não consegue identificar. Seus dedos se curvam nos bolsos de sua calça jeans, e seus globos azuis observam o gazebo branco de madeira que era o centro de piqueniques ou algo semelhante.

     — Não gosto desse lugar, entrou uma farpa no meu dedo a primeira vez que estive aqui. — Resmunga Félix mirando nas madeiras da escada.

    O chão de madeira range contra seu tênis, ele quase não sustenta se curvando como uma onda ao peso de cada um. Madeiras velhas. Jake fez
uma careta no último degrau.

      — Minha nossa, isso aqui é uma bela porcaria. — Ryle comentou, sinceramente a pintura parecia bem melhor do que qualquer coisa.

      — Madley, a qualquer momento isso aqui pode cair encima das nossas cabeças — Informou Jake apontando para as madeiras no teto do gazebo, Banks supriu um suspiro abraçando os ombros do ruivo. — me parece que isso foi construído as pressas e com madeiras usadas, é difícil admitir, mas o idiota aqui tem razão. — Resmungou Jake e Wilson examinou de cima abaixo.

     — Idiota é seu cu, Madley vamo pra perto do jardim. Isso aqui tá uma desgraça. — Madley assentiu descendo as escadas com um pequeno bico. — Isso aqui me lembra a casa do frajola, caindo aos pedaços.

      — Vai se fuder. — Retrucou o loiro.

 

     — Só sabe mandar os outros irem se fuder?

      — Sei mandar você tomar no cu. — Rebateu Jake as provocações de Wilson, então Jake gargalhou quando Estella chutou a bunda de Ryle raivosa.

      — Cala boca Wilson, porra fala pra cacete.

      — Ta bom coisa horrenda.

   Eles tomaram caminho ao parque, mesmo com Jake ouvindo a briga entre Estella e Ryle.

   Félix e Madley parecem distraídos como dois adolescentes apaixonados, e eles são. Mas é um pouco enjoativo o carinho em público, ele engole seco vendo de relance os beijos, os carinhos e a voz meiga de Banks. Olive revira os olhos com um escárnio, provavelmente uma parte dele esteja com inveja dessa paixão deles, coisas que eles não temem demonstrar. Jake compreende que ele não terá a mesma chance, esse carinho, as mãos e os olhares intensos com o calor e a expressão iluminada pela curva dos lábios, quando a voz é chamada com uma doçura tal de apodrecer os dentes.

     O fato é que Jake nunca terá esse dia, e ele sabe o motivo. Porque ele é doente, podre por dentro.

    Embora Jake tente não demostrar oque sente, ele pisca ficando para trás novamente. Parado no tempo vendo os sorrisos trocados, as mãos e os sussuros que fazem Banks brilhar, ele está feliz por ela. Ao mesmo tempo uma desilusão em seu coração errante, seus olhos umedecem e brilham para si. Ele mordisca seus lábios e abaixa sua cabeça, seu pé direito arrasta sob a grama, seu rosto se contraí de imediato ao perceber sua solidão entre eles. Seu coração dói, por um segundo ele pode ver com suas pálpebras trazendo a escuridão os olhos castanhos de Miles, a decepção trazida como uma pontada de destruição. Ele treme e murcha com uma inalação, com a gola da camisa ele limpa oque desaba de seus globos.


      — Jake? Tudo bem? — Ele se reergueu, torcendo sua boca com um mínimo sorriso de canto. Andando em direção a Madley puxando o lóbulo do lábio inferior, ele senta na grama e descansa ao lado de Banks. — Parece cansado, tem tido problemas pra dormir? — Perguntou Madley curvando suas sobrancelhas em receio.


       — Só os estudos, me mantém acordado. — Mentiu.

      — Gosta de bolos de aniversário? — Indagou Félix, ele ergueu sua cabeça do ombro da namorada. Coçando leve seus cabelos ruivos.

     — Gosto, mas só como um pedaço. Depois não consigo mais. — De repente o rosto da garota se iluminou, ela se levantou com uma energia de chamar atenção. Por cima do ombro Banks olhou para Estella e Ryle, ambos separados. Ryle deitado na grama, e Estella em chamada com seu namorado. O perfume feminino foi tudo oque Madley deixou no ar, marchando em direção a Wilson. — Madley? — Jake chamou sem entender.

      — Sei que você não está dormindo. — Ryle grunhiu amargo e preguiçoso derrotado pela alegria genuína, o sol não traz o clarão através de suas pupilas então Madley está bem encima dele fazendo uma sombra. — Vamos comprar um bolinho de aniversário pro Jake. — Banks o encarou com petulância ao ver os olhos escuros, ele está sério e em um momento sarcástico.


      — Por que eu faria isso?

      — Porque somos todos amigos.

      — Sou seu amigo, e da maluca ali do canto. — Disse ele lançando um olhar pra Estella. — Jake é só seu amigo. — Madley decai, e o sol faz os olhos de Wilson fecharem-se em um instante.

      — Por favor, vai, por favor eu imploro. Faz isso por mimzinha aqui, vamoos ~ Banks o sacudiu com um lamúrias, implorando e choramingando. Wilson sabe de sua chantagem, ele esteve em muitas. Caridades, protestos e até mesmo pintar aquela perua horrorosa dos hippies. Com preguiça e cabelos salpicados da grama, ele olha com um franzir para ela. — Por favor, Rylezinho você é meu melhor amigo do mundo inteiro ~

     — Eu te odeio, sua peste. — Ela sorriu doce e o abraçou apertado, Madley se levantou.

     — Ei gente, vamos ir ao mercado! — Berrou Madley, poucos minutos foram o suficiente para os três irem até ela e Ryle. Ela bateu as mãos massageando uma na outra. — Bom, Félix você fica com Jake. Nós três vamos comprar uma coisa.

      — Você não precisa fingir surpresa, eu sei oque é. — Disse Jake com uma inalação alegre, uma careta boba ao ver Madley apertar suas bochechas. Fitando os cinco em uma rodinha, Estella guardou seu celular no bolso.

      — Não sei do que ta falando...— Resmungou a garota, olhando para Felix.

     E lá se foram eles, cinco jovens andando em um só calçada. Sem pensamentos quais seriam tão negativos, com suas mãos em bolsos e olhos girando a cada carro ou pessoa que passa por eles. São um grupo, alguns não se gostam, muito menos tiveram uma conversa que durasse mais do que segundos, mas são um grupo. Rodopiando, e saltitando no mercado. Fitando e tocando em coisas, observando interessado em alguns enfeites ou cheiros. Eles se separaram, e cada um vai para seu lado até Jake observando frases de canecas. Felix e o loiro estão em uma distância de três pilhas, o loiro perambula lendo e esfregando seus dedos contra objetos qual ele tende a ter curiosidade para que isso deva servir.

   Ele cantarola uma canção dos anos 80, algumas músicas que Miles escuta ao consertar o carro ou lavar a roupa na garagem. Felizmente, Jake não fica tanto tempo submerso a discussão dos Olive’s antes que Madley apareça com todo cuidado, lento e demorado. Tão demorado que Jake pode ver a paciência de Estella e Ryle se esvaindo com ar de suas bocas, dois passos e olhos ao bolo, mais dois passos e olhos no bolo. É meigo a maneira como ela tenta cuidar de tudo, como ela quer que hoje seja um dia especial porque ela obviamente deve ter notado que Olive não terá o aniversário que deseja amanhã. Madley veio, com bochechas levemente coradas, olhos cintilantes e um bico apertado de seus lábios negros.


     — Olha oque eu achei, um bolo azul. Igual a cor do seus olhos, isso não é demais! — Exclamou com bochechas preenchidas ao bico, Jake sente algo em seu peito. Uma vibração ao olhar para Madley, naqueles olhos encontrou conforto que tanto procura, o sorriso pintado de batom. Cheia de valores e qualidades angelicais, suas feições mais puras. Jake se sente bobo ao ver como Madley, a única pessoa que realmente parece se importar seriamente com uma coisa que até ontem ele havia esquecido. Possivelmente na situação, ele imaginava seu aniversário bem pior do isso. — Jake, você gostou? Olhe, só falta as velhinhas. Estella está com elas.

     Jake usou suas mãos pra carregar o bolo, ele deixou de lado encarando Madley por um segundo e inspirou. O rosto cheio de um brilho curioso, sobrancelhas colocadas pra cima, o loiro incerto passou os braços por cima dos ombros de Banks. O garoto pressiona a mão contra seus cachos, sua voz é baixa e seus olhos se fecham. Então ele diz:

    — Você é a melhor pessoa que eu poderia desejar em minha vida — disse ele segurando seus ombros e separando para olha-la no rosto, Olive viu ela inalar quase rindo com vergonha. Jake não era tão emocional, e em público piorava. — nunca tive uma mãe que fizesse tudo oque você faz por mim, acho que estou feliz por ter você por perto. Todos os dias. — Ele disse parecendo o mais sereno e verdadeiro com cada palavra.

     — Se isso for uma declaração de amor, eu vou te bater. — Interrompeu Félix encostado em uma prateleira de brinquedos infantis. Girando e girando uma caixa até que saltasse um pequeno palhaço, com um risada pavorosa.

 

     — Não isso não é, eu só gosto de ter uma amiga. Que se importe comigo. — Ele deu de ombros, Jake não chorou, mas sentiu fungar ao observar a risadinha de Madley ao ver sua expressão. Ryle passou por ele, batendo em seu ombro com total força com as mãos no bolso da jaqueta. Jake o empurrou para o lado, ele parece sério ou com mal humor. — Isso doeu, e por quê você esta aqui?

     — Te interessa?

    — Ryle. — Madley chamou com um suspiro — calma ta bem?

    — Gastei minhas vinte cinco pratas com esse cuzão.

     — Quer um abraço também? — Perguntou Estella com sarcasmo.

     — Me abrace e você apanha. — Ryle apontou com olhos esbugalhados, aquele ar rebelde e ameaçador que Jake não tem mais tanto medo. Foi por isso que ele ignorou o mesmo e ajudou Madley com o bolo, segurando e desejando mais daquele calor familiar. Não era o mesmo calor de que ele sentia com Miles, era diferente. Sem malícias, engraçado e divertido, suave e terno como algo macio que gosta de tocar.

       — Você quer mais alguma coisa?

      — Não, acho que não.

    Ele queria, é claro que ele queria mais. Ambição de ter Miles em meio a felicidade, ele quer oque é dele.

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Continua...

 

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