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Boa leitura

Parte 3

Quando o telefone de Diana tocou e viu que se tratava de sua patroa logo a ansiedade subiu pelo seu corpo causando uma imensa vontade de correr sem rumo.

- E agora ? - Indagou, Luna que mordia os lábios de nervosismo.

- Eu tenho que atender, meu Deus! - Responde e desliza o botão verde colocando o aparelho sobre a orelha.

- Diana?? - Perguntou a patroa no entanto a voz da morena quase não saía.

- Oi! - Responde dando um sorriso sem graça.

- Está tudo bem com as crianças? - Indagou.

Diana visualizou elas ao seu lado quase arrancando os cabelos.

- Sim, sim. - Diz e do outro lado a mulher suspira aliviada.

- Então tudo certo, preciso voltar ao trabalho agora. Tchau! - Se despede apressada.

Diana também se despede e a sua patroa desliga a chamada de imediato, deixando sua babá quase desmaiada na cadeira enquanto as crianças a abanavam.

Ao desligar a chamada, Rebeka volta sua atenção para Henry que permanecia sentado ao seu lado e já haviam conversado por algum tempo.

Ele estava aéreo após ouvir o nome Diana, achava muita coincidência a babá dos filhos dela se chamar assim e agora tinha seus pensamentos nela novamente.

- Tudo bem?? - Chamou a atenção dele o fazendo sair do transe.

Ela estreitou um pouco os olhos ao vê-lo sorrir para o nada como um jovem apaixonado.

-Ah, oi!... Eu não sabia que tinha filhos. - Desvia o assunto para cortar o clima.

- Tenho uma de treze, um de doze e minha caçula de seis. Todos frutos do meu "antigo casamento" - Conta dando deixando claro que estava divorciada.

- Olha que legal, sempre quis construir uma família - Confessa sentindo uma pequena tristeza por não ter realizado esse sonho ainda.

- Ainda está em tempo... - Comentou a mulher lançando um olhar convidativo.

Se viu salvo quando um assistente entrou chamando eles para comparecer à reunião no salão principal e logo levantaram-se seguindo o rapaz.

Henry ficou mais atrás e começou a juntar às sobrancelhas em confusão ao ter um flashback do quadro da sala do apartamento de Diana onde havia três crianças que batia com as informações de Rebeka.

Estava se questionando se ela era babá das crianças e se for como ela cuida delas sendo cega? a não ser que ela não seja(...)

Enquanto Diana andava de um lado pro outro ao se virar avistou Joe vindo em sua direção e fez uma careta estranhando a presença dele.

- Diana! - Chamou e a puxa pra um abraço e a mesma retribui mesmo sem entender - Está tudo bem, eu estou aqui.

Katy revirou os olhos com a cena e logo entrou no meio para evitar mais constragimento.

- Joe! Que bom que chegou. - Falou com um sorriso forçado. - Diana eu conversei com ele e adivinha? Ele vai nos ajudar. - revela pra amiga que fica boquiaberta.

- Isso é sério? meu deus! Muito obrigada!! - Exclama desacreditada.

Ele sorri satisfeito ao ver que ela amou a ajuda dele.

- Sim, Katy me contou toda a situação e eu não poderia deixar minhas "amigas" na mão. - Diz em um tom sarcástico.

A ruiva disfarçou o deboche ao ver a falsidade do homem.

- Eu prometo que iremos devolver tudinho. - Prometeu segurando nas mãos dele.

- Não precisa se preocupar com isso agora, com quem eu resolvo? - Tranquilizou.

Joe demonstrava tanta bondade que katy chega estava "emocionada".

Logo ele foi resolver os custos com o mecânico enquanto as meninas pulavam de alegria, às crianças também estavam muito aliviadas por esse problema ter sido resolvido.

Mas, agora precisavam de uma desculpa para ficar sem levar o carro para casa.

Não faria falta porque Rebeka tem mais de um automóvel, mesmo assim tinham que inventar algo.

- Resolvi tudo, mas só vai ficar pronto daqui dois dias. É o máximo que ele pode fazer. - Explicou.

Diana tampou o rosto com as duas mãos sentindo que era mesmo uma azarada.

- Calma amiga, vai dar tudo certo. - Confortava afagando as costas dela.

- Eu ainda não entendi o que aconteceu com vocês, foi bem estranho... - comentou o Joe cerrando os olhos.

- Mas ainda bem que ninguém se machucou sério, né "Joe"? - Rebateu a ruiva tentando evitar que a amiga entrasse em mais angústia.

[...]

Do lado de fora da oficina, Diana imaginava qual seria a história mais convincente a se dizer.

- E que tal falarmos que você capotou o carro sem querer? - Comenta Katy tirando a amiga de seus devaneios.

- E quebrou só os vidros laterais e não machucou gravemente a todos nós? - Questionou a ideia dela confusa.

- Mas isso é fácil, enrolamos uma faixa nos bracinhos dele... - Continuou fazendo Diana olhar incrédula para a amiga. - Melhor não, né.

- Vamos continuar pensando. - Disse voltando a andar em círculos.

Enquanto elas andavam chutando pedrinhas do jardim, as crianças brincavam com o cachorro da oficina.

- E se falarmos que o carro já veio defeituoso? - Sugere novamente como se tivesse encontrado ouro.

- Não, ela iria mandar para um avaliador. - Descarta.

Parker respirou fundo sentindo vontade de voltar para o útero, mas nem com sua mãe ela estava tendo uma boa relação.

- Droga! O vidro explodiu por causa do calor! - Diz pulando alegria.

- Amiga, estamos em época chuvosa. - corrigi fazendo o brilho da sua amiga sumir.

- Ah nãooo.... - Murmura - Eu quero férias, quero ir embora!

- Porque não dizem que eu acabei batendo no carro sem querer e paguei pelos custos? - Interrompe, Joe e as duas voltam a atenção nele.

- Não quero que você seja enforcado pela minha patroa, eu sei que ela anda muito ocupada, mas continua sendo uma mãe protetora. - Falou lembrando o quanto as crianças sentiam falta da mãe deles.

- Eu não me importo, várias pessoas querem fazer isso comigo então se você quiser... - Dá de ombros.

A ideia dele não era tão ruim, mas na mente das duas ainda não faltava algo.

"Uma ideia sem noção"

- Eu já sei... durante os dois dias que o carro ficará no concerto, diremos que Diana precisou me ajudar a ir até a casa da minha tia no interior para o velório do meu tio... - começou a contar e eles escutam atentamente ao plano da doida.
- Aconteceu tão rápido que as crianças precisaram ir junto e teríamos que ficar dois dias e depois voltar como se nada tivesse acontecido.

- Acha que isso ficaria convincente? - indagou o homem com uma sobrancelha arqueada.

- Eu acho que sim. - Confirmou.

- Eu preciso de uma água... - Avisa, Diana começou a se abanar.

Enquanto levaram ela para tomar uma água, não demoraram muito a aceitar que aquela ideia havia feito sentido e que seria a única saída apesar de parecer muito sem noção e na verdade.

O que não é sem noção na vida daquelas meninas?

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Mano cada hora o circo se fecha mais ainda

Essa ideia é muito louca, mas é o que temos no momento.

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de votar e comentar se puderem

Bebam água!
Beijos🧡