Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟘𝟚

_______________<><>🌷🌷<><>______________

- A procurei por todo o lugar e Irene disse que não sabia onde estavas!

A mão de Heloísa está presa ao braço de Alcides, enquanto os dois caminham rápido. A garota olha para seu pai e nota o sentimento de braveza que ele mantém escondido por baixo de um singelo sorriso, que ele tenta manter no rosto, para que os convidados não percebam. Logo os dois se aproximam da mesa e Clara já levanta-se, indo ao encontro de sua filha, de modo apressado.

- Que bom que já está de volta, Helô. - Clara tenta manter o ar passivo entre pai e filha.

- A senhora viu como papai arrancou-me dos braços daquele rapaz? Não vejo motivos para tanto alarde. - Heloísa cruza os braços, enquanto torce os lábios numa expressão carrancuda.

- Alarde era o que a Srta estava fazendo! Como ousas, sair dançando com um rapaz que mal sabe as origens, no meios de tantos conhecidos da Cidade?  - rebate Alcide, enquanto se acomoda em sua cadeira.

- E eu não estava fazendo nada de errado, era apenas uma dança, o senhor vê coisas onde não tem!

- E sem a minha permissão, aquele atrevido! - Alcides reclama ultrajado e sente seu sangue ferver de raiva só de lembrar. - E você Irene, me deixa bravo ao saber que enquanto dizia não saber do paradeiro de Heloísa, ela dançava com esse tal desconhecido. Achei que iria vigiar!

- Mas foi eu quem quis ir papai, Irene não teve culpa! - Heloísa toma a voz.

- Já basta! Não quero mais falar sobre esse assunto. - Agora Alcides só pede incessantemente que nenhum de seus conhecidos tenham visto tal cena.

- Me preocupei contigo, por causa de seu pai - Irene se aproxima com voz baixa, e olhar preocupado em direção da garota.

- Não te preocupes, Irene. A culpa não foi sua. - A mais nova sorri suavemente, colocando a mão sobre a dela.

Mas depois do ocorrido, Heloísa seguiu sem ânimo para o baile. Alcides pediu para ela dançar com seus conhecidos, mas ela negou. O restante do baile para ela, foi o menos interessante possível, enquanto ela mantinha a mão encostada no queixo e olhar entediado.

Sempre que possível, passava os olhos ao redor para ver se encontrava Ângelo, mas por não vê-lo em ligar nenhum, chegou a infeliz conclusão que ele tivesse ido embora.

•••

A semana se passa arrastando para Heloísa. O Mesmo sentimento de não ser a dona de suas próprias decisões, mesmo que mínimas, e ter sempre seus passos observados por seu pai a incomoda mais do que nunca dessa vez.

Lembranças da noite do baile, não saem de sua cabeça, por ter sido diferente de todas as outras. Mas infelizmente, nunca mais poderá se repetir. Seu coração vai se tornando mais triste a cada dia. Ela tem consciência de que não teria qualquer chance de rever aquele rapaz tão belo, simpático e com os olhos negros mais expressivos que já conheceu, novamente, então tenta esquecer.

O dia está abafado, Heloísa segue viajem na carruagem junto com Irene, a caminho de casa, depois de voltarem do centro da cidade. Trazem essências, óleo de banho e algumas plantas medicinais. Finalmente a carruagem entra nas terras dos Gonçalves. O caminho de terra vermelha, sempre faz levantar a poeira, por onde as rodas passam.

Heloísa ergue os olhos e através da janela, ela observa as grandes plantações de café que somem de vista sob o sol quente e céu limpo. Começa a pensar que por causa de tantas terras, ela já prevê dias terríveis para os próximos anos.

Seus grandes olhos cor de mel, são tomados pela tristeza, pois sabe que seu futuro casamento será apenas negócios de famílias importantes. Desde os herdeiros, até a convivência com seu futuro esposo.

Enquanto ela pensa tão distante, vê pessoas trabalhando por ali em meio ao cafezal. Ao se aproximar da casa que fica no meio das plantações, seu semblante muda completamente. Franze o cenho e seus olhos se prendem através da janela.

E para sua surpresa, ela quase não acredita no que está diante de seus olhos. Ela avista Ângelo, caminhando por entre o cafezal. Então pelo impulso, ela se levanta apressada, pedindo que parem a carruagem no meio do caminho.

- Mas o que houve, Heloísa?! - Irene olha assustada em sua direção, ainda agarrada a janela, por causa da parada brusca da carruagem.

- Veja, Irene! É Ângelo... - Heloísa está com a cabeça para fora da janela e olhar atento, quase subindo por cima dela.

- Aconteceu alguma coisa, senhorita? - O cocheiro desce e vai até a janela da carruagem.

- Eu preciso descer! - Pede apressada sem ao menos pensar duas vezes.

- Às suas ordens, Srta. - O mais velho, tráz a escadinha para a garota descer.

- Heloísa, por favor, a Srta não pode ir lá! Deve ser arriscado - Seu olhar é firme e preocupado, enquanto tem a mão sobre o braço da garota, tentando a impedir.

- Eu sei que é ele Irene, ele me disse aquela noite no baile, que iria trabalhar para o meu pai. - Ela vê Irene arregalar seus olhos castanhos pela surpresa. Mas nada sai de sua boca. Então a garota continua. - Prometo não demorar.

Ela se vira e caminha apressada na direção do rapaz, enquanto segura todo o tecido que consegue, de seu vestido bege e rodado.

- Ângelo!...

Ao ouvir seu nome sendo chamado de longe, Ângelo parece confuso, para de caminhar e se vira em busca da voz feminina. E fica surpreso ao notar de quem se trata. Um sorriso animado brota nos lábios do rapaz ao ver Heloísa caminhar em sua direção apressada, até se aproximar de vez.

- Como vai?! - Ela para de frente a ele, com olhar animado, ao mesmo tempo em que tem sua respiração ofegante. E depois de trocarem olhares próximos, Ângelo lhe sorri docemente.

Heloísa se encanta ao contemplar aquele sorriso único mais uma vez. Já havia perdido as esperanças que o veria novamente.

É ele mesmo.

Mas desta vez, com roupas simples. Ele usa uma calça cinza, uma camisa bege de mangas cumpridas, porém dobradas até o antebraço, um colete marrom por cima e um típico chapéu marrom.

- Permita-me cumprimenta-la como se deve. - Ele tira seu chapéu e pega em sua mão com delicadeza. Leva até seus lábios, deixando um selar carinhoso e demorado. A garota sorri ao sentir o toque dos lábios bem feitos e macios, já que dessa vez, ela não usa luvas.

- Eu não consigo entender... - Ele parece ainda confuso com a situação.

- Eu não pude lhe dizer aquele dia, mas vais trabalhar para o meu pai. Essas terras também são minhas, pois sou a filha do Sr. Alcides Gonçalves.

- Oh! Como pude ser tão desatento. Quando a conheci, imaginei que a Srta seria de família importante, mas não fazia idéia que é a filha do Sr Gonçalves...
- explica olhando de forma adorável para a bela garota. - Não sabe como sinto-me honrado com isso. Eu ainda não o vi por aqui.

- Meu pai é um homem muito atarefado.

- Entendo...

Seus olhos passeiam sobre o rosto dela.

- Mesmo assim, ainda continuo achando-me um rapaz afortunado por ter tido a honra de dançar ao menos o minueto, com a filha do tão famoso, Sr Gonçalves! - Diz pausadamente, e Heloísa sorri sem jeito. - Espero ter a oportunidade de vê-la mais vezes por aqui. - Seu olhar é convidativo.

- Eu não sei se isso será possível. - Ela para de sorrir, ao lembrar de quem eles se referem. - Meu pai... Nunca permitiria. - Heloísa fala em tom desanimado. - Nem ao menos sei o que ele faria se acaso souber que estou conversando com trabalhadores do cafezal.

Heloísa prece ter caído na realidade ao se dar conta do que fez.

- Eu... Entendo perfeitamente, Srta. - Os olhos negros do rapaz se apagam rápido demais.

- Mesmo assim. Saiba que eu ficaria muito feliz se eu... Pudesse vê-lo novamente, mesmo sabendo que isso é... impossível de acontecer de verdade. - O olhar cor de mel da garota se abaixa.

- Heloísa! - Irene a chama de longe.

- Eu preciso ir, agora. - Ela olha para Irene, ainda com jeito desanimado.

- Foi uma honra poder revê-la. Estou certo de que me renderá mais belos sonhos. - Isso já me deixa satisfeito.

O rapaz não consegue esconder seu desapontamento ao saber que essa deverá ser a última vez que chega tão próximo desta garota.

Heloísa também não consegue mais lhe entregar um último sorriso animado da forma que pretendia, apenas se vira e caminha até Irene.

- Vamos? - pede a garota, com voz desanimada.

- Por favor, senhor, não diga nada a ninguém do que viu aqui, sim? - Irene olha preocupada para o cocheiro.

O homem apenas consente, acenando com o chapéu, então elas retornam para a mansão.

•••

Os dias passam rápido.

Durante uma bela tarde quente, Irene caminha a cavalo, vagarosamente pelas terras dos Gonçalves, quando é surpreendida por alguém se aproximando. E fica confusa ao ver que é Ângelo.

- Srta Irene. - Diz ele enquanto seus olhos passeiam ao redor da imensa plantação, temendo que alguém os vejam.

- O que desejas? Seja breve por favor! - Pergunta ela, o olhando com jeito desconfiado.

Mas Ângelo parece ansioso, então procura não rodear a conversa.

- Ajude-me por favor, preciso muito ver a Srta Heloísa de novo.

- Está fora de seu juízo? - Irene se assusta ao ouvir tais palavras, seus olhos grandes passam rápido ao redor, para ver se alguém não os ouviu. - Com certeza não conhece o Sr. Alcides Gonçalves, para me pedir um absurdo desses! - Sussurra, preocupada.

- Por favor Srta. Depois que conheci a Srta Heloísa Gonçalves, meu coração não é o mesmo. Há dias, ela se tornou a dona dos meus sonhos e pensamentos, eu não consigo mais parar por mais que eu tente! Estou me corroendo de vontade de vê-la sorrir novamente, tão sincera, como quando estava com seus olhos presos aos meus. Mesmo que só mais uma única vez!

Irene abaixa a cabeça, fechando os olhos e suspira pensativa. Tenta pensar com um pouco mais de calma.

- Eu notei vocês um tanto interessados um no outro. Me parece ser verdadeiro. Até penso que... Eu nunca vi a Srta Heloísa, assim antes - Diz pensativa. - Mas isso não pode mais acontecer. O Sr Gonçalves nunca te aceitaria por ser... De família pobre.

Os olhos da mais velha ficam tristes, por saber que a situação deste rapaz é a mesma que a sua. Irene sabe que se não tivesse sido trazida para a mansão dos Gonçalves unicamente para ser a babá de Heloísa, quando ela era ainda muito pequena, ela não teria qualquer chance de ter a vida boa que teve, durante tantos anos. Mas ainda assim, ela sabe bem de suas origens. Também vem de linhagem simples, assim como este rapaz.

- Perdoe-me - Depois de sair de seus próprios pensamentos, ela se entristece e faz menção de seguir.

- Eu lhe suplico! - Ângelo segura a ponta da rédea do cavalo, tentando fazer Irene mudar de ideia pelo menos uma vez. - Preciso muito vê-la novamente... Ajude-me? - Seus olhos negros estão suplicantes sobre os dela.

- Você sabe muito bem dos riscos que isso pode causar. Por favor, preciso ir agora.

- Espere! - Insiste ele e dessa vez, seus olhos negros parecem ainda mais sofridos. - Por favor!

- Oh, céus! - Exclama derrotada. E depois de pensar, ela não consegue mais evitar - Está bem! Eu prometo falar com ela. Mas... Já aviso que será quase impossível. O Sr não sabe como é difícil para Heloísa sair de perto dos olhos de seu pai! E se ele descobre que eu lhe ajudei, estarei dando minha própria sentença.

Ela se surpreende ao ver um enorme sorriso brotar no rosto do belo rapaz, mesmo ela avisando que será praticamente impossível disso acontecer.

- Muito agradecido! E com a sua licença. - Ele acena tirando seu chapéu depois se vai, apressado.

Mas o que eu estou fazendo?!

Pergunta para si mesma ao ver ele sumir, em meio a plantação.

•••

Certa noite, Irene caminha a passos lentos pelo enorme corredor da mansão dos Gonçalves, segurando a barra de sua camisola longa, na outra mão carrega uma vela. A sombra da vela em suas mãos a acompanha corredor a dentro. Todos já estão em seus aposentos, por isso, ela não se importa de andar com roupas de dormir. Como de costume, sempre passa no quarto de Heloísa, para lhe dar boa noite.

Mas ao abrir a porta, fica surpresa ao ver Heloísa de cabelos soltos, escorada na janela, de camisola, e observando o céu estrelado daquela noite quente de primavera. Parece intrigada com tudo o que aconteceu nos últimos dias.

- Achei que estivesse na cama, já é tarde. - Ela se aproxima devagar pelo local pouco iluminado, pelas velas derretidas sobre a mesinha.

- Não consigo. - Heloísa se vira, caminhando devagar.

- Pensando em Ângelo? - pergunta já sabendo a resposta.

- Ah Irene! - suspira desanimada - nunca vi alguém tão formoso, educado e que dança tão bem, para um rapaz de classe baixa. Não sei porque só isso, não basta para os pais! - reclama erguendo a barra de sua camisola ao sentar-se sobre a cama.

- Ora. Não é assim tão fácil quanto parece, querida. - Senta-se ao lado dela.

Irene sabe que esse rapaz, realmente mexeu com Heloísa e ela dizia aquilo como forma de defende-lo por saber que por ele ser de classe tão baixa, seu pai não vai permitir que ela o veja de novo. Ela vê o olhar triste da pobre garota e também se entristece. Não gostava de ver Heloísa triste, mas ultimamente sua convivência presa naquela mansão enorme, tinha tirado suas alegrias.

Ela mesma, sofreu tanto e sua vida, não teve a opção de se apaixonar ou quem sabe, casar-se um dia. Possuir sua própria família e filhos. As mulheres de seu tempo e sem família, sofriam muito. Por esse motivo, ela ainda sente-se grata pelos Gonçalves terem a trazido para a mansão, para cuidar de Heloísa.

Tudo o que ela queria ela que Heloísa não tivesse um futuro infeliz se casando com alguém que não ama, por causa de seu pai. E por um momento, ela pensa que talvez possa fazer algo para vê-la sorrir tão alegre como quando estava ao lado do belo rapaz, que não parece ser nenhum canalha. Então sem pensar muito nas consequências, ela toma a rápida decisão:

- Ângelo quer vê-la de novo!!... - Declara apressada, como se cuspindo as palavras, para não desistir.

- O que disse? - Heloísa parece não entender.

- É-é um recado de Ângelo.

A mais velha está nervosa, não consegue olhá-la nos olhos, pelo constrangimento de estar compartilhando algo tão errado, e assim quem sabe, plantar problemas futuros.

- E porque não me disse antes? - Heloísa se levanta interessada e seus olhos grandes se acendem, assim que ouve.

- Sabes que eu não posso, seu pai me mataria! - explica preocupada.

- Preciso arrumar um jeito de vê-lo também. - O jeito de Heloisa muda em instantes, ficando eufórica e caminhando apressada pelo quarto. - E você vai me ajudar nisso.

- Ah, não! Não olhe para mim! - rebate ela.

- Mas Irene, bem sabes que não posso fazer isso sozinha! - resmunga fazendo aquele bico, que sempre funcionava quando ela queria desobedecer as regras tão enérgicas de seu pai.

- Isso eu já não sei. - A mais velha, caminha pelo quarto escuro também. - Só fui encarregada de dar o recado, e diga-se de passagem, já estou me arrependendo.

- Tenho uma ideia! - Os olhos grandes da garota se fixam sobre sua cuidadora - Eu vou dizer que quero voltar para às aulas de piano... Mas - Ela ergue o indicador - Desta vez nós vamos na residência de Madame Lorraine, com a desculpa de que assim, eu não ficaria tão presa na mansão. - explica como se já achasse a solução mais óbvia.

- Que bom, sua mãe ficará feliz - Irene ajeita seus cabelos negros, de frente ao espelho da penteadeira de Heloísa, com desinteresse.

- Irene... - A garota ergue as sobrancelhas. - Sabes bem, que vou dizer lorotas, ao meu pai, não sabes?

- Sei... Mas porque não volta às aulas de verdade, e tenta esquecer essa trama?

- Irene! Falaremos disso uma outra hora. - Ela não aceita qualquer intervenção.

- Oh! Céus... - Irene exclama, preocupada. - Se o seu pai descobre, ele a castigará severamente. E a mim também! Oras! Onde eu estava com a cabeça! Eu deveria ter ido para a cama assim que pude! - resmunga em voz baixa, perguntando para si mesma, olhando para o espelho.

- Prometo que ninguém saberá. - Heloísa junta as mãos na frente do rosto, lançando aquele olhar suplicante de novo. - Por favor!

Irene fica a olhando.

- Droga! - responde derrotada, mais uma vez - Porque estou aceitando, sabendo que vamos nos envolver em encrenca!?

Heloísa comemora, sorrindo animada, depois vai ao seu encontro num abraço apertado.

- Obrigada, Irene!

- Mas me prometa que falará com seu pai, pois só vamos com a permissão dele! - pede, decidida.

- Tudo bem. - Aceita a garota.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro