Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Welcome Back

Ryan Jones

Assim que saí da Casa Branca fui direto ao aeroporto pegar o primeiro vôo para ir pra casa. Porém, tinha que esperar cerca de 11 horas até aparecer um vôo disponível que fosse direto para Atlanta, sem escalas.

Eu não via a hora de chegar em casa, já havia esperado muito e, ficar no saguão do aeroporto esperando ainda mais para poder embarcar para Atlanta não ia ajudar minha ansiedade. Após 1 hora e meia de dúvidas entre 'fico aqui e espero o avião para ir embora' ou ' vou ter que ir de escala mesmo se não vou ter um colapso de ansiedade', resolvi ficar com a segunda opção.
Por sorte, haviam vôos disponíveis para Nashville, no Tennessee, era minha única escolha já que a cidade ficava a algumas horas do estado de Georgia. Consegui a passagem, vou sair no próximo avião.

Tudo o que preciso fazer quando chegar lá é ir à estação mais próxima e pegar um trem direto para Atlanta.
É agora ou nunca.

Já no trem, eu só conseguia pensar em como algumas coisas haviam mudado. Observava a janela, todas as cidades pelas quais já havíamos passado estavam com algo diferente.
Algumas construções novas eram notáveis. Parques onde antigamente eram praças abandonadas pelo governo, lojas onde antes eram prédios parados. Realmente, ainda tenho que ver muita coisa por aqui.

Nashville não ficava tão perto de Atlanta quando se tratava da rota do trem. A viagem chega a ter mais ou menos umas 7 horas por causa das paradas e voltas que o mesmo dá, o que fez a minha viagem demorar mais um pouco. Se estivesse de carro, com certeza eu estaria em casa em 4 horas. Quando enfim faltava apenas um quarteirão para chegar na minha cidade, resolvi descer do trem e ir andando até lá. Assim que o mesmo parou na estação da cidade vizinha, me vi dando um pulo de dentro dele, sentindo aquele ar, vendo pessoas passando pra lá e pra cá sorrindo, algumas correndo, provavelmente atrasadas para algum compromisso. Eu estava diante de vidas normais, diante de pessoas normais, que provavelmente não tem pesadelos constantes toda noite, que podem sair de suas casas e não sentir como se estivessem sendo vigiadas ou sentindo que a qualquer momento poderão ser surpreendidas por algo terrível.

Segui meu caminho pelas ruas da cidade, olhava para todos os lados e sempre havia algo que não estava ali da última vez que eu estive aqui.

Parei no meio do caminho ao ver que a biblioteca pública, à qual eu adorava vir quando criança para ler livros de guerra, e estava começando a ser reformada. Um sorriso saiu da minha boca sem que eu percebesse quando vi sair pela porta da mesma uma senhora forte, morena e de olhos que trariam paz a qualquer um.

— Senhora Parker? — a chamei e imediatamente vi ela virar em minha direção

Ela me olhou durante um tempo como se estivesse me conhecendo, porém não quis se precipitar.

— sim! Deseja alguma coisa? — ela me perguntou e eu me aproximei

— bom, na verdade sim. Gostaria de dizer que agora entendo você, quando falava que nenhum dos soldados de "Guerra, Exército e Salvação" deveriam ser uma inspiração pra mim. — eu disse, citando o livro que eu mais gostava de ler quando vinha ficar aqui. Na mesma hora ela me olhou fixamente, quando de repente percebi sua aparência mudar, seus olhos grandes se arregalaram e um sorriso surgiu em seus lábios. Completei a frase para que ela tivesse a certeza de quem eu era dessa vez  — Eles vivem um verdadeiro inferno. Se eu soubesse que seria assim eu teria evitado me tornar um deles.

Foi o suficiente para ela fechar a boca, mas continuar com um sorriso de lábios selados e eu ver seus olhos brilharem. Levou então suas mãos até sua boca, as tirando logo em seguida e finalmente dizendo:

— RJ? Oh meu Deus! Você... Como você cresceu! Oh meu querido, venha cá. — ela disse com o sorriso mais puro, me puxando para um abraço longo.

RJ era com todos me chamavam quando eu era mais novo. Rever Olívia me trouxe várias lembranças, inclusive as de quando eu e meu pai fazíamos o caminho de nossa casa até aqui. Ela conhecia minha família, adorava meus pais e era recíproco.

— meu menino! Como você está? Quando chegou?

— estou bem, melhor agora. Cheguei hoje. Estou louco pra ver minha mãe.

— eu posso imaginar. Quando ela me disse que você havia entrado para o exército eu queimei aquele maldito livro. Não queria que mais nenhum garoto tomasse essa iniciativa. Sempre perguntei por você, tinha medo de pensar nas coisas horríveis que você poderia estar passando. — ela parou de falar e colocou sua mão sobre meu rosto, respirou fundo e continuou — mas olhando pra você agora, vejo que está muito bem.

— estou muito bem, estar de volta me traz muita paz.

Ela me olhou e sorriu.

Minhas manhãs eram assim quando eu era criança, vinha até aqui, lia todos os livros que Olívia me dava, mas nunca ia embora sem antes pedir para ela me ajudar a ler o meu preferido, "Guerra, Exército e Salvação". Quando completei 10 anos, meus pais me matricularam em um colégio integral em outra cidade, só voltava para casa à noite. Para eles era bom, pois trabalhavam durante o dia e não tinham com quem me deixar, mas para mim não foi legal, deixei de ir à biblioteca e não voltei mais.

Todos esses anos se passaram e reencontrar a senhora Parker foi uma das melhores coisas que minha volta a esse país pode me proporcionar.

Conversamos ainda mais, ela me contou como conseguiu que fizessem a reforma da biblioteca. Ela me mostrou cada canto da mesma, me chamou até pra ajudar em qualquer dia que eu quisesse.
Depois de uns minutos a mais, me despedi dela e fui para casa.

Já na rua de minha residência, avistei de longe a bandeira do meu país, algo que todos os soldados tinham orgulho de colocar em frente às suas casas quando eram alistados. Comigo não foi diferente. Lá estava a minha.

Caminhei mais chegando de frente à mesma.
Já estava ficando tarde, o sol já estava caindo e o céu puxava um cor rosada meio alaranjada. Subi os três degraus da sacada, pensei em bater na porta, porém vi que ao lado dela havia uma campainha – que não estava ali a dois anos atrás –.

Eu suava frio. Toquei na mesma podendo ouvir o seu toque suave dentro da casa. Esperei mais um tempo, alguns minutos para ser exato, mas ninguém apareceu. Toquei mais uma vez e nada, então me virei lentamente, quando ia me sentar em um dos degraus para esperar, desisti no mesmo momento. Rapidamente me virei ao ouvir o barulho da chave rodar dentro da fechadura da porta. "É ela", pensei.
A maçaneta da porta foi girada lentamente, a mesma só abriu uma brecha, até que pude vê-la, inclinando um pouco a cabeça para fora para ver quem era.

Ela por sua vez, passou os olhos por mim, de cima a baixo, assim que notou minha presença ali. Vi sua feição mudar e a cabeça que estava só a metade para fora foi aparecendo mais. A porta foi se abrindo mais a ponto de ser possível ver o interior da casa. Estávamos imóveis. Minha mãe me olhava, fixamente, seus olhos brilhavam com lágrimas. Ela se aproximou de mim, depositou sua mão em meu rosto e disse:

— Ryan?



Eu não consegui segurar minhas lágrimas ao ouvir ela pronunciar meu nome. Nessa hora já estava abraçado a ela enquanto a mesma passava a mão em meus cabelos.

— xiii! Tudo bem, querido, você está em casa agora. A mamãe vai cuidar de você. — ela dizia, finalmente sentindo que o que estava vendo não era uma alucinação ou um sonho, era eu que havia voltado

Me soltei lentamente do abraço apertado dela. Olhei em seus olhos e vi que também chorava.

— mãe! Senti tanta saudade.

— meu filho... — ela disse entre um sorriso aliviado — nós também sentimos, todos os dias. — ela continuou a me olhar, prestando atenção em cada detalhe que via em mim — é impressionante como você nunca muda, ainda está do mesmo jeito que era quando partiu. — disse acariciando meu rosto

Na verdade, ela estava errada. Eu poderia estar do mesmo jeito por fora, mas por dentro eu havia mudado, e muito. Se ela pudesse ver dentro de mim, isso a machucaria.

— venha, me conte tudo. Estou muito preocupada, eu ouvi sobre o atentado. — ela dizia enquanto eu me abaixava para pegar a mala que eu havia soltado quando a abracei. Ela vai me puxava para dentro de casa e trancando a porta. — toda vez que alguém tocava a campainha, eu ia abrir a porta do mesmo modo como abri pra você, desconfiada. Tinha medo de ser alguém querendo me dizer que você havia... você sabe... — ela hesita em dizer, mas fala mesmo assim — morrido.

Ela disse e passou a mão pelo rosto, eu me sentei ao seu lado no sofá, a abraçando e a consolando.

— estou bem, não se preocupe. Não iria fazer isso com você. Agora estou aqui. — encostei sua cabeça em meu peito, afogando minhas mãos em seus cabelos e acariciando-os.

Estar em casa só fez aumentar minha vontade de desistir da guerra, de não voltar mais pra lá, de pendurar minha farda e não pensar mais em nada de ruim. Conversamos a noite toda quando me dei conta de que algo estava faltando.

— mãe? — a chamei enquanto limpava minha boca durante nosso jantar

— sim, querido? — ela respondeu colocando mais suco pra mim no copo

— Marie?! — exclamei perguntando pela minha irmã. Eu havia esquecido totalmente de correr para vê-la

— ah, eu esqueci da sua irmã! — ela disse entre sorriso — coloquei ela para dormir um pouco antes de você chegar. Ela está no seu quarto, quis ficar lá hoje.

Sorri e me levantei em seguida para ver minha pequena. Já imagino o quanto ela deve ter crescido, sem contar que havia esquecido de ir ao meu quarto quando cheguei. Ia ser um reencontro duplo agora.

Subi as escadas e no corredor dos quartos eu vi a porta do meu entreaberta, me aproximei e olhei tudo nele. Definitivamente estava do mesmo jeito que eu o deixei há 6 anos. Era impressionante como minha mãe conseguia o manter limpo sem que mudasse nada do lugar.

Olhei para cama, ela estava deitada, coberta com meu edredom que tinha nele a bandeira do nosso país, era o meu preferido antes de me alistar.

Me aproximei, fiquei impressionado com o tamanho dela. Ajoelhei ao lado da cama e passei a mão afastando uma mecha de seu cabelo, colocando a mesma atrás de sua orelha. Fiquei ali olhando ela durante um tempo sem fazer barulho, porém ela mesma se acordou e, ainda meio confusa pelo sono, parou seu olhar em mim ao notar que havia alguém ao seu lado.

— Ryan? — ela disse e eu abri um sorriso enorme para ela

— Ryan! — dessa vez ela tinha certeza que era eu. Pulou em mim e me abraçou forte

— hey, Marie! Como está? — a perguntei levantando do chão ainda no abraço, erguendo ela da cama.

A girei em meus braços e depois disso, ela não quis mais parar de falar. Parece que memorizou cada acontecimento dos últimos dois anos para me contar quando nos víssemos. E assim fizera, minha mãe se juntou a nós no quarto e ficamos o resto da noite conversando, as duas já faziam planos para o feriado de 4 de julho. Minha mãe não costumava ir à rua para comemorar a data após anoitecer, apenas durante o dia, então à noite eu iria sozinho.

Enfim, eu estava em casa de novo. Me sentindo mais seguro do que nunca. Com a minha família.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro