𝒕𝒉𝒆 𝒍𝒐𝒔𝒕
Capítulo 1
— Onde está ela? — perguntou um Lorde que estava ao lado de Cregan.
— Está atrasada.. — outro ia dizer quando se ouviu um grande e forte rugido.
Todos os presentes olharam para onde vinha o som, vendo um enorme dragão negro. O dragão pousou, e rugiu, fazendo o chão tremer. De cima da criatura desceram duas figuras, uma morena e a outra platinada. Eram Visenya Targaryen e o seu prometido, Maelor Targaryen.
— Estamos aqui há algum
tempo. — disse Sarah Stark, irmã de Cregan Stark.
— As minhas desculpas. — respondeu Visenya com um pequeno sorriso.
— Minha princesa, meu
príncipe. — disse Cregan.
— É um prazer, Lorde Stark. — disse Visenya.
— O dever é sacrifício. Domina todas as coisas, até o sangue. Todos os homens honrados devem para o seu preço. O Norte tem um grande dever para com os Sete Reinos, um dever mais antigo do que qualquer juramento. Desde os dias dos Primeiros Homens, somos defensores contra o frio e a escuridão. Ao longo da sua longa tradição, a Patrulha da Noite cultivou a sua força a partir de homens condenados, que não possuíam mais do que a própria vida. Mas o meu antepassado Torrhen Stark começou uma tradição ao fazer uma oferenda no início do inverno. Um em cada dez homens da nossa casa seria escolhido para a Patrulha. Isto não é uma sentença, mas uma honra. Um dever aceite por todos os que servem o Norte. Até pela minha família. O Norte tem de estar preparado. O Inverno está a chegar. — contou Cregan Stark enquanto Visenya observava a vista.
— A chegar? Então, o que é isto que céu e me arrepia os ossos? — perguntou Maelor sorrindo.
— É apenas neve de final de verão, meu príncipe. No Inverno, cobrirá tudo o que
verdes. E todas as memórias do calor serão esquecidas. — respondeu Cregan.
— Agrada-me pensar que, há mais de um século, os nossos antepassados negociaram aqui. O Conquistador e o Rei do Norte. — disse Visenya.
— Vós, pelo menos, tendes a bondade de não me ameaçar com o vosso
dragão. — respondeu Cregan.
Quando pararam, Cregan abriu a porta para que Visenya e Maelor pudessem passar, e assim o fizeram.
— Minha princesa. Meu príncipe.
— Meu senhor.
— Decerto o grande Torrhen Stark preferiria morrer a ajoelhar-se. A não ser que acreditasse que o Conquistador uniria os Sete
Reinos. — disse Visenya enquanto andava.
— Nisso, tendes razão. — concordou Cregan.
— Essa união está ameaçada. Em breve, o Domínio destruir-se-á, se não recordarem os juramentos feitos ao Rei Viserys e ao seu legítimo
herdeiro. — continuou Maelor.
— Os Stark não esquecem os juramentos, meu príncipe. Mas deveis saber que o meu olhar estará sempre dividido entre o Norte e o
Sul. No Inverno, o meu dever para com a Muralha é ainda mais urgente do que o meu dever para com Porto Real. Necessito dos meus homens
aqui. — respondeu Cregan parando.
— Bem, enquanto os vossos homens protegem a Muralha de selvagens e o mau tempo, os Hightower planeiam usurpar o trono. Para a minha mãe defender a sua pretensão, para manter o Domínio unido, precisa de um exército. Vem aí uma guerra. Em todo o Domínio,
senhor. — disse Visenya subindo umas escadas acompanhada de Cregan e Maelor.
— Não podemos travá-la sem o apoio do
Norte. — continuou Visenya vendo vista do ponto mais alto da Muralha.
— O meu pai trouxe o Rei Jaehaerys e a Rainha Alysanne para verem a Muralha. Sua Majestade estava nesta mesma atalaia e os seus dragões, a coisa mais poderosa do mundo, recusarem-se a atravessá-la. Achais que os meus antepassados construíram um muro de gelo de 200 metros para nos proteger da neve e de selvagens? — disse Cregan.
— Do que nos protege? — perguntou Visenya.
— Da morte. — respondeu Cregan.
— Tenho milhares de barbas grisalhas que já viram demasiados invernos. Estão bem apurados. — continuou Cregan.
— Então, são velhos. — respondeu Maelor sorrindo.
— Posso prepará-los para marchar imediatamente. — continuou Cregan.
— Se eles sabem lutar, a rainha
aceita-os. — disse Visenya.
— Vão dar muita luta. Como os
nortenhos. — disse Cregan com um pequeno sorriso.
— A sua irmã, não pareceu gostar muito de mim. — disse Visenya.
— Ela apenas não gosta de
estranhos. — respondeu Cregan.
Os três jovens ouviram alguém chamar por Cregan e logo se viraram.
— Chegou um corvo. Notícias urgentes de Pedra do Dragão. — disse o homem entregando a mensagem a Cregan.
Cregan logo abriu o papel, e quando acabou de ler, olhou para Visenya com uma expressão que a mesma não soube decifrar.
— O que aconteceu? — perguntou Visenya preocupada.
— Onde íamos? — perguntou Aegon após as interrupções de Sir Tyland.
— O bloqueio da Rhaenyra colocou Porto Real em dificuldades e esses problemas multiplicar-se-ão
rapidamente. — respondeu Otto.
— Devíamos tê-la matado quando tivemos a oportunidade. — disse Aegon.
— Infelizmente, perdemos a oportunidade de surpreender. E, com ela, a hipótese de acabar rapidamente com este conflito. Temos de jogar com o que temos. — disse Otto.
— Se queremos quebrar o bloqueio da Serpente do Mar, temos de reforçar as frotas Lannister e
Hightower. — respondeu Sir Tyland.
— Precisamos de um novo mestre dos
navios. — disse o meistre.
— Podíamos oferecer o título ao jovem Lorde Dalton Greyjoy. — disse outro membro enquanto Aemond entrava no conselho.
— Aemond. O que fazes
aqui? — perguntou Alicent.
— O rei convocou-me. — respondeu Aemond.
— Não tens lugar neste
conselho. — disse Alicent.
— O Aemond é meu irmão e a nossa melhor espada. Dou-lhe as
boas-vindas. — respondeu Aegon.
— O caminho para Porto Real é pelas Terras Fluviais. Temos de estabelecer uma base lá, em Harrenhal. — disse Aemond.
— Os senhores das Terras Fluviais juntam-se a mim ou terão de enfrentar a Vhagar e Sunfyre. E, já agora, acabaremos com o bloqueio. — disse Aegon.
— Ela também tem
dragões. — relembrou Alicent.
— Vhagar é maior. — respondeu Aegon.
— Se usarmos dragões na guerra, não haverá retorno. Temos de agir com cautela, — disse Alicent.
— O gordo do Lorde Tully levantará o meu estandarte ou verá o seu a arder. Devíamos voar até Correrrio. — disse Aegon.
— Sois o rei. Não deveis pôr-vos em
risco. — disse Sir Criston.
— E a Vhagar é precisa aqui, para impedir a Rhaenyra de vingar a morte do seu filho. Em que pensavas
Aemond? — perguntou Alicent olhando para o seu filho.
— Eu pensava em vingar-me, pelo meu olho, e pela minha casa. — respondeu Aemond.
— Que a mãe tenha misericórdia de todos nós, pois Visenya, irmã de Lucerys, não terá. — disse Alicent antes de se retirar.
Maelor estava agora na sala do conselho, chocado e ao mesmo tempo triste, Luke, o seu sobrinho havia sido brutalmente assassinado, por Aemond e seu dragão.
Visenya havia mandado Maelor para Pedra do Dragão, ficando no Norte com Drogon.
— Rainha Rhaenyra Targaryen, Primeira do seu Nome, Rainha dos ndalos e dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos e Protetora do Domínio. — disse um guarda enquanto Rhaenyra entrava.
Daemon aproximou-se de Rhaenyra, e disse algo que Maelor não ouviu, mas conseguiu ver Rhaenyra acenar com a cabeça.
— O conselho está pronto, Vossa
Graça. Voarei para Harrenhal sob as vossas ordens e estabelecer-nos-eu nas Terras
Fluviais. — disse Daemon.
— O bloqueio da Goela pelo meu marido está a avançar. As viagens marítimas e o comércio com Porto Real serão impedidas em breve. — disse Rhaenys.
— Visenya ainda está no Norte mas voltará em breve, com mais
notícias. — disse Maelor.
— Eu quero o Aemond
Targaryen. — essa foi a única coisa que Rhaenyra disse, e Maelor lhe daria com todo o gosto.
Visenya havia chegado do Norte, e estava agora com Jace e Baela na sala onde Rhaenyra estava e logo abaixaram a cabeça em forma de respeito, de seguida Baela retirou-se, restando apenas na sala, uma mãe com os seus dois filhos.
— Vossa Graça. — disseram os dois ao mesmo tempo.
— A Lady Jeyne Arryn jurou o seu apoio em troca de um dragão para guardar o Vale. — disse Jace segurando as lágrimas.
— E o Lorde Cregan Stark..prometeu 2000 homens. — disse Visenya quase chorando.
Rhaenyra levantou-se com lágrimas nos olhos, aproximando-se de Visenya e Jace, e logo os três abraçaram-se, tentando tirar o sentimento de perda.
Naquela sala não estava uma rainha, um príncipe e uma princesa. Mas sim, uma mãe e dois filhos que perderam o seu irmão e filho mais novo.
Agora, estava Visenya, Rhaenyra, Jace, Joffrey, Maelor, Rhaenys, Corlys, Baela e Rhaena reunidos para honrar Luke, no seu funeral. Rhaenyra punha fogo em um monte de terra.
Jace e Visenya aproximaram-se do fogo e puseram o manto que era de Luke no mesmo.
Visenya pegou Joffrey ao colo, que pôs no fogo um brinquedo de madeira, que pertencia antigamente a Luke.
A princesa abraçou o irmão, tentando passar algum tipo de conforto.
Por fim, Rhaenyra pôs no fogo as roupas de Luke, já que ele não precisaria mais delas.
— Nya? — perguntou Maelor entrando nos aposentos da mesma.
Quando ninguém respondeu, Maelor entrou, procurando Visenya, Maelor viu Visenya sentada em um canto segurando em suas mãos uma espécie de colar.
— Luke deu-me isto, quando tinhamos 7 anos, nunca o tinha usado. — disse Visenya baixinho.
— É lindo. — disse Maelor se sentando ao lado de Visenya.
— Sim. Luke e eu costumávamos troçar de Jace porque ele não sabia Valiriano. — disse Visenya sorrindo.
— E agora ele está morto. — disse Visenya não segurando as lágrimas.
— Eu sinto muito. — disse Maelor abraçando Visenya que logo correspondeu o abraço.
— Se eu tivesse ido com ele.. — sussurou Visenya.
— Nenhum de nós imaginaria que Aemond estaria lá. — disse Maelor.
— Eu estou aqui, Nya. Eu estou
aqui.. — sussurrou Maelor.
— Ele irá pagar, nem que eu tenha que morrer para que isso aconteça. — disse Visenya determinada.
capitulo novinho, não
me matem.
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