𝒕𝒉𝒆 𝒃𝒊𝒕𝒄𝒉 𝒈𝒓𝒆𝒆𝒏
Capítulo 1
Os gritos da princesa Rhaenyra ouviam-se pelos corredores do castelo. A princesa sentia como se as suas entranhas fossem sair a qualquer momento, mas ela sabia que no final todo esse esforço valeria a pena.
— É um rapaz, princesa. — uma das servas informou.
A princesa não conseguiu conter um grande sorriso, erguendo os braços em forma de pedido para que o seu recém-nascido lhe fosse dado. Rhaenyra recebeu-o de bom agrado, o abraçando com todo o cuidado do mundo, como se fosse uma das coisas mais valiosas do mundo, e para ela, o pequeno era.
— Meu filho.. — disse a princesa para o pequeno.
— Princesa, a rainha solicitou que o bebé lhe fosse levado. Imediatamente. — diz uma das servas de Rhaenyra.
— Porquê? — perguntou a princesa com uma certa raiva.
Quando Rhaenyra percebeu que não iria ter resposta, preparou-se para levantar.
— Levo-lhe eu. — informou a princesa enquanto levantava-se com a ajuda de uma serva.
— Devíeis descansar princesa. — disse a serva que a ajudava a levantar.
— Pois devia! Ajuda-me a vestir. — pediu enquanto se apoiava na cama.
A princesa aproximou-se das servas com calma para poder se vestir.
— Princesa, o vosso vestido. — pediu a serva.
Rhaenyra deixou o seu filho com uma das servas para vestir o seu vestido com mais facilidade.
Enquanto se vestia, o seu recém-nascido era preparado para sair dos aposentos de sua mãe.
— Princesa? — uma das servas perguntou ao perceber que a princesa curvava-se.
— Vem aí. — foi a única coisa que a princesa disse.
— As secundinas! — pediu uma serva.
Sir Laenor entrou nos aposentos de Rhaenyra acompanhado de sua primogênita, Visenya.
— Mãe. — disse a princesa Visenya enquanto passava pelas portas correndo para perto de sua mãe.
— Visenya, minha filha. — disse Rhaenyra enquanto esboçava um sorriso por ver a sua primeira e única filha.
— Eu irei buscar uma almofada para que a princesa se possa sentar. — disse uma das servas para Visenya.
— Não será necessário. — Visenya lhe responde com um sorriso no rosto.
— Como correu o parto mãe? — perguntou Visenya preocupada querendo saber o estado de sua mãe.
— Bem, Nya. — disse Rhaenyra acariciando os fios platinados da filha.
Rhaenyra olhou para a sua filha com ternura, e abriu um sorriso sincero para ela, a princesa orgulhava-se muito de sua filha.
— Um rapaz. Acabei de saber. — essa foi a primeira coisa que Sir Laenor disse.
— Sim. — respondeu Rhaenyra.
— Parabéns. — disse Sir Laenor com um sorriso no rosto.
— Aonde vais, mãe? — perguntou Visenya quando percebeu que sua mãe começou a caminhar em direção à porta de seus aposentos.
— A Rainha deseja ver o seu irmão,
Visenya. — respondeu Rhaenyra enquanto parava de andar para responder a sua filha.
— Se a Rainha deseja ver o bebé, mande outra pessoa ir, a senhora deve descansar. — disse Visenya incrédula.
— Sou eu que devo levar-lho, meu
amor. — informou-lhe Rhaenyra.
— Não se preocupe mamã, eu mesma irei até aos aposentos de vossa graça e a trarei aqui pelos cabelos. — disse a princesa mais nova começando a dirigir-se até à porta.
— Visenya! Não podeis fazer tal
coisa. — alertou Sir Laenor.
— Então eu e meu pai iremos com a senhora, muña. — disse Visenya começando a acompanhar Rhaenyra.
— Eu levo-o. — disse Laenor tentando pegar o bebé dos braços de Rhaenyra.
— Não lhe dou essa satisfação. — respondeu Rhaenyra desviando-se impedindo de Sir Laenor tirar o bebé de seus braços.
— Pega no meu braço, ao menos. — pediu Sir Laenor preocupado com sua esposa.
Visenya foi para o outro lado de sua mãe, e pegou-lhe no braço para dar-lhe apoio. Rhaenyra olhou para a filha e sorriu em forma de gratidão.
— Foi muito doloroso? — perguntou Sir Laenor acompanhando Rhaenyra e Visenya.
A princesa apenas olhou para Sir Laenor e isso foi o bastante para o mesmo se calar e continuar a caminhar pelo corredor.
— Credo! — disse Rhaenyra ao ver o tanto de pessoas ao fundo das escadas.
Rhaenyra desceu as escadas com cuidado com Sir Laenor a ajudando de um lado e Visenya a dando apoio do outro.
— Uma vez, fui ferido por uma lança no
ombro. — disse Sir Laenor ao chegar lá fim das escadas.
— Coitado. — respondeu Rhaenyra.
Visenya não conseguiu aguentar e soltou um risinho pela resposta de sua mãe.
— Princesas.
— Minhas princesas.
— Ainda bem que não sou
mulher. — disse Sir Laenor fazendo Visenya rir mais uma vez.
— Princesas.
— Princesas. Meu senhor.
— O que é mamã? — Visenya perguntou ao ver que sua mãe parou e tinha uma face de dor.
— São apenas as dores do parto, está tudo bem Nya. —foi o que a sua mãe lhe disse.
— De certeza? — perguntou Sir Laenor.
— Caramba! — resmungou Rhaenyra.
— Caminha. Caminha! — pediu Rhaenyra a Sir Laenor.
E Laenor assim o fez, os três começaram a subir a escadaria que parecia nunca acabar.
Rhaenyra olhou para a sua filha e a mesma sorriu para ela como se estivesse a dar-lhe forças para subir as escadas.
— O que quererá ela? — perguntou Sir Laenor.
Visenya e Rhaenyra olharam para ele ao mesmo tempo e isso foi como uma resposta para Laenor.
— Pensei que já tínhamos ultrapassado
isto. — disse Sir Laenor.
— Parece que não e se a vaca verde vir dizer alguma coisa sobre o meu irmão, peço desculpa muña e kepa, mas não irei segurar a minha
língua! — disse Visenya com raiva.
— Nya, por favor, eu sei que não gosta dela, mas ela ainda é a rainha. — disse Rhaenyra com um sorrisinho de canto.
— E a senhora é a herdeira do trono, ela pode ser a rainha para os outros, mas para mim a única rainha que existiu foi a minha avó, Aemma Arryn. — respondeu Visenya.
Rhaenyra apenas concordou pois sabia que não havia como debater o que sua filha disse.
— Princesas. Sir Laenor. É um privilégio ser dos primeiros a dar-vos os parabéns. — disse Lorde Caswell.
— Obrigada Lorde
Caswell. — agradeceu-lhe Rhaenyra.
— Se precisais da minha ajuda...
— Um dia, poderei solicitá-la Lorde
Caswell. — interrompeu-lhe Rhaenyra.
Rhaenyra parou nas escadas, não conseguindo suportar a dor.
— Vamos voltar mãe. — propôs Visenya.
— Nya tem razão, ela pode ir ter connosco. Está bem? — disse Sir Laenor.
— Não. A menos que me queiras carregar pelas escadas abaixo. — contrariou Rhaenyra.
Um silêncio se pôs nas escadas enquanto Rhaenyra e Laenor se encaravam.
— Se minha mãe assim o deseja, assim
seja. — disse Visenya.
— Pai, pegue no vestido de minha mãe, para não correr o risco dela
escorregar. — pediu a princesa.
Assim que Laenor pegou no vestido, os três continuaram a subir as escadas em direção aos aposentos da rainha.
— Isto é um absurdo. — declarou Sir Laenor.
— Concordo pai. — disse Visenya.
Sir Laenor, Rhaenyra e Visenya pararam de caminhar assim que viram Sir Criston Cole, o guarda jurado de Alicent Hightower.
— Princesas. Sir Laenor. — disse Sir Criston, desviando-se para que os três pudessem passar.
Visenya apenas revirou os olhos. Achava-o insuportável e infantil.
Assim que entraram viram a rainha a olhar pela janela à espera deles.
— Rhaenyra. Devias descansar depois do
parto. — disse Alicent com um certo sarcasmo.
— Não duvido que preferíeis isso, Vossa
Graça. — disse Visenya antes que sua mãe pudesse dizer alguma coisa.
— Visenya, que bom vê-la
aqui. — comentou Alicent.
— Queria poder dizer o mesmo, Vossa
Graça. — respondeu Visenya com um sorriso no rosto.
— Tens de te sentar. — disse Alicent a Rhaenyra.
— Tayla, traz uma almofada para a
princesa. — pediu a uma serva.
— Não é preciso. — disse Rhaenyra.
— Que tolice. — respondeu Alicent.
— Tolice é pedir a alguém que acabou de parir, para trazer o seu bebé, a fazendo atravessar o castelo enquanto sangra pelo
caminho. — sussurrou para o seu pai.
Sir Laenor acenou-lhe com a cabeça, concordando com ela.
— Acabamos isto depois. — disse Alicent para a serva que ajustava o seu vestido.
— Vossa Graça. — Disse Tayla, uma serva enquanto punha a almofada num banco.
Rhaenyra com a ajuda de Laenor e Visenya sentou-se enquanto segurava o bebé.
— Que boas novas notícias, esta
manhã. — disse Viserys, o Rei assim que entrou.
— Sem dúvida, Vossa Graça. — concordou Sir Laenor.
— Avô! — disse Visenya enquanto corria para abraçar seu avô.
— Como está a minha única
neta? — perguntou Viserys.
— Estará melhor depois de jogar xadrez com o senhor. — respondeu Visenya
— Não se preocupe, minha neta, jogaremos assim que possível. — disse Viserys com um sorriso no rosto.
— Agora, onde está ele? — perguntou enquanto caminhava para perto de sua filha, Rhaenyra.
— Onde está o meu neto? — perguntou Viserys.
Sir Laenor pegou seu filho dos braços de Rhaenyra e o entregou para o Rei.
— Aqui. Aqui está ele. — disse Viserys assim que o pegou.
— É um belo príncipe. Robusto. — disse enquanto sorria para todos presentes na sala.
— Vais ser um cavaleiro temível. Pois
vais. — comentou Viserys.
— Concordo plenamente
avô. —concordou Visenya.
— O bebé já tem um nome? — perguntou Alicent.
— Ainda não..
— Joffrey. Chama-se Joffrey. — Sir Laenor interrompeu Rhaenyra.
— É um nome invulgar para um
valiriano — comentou Alicent com um sorriso.
— Como se Helaena fosse
muito. — rebateu a princesa mais nova.
Alicent fechou o seu sorriso assim que a princesa terminou de falar e assim Visenya foi aquela que ficou com um sorriso.
— Creio que tem o nariz do pai. Não
tens? — disse Viserys sorrindo.
Sir Laenor e Visenya sorriram com a fala de Viserys.
- Se não vos importeis, Vossa Graça, a vossa filha esforçou-se heroicamente e devia descansar. - disse Sir Laenor
— Claro. — concordou Viserys.
Alicent foi até o bebé e destapou a sua cabeça, deixando exposto pequenos fios de cabelos de cor castanha. Fazendo a Rainha sorrir.
A seguir, Alicent pegou Joffrey e caminhou com ele, fazendo Sir Laenor e Visenya a seguirem.
— Muito bem, filha. Espero que o parto tenha sido fácil. — disse Viserys.
— Acho que chamei cabra à
parteira. — Rhaenyra disse, fazendo seu pai sorrir.
— Continuai a tentar, Sir Laenor. Mais cedo ou mais tarde, tereis um parecido
convosco. — disse Alicent com um sorriso.
— Como se os seus filhos fossem muito parecidos com Vossa Graça. — exclamou Visenya.
Alicent parou de sorrir antes de caminhar até seu esposo, Viserys.
— Não me consultas antes de dar um nome ao meu filho? — perguntou Rhaenyra após saírem dos aposentos de Alicent.
— Também é meu filho, não é? — rebateu Sir Laenor.
Visenya decidiu andar um pouco mais atrás para não se intrometer na conversa dos pais.
— Só um de nós está a
sangrar. — respondeu-lhe Rhaenyra.
— Mereço ter uma palavra a dizer nos assuntos da minha família. — disse Sir Laenor
— Ultimamente, não pareces muito interessado nisso. — rebateu Rhaenyra.
Após isso, Sir Laenor parou, mas Rhaenyra continuou a caminhar, o que confundiu Visenya.
— Está tudo bem pai? — perguntou Visenya.
— Sim, sim está minha filha. — respondeu Sir. Laenor.
Sir Laenor olhou para trás acompanhado de Visenya, vendo o sangue no chão que Rhaenyra deixou para trás.
E logo a seguir os dois começaram a caminhar seguindo Rhaenyra.
— ...e ele vê um dragão enorme e
assustador! —Visenya ouviu um de seus irmãos dizer assim que passou pela porta.
— Sir Harwin! — Visenya disse indo abraçar o homem que lhe ensinava a lutar desde que convenceu seu avô a deixar-la aprender.
— Princesa! — respondeu Sir Harwin retribuindo o abraço.
— Como vai a minha aprendiz
favorita? — perguntou com um sorriso.
— Vai bem, mas agora que tenho mais um irmão, tenho que praticar mais para o poder proteger. — respondeu Visenya.
— Proteger de que? — Perguntou o guarda.
— Do que lhe quiser fazer mal. — disse Visenya.
— Nya! —disse Lucerys indo abraçar a irmã.
— Mãe! — exclamou Jacaerys.
— Olha! — disse Jace mostrando um ovo a sua mãe.
— Escolhemos um ovo para o
bebé. — disse Luke ainda abraçada à sua irmã.
— Esse parece perfeito. — comentou Rhaenyra.
— Eu deixei Luke escolher. — disse Jacaerys.
— Obrigado, Jace. — respondeu Luke.
— Não é todos os dias que um ovo sai do Fosso dos Dragões. Achei melhor escoltar os
rapazes. — disse Sir Harwin.
— O Laenor e eu agradecemos-vos,
comandante. — disse Rhaenyra.
— Ouvi dizer que é mais um
rapaz. — disse Sir Harwin.
— Vai ser um belo cavaleiro. — Sir Laenor disse.
— Foi boa a manhã, Luke? — perguntou Visenya.
— Sim, foi divertido escolher o ovo para
Joffrey. — respondeu.
— Posso... — disse Sir Harwin.
— Sir Harwin quer ser apresentado a
Joffrey. — disse Rhaenyra.
— Claro. — disse Sir Laenor.
— Chama-se Joffrey? — perguntou Sir Harwin enquanto pegava o bebé ao colo.
— Pai, posso pegar no
Joffrey? — perguntou Lucerys tentando alcançar o irmão.
— Não, não. Vocês vão voltar para o Fosso dos Dragões. E Visenya, querida, acompanha-os para ter a certeza que eles se comportam
bem. — pediu Laenor
— Claro pai. — disse Visenya.
— Por favor! — resmungou Jacaerys.
Visenya ria de seus irmãos, enquanto corria para os acompanhar.
— Andem, antes que comecem à vossa
procura. — concluiu Laenor.
Já no Fosso, os mestres traziam Vermax, o dragão verde de Jacaerys.
— Alto. — disse um mestre.
— Deixai-o vir. — disse outro mestre.
Após o comando o dragão foi solto das
correntes que o prendiam.
Jacaerys foi empurrado pelo mestre para se aproximar de seu dragão.
— Mandai o Vermax ajoelhar-se. — disse o mestre.
— Obedece! — disse Jacaerys.
— Alto. — disse o mestre após Vermax
aproximar muito.
— Muito bem. — elogiou o mestre após o dragão obedecer.
— Vermax. Vermax! — chamou Jacaerys ao ver Vermax aproximando-se da ovelha que tinha sido trazida por dois mestres.
— Alto. — disse o mestre.
— Deveis dominar o vosso dragão,
meu príncipe. — traduziu o mestre.
— Como a princesa Visenya com os seus dragões. Assim que vos sejam
completamente servis, não obedecerão a
mais ninguém — continuou o mestre.
— Posso dizer? — perguntou Jacaerys ao mestre.
O mestre acenou em resposta.
— Dracarys, Vermax. — comandou o príncipe Jacaerys.
E assim o dragão verde cuspiu fogo acertando a ovelha, a deixando boa para o dragão a comer.
— Aemond, temos uma surpresa para
ti. — disse Aegon, para o irmão.
— O que é? — perguntou Aemond.
— Uma coisa muito
especial! — respondeu Lucerys.
— O que é Jace? — Visenya perguntou.
— Uma prenda. — Jacaerys respondeu.
— Tens alguma ideia do que seja
Maelor? — perguntou Visenya.
— Não tenho ideia, mas vindo de Aegon coisa boa não é. — respondeu Maelor.
Logo, Lucerys correu até ao fundo do fosso para buscar a tal "surpresa".
— És o único que não tem um
dragão. — disse Aegon enquanto andava.
— É verdade. — concordou Aemond.
— E sentimo-nos mal com isso. Por isso, arranjamos um pra ti. — continuou Aegon.
— Um dragão? Como? — perguntou Aemond.
— Os Deuses são bons. — respondeu Aegon.
Lucerys apareceu do fundo do fosso com um porco com asas.
— Eis o Terror Cor-de-Rosa! — disse Aegon com um sorriso.
— O Terror Cor-de-Rosa! — disse Lucerys ao mesmo tempo que Aegon.
— Tem cuidado a montá-lo. O primeiro voo é sempre difícil. — disse Aegon.
Logo, Jacaerys, Lucerys e Aegon começaram a rir e a seguir foram embora. Visenya não ria apenas olhava para os irmãos decepcionada.
E só ficara Aemond, Visenya e Maelor no Fosso dos Dragões.
— Um dia vais ter um dragão Aemond, não te preocupes. — disse Visenya.
— Nya tem razão, mas não teres um
dragão não te faz menos
Targaryen. — disse Maelor.
— Para vocês é fácil dizer, vocês têm
dragões. — disse Aemond.
— Só quero que acredites Mond, vais ter dragão, cedo ou tarde. — disse Visenya indo embora acompanha de Maelor.
Agora estava apenas Aemond no Fosso. E ele tivera uma ideia.
Vocês gostaram do primeiro cap?
Se houver erro, peço perdão.
Beijinhos e até o próximo cap.
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