𝒃𝒂𝒔𝒕𝒂𝒓𝒅𝒔
Capítulo 2
Visenya estava agora com o seu avô Viserys, a ver os seus irmãos e tios a treinar. Hoje ela estava disposta a não treinar para fazer companhia a seu avô.
— Dobrai os joelhos. Mexei os pés. — disse Sir Criston a Aemond.
— Peso para a frente. — disse Sir Criston.
— Isto é que é, Lyonel. — disse Viserys.
— Rapazes que aprendem juntos, treinam juntos, que se derrubam e levantam. A princesa Visenya também treina com eles, e só entre nós, ela luta melhor que os quatro juntos. Mas hoje a minha neta decidiu fazer companhia ao seu avô. — disse Viserys.
— Vão formar uma amizade para a vida toda. Não concordais? — perguntou Viserys.
— É essa a intenção, Vossa
Graça. — respondeu Lorde Lyonel.
— Como tem passado
Lyonel? — perguntou a princesa.
— Muito bem minha princesa, obrigado por perguntar. — respondeu Lorde Lyonel.
— Para si Visenya, quem acha que tem mais jeito para a luta? —perguntou o Rei.
— Eu acho que Aegon, mas o meu favorito é Luke, mas não lhe diga que disse
isso. — pediu Visenya.
— Claro, claro. — disse Viserys.
— Onde está Maelor? — perguntou Visenya.
— A última vez que o vi foi na
biblioteca. — Foi o que Viserys lhe respondeu.
— Aegon. — chama Sir Criston.
— Ganhei o meu primeiro assalto, Sir Criston. O meu adversário implora por
misericórdia. — disse Aegon.
— Então tereis um novo adversário, meu Senhor da Palha. Vejamos se me conseguis tocar. Vós e o vosso
irmão. — disse Sir Criston.
Então, Aemond ataca Sir Criston, mas o mesmo se defende, Aemond volta a atacar, mas em vão. Aegon tenta acertar pelas costas mas é impedido pela espada de Sir Criston. Aemond ataca Sir Criston mas ele desvia-se, Aegon faz o mesmo que seu irmão mas é empurrado por Sir Criston que o leva ao chão, mas o príncipe logo se levanta.
— Tendes que fazer melhor do que
isso. — Sir Criston diz.
Aemond avança para Sir Criston o que lhe leva a acertar o príncipe na perna, já Aegon é acertado nas costas, após tentar desarmar Sir Criston. O que leva aos dois príncipes no chão.
— Pegai nas armas, rapazes. Não deis tréguas aos vossos inimigos. — disse Sir Harwin.
— Parece que os rapazes mais novos precisam da vossa atenção, Sir
Criston. — disse Sir Harwin.
— Pondes em dúvida o meu método de instrução, Sir? — perguntou Sir Criston.
— Não, só sugiro que esse método seja
aplicado a todos os vossos
aprendizes. — respondeu Sir Harwin.
— Sir Harwin tem razão avô, Sir Criston só presta atenção a Aegon e
Aemond. — disse Visenya a seu avô.
— Muito bem. Jacaerys, vinde aqui. Lutareis com o Aegon. O filho mais velho contra o filho mais velho. — disse Sir Criston.
— Sem ofensa princesa. — disse Sir Criston olhando para Visenya.
— Isso não é justo! Aegon é mais velho e mais experiente que Jacaerys! — gritou Visenya.
— A princesa tem razão. — Sir Harwin concordou.
— Nunca estiveste no campo de batalha, mas quando empunhamos as espadas, não esperamos um combate justo. — respondeu Sir Criston.
— Espadas para cima. Lutai. — mandou Sir Criston.
Aegon ataca Jacaerys repetidamente mas Jacaerys consegue se defender, até que Aegon o empurra o levando ao chão. Mas Jace corre e ataca Aegon que se defende e desta vez é Jacaerys que ataca repetidamente mas Aegon consegue se defender. Até que Aegon atira um dos espantalhos para cima de Jacaerys.
— Fez batota. — disse Sir Harwin.
— Eu lido com ele. — respondeu Sir Criston.
— Firmai os pés. Tendes a vantagem da altura, usai-a. — disse Sir Harwin.
— Tu! — gritou Aegon enquanto atacava Jacaerys que se defende.
- Aproximai-vos. - manda Sir Criston.
— Obrigai-o a recuar.
Aproximai-vos. — diz Sir Criston.
Aegon ataca Jacaerys repetidamente que consegue se defender.
— Atacai. Usai os pés! — manda Sir Criston.
Depois de Aegon atacar Jacaerys novamente, dá-lhe um pontapé no peito que o leva ao chão.
— Não o deixes levantar-se. — disse Sir Criston.
Aegon ataca repetidamente a espada de Jacaerys, não o deixando levantar-se.
— Sir Harwin! Faça-o parar! — pediu a princesa.
— Já chega! — diz Sir Harwin enquanto tira Aegon de perto de Jacaerys.
— Atreveis-vos a tocar-me? — perguntou Aegon com raiva.
— Cale-se Aegon! — manda a princesa Visenya.
— Fostes desrespeitoso. Era o príncipe. — diz Sir Criston.
— É isto que ensinais, Cole? Crueldade para o adversário mais fraco? — pergunta Sir Harwin enquanto pega as espadas de madeira do chão.
— O vosso interesse no treino do pequeno príncipe é invulgar, comandante. A maior parte dos homens só teria esse tipo de dedicação com
um primo. Ou um irmão. Ou um
filho. — diz Sir Criston.
No momento a seguir Sir Harwin ataca Sir Criston com o punho o levando ao chão. Onde o ataca com socos repetidamente, o ferindo.
— Acerte-lhe com força Sir
Harwin! — grita a princesa Visenya.
Guardas chegam e tiram Sir Harwin de cima de Sir Criston.
— Repeti o que disseste! Repeti o que
disseste! — gritou Sir Harwin.
— Bem me parecia. — disse Sir Criston ainda no chão.
— Se me dá licença, irei ver como Maelor
está. — disse Visenya se despedindo de seu avô com um beijo na bochecha.
— Maelor? — disse Visenya ao entrar na grande biblioteca.
— Estou aqui Nya. — respondeu Maelor lendo um livro.
— Oque achas de irmos voar um
pouco? — perguntou com um sorriso.
— Terrax ainda é pequeno, não está apto pra voar. — respondeu Maelor.
— Podíamos voar juntos em Drake, o que te parece? — perguntou a princesa.
— Eu não sei, Drake é muito grande e assustador e ele pode estranhar
me. — disse Maelor com receio.
— Ele não vai, mas antes de irmos temos que passar pelos aposentos de minha mãe, para eu lhe contar o que aconteceu no treino dos rapazes. — disse Visenya puxando Maelor pelo braço.
— Está bem, assim aproveito para parabenizar Rhaenyra, mas se o seu dragão me comer a culpa vai ser
sua. — respondeu Maelor.
— Dá-lhe banho com um pano e diz à cozinheira para te dar um bom vinho para beberes. — disse Rhaenyra para a serva.
— Princesa? — disse a serva que entrou nos aposentos acompanhada de Visenya e Maelor.
— Mãe? Houve um incidente no pátio com Sir Harwin. — disse Visenya.
— Rhaenyra, espero que o parto tenha corrido bem. — disse Maelor indo abraçar a irmã.
— Correu Maelor. — respondeu retribuído o abraço com um sorriso. Maelor era o único dos filhos de Alicent que era simpático com ela, sem contar com Helaena já que a princesa era simpática com toda a gente.
— Venham. — disse Rhaenyra após passar pela porta.
Rhaenyra, Visenya e Maelor começaram a subir a escadaria. Mas param assim que ouviram vozes.
— Estou envergonharíssimo. — disse Lorde Lyonel.
— Então é disso que se trata? A vossa
vergonha? — perguntou Sir Harwin.
— A nossa vergonha Harwin!! A vergonha de toda a casa Strong — respondeu Lorde Lyonel.
— Porque bati naquele insuportável do Cole? O filho de um serviçal? — perguntou Sir Harwin.
— Sir Harwin tem razão, ele é
insuportável. — sussurrou Visenya.
— Concordo. — sussurrou Maelor.
— Um cavaleiro da Guarda
Real! — respondeu Lyonel.
— Atacou o príncipe Jacaerys...
— Defensor da Coroa! Tornaste-nos vulneráveis a acusações de traição
pior. — interrompeu Lorde Lyonel.
— E que traição é essa? — perguntou Sir Harwin.
— Não te faças de parvo comigo, rapaz. A tua intimidade com a Princesa Rhaenyra é uma ofensa que pode significar o exílio e a morte. Para ti, para ela, para as crianças. — disse Lyonel.
— São só boatos.. levantados pelos rivais
dela. — rebateu Sir Harwin.
— As pessoas têm olhos. No entanto, o Rei não aceita o que os olhos veem. O seu frágil escudo
é a única coisa que te protege do carrasco. A cegueira intencional de um pai para com uma
filha. — disse Lyonel.
— Quem me dera que o meu pai tivesse a mesma cegueira. — disse Sir Harwin.
— E não a tive durante estes anos todos? No entanto, hoje atacaste publicamente um cavaleiro da Guarda Real para defender o
teu... — disse Lyonel.
— Tendes a vossa honra e eu tenho a
minha. — disse Sir Harwin.
— Venham. — pediu Rhaenyra agarrando a mão de sua filha e de seu irmão.
— Para acalmar a dor, Princesa. — a serva disse assim que Visenya, Rhaenyra e Maelor entraram no quarto.
Rhaenyra abriu o vestido para que a serva pudesse colocar o pano para aliviar a dor.
— Havia um urso. Todo preto e
castanho... — Visenya ouve alguém cantar.
— Obrigada. — Rhaenyra agradeceu assim que a seca colocou o pano.
— Estareis melhor daqui um dia ou dois, quando o leite secar. — informou a serva.
— A freira? disse ele. Mas eu sou um urso. Que asneira! Todo preto e cheio de pelos. Da cor do
fruto da aveleira! E na estrada, na caverna. Três rapazes, uma cabra e um urso à beira. Dançavam e... — alguém canta.
Visenya se assusta com um estrondo e olhou para trás vendo o seu pai, Laenor cantando acompanhado de um homem.
— Minha querida mulher. — Laenor diz.
— Princesas. — disse o homem que acompanhava Laenor.
— Caí. — disse Laenor visualmente bêbado.
— Onde estiveste? — pergunta Rhaenyra.
— Saí com o Qarl. Não vos
disse? — respondeu Sir Laenor.
— Tens muitas dores? O leite... incha os
peitos... — disse Sir Laenor
— Importais-vos, Sir Qarl? Quero falar com o meu marido. — perguntou Rhaenyra.
— Claro, princesa. — respondeu Qarl indo embora.
— Os Degraus estão novamente em guerra, Rhaenyra. — disse Laenor.
— Novamente? — perguntou Visenya.
— Visenya? Maelor? Por favor, preciso falar com Laenor a sós. — pediu Rhaenyra.
— Claro, mamã. Vamos
Maelor. — respondeu Visenya agarrando a mão do príncipe.
Visenya despediu de sua mãe com um beijo na testa e de seu pai com um na bochecha.
— 𝐷𝑟𝑎𝑘𝑒!— a princesa chamou um dos seus dragões. Esses ficava ao ar livre depois de Visenya insistir muito com o seu avô.
Drake rugiu assim que viu Maelor, que até agora estava atrás de Visenya.
— Calma, este é o Maelor, o meu
amigo. — disse Visenya pegando na mão do Maelor.
— O que estás a fazer Nya? — perguntou Maelor com receio.
Visenya não respondeu apenas pôs a mão de Maelor no nariz de Drake.
— Vês? Ele é um amigo. — disse Visenya em Valiriano.
— 𝑉𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑣𝑜𝑎𝑟? — a princess recebe um pequeno rugido em forma de concordância.
A pequena princesa começa a escalar o grande dragão e senta-se nas suas escamas. A princesa
nunca achou que precisasse de cela e o seu avô concordou, pois sabia que a sua neta não precisara de uma.
— Não vens? — perguntou Visenya a Maelor.
Maelor logo começou a escalar. Sentando-se atrás de Visenya.
— Isto é perigoso, não usas cela, podemos cair a qualquer
momento. — disse Maelor.
— Basta agarraste bem e não vais
cair. — após isso pegou nas mãos de Maelor e rodeou a sua cintura com elas.
— Segura te. — foi a última coisa que disse.
Antes que Maelor pudesse dizer qualquer coisa Visenya comandou que Drake levantasse voo. Poucos segundos depois ambos já estavam nas alturas, mas agora acompanhados de seus outros dois dragões, Drogon e Dranys, um de cada lado.
— Não me disseste que Drogon e Dranys estariam aqui! — gritou Maelor.
Visenya riu do medo de Maelor, não achava os seus dragões assustadores, ela via-os como filhos.
A princesa tinha vários passatempos, mas voar com os seus dragões era o seu favorito. Quando ela estava com os seus dragões, ela sentia como
se fosse uma deles.
— 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑎𝑟𝑦𝑠 𝐷𝑟𝑎𝑘𝑒. — a princesa comandou e o seu dragão assim o fez. Drake soltou uma bola de fogo e passou por ela, o que fez a sua montadora rir e Maelor gritar. Dranys e Drogon decidiram voar aos círculos à volta de Visenya, o que a fez rir ainda mais, desta vez Maleor não gritou, apenas observou a conexão entre Visenya e os seus dragões. E isso era o que os dragões pretendiam, deixar a sua
montadora feliz, pois se ela estivesse contente, eles também estavam.
Visenya e Maelor passaram pela cidade com seus dragões, onde todas as pessoa acenavam e gritavam de felicidade, pois o povo amava a sua princesa.
— Terminemos. — disse Alicent para todos presentes na mesa.
— Ah...sim. — concordou Viserys.
— Esperai. Quero falar. — pede Rhaenyra.
— Sentai-vos. — disse Viserys.
— Ultimamente, tenho sentido a...tensão...entre as nossas famílias, minha rainha. Peço perdão por qualquer ofensa que a minha tenha cometido. Mas somos uma só casa. E, muito antes disso,
éramos amigas. — Rhaenyra disse a Alicent.
— A minha filha, Visenya, herdará o Trono de Ferro de mim, sugiro que seja prometida ao vosso filho Maelor. E gostaria que o meu filho Jacaerys seja prometido à vossa filha Helaena. Aliemo-nos definitivamente. Deixemo-los reinar juntos. — disse Rhaenyra.
— É uma proposta muito sensata, Visenya e Maelor são grandes amigos e Helaena é perfeita para Jacaerys. — diz Viserys.
— Além disso, Visenya propôs que se Syrax pusesse mais ovos, o vosso filho Aemond poderia escolher um. Como sinal da nossa
bondade. — finalizou Rhaenyra.
— Rhaenyra... — Alicent disse olhando para o seu vestido.
— Sede bons para a vossa mãe. Visitar-vos-ei quando puder. Mas pode demorar algum
tempo. — disse Sir Harwin.
— Terei saudades suas Sir Harwin. Com quem eu irei lutar? — disse Visenya abraçada a Sir Harwin.
— Também terei suas princesa, poderá lutar com seus irmãos. — respondeu Sir Harwin.
— Não será a mesma coisa. — sussurrou Visenya saindo do abraço.
— Jace. — Rhaenyra disse que o mesmo foi para perto dela.
— Eu voltarei. Prometo. — disse Sir Harwin a Jacaerys que acenou com a cabeça.
Sir Harwin deu um beijo na cabeça de Joffrey
em forma de despedida.
— Quando nos virmos outra vez, serei um estranho. — disse ao bebé.
— Princesa. — foi a última coisa que disse antes de ser retirar.
Jace e Visenya correram até a porta para verem Sir Harwin pela última vez.
— Vamos mandar cartas pelos corvos,
não vai ser divertido? — perguntou Rhaenyra.
— Harwin Strong é meu pai? Sou um
bastardo? — perguntou Jace.
—És um Targaryen. É só isso que interessa. — Rhaenyra respondeu.
Visenya observava a cena encostada na porta. Até que sente mãos a rodeando e percebe que é Luke a abraçando.
— Nós o veremos outra vez? — sussurrou Luke.
— Claro que sim, pode demorar mas ele virá e nós estaremos aqui para o receber. — respondeu Visenya
— Vinde Jace e Luke, vamos
entrar. — chamou Visenya entrando novamente no quarto.
— Helaena, Maelor. — Visenya chamou os seus tios sentindo o olhar de Alicent em suas costas.
— Nya, o que a trás aqui? — perguntou Helaena feliz pela presença de sua sobrinha.
— Eu vou para Pedra do Dragão. Eu vim me despedir. — disse Visenya.
Helaena apenas puxou Visenya para um forte abraço, um abraço de despedida. Maelor logo entrou no abraço, aproveitando a presença de Visenya.
— Sentirei muitas saudades. — Visenya sussurrou, aproveitando o abraço.
— Eu não queria ir, queria ficar com
vocês. — Visenya sussurrou triste.
— Podemos falar por cartas, será divertido, e podes visitarmos de vez em quando. — disse Maelor saindo do abraço.
— Sim, com certeza. — respondeu Visenya.
Helaena desejou boa viagem a Visenya e antes de sair a mesma beijou a bochecha de Maelor. Essa ação fez com que as bochechas do príncipe ganhassem um tom rosado.
Alicent não entendia, a sua filha não deixava que ela a tocasse, mas ela mesma abraçava Visenya . O que Visenya tinha que ela não?
— É lindo. — Visenya disse ao
ver Pedra do Dragão.
Rhaenyra sorriu para a sua filha e concordou acenando.
— Vamos entrar. — disse Laenor
Visenya ficou para trás. Ela olhava para o céu, vendo os seus dragões passarem por cima dela. A princesa sorriu aproveitando a vista, ela amava os seus dragões e não os trocaria por nada.
Peço desculpa pela demora para
postar o segundo capítulo, mas aqui
está, espero que gostem e me
desculpem por qualquer erro.
Beijinhos.
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