03
Tirando com certa dificuldade a roupa que estava grudada no corpo, Hermione migrou diretamente para o banheiro, tomando um banho longo, onde deixou os pensamentos fluírem.
A água caia como efeito relaxante em seu corpo, e com os olhos fechados, ela conseguia imaginar perfeitamente a cena que se estendeu a alguns minutos atrás no banheiro de Snape.
Ela não imaginava que Severus fosse tão forte, não só na força em si como fisicamente. Claro, ele não tinha o corpo completamente tonificado como um jogador de quadribol experiente, mas havia algo ali que chamou sua atenção. Quando suas mãos se apoiaram no peito dele, algo mexeu com ela. Talvez fosse a sensação de firmeza que sentia nele, ou o fato de naquele momento, ter sentido às leves batidas que o coração de Snape dava.
Enquanto ensaboava seu corpo, ela tocou levemente nos lugares onde as mãos grossas a seguraram com tanta firmeza, a segurando tão próxima dele que o cheiro natural que ele possuía invadisse suas narinas.
Por um momento, ela confessava que desejou poder deslizar suas mãos pelo torço nú dele, sentir cada curva que seu abdômen poderia ter, e ainda mais, poder ver o que tanto pressionava em seu ventre, duro e pulsante.
Céus, ela odiava ter aqueles pensamento, principalmente por Snape. Contudo, ela nunca havia experimentado tal tensão assim, só ouvido falar ou por ter lido em seus livros sobre romance. Porém ela não esperava que sentisse isso com Snape. Era como se um calor percorresse todo seu corpo, junto de um leve formigamento e arrepio.
Eles estavam tão próximos, que Hermione teve um leve vislumbre dos lábios finos dele, que naquele momento pareceram tão interessantes.
Durante aquele banho, ela sentiu o corpo esquentar apesar da água estar morna, e aquele mesmo arrepio que sentiu quando estava próxima de Snape, surgiu novamente.
Hermione não era boba, apesar de nunca ter sido tocada, ela sabia como o fazer em si mesma, e naquele momento, com tantas coisas a induzindo a excitação, ela sentiu a necessidade de ser tocada, não por seus próprios dedos, talvez outros mais experientes.
Era tão errado pensar em Snape daquela forma, porém cada vez que fechava os olhos, ela vislumbrava o quão ele estava próximo, com os cabelos molhados, a água escorrendo por seu rosto e corpo, e o quanto ele a segurava firmemente, céus como ela gostou daquilo.
Enquanto uma mão acariciava próximo ao busto, a outra deslizava pelo tronco, aos poucos chegando mais a baixo, próxima a intimidade que ansiava por um toque desesperadamente, os dedos estavam prontos para invadir a carne quente e necessitada, logo, precisando se afastar rapidamente com o susto que ela levara quando bateram na porta do banheiro.
— Hermione querida, está aí? — era a voz de Molly, que batia insistentemente na porta.
— Eu... Já estou saindo. — disse nervosa, tentando terminar o banho o mais rápido possível.
— Estamos todos lá embaixo te esperando querida.
Levando as mãos no rosto em nervosismo, ela desligou o chuveiro saindo e se secando. Foram necessários alguns minutos para que ela estivesse realmente pronta. Seus cabelos estavam muito mais comportados agora, mais nem por isso ela poderia se dar ao luxo de não cuidar deles. Os deixando úmidos e hidratados, um perfume floral e doce foi o último detalhe para que ela colocasse outro vestido, agora seco no corpo e descesse para a sala, onde encontraria os Weasley em massa.
Hermione desceu as escadas com o coração ainda acelerado e a mente um tumulto. A sensação do banho e os pensamentos recentes não haviam desaparecido completamente, mas ela tentava concentrar-se na presença dos Weasley e nas interações que a aguardavam.
Quando chegou à sala, foi recebida por um coro de cumprimentos calorosos e sorrisos amigáveis. O ambiente estava cheio de vida e conversas animadas, logo, não demorou para que Molly Weasley se aproximasse imediatamente, sorridente e preocupada.
— Hermione, querida, finalmente! — Molly a abraçou apertado. — Estava começando a me preocupar.
Hermione tentou relaxar, respondendo ao abraço com um sorriso forçado. Ela ainda estava lutando para se recompor do episódio anterior, mas a presença acolhedora da matriarca e a conversa vibrante ao seu redor ajudavam a distrair a mente inquieta, pelo menos um pouco.
— Desculpe! — sorriu sem jeito. — Às vezes perco um pouco a noção quando estou no banho.— respondeu, ajustando a postura.
— Te entendo bem querida. — sorriu dando tapinhas nas costas da garota. — Depois que tive tantos filhos, também me escondo no banheiro às vezes. — sorriu compreensiva.
Ao olhar ao redor, viu Ron e Harry conversando animadamente com os gêmeos, que pareciam animados com o novo teste de um novo produto da loja de logros. Ela se aproximou do grupo, tentando se integrar à conversa e desviar o foco de seus pensamentos perturbadores, aceitando até mesmo servir de cobaia para eles, contanto é claro, que eles tivessem um contra feitiço ou algo parecido para que ela pudesse voltar ao normal, tudo, para poder se distrair.
O dia havia passado demasiadamente rápido, e durante o jantar, Hermione fez um esforço consciente para se envolver nas conversas e aproveitar a companhia dos Weasley. A comida estava deliciosa como sempre, e as histórias engraçadas de Fred e Jorge sobre suas últimas travessuras trouxeram alguns momentos de risadas genuínas. Mesmo assim, sua mente ocasionalmente se desviava para o momento intenso com Snape, e a tensão que sentira ainda parecia ecoar em seu corpo. Contudo, se lembrando do homem taciturno no quarto acima, ela se lembrou que deveria ver como ele estava, lhe dar remédios e levar o jantar.
Se levantando, ela começou a preparar algo para ele comer, não podia pedir para monstro, já que quando Molly invadia sua cozinha, o elfo doméstico ficava extremamente irritado e sumia. Ninguém pareceu se importar muito se Snape precisava ou não comer, se ele tinha ou não fome, sequer perguntaram dele, exceto Arthur Weasley que considerava o professor uma boa pessoa. Os gêmeos fizeram menção a ele, porém apenas para zombar.
Lá estava ela novamente em frente ao quarto dele, com o coração batendo a mil pelas lembranças que sempre vinham a tona. E pela primeira vez naquele dia, ela se perguntou se ele também sentiu algo, ou se também passou o dia atormentado com aquilo.
Bateu na porta, e ao ouvir o convite para entrar, ela abriu-a com um misto de nervosismo e esperança. Era a primeira vez que Snape respondia sem que ela entrasse antes. Ele estava sentado na varanda do quarto, às pernas cruzadas com um livro caído em sua coxa, enquanto olhava atentamente para ela, que entrava com a costumeira bandeja de comida para ele.
— Desculpe a demora. — disse nervosa.
— Você não é obrigada a ficar o dia inteiro me vigiando, Granger! Não é sua obrigação.
— Eu só quero garantir que esteja bem. — disse calma.
— Eu aprecio sua iniciativa, mas minha competência em poções é suficiente para tratar esses ferimentos. Não há necessidade de sua intervenção. — disse com frieza.
A verdade, era que Snape precisava de ajuda, mas era ignorante demais para confessar. Ele ainda sentia dores, tinha dificuldade para andar, mas se recusava que aquela garota o ajudasse. Não bastasse a cena do banheiro como lembrança humilhante.
Sentada numa cadeira almofadada enquanto via Snape comer, ela notou o quanto ele estava confortável em sua vestimenta. Ela nunca o vira tão despido daquela maneira, visto que ele somente usava roupas pesadas e escuras. Era uma cena rara. Agora, ele usava uma roupa mais casual e leve, o que revelava um lado dele que ela nunca tinha visto antes. Ele parecia relaxado, quase à vontade, um contraste marcante com a sua habitual postura rígida e imponente. Hermione não pôde deixar de admirar a diferença e a maneira como a simplicidade do momento parecia suavizar sua figura geralmente severa.
Ele se mostrava tão tranquilo naquele momento, e ela confessava a si mesma que apesar de sempre usar preto, Snape ficava maravilhosamente bem de branco, como a camisa que ele usava. Alguns botões estavam abertos, dando a ela a visão do peito pálido e levemente definido.
Era difícil controlar o olhar, quando tanta coisa passou por sua mente naquele momento. Logo, ela se lembrou da sensação de suas mãos apoiadas no peito firme e forte dele, trazendo uma onda de calor em seu corpo.
Snape terminava de comer quando olhou para cima, e observou que Hermione parecia o encarar demais. Ela não parecia ter notado que ele agora também a observava, porém com um leve olhar curioso.
Severus seguiu cada expressão que a jovem da grifinória fazia, acompanhando seu olhar até onde ela tanto observava. Ele notou brevemente que a camisa que usava estava ligeiramente aberta, mostrando seu peito tão cobiçado pela jovem.
Severus não costumava ser observado tão descaradamente daquela forma, ele ousava dizer que ninguém o fazia, principalmente por medo de ser pego, porém ele sabia diferenciar um olhar zombeteiro com um cheio de intenções.
— Que maravilha, tenho a honra de ser observado por alguém com tanto tempo livre. — comentou chamando a atenção da jovem, que o olhou com olhos arregalados. — Está gostando do que vê, senhorita?
— Desculpe! — sorriu sem graça. — Não foi minha intenção e....
— Oh, claro que foi. — sorriu maliciosamente. — Algum interesse em mim? Espero que, se você está investindo tempo na minha pessoa, esteja obtendo algum valor disso. Caso contrário, talvez seja melhor buscar algo mais produtivo para a sua curiosidade.
Hermione olhou atentamente para o homem que a encarava de forma convencida e intensa. Porque ele tinha de ser tão idiota? Quer dizer, naquele momento, ela sentiu raiva por ele ser tão convencido e babaca, a fazendo se lembrar do quanto ele era horrível na escola, não que tenha mudado muito.
Severus se sentiu orgulhoso por vê-la com sua expressão severa habitual de quando às coisas não saiam do jeito dela, os lábios pequenos e cheios comprimidos mostrando irritação com seu comentário, o que inflou seu ego de conseguir irritar a tão inteligente Granger.
— O gato comeu sua língua, Granger? — sorriu provocativo.
— Às vezes, me pergunto se o seu comportamento não é um pouco convencido? — disse séria, decidindo que não deixaria ele a tratar como a aluna assustada que ela foi um dia.
— Convencido, é? Fascinante que você tenha tempo para analisar minhas atitudes. Isso significa que chamo sua atenção, não é? — sorriu provocativo, se sentindo vitorioso por ver o quão vermelha de irritação ela estava.
— Professor Snape, não quero ser indelicada, mas, sinceramente, você não é tudo isso que pensa que é. — retrucou.
— Ah, sua bruxinha malcriada, suas observações sempre são tão perspicazes. Acho melhor você se retirar, e quem sabe deixar a avaliação de caráter para os mais qualificados. — sorriu minimamente.
— O senhor ainda não tomou seus remédios. — anunciou.
— Não preciso de medicamentos para lidar com meus problemas. Se há algo que eu precise, é menos intromissão e mais respeito pelo meu espaço. — e lá estava seu habitual mal humor de volta.
— Entendo sua relutância, mas se os remédios podem realmente ajudar, seria melhor considerar isso. Ignorar o problema não o fará desaparecer.
— Não haja como uma mãe preocupada Granger, esse não é seu trabalho. Deixe os remédios do lado da cama, tomarei assim que der.
Suspirando fundo, ela se levantou e fez o que ele lhe pediu, logo parando ao lado dele antes de se retirar. Naquele segundo, o leve aroma de sândalo invadiu as narinas de Snape, o fazendo respirar profundamente.
O cheiro dela o deixou inebriado por um momento, o aroma evocava nele uma certa calmaria e serenidade, e lembranças que de mais cedo que ele odiava ter que se recordar.
— Eu estarei no quarto ao lado, se precisar.....
— Não precisarei! — respondeu seco.
— Se precisar, — continuou. — É só me chamar.
E lá se foi ela novamente, sumindo pela porta e o deixando só.
Snape assistiu à porta se fechar atrás dela, absorvendo o último vestígio do aroma de sândalo que ainda pairava no ar. A sensação de tranquilidade proporcionada pelo cheiro contrastava fortemente com o tumulto interno que ele tentava controlar. Ele se forçou a ignorar as memórias que o assombravam mas era nítido que não seria fácil para ele.
A maior irritação de Snape era perceber que algo em Hermione Granger despertava seu lado mais vulnerável. Ele não conseguia entender por que a presença dela, com sua determinação e compaixão, desestabilizava tanto sua fachada rígida. Cada gesto dela parecia desafiá-lo a confrontar emoções e pensamentos que ele preferiria manter reprimidos. Essa percepção apenas intensificava sua frustração, pois ele se via lutando contra algo que não conseguia controlar.
No banheiro, quando a teve tão próximo de si, seu lado racional implorava para jogá-la para longe e pedir que nunca mais se aproximasse, contudo, vê-la ali, tão perto, molhada e o olhando intensamente enquanto suas mãos seguravam sua cintura maravilhosamente delineada, o deixou fora de si.
Severus não se lembrava qual foi a última vez que esteve perto de uma mulher, sequer se lembrava quando havia sido sua última vez dentro de uma, ou quando foi a vez que ele se apaixonou por alguém, exceto Lílian.
Lílian, a tanto tempo não pensava nela. Nem mesmo com Potter rondando os corredores de Hogwarts ele pensava nela, pelo menos não dá maneira apaixonada que um dia foi.
Ele sabia que havia feito muitas coisas erradas, principalmente a ela quando era jovem. Contudo, o tempo lhe ensinou o quanto sua amizade com a ruiva, com o passar dos dias se tornou tóxico por causa de James, aquele imundo.
Severus Snape refletiu sobre os anos de animosidade e ressentimento entre ele e Lílian. Embora ela o tivesse odiado por uma falha grave e ele a tivesse magoado em outras ocasiões, o ressentimento mútuo parecia ter uma complexidade que transcendia a simples adversidade. Ele lembrou das vezes em que, mesmo diante de piadas ásperas e provocações, havia sorrido apenas para não piorar a situação ou, talvez, manter uma aparência de cordialidade. Com o tempo, Snape começou a perceber que o que sentia por Lily não era, de fato, amor, e que a ideia de amizade entre eles era um erro. Ele compreendeu que o vínculo que tentaram construir nunca teve o fundamento necessário para prosperar e que, na verdade, nunca deveria ter existido. O reconhecimento dessa verdade trouxe um alívio amargo, uma compreensão tardia sobre os limites de suas relações e emoções.
O que isso tinha haver com Hermione? Bem, ela era uma versão não amarga dele. Ela havia passado por situações que ele em seu lugar, teria feito a coisa errada, sem falar no quanto ela sofreu em seu primeiro ano no castelo por falta de amigos e por também ser zombada.
Na verdade, aquilo não importava muito para ele, a questão, era que ele admirava o quão a garota se tornou forte, porém também não era aquilo que o fazia pensar nela, e sim, o quão ela mexeu com ele somente naquele dia.
Snape deu graças por ela não aparecer pelo resto da tarde, ainda se sentia péssimo com o que havia acontecido. Pela maneira que seu corpo havia reagido a uma garota tão nova e ainda por cima sua aluna. Aquilo era ridículo em um patamar que beirava a insanidade. Ele conhecia aquela pirralha desde que entrara em Hogwarts com onze anos, nunca a suportou, e de repente, ele estava pelado em um banheiro com ela e de pau duro.
Ele sabia o quão aquilo era obsceno, porém não havia espaço em sua mente para arrependimentos, não quando ainda sentia o corpo dela alinhado perfeitamente com o seu, os seios médios e carnudos debaixo do vestido molhado esbarrando em seu peito nú e sua respiração descompassada a deixando mais sensual.
Snape sabia que não era capaz de se apaixonar, não por uma aluna pelo menos. Aquilo não fazia parte de sua ética moral, mas era difícil negar que seu corpo adormecido por falta de prazer pediu por algo a mais naquele momento. Ele sabia ser racional, contudo fazia tanto tempo desde a última vez...... Quando se deu por si, ele pedia para que ela saísse com um fraco "por favor", mesmo que seu lado nada racional pedisse que ficasse.
Ele já se sentia um pouco melhor em relação aos seus ferimentos, a perna ainda era um problema maior, contudo já conseguia se movimentar melhor, apesar da dor e de estar mancando.
Chegando até sua cama, decidiu tomar os remédios que a garota havia deixado no criado mudo, logo, acenando com a varinha para que todo o quarto fechasse todas às portas e janelas, deixando apenas uma vela acesa no canto, iluminando fracamente o cômodo.
O cheiro dela parecia ter ficado no ar, o irritando pois cada vez que fechava os olhos, se lembrava da cena do banheiro, onde a tinha tão perto.
De repente, seus olhos se abriram com a perspectiva de passos caminhando do lado de fora do corredor. Eram passos leves, porém o suficiente para seus ouvidos bem treinados o avisarem de algo. A mão correu ligeiramente para debaixo do travesseiro para embainhar sua varinha, e com o click da porta se abrindo, mesmo com o corpo levemente dolorido ele se levantou, ainda sentado porém apontando a varinha para quem entrava.
Incomodando seus olhos, a luz do quarto se acendeu, dando a ele a visão de Hermione parada em meio ao quarto, parecendo tão ansiosa do que quando saiu de lá mais cedo.
— O que faz aqui Granger? — questionou
— Eu só, não conseguia dormir.
— Oh, e aí a senhorita teve a brilhante idéia de achar que eu seria a melhor opção para sua insônia? — zombou.
— Na verdade, você é a causa dela.
— Ah, então eu sou a razão do seu insucesso em dormir? — provocou, com um sorriso irônico.
— Exatamente. E só você pode me ajudar a resolver isso. — respondeu, mantendo o tom sério enquanto se aproximava.
— Vá embora Granger! — se irritou.
Hermione usava o roupão de cetim florido tão delicado quanto seus cabelos caiam sobre os ombros, ela estava descalsa e cada vez mais de aproximava de Snape, o deixando completamente desconfortável.
O rosto dela estava levemente corado, ela parecia envergonhada mas havia a tão famosa coragem grifinória refletindo em seus olhos castanhos.
— Granger. Acho melhor você se retirar. — disse sério.
— Eu passei o dia inteiro remoendo tudo o que aconteceu no banheiro. — disse calmamente. — Eu, não sei o que você pensou sobre aquilo, mas eu não consigo esquecer, não posso.
— Isso não é um problema meu.
— É sim, você não pode negar que sentiu algo. Que me quer tanto quanto eu o quero.
— Granger.....
— Eu preciso de você. — soou manhosa.
Antes que Snape pudesse dizer algo que a afastasse, sentiu seu corpo inteiro tremer quando às mãos delicadas de Hermione desamarraram o roupão que usava, o fazendo deslizar pelo corpo alvo e cair no chão, formando um pequeno monte.
Snape sentiu como se seu corpo parasse de respirar com a cena que via, Hermione estava nua a sua frente, com seu corpo alvo completamente a mostra. Seus olhos por um momento travaram nos seios médios e cheios, aos poucos descendo o olhar pela pele que parecia tão macia até chegar ao ventre liso e definido.
Aquela seria a visão dos céus se não do inferno, tão errado e certo ao mesmo tempo. Suas curvas eram tão delicadas e perfeitas que somente depois de um tempo ele conseguiu soltar uma lufada de ar.
Nenhum som saiu de seus lábios, muito menos quando ela se sentou de frente a ele na cama, mordendo os lábios vergonhosamente.
— Eu quero sentir o que senti no banheiro hoje mais cedo.
— Granger, se pensa que pode brincar comigo desta maneira, sugiro que pare. Você não sabe com quem está........ — antes mesmo que ele pudesse terminar, Hermione se inclinou para frente, colando seus lábios aos dele, que gemeu quando ela se ajeitou melhor, e sentou em seu colo.
Suas mãos rapidamente tomaram a cintura delineada, na qual gemeu em confirmação quando deixou um leve aperto. Ele queria muito lutar para que aquilo não acontecesse, mas algo nele era mais forte, e tê-la ali, rebolando em cima de seu pau completamente duro, era um pecado que ele jamais negaria em experimentar.
— Eu queria tanto isso... — ela gemeu.
Afastando os lábios dela, Snape não tardou em os direcionar até os seios onde chupou com veemência cada um. Ela arqueou as costas implorando por mais, deixando o homem ensandecido por aquela garota tão mulher em seu colo.
Às mãos dela procuravam o elástico da calça fina que ele usava para dormir, para ela, era injusto que ele estivesse tão vestido enquanto ela estava alí, completamente nua para ele.
Quando conseguiu encontrar o que tanto queria, ela deu um jeito de se afastar do colo dele, para tirar o pano que cobria o membro tão duro. Um sorriso provocativo escapou pelos lábios da garota, que se abaixou lentamente, olhando diretamente nos olhos negros de obsidiana de Severus, que segurou um gemido e grudou os dedos nos lençóis da cama quando ela o colocou por inteiro na boca.
— Merlin.... — gemeu.
A jovem segurava o membro duro e o movimentava para cima e para baixo, seus lábios sugavam a glande inchada e molhada, vez ou outra esbarrando levemente os dentes, trazendo um arrepio extasiante a ele, que não aguentaria mais nenhum segundo.
— Granger, eu vou..... Céus, pare. — gemia incontrolavelmente.
Os lábios trabalhavam de forma hábil em seu comprimento, quase engasgando com o quanto o engoliu por inteiro. Voltando a ponta, ela dedicou tempo total a ela, sorrindo quando sentiu o corpo do mais velho começar a vibrar.
Snape estava prestes a gozar, seu corpo tentava controlar os espasmos para que não acabasse tão logo, mais assim que o gemido alto veio, com o gozo forte um susto o fez pular da cama, o fazendo acordar assustado e todo melado. Ofegante, ele olhou em volta notando o quanto o quarto estava escuro, o silêncio reinando em toda a casa, exceto por sua respiração descompassada.
Passando às mãos nos cabelos, notou estar suado, ele tentou se acalmar, respirando fundo e tentando se lembrar do que tinha sonhado. Com as mãos tremendo, ele se levantou lentamente, procurando entender se ainda estava sonhando ou se já havia acordado. O suor escorria pela testa e pelas costas, e ele se questionava se o susto havia sido real ou apenas um reflexo de seu estado nervoso.
Sentado e com uma ereção enorme, Severus percebeu o quanto havia deixado a cama melada pelo gozo recente. Aquilo o irritou demasiadamente, se sentiu um adolescente idiota por estar naquele estado, por ter se descontrolado tanto ao ponto de gozar enquanto sonhava.
Depois de pegar sua varinha e limpar tudo, a passos lentos caminhou até o banheiro, tomando um banho gelado que não parecia ter adiantado muita coisa, pois às cenas de seu sonho estavam tão vividas em sua mente quanto seu membro latejante estava naquele momento.
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