𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑢𝑚
META PARA LIBERAR O PRÓXIMO CAPÍTULO: 20 VOTOS E 20 COMENTÁRIOS.
Arabella encarava seu próprio reflexo no espelho de sua penteadeira, enquanto terminava de arrumar seus cabelos ruivos em um coque bagunçado, devido o grande calor que já fazia em Outer Banks. Mas, a verdade era que ela estava bem longe de seu quarto, bem longe de tudo que estava ao seu redor.
Ela estava se esforçando muito para não pensar em JJ, e para não repassar mais uma vez toda a conversa que tiveram no dia anterior. Para não pensar no término que ainda estava recente em sua mente e em seu coração, que ficava apertado toda as vezes que a imagem dos olhos de JJ vinha novamente em sua mente.
Mas, por outro lado ela sabia que aquilo tinha sido o melhor para ela, e também para ele - mesmo que ele ainda não tivesse percebido aquilo ainda.
A ruiva então decidida a passar o resto do dia sem pensar mais naquilo balançou sua cabeça de um lado para o outro, e se levantou no pequeno banco que estava sentada, pronta para sair de seu quarto. E assim que isso aconteceu ela desceu calmamente as escadas, já escutando algumas vozes vindas da sala de jantar da enorme mansão dos Moreau.
Ela caminhou até lá, dando de cara com toda a sua família já sentada na mesa, começando a tomar o café da manhã. Arabella então puxou uma cadeira ao lado de sua mãe, Victoria, que estava vestida elegantemente como sempre. E bem a frente a seu irmão mais novo, que parecia entretido demais em passar geleia em sua torrada.
— Você está estranhamente quieta hoje, querida. — Victoria comentou observando a filha com um olhar crítico enquanto mexia em sua xícara de chá. — Algo aconteceu?
— Não, mãe. Só acordei cansada. — Arabella respondeu sem tirar seus olhos da xícara de café.
— Cansada? De quê? Você não trabalha, não estuda. Só tem que aproveitar sua juventude, e mesmo assim parece estar tão exausta. — Victoria ergueu uma sobrancelha.
Arabella fechou os olhos por um momento, respirando fundo para não responder de forma impulsiva. A última coisa que queria era abrir espaço para mais críticas.
— Talvez ela esteja cansada de carregar o peso do próprio ego. — Theo, seu irmão, que até então se manteve calado, não perdeu a oportunidade de provocar sua irmã, que imediatamente revirou os olhos ao escutar aquilo.
— Cala boca, Theo. — Arabella lançou um olhar fulminante na direção dele, que apenas riu baixinho.
— Theo, comporta-se. — Alexandre, pai dos dois jovens que também estava calado repreendeu seu filho, fazendo o garoto o olhar sem acreditar, e logo em seguida bufar.
— Só estou dizendo. Ontem à noite você parecia bem... intensa. — Theo deu de ombros, sem deixar que o sorriso provocador sumisse de seu rosto.
— Ontem à noite? — Victoria perguntou com uma curiosidade imediata. — O que aconteceu ontem à noite?
Arabella suspirou, sentindo os olhares de toda sua família se voltarem para ela, inclusive o de seu pai, que lia alguma coisa em seu celular desde que ela sentou a mesa.
— Eu terminei com o JJ. — Ela declarou, tentando manter a voz firme, para não demonstrar o quanto o assunto ainda estava mexendo com ela.
— Você o quê? — Victoria até deixou a xícara cair sobre o pires, fazendo um som abafado escoar por toda a sala de jantar.
— Terminei com o JJ. — Arabella repetiu, dessa vez mais devagar como se estivesse explicando para uma criança.
— Bem... — Victoria começou, se ajeitando sobre a cadeira. — Isso não é totalmente uma suspresa. Sempre achei que ele era... inadequado pra você. Um Maybank? Francamente, Arabella, você deveria ter terminado isso há tempos.
— Obrigada pelo apoio, mãe. Isso ajuda muito. — Arabella não conseguiu evitar, e acabou revirando os olhos.
— Eu só estou sendo realista. — Victoria continuou. — Você merece alguém mais á sua altura. Alguém com ambição, classe. Não um garoto que passa o tempo inteiro surfando e se metendo em brigas por aí.
— Ele era muito mais do que isso. — Arabella respondeu, com a voz mais firme. — Mas claro, você nunca se deu o trabalho de enxergar além de seus preconceitos.
— Talvez agora você possa dar uma chance para alguém como o Rafe Cameron. Ele parece estar sempre de olho em você. — Theo riu, aproveitando a oportunidade de provocar sua irmã.
— Rafe Cameron? Prefiro morrer sozinha. — Arabella bufou, erguendo as sobrancelhas em sinal de descrença.
— Ah, não diga isso. — Victoria disse, sorrindo levemente. — Os Cameron são uma família respeitável. Rafe pode ser um pouco... impulsivo, mas ele tem influência, dinheiro e una boa posição na sociedade. Não seria uma má ideia, querida.
— Certo. Porque o que eu preciso agora é de mais problemas pra minha vida, e alguém que só seja bom pra mim por ter dinheiro, e não por me tratar bem e com respeito. — Arabella soltou uma risada fria.
— Victoria deixe a garota em paz. Bella, se você terminou com o JJ, foi porque achou que isso era o melhor pra você. E é isso que importa. — Alexandre finalmente deixou o celular sobre a mesa, e olhou diretamente para a filha.
Arabella ficou suspresa com o apoio do pai, apesar de ser um homem de poucas palavras, ele sempre demonstrava se preocupar muito com seus filhos, sendo basicamente o alicerce de toda a família Moreau. A ruiva tinha muito orgulho da história de seu pai, que construiu tudo o que tinha hoje sozinho, e com muito trabalho duro.
E ela também sabia que o apoio de seu pai sempre viria quando necessário, e sem que ao menos ela pedisse.
— Obrigada, pai. — Ela disse forçando um sorriso.
— Bom, espero que essa fase de rebeldia não atrapalhe no jantar de hoje à noite. Os Cameron veem, e eles estão sendo uma parte muito importante para os próximos negócios que seu pai pretender fechar. — Victoria bufou, claramente insatisfeita com a postura de Alexandre.
— Fase rebelde, mãe? Só porque eu terminei com o JJ? Ou porque me recuso a seguir o roteiro perfeito que você criou para a minha vida? — Arabella que já estava em pé para sair da mesa, se virou lentamente em direção a sua mãe novamente.
— Você sempre tem que transformar tudo em drama, Arabella. Eu só quero que você entenda a importância de manter as aparências. Nossa família tem um nome a zelar. — Victoria suspirou dramaticamente, levando a mão ao peito, como se estivesse ofendida.
— O nome de quem, mãe? O seu? O do meu pai? Porque, pelo que me lembro, sou eu quem vivo sob a lupa dessa ilha. Enquanto você fica aí sentada, fingindo que se importa. — Arabella rebateu, com frustração.
— Isso vai ser bom. — Theo percebendo o aumento da tensão entre as duas, murmurou, passando a comer mais rápido enquanto observava elas.
— Arabella, controle seu tom. — Victoria alertou, mantendo a mesma postura rígida de sempre. — Você tem responsabilidades, como todos nós. É seu dever garantir que a nossa família seja vista da melhor maneira possível.
— Ah, claro! Porque é isso que importa, não é? Aparências! Deus me livre a filha perfeita de Victoria Moreau cometer o crime de ser humana. — Arabella riu sarcasticamente, jogando os braços para o alto.
— Isso não é sobre perfeição. — Victoria rebateu, já elevando a voz. — É sobre postura, maturidade, saber o seu lugar. Você é uma Moreau, Arabella, e precisa agir como tal.
— Talvez eu não queira ser uma Moreau. — Arabella disparou, sentindo o peso da conversa cair sobre seus ombros. — Talvez eu só queria ser eu mesma, sem me preocupar com o que todo mundo nessa droga de ilha pensa.
Antes que Victoria pudesse responder, Alexandre novamente saiu de seu celular, intercalando seu olhar entre a filha e a esposa.
— Chega as duas. Isso não é o tipo de conversa que quero ouvir à mesa. — Alexandre chamou a atenção delas com um tom de voz firme.
— Você deveria apoiar, o que eu estou dizendo, Alexandre. Ela precisa aprender que não pode agir como uma criança mimada e esperar que o mundo a aceite. — Victoria resmungou, passando a olhar para o marido.
— Ela já entendeu o que você pensa, Victoria. — Alexandre respondeu calmamente, mas manteve o seu tom firme de sempre. — Talvez o problema não seja o que ela faz, e sim o que você espera dela.
Arabella olhou para o pai com surpresa, mas não disse nada. Era raro ele intervir nas discussões entre ela e a mãe, e, embora ele não estivesse totalmente do lado dela, a repreensão dirigida a Victoria era um alívio momentâneo.
— Essa foi boa, pai. — Theo murmurou com a boca cheia, e depois passou comer novamente.
Victoria levantou-se, ajeitando o vestido como se tentasse recuperar a sua dignidade que tinha sido perdida naquela conversa.
— Espero que você tenha pelo menos a decência de comparecer ao jantar hoje à noite, Arabella. E, por favor, sem seus comentários sarcásticos. Não vou tolerar você envergonhando a nossa família na frente dos Cameron. — Victoria contou cruzando os braços na altura do peito.
— Estarei lá, mãe. Mas, por favor, não espere que eu finja ser algo que eu não sou. — Arabella olhou sua mãe com um olhar desafiador, mas dessa vez, com um tom mais baixo.
Ela saiu da sala sem esperar resposta, sentindo o coração bater forte no peito. Arabella sabia que havia falado demais, mas, naquele momento, não se importava. Ela só queria fugir de tudo aquilo, das expectativas, das cobranças, da pressão constante de ser "a filha perfeita".
No final da tarde, a mansão dos Moreau estava um caos organizado. Empregados andavam de um lado para o outro, ajustando os últimos detalhes para o jantar com os Cameron. A mesa de jantar estava impecável, com talheres de prata brilhando à luz do enorme lustre de cristal.
Victoria supervisionava tudo com olhos críticos, apontando qualquer mínima imperfeição. O clima ainda estava tenso desde a discussão da manhã, e Arabella havia passado a maior parte do dia trancada em seu quarto, tentando evitar a mãe.
Já pronta para o jantar, Arabella sentou-se na beirada da cama, ajeitando o vestido vinho que havia escolhido para a ocasião. A cor destacava seus cabelos ruivos e a pele clara, mas a escolha foi feita mais por conveniência do que por esforço. Ela não estava com humor para impressionar ninguém, muito menos os Cameron.
Um leve toque na porta chamou sua atenção. Era seu pai. Alexandre entrou calmamente, fechando a porta atrás de si e sentando ao lado da filha.
— Eu sei que a sua mãe pode ser... difícil às vezes — começou ele, com o tom paciente que sempre usava. — Mas você precisa tentar, Bella. Não por ela, mas por você mesma.
— Eu tento, pai. Todos os dias. Mas é difícil quando parece que nunca é o suficiente para ela. — Arabella cruzou os braços, olhando para o chão.
— Sua mãe tem as próprias expectativas sobre como as coisas devem ser. E, sim, às vezes ela exagera. Mas, no fundo, tudo o que ela quer é o melhor para você. — Alexandre suspirou, passando uma mão pelos cabelos já grisalhos.
— O melhor para mim ou o que ela acha que é o melhor? — Arabella rebateu, levantando o olhar para o pai.
— Talvez as duas coisas — Alexandre admitiu, dando um leve sorriso. — Mas, Arabella, você é forte. Forte como eu nunca fui na sua idade. Use isso. Não deixe que ninguém, nem mesmo sua mãe defina quem você é.
Arabella permaneceu em silêncio por alguns instantes, absorvendo as palavras do pai. Apesar das diferenças, ela sabia que Alexandre sempre seria o primeiro a apoiá-la.
— Obrigada, pai. — Ela sorriu, um pouco mais leve.
— Agora, termine de se arrumar e desça logo. Não me deixe sozinho com sua mãe por muito tempo — ele brincou, piscando para ela antes de sair do quarto.
Minutos depois, já com um batom suave e os cabelos soltos, Arabella desceu as escadas, apenas para ouvir o som da campainha.
— Parece que chegaram. — Ela murmurou para si mesma, ajeitando o vestido enquanto descia calmamente.
Ao entrar no hall de entrada, viu sua mãe já abrindo a porta com um sorriso ensaiado. Ward Cameron foi o primeiro a entrar, seguido por Sarah e, por fim, Rafe.
Theo, que estava encostado na parede, observou o movimento com um sorriso travesso. Quando Rafe finalmente entrou, ele olhou diretamente para Arabella, com um olhar que durou um pouco mais do que o necessário.
— Interessante... — Theo murmurou, inclinando-se na direção da irmã. — Parece que o Cameron está bem interessado, não acha?
— Theo, cala a boca. — Arabella virou-se para ele, lançando um olhar fulminante.
— Só estou dizendo... Talvez ele esteja achando que você é a próxima grande oportunidade. — Ele deu de ombros, segurando uma risada.
Arabella bufou, sentindo o rosto queimar de irritação. A última coisa que precisava naquela noite era lidar com os comentários do irmão e, muito menos, com o olhar insistente de Rafe Cameron.
A refeição já havia começado quando Arabella finalmente se sentou à mesa, ao lado de Theo. O jantar seguia com conversas formais entre os adultos e algumas interações forçadas entre os jovens, que eram claramente mais interessados em terminar aquilo logo.
Theo, com seu habitual gosto por provocar a irmã, inclinou-se para sussurrar, mas alto o suficiente para que ela ouvisse.
— Eu acho que você deveria esquecer o JJ de vez, e aproveitar que o Rafe parece bem interessado. — Theo disse em um tom de provocação e um pequeno sorriso no canto da boca.
Arabella largou o garfo no prato com mais força do que pretendia, atraindo um breve olhar de sua mãe, que logo voltou a sorrir para Ward Cameron.
— De novo com isso, Theo? — ela perguntou entre dentes, tentando manter a compostura.
— Só estou dizendo, Bella. Parece que ele ainda não superou... — Theo começou, mas parou ao sentir o olhar fulminante da irmã.
— Se você continuar, eu juro que vou fazer você engolir essa comida a força. — Arabella rebateu, apertando os lábios em uma linha tensa.
Do outro lado da mesa, Rafe pareceu perceber o leve tumulto e ergueu as sobrancelhas na direção de Arabella, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo. Ele sorriu de canto, aquele sorriso irritante e cheio de confiança que a fazia querer explodir.
Quando o jantar finalmente avançava para a sobremesa, Arabella aproveitou um momento de distração, Ward contando animadamente sobre um novo empreendimento para se levantar discretamente. Ela precisava de um pouco de ar, e o jardim era o único lugar que prometia um pouco de paz naquela casa cheia.
Encaminhou-se para o lado de fora, o vento noturno balançando os fios que escapavam do coque. Sentiu-se mais leve assim que o silêncio envolveu seus pensamentos, mas a tranquilidade durou pouco.
O som de passos no cascalho chamou sua atenção, e ela já sabia quem era antes mesmo de se virar.
— Não consegue ficar dentro de casa por mais de dez minutos sem causar algum drama, não é? — Rafe comentou, parando a alguns metros dela.
— E você não consegue se ocupar com outra coisa que não seja me seguir? — Arabella suspirou, tentando ignorá-lo, mas sabia que ele não sairia dali sem uma resposta.
— Não estava exatamente te seguindo. Só vi você saindo e achei que estava tentando fugir de algo. — Rafe deu de ombros, com uma expressão neutra.
— E você achou que seria divertido me interromper? — Arabella se virou para ele, cruzando os braços.
— Achei que talvez precisasse de alguém para ouvir. — Ele respondeu, sério, o que a desarmou por um breve momento antes de ela balançar a cabeça.
— Não preciso de nada, Rafe. Muito menos de você. — Ela tentou acabar com aquela conversa mais uma vez.
— Você ainda não consegue falar comigo sem atacar, não é? — Ele retrucou, a voz ainda calma, mas com um tom levemente desafiador.
— Por que está insistindo nisso? Não tem nada pra dizer que eu queira ouvir. — Arabella apertou os lábios, olhando para além dele, para o gramado iluminado pelas luzes da casa.
— Talvez porque eu conheça você, Bella. Você sempre faz isso. Se fecha, afasta todo mundo. Sempre foi assim, desde... bem, desde que éramos crianças. — Rafe respirou fundo, cruzando os braços agora também.
— Isso foi há muito tempo, Rafe. Coisas mudam. As pessoas mudam. — Ela voltou o olhar para ele, dessa vez com algo mais frio.
— Mudam mesmo? Porque você continua agindo como se todo mundo fosse seu inimigo. Até comigo. — O Cameron ergueu os ombros.
— Talvez porque eu tenha motivos. — Arabella respondeu rápido, o tom mais cortante.
Rafe abriu a boca para responder, mas parou. Ele sabia que, por mais que tentasse, não havia como apagar o passado entre eles. E não era o momento certo para cutucar aquilo.
— Não sei o que aconteceu entre você e o JJ — Começou ele, o tom mais brando agora — mas sei que não vai resolver nada fugindo de todo mundo.
— Não estou fugindo. — Arabella franziu o cenho, virando o rosto para longe dele.
— Claro que está. Sempre foi o que você fez quando as coisas ficavam difíceis. — Rafe rebateu, como se aquilo fosse óbvio.
Ela o encarou, furiosa, mas havia uma ponta de verdade no que ele dizia, e isso a irritava ainda mais.
— Não que isso seja da sua conta, mas estou lidando com as coisas do meu jeito, Rafe. E o que quer que você ache que sabe sobre mim, não sabe mais nada. — Arabella disse quase que em um resmungo.
Rafe não respondeu de imediato. Ele apenas a observou por um momento, como se quisesse dizer algo, mas decidisse guardar para si.
— Tá. Você quer que eu fique fora disso? Sem problema. — Ele deu um passo para trás, levantando as mãos em rendição. — Mas talvez você devesse pensar no porquê de sempre se colocar nessa posição, Arabella.
Ela apenas o observou se afastar, sentindo o peito pesado com as palavras dele. Não queria admitir, mas algo no que Rafe disse ficou ecoando em sua mente.
NOTAS.
Demorei mas trouxe o primeiro capítulo da história dos meus bebês mais novos, e como podemos ver, algo já aconteceu entre Rafe e Arabella. Mas isso, iremos ver melhor mais pra frente.
Espero que tenham gostado e não se esqueçam de votar e comentar, isso me incentiva muito a continuar com a história!
Até o próximo...
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