Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5

Any Gabrielly 🦋

  O ar gelado corta meu rosto como vidro quando saio da casa para o jardim da frente. Está bem frio e, olhando para o céu, aposto que vai chover mais tarde. Quase todas as noites de outono são assim por aqui, então eu deveria ao menos ter raciocinado um pouco e trago um casaquinho.

  Abraço meu próprio corpo, esfregando os braços com as mãos numa tentativa de sentir qualquer tipo de calor humano. Na verdade, eu deveria era ir atrás de Sofya, para irmos embora. Mas ela não me responde e não estou a vendo em lugar nenhum; espero que esteja bem.

  Respiro fundo enquanto olho ao redor do gramado. Esse lado da festa está muito mais vazio, onde há algumas poucas pessoas isoladas em grupos de três ou dois, às vezes sozinhas. Aqui está perfeito. Me sento no primeiro degrau da escada da varanda, ainda abraçada ao meu quarto enquanto contemplo o céu como se estivesse interessante, mas na verdade está completamente tampado por nuvens de chuva.

  Pego meu celular na mochila outra vez, mas não há nenhuma mensagem, então entro no Instagram. Meu feed está lotado de fotos do pessoal da escola que está aqui na festa, mostrando gente bêbada, gente sorridente e um monte de outras coisas. Por que não consigo me divertir assim? Acho que essas coisas realmente não são pra mim. Minha mãe sempre disse que eu sou tranquila, desde bebê, e que nunca dei problemas – o que é mentira, porque dei muitos problemas quando fiquei doente e tive que literalmente que trocar de coração…

  — Any Gabrielly Soares? Você em uma festa?

  Ouço a voz de Josh e viro a cabeça, o observando com um copo na mão. Sorrio.

  — Eu posso me divertir às vezes, sabia? — Ergo a sobrancelha, abaixando a cabeça conforme ele senta do meu lado.
  — Não somos mais tão próximos, mas eu te conheço direitinho. — Ele me empurra de leve com os ombros, de brincadeira apenas, e eu solto uma risadinha. — Tanto que eu sei que você está aqui solitária, porque aquilo lá dentro não é pra você.

  Olho para ele, sorrindo de canto. É bom quando você tem alguém te conhece tão bem, que chega a te entender, mesmo que seus estilos e gostos sejam diferentes. Por que eu me afastei dele mesmo?

  — É, você me conhece direitinho. — Abaixo a cabeça e meu cabelo cai ao redor do meu rosto, me escondendo. — E o que você tá fazendo aqui? Não lembro de você se entusiasmar para ir às festas.
  — Vim com o Lamar. — Ele dá de ombros e bebe um pouco do que tem em seu copo. — Mas ele me largou pelos amigos da namorada nova dele.
  — E por que você ainda anda com ele, se você sempre fica sozinho?

Josh olha pra mim, me analisando com aquelas enormes orbitas azuis brilhantes. Depois ele apenas sorri sem graça, ficando de bochechas vermelhas por estar tão perto de mim.

  — Porque ele é o único amigo mais próximo que eu tenho, Gabrielly. — Ele diz, em um tom de voz baixo que me faz sentir péssima.

  Levanto a cabeça e olho para ele outra vez, mas o mesmo está olhando para o céu, como eu estava fazendo até alguns minutos atrás.

  — Desculpa ter me afastado sem explicações. — Murmuro ainda toda sem graça. — Eu só…
  — Tava em outra vibe? — Ele sorri — Eu entendo…posso ainda conhecer bem você, mas sei o quanto mudou desde que Sabina se afastou também. Tá tudo bem, sério. Pelo menos ainda posso falar com você.

  Quando ele vira o rosto na minha direção, percebo o quão próximo estamos. Tipo, muito próximos, e eu estou falando do momento e não no geral. Estamos próximos do mesmo jeito que eu estava próxima de Noah agora pouco, antes de eu vir aqui pra fora. Ao contrário dele, Josh tem perfume de lavanda, com uma mistura muito sutil de menta. Ele sempre cheirou bem assim.

  Dou risada e empurro sua cabeça de brincadeira, o fazendo rir também.

  — Acho que vamos ter que fazer companhia um para o outro. — Digo de forma distraída. — Como nos velhos tempos.

  Josh olha ao redor e depois pega um copo que estava largado pelo chão, o entregando a mim. Ergo uma sobrancelha.

  — Um brinde aos amigos isolados. — Ele diz, o que esclarece a coisa do copo. Tocamos as bocas dos nossos copos e eu solto uma risadinha. — Quer dividir uma cerveja comigo?
  — Ah, eu não bebo. — Franzo o nariz — Mas topo uma água.
  — Beleza então, vou pegar água pra gente. Vamos encher a cara de H2O hidratado. — Josh ri e se levanta, sumindo para dentro da casa outra vez.

  E então, de repente, eu estou sozinha de novo. Não é ruim estar sozinha, na verdade, eu faço isso com frequência, mas é chato quando você fica solitária em uma festa. Pelo menos Josh vai voltar, enquanto isso eu nem sei onde Sofya se meteu. Olho o celular outra vez, suspirando de alívio quando vejo que ela me respondeu.

S: Relaxa!
S: Eu tô legal…se diverte e liga pra mim quando quiser ir embora!

  Mando um emoji de galinha, que é o nosso código secreto para "ok" ou "fica bem", às vezes os dois. Eu e Sofya montamos todo um código de emojis no nono ano, para nos comunicarmos por mensagem em público e nenhum enxerido ler por cima do nosso ombros; os emojis confundem eles. Foi difícil se acostumar, mas agora é tão fácil quanto nossa língua normal – por exemplo, o emoji do pintinho amarelinho saindo do ovo significa que estamos saindo de casa, o emoji de vaca significa que uma de nós é corna, e acrescentamos o emoji de palhaço recentemente, que significa que uma das duas está sendo trouxa.

  Para minha alergia, Sofya me responde com uma carinha usando óculos escuros – significa que ela está se divertindo. 

  Guardo de volta o celular na mochila, a abraçando e me encostando na pilastra da varanda. Ainda está bem frio, e toda hora vem um ventinho gelado, balançando meu cabelo e me arrepiando dos pés a cabeça…

  — Rolim.

  Fecho os olhos momentaneamente ao ouvir a voz de Noah, e eu mal os abro de novo e ele já está sentado do meu lado. Tento chegar o máximo possível para longe dele, porque ainda estou um pouco envergonhada com tudo o que aconteceu lá dentro, durante aquela brincadeira idiota.

  — 'Cê tá legal? — Ele pergunta, olhando para mim, mas eu faço questão de manter minha visão vidrada no nada a minha frente.
  — Uhum. — Balanço a cabeça para afirmar. — Já pode voltar lá pra dentro.
  — Ah, é? Por que? Não quer companhia?

  Não estou olhando para ele, mas sei que Noah está abrindo um daqueles sorrisos charmosos. É um dos maiores motivos para não olhar pra ele agora.

  — Já estou acompanhada. — Rebato

  Se faz silêncio por alguns segundos até Noah voltar a falar:

  — De um fantasma?

  Reviro os olhos e esfrego meu rosto com as mãos.

  — Ele foi lá dentro pegar água pra mim, ok? Vai embora, Noah.
  — "Ele"? Arranjou um namoradinho? — Seus dedos quentes tocam minha bochecha fria, afastando meu cabelo, e eu fico arrepiada pelos motivos errados. Encolho os ombros.
  — É só um amigo…não que seja da sua conta, obviamente.

  Ele escorrega a mão até minha nuca, e esse gesto tão íntimo e tão repentino me assusta. Noah mal me tocou em quatro anos de convivência na mesa escola e, às vezes, na mesma casa. Olho para ele.

  — Deixa eu ver se adivinho: você entrou na brincadeira e seus amigos idiotas te desafiram a vir até aqui? — Ergo uma sobrancelha

  Noah dá risada, afastando a mão do meu rosto. Como ele fez antes, lá na sala, minha bochecha arde com a falta do seu toque quente.

  — Que imaginação fértil, Rolim. — Ele molha os lábios com a língua antes de continuar falando. — Mas não, eu não fui desafiado a nada e nem estou brincando. Falei sério quando disse que era jogo de criança.

  Afirmo bem lentamente com a cabeça, porque eu meio que concordo com isso, apesar de ter participado da brincadeira também.

  — Então…o que tá fazendo aqui? — Pergunto. E por que está tocando em mim desse jeito?
  — Você sumiu…vim ver se estava bem.

  O encaro no olhos, com a boca entreaberta em uma reação de surpresa. Noah pisca.

  — Porque você é a melhor amiga da minha irmã, é claro. Ela não ia gostar se eu deixasse você sozinha. — Ele acrescenta, e em seguida desvia o olhar e se afasta um pouco. — Por falar nisso, a Sofya não devia estar com você? Droga, não posso perder ela, ou minha mãe me mata.
  — Ela está bem. — Afirmo — E se divertindo também.
  — Tem certeza?

  Afirmo com um aceno da cabeça e abro um sorrisinho. Sofya e Noah estão sempre alfinetando um ao outro, mas se preocupam como irmãos, e eu acho isso bacana, porque o mais próximo de um irmão que eu vou ter é o filho que Sofia está esperando.

  — Agora vai me contar com quem você estava? — Noah abaixa a cabeça e olha para mim com o mesmo sorrisinho charmoso de antes, curvando os lábios levemente para cima.
  — Por que você quer tanto saber?
  — Sou curioso…
  — Ah, não diga?

  Reviro os olhos e ele estala a língua no céu da boca.

  — Diz logo o que você quer, Noah. — Insisto
  — Por que sempre que eu me aproximo de você, acha que eu quero alguma coisa? — Ele passa o braço por meu pescoço e me puxa para mais perto, o que me pega de surpresa. Meu corpo fica imóvel e, olhando para ele, sinto o leve hálito de menta em sua boca, ao invés de bebida alcoólicam. Isso me faz pensar em como teria sido beija-lo – bom, ruim ou incrivelmente gostoso? — Isso mágoa, sabia? — Debochado…
  — Sempre que você se aproxima? Você age como se eu não frequentasse mais sua casa, do que a minha própria.

  A expressão no rosto de Noah enquanto me encara é...é indecifrável. Ele é indecifrável. Uma hora diz uma coisa, e em outra faz algo completamente diferente. Ele é impulsivo; age sem pensar duas vezes, e na maior parte do tempo está dando em cima de alguma garota. O que ele tem de gostoso, tem de imprevisível. Posso acrescentar isso na minha lista de "10 motivos do porquê eu nunca ficaria com Noah Urrea".

  — Você tá brincando, né? — Ele ri, mas dessa vez com um tom um pouco irritado. — Tento te dar uma carona desde que te conheci, às vezes eu vou no quarto da minha irmã quando você tá lá em casa só pra puxar papo, e você pode até não notar, mas gosto de olhar pra você quando está distraída.

  Que. Porra. É. Essa?!

  Arregalo os olhos enquanto encaro Noah, me afastando dele quase que imediatamente. Ele falou tanta coisa, e eu ainda estou assimilando o "você está brincando, né?". É muita informação para uma só pessoa, em uma só noite.

  — O quê? Como? Por quê?! — Tento não gritar, mas isso é surreal.
  — Não me leve a mal, Any, mas fazer amizade com você é muito difícil, sabia?

  Inclino a cabeça, confusa.

  — Você quer ser…meu amigo? — Perguntar isso em voz alta só me deixa ainda mais confusa.
  — Tô tentando. — Ele ergue uma sobrancelha e depois se levanta, passando a mão no cabelo.
  — Ok. Você bebeu?

  Noah suspira antes de responder, olhando para tudo, menos para mim.

  — Não bebo quando minha irmã vem nas festas comigo.
  — Pra ela não te denunciar pro seus pais? — Cruzo os braços e levanto uma sobrancelha, tentando pensar em outra coisa que não seja nada coisas que Noah me falou antes.
  — Não, porque tenho que ficar de olho nela. E não muda de assunto, ok?

  Desvio o olhar verde de Noah e me levanto também, ficando cara a cara com ele. Bom, mais ou menos, já que tenho que subir no último degrau e ele ficar fora da escada pra isso acontecer.

  — Por que quer ser meu amigo? — Pergunto
  — Não sei…acho que não consigo ignorar você, sendo uma garota tão difícil que adora bancar uma de espertinha comigo. — Ele abre um sorriso, mas eu reviro os olhos.
  — Espera sentado, Noah; não sou uma de suas conquistas. Mesmo como "amizade."

  Ele abre a boca para responder, mas somos interrompidos por Josh, que pergunta se está tudo bem.

  — Não. — Digo, mas…
  — Sim. — …mas Noah diz que sim, deixando Josh confuso. Me aproximo dele, que me faz sentir um pouco menos nervosa e confusa.
  — Não, não tá. — Afirmo outra vez — Acho que vou embora.
  — Mas eu trouxe sua água. — Josh me estica um copo azul e eu sorrio de canto. Que fofo.
— Muito obrigada, de verdade.

  Beijo sua bochecha delicadamente e depois bebo um pouco da água que ele me trouxe. Minha garganta seca também agradece por isso.

  — Vejo você na segunda. — Me despeço de Josh com um abraço e pego minha mochila no chão, antes de sair andando para achar minha moto e ir embora.
  — Rolim, a gente ainda não terminou de conversar! — Grita Noah, mas eu apenas ignoro e continuo andando.

all for us

oii!! pra montar os capítulos, eu estou tendo ajuda da anycism créditos à ela <3

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro