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Capítulo 20

Any Gabrielly 🦋

Sofya não está no vestiário, não está nos corredores e minhas mensagens se quer chegam pra ela. A escola é enorme e ela pode estar em qualquer lugar, talvez se escondendo caso tenha conseguido ver a foto que a perturbada da Sabina enviou. Ou então me procurando, caso não tenha visto. Ou fazendo os dois.

Eu não sei!

Paro por um momento diante do estacionamento e respiro, porque estava correndo até agora. Eu ainda estou meio trêmula, as palmas das minhas mãos estão suadas e não consigo parar de pensar na burrada de ter deixado Noah se aproximar de mim essa noite. A bendita burrada de ter o beijado primeiro, para começo de conversa. Eu queria pode culpar outras pessoas por estar sempre fazendo burradas, mas eu sei que a culpa é toda minha.

Tudo bem, calma, Any. Vai dar tudo certo.

Respiro e inspiro fundo, tentando acalmar minha mente barulhenta no momento, para pensar em alguma coisa. É só uma foto e é só um beijo; a Sofya não vai surtar por eu ter beijado o irmão dela. Na verdade, se ela surtasse a cada vez que visse alguém beijando o Noah, ela com certeza já teria sido internada nas profundezas do Asilo Arkham.

Olho ao redor do estacionamento, que já está ficando vazio, e percebo Sofya no centro dele. Ela já tirou a roupa de líder de torcida, e agora está batendo furiosamente com o celular na palma da mão. Ela sempre faz isso quando fica sem bateria. Ou só esteja puta porque viu a foto, e agora está imaginando que o celular é minha cabeça, e que a palma da mão é um prego bem pontudo.

Engulo em seco e abro um sorriso, tentando fazer a egípcia enquanto caminho até ela. Apesar das pernas meios trêmulas de nervoso, ando bem rápido.

- Achei você! - Digo com a voz meio...esganiçada.
- Ah, até que enfim! - Sofya põem o celular no bolso do short jeans e olha pra mim. - Fiquei sem bateria e procurei você em toda parte. Onde estava?

Solto um suspiro discreto, me permitindo ao luxo de relaxar os ombros. Isso não vai durar muito tempo, porque ainda preciso arranjar um jeito de apagar a foto do celular dela, antes que ela veja.

- Hã...procurando você. - Sorrio - A gente deve ter se desencontrado.

Eu devia era contar a verdade pra ela.

- Claro, esse lugar está infestado de rivais. - Sorrindo, Sofya revira os olhos e passa o braço ao redor do meu para me acompanhar até minha moto.
- Sof, preciso te contar uma coisa.

Não paro de andar e muito menos olho para ela, porque acho que não consigo admitir que andei beijando o irmão dela e olhar nos seus olhos ao mesmo tempo. Parece ser uma coisa pequena, mas pegar o irmão/irmã da sua/seu melhor amiga/amigo não é nada legal. Eu quebrei o Código de Honra dos Bros, Barney Stinson, eu sou uma vergonha para a comunidade dos Bros.

- Conta, ué. - Ela ri baixinho

Mordo meu lábio com força; é um sinal involuntário do meu corpo dizendo pra eu ficar de boca fechada. Mas minha mente diz totalmente ao contrário, e meu coração já tá batendo rápido demais e eu não aguento mais ter a sensação de que minha bomba nuclear vai explodir a qualquer minuto. Às vezes dói, e isso não é nada legal.

Me vejo sem escolha, então paro de andar e respiro fundo. Sofya para também e olha para mim, com a testa franzida.

- O que foi? - Ela pergunta
- É que...é que... - Agora, aqui e ao vivo, olhando para minha melhor amiga sorridente, não vejo motivos para que ela fique irritada por causa de alguns beijinhos. Mas o lance é que as palavras não saem, porque no fundo eu sei que é muito errado beijar o irmão dela e ainda querer mais. - Eu vi o Lamar beijando a Joalin no estacionamento.

Quando solto essa pequena "bombinha" alheia, eu me sinto a pior pessoa do mundo, mas foi só o que eu consegui fazer.

Sofya me encara como se tivesse visto um fantasma; com a boca toda aberta em um grito sem som.

- O Lamar? E a Joalin? - Sua voz falha no nome "Joalin". - Tem certeza?
- Tenho. - Afirmo com a cabeça, voltando a a evitar olhar para ela. - Eu vi com meus próprios olhos.
- Nossa...eu...o cara namora e ainda trai ela? - Sofya ri, mas tenho certeza que isso a pegou de jeito. Ela gosta mesmo do cara. - Isso é...nossa. Ele é um otário, né?
- É o que eu digo pra você desde o início.

Dou de ombros e aperto seu ombro gentilmente; o máximo de gesto reconfortante que eu consigo dar pra ela agora.

- De repente deu uma vontade enorme de socar alguém agora. - Rindo igual louca, Sofya certa os punhos e volta a andar na minha frente. Eu a sigo.
- 'Cê tá legal?
- Uhum...

Tento andar mais rápido para acompanhá-la, mas ela parece bem irritada. Imagine se soubesse de mim e Noah?

- Sof, eu sei que você gosta do Lamar, mas não acho que é pra tanto assim. - Digo, mas ainda tenho tomar os devidos cuidados com minhas palavras.
- É...eu sei. Você tem razão; ele nunca prestou. - Ela mexe os ombros e para de andar, se virando para mim. - Nunca vai dar atenção pra mim. Mas eu não tô nem aí, porque hoje é noite de Peter K e ninguém estraga a noite do Peter K.

Ela abre um sorriso e eu também, mesmo que agora esteja ainda mais nervosa e nem um pouco ansiosa para que ela descubra dos beijos idiotas. Não quero que fique irritada, chateada ou estranha com isso. Quero só esquecer isso, levar comigo para o túmulo. E eu vou fazer isso quando apagar do celular dela a foto.

- Ei! - A voz de Noah me assusta de leve, principalmente por estar tão presa a pensamentos. Eu me viro, e o vejo correr na nossa direção. Ainda está usando o uniforme. - Hã...

Ele olha para mim, buscando algum tipo de informação sobre o que está acontecendo. Como estou atrás de Sofya, eu nego com a cabeça discretamente e sussurro um "não", mas sem som. Noah respira fundo e abre um sorrisinho de canto.

- O que foi...campeão? - Sofya solta uma risadinha e dá alguns soquinhos amigáveis no abdômen dele. Noah ri e pede pra ela parar, o que me faz questionar por um momento se ele sente cócegas no abdômen. Foco, Any, foco.
- Nada...só vim ver se ia querer carona pra casa.
- Não, precisa. Eu vou com a Any. Noite do Peter K!

Dando pulinhos, ela volta para perto e engancha o braço ao redor do meu pescoço. Noah ri baixinho, balançando a cabeça. Parece aliviado por não ter dado nenhuma merda pro lado dele.

- Tá...então a gente se vê em casa.

Abrindo um último sorriso aliviado para nós, Noah acena com a cabeça e vai embora.

- O que deu nele? Bem zoou nossa noite do Peter K.

Apenas dou de ombros, mordendo o lábio enquanto o observo sumir do estacionamento e entrar no prédio da escola.

🦋

Assim que pisamos na casa dos Urrea's, eu já começo a pensar em um plano para ficar a sós com o celular da Sofya. Eu devia ter pensado nisso durante o caminho para cá, mas estava tão...nervosa. Não conseguia pensar em nada, apenas em como seria a reação dela. Meu medo não é contar, é o que vem depois que eu contar... ou que ela descobrir. Não sei como vai ser essa noite.

Enquanto vamos entrando na casa, e Sofya vai acendendo as luzes, ouço o jipe de Noah parar lá fora também. Tem que ser ele, porque os pais dos dois estão viajando - de novo.

- Caralho, nem deu tempo de fazer a pipoca e ele já chegou? - Sofya resmunga e revira os olhos. - Eu vou lá em cima pôr meu celular pra carregar, vai preparando as coisas aí.
- Tá...

Espera, o quê?

Arregalo os olhos e saio correndo para ir atrás dela, mas a mesma já está quase no topo da escada. Deus, como ela é rápida. Continuo correndo atrás de Sofya, a alcançando perto da porta.

- Ei...oi...hã... - Abro um sorriso nervoso e a seguro pelos ombros, a impedindo de entrar no quarto.
- Jesus, o que foi que deu em você hoje? - Ela franze a testa, segurando o celular contra o peito.
- Nada...mas por que você não deixa eu pôr o celular pra carregar por você? - Deus, que sugestão esquisita. - Cê ta cansada, vai deitar um pouco.
- Não, o celular é meu. Esquisita.

Sofya ri e me empurra. Caio sentada em cima do puff cor-de-rosa que fica perto da porta, enquanto ela passa por mim e começa a procurar o carregador pelo quarto todo. Tomara que não ache nunca, amém.

- Cadê essa praga? - Ela resmunga e se abaixa para olhar embaixo da cama de casal.

Nessa mesma hora, Noah passa pelo corredor e para na batente pra ver o que está acontecendo. Ele está usando só uma calça de moletom cinza, e seus cabelos ainda estão embaraçados. Aposto que não tomou banho antes de vim embora. Porquinho. Apesar de amar admirar o abdômen nu do Noah, eu sou obrigada a olhar para seu rosto.

- O que ela tem? - Ele pergunta
- Perdeu o carregador do celular. - Abro um sorrisinho trêmulo e ele levanta uma sobrancelha para mim, enquanto passa a língua nos dentes.
- Você pegou meu carregador, Jacob? - Sofya se levanta com o cabelo todo bagunçado e olha para ele, que nega com a cabeça, rindo do estado devastado da irmã gêmea. - Aaaah, eu não acredito que perdi isso de novo.

Deus, se você ta mesmo ai, por favor não deixe que ela ache o carregador. Por favooooor...

- Achei! - Alyssa grita e eu me controlo para não soltar um palavrão.

Quando olho de volta para a porta, Noah já está vazando do quarto, porque ele sabe bem que se Sofya ver a porcaria da foto vai dar merda para nós dois. Ou então o clima vai ficar meio estranho. Talvez não aconteça nada, e eu esteja fazendo tempestade em copo d'água porque a Sabina colocou um monte de merda na minha cabeça.

Apenas observo o inevitável acontecer. Sofya coloca o celular para carregar, o espera ligar e depois olha as notificações que chegam.

- A Sabina mandou mensagem? - Ela ri como se isso fosse algo impossível, e vejo quando clica na notificação.

Dobro minhas pernas para cima e as puxo até o peito, escondendo meu rosto nos joelhos. Meu cabelo preso nas marias chiquinhas caem ao redor da minha cabeça, colaborando para minha tentativa de sumir pra sempre. Eu podia aparatar que nem fazem em Harry Potter; ia facilitar minha vida em 90% dos casos.

Ouso dar uma espiadinha na reação da Sofya. Ela simplesmente está olhando para o celular, vidrada no que quer que esteja aparecendo na telinha brilhante. Seus olhos se quer piscam, e ela não move um músculo. Apenas...respira.

Abaixo minhas pernas e me levanto lentamente, indo até ela a passos de formiga.

- Sof... - Chamo baixinho e estico a mão para tocar seu ombro. Ela vira o corpo na minha direção antes que eu chegue a esbarrar meu dedo em sua pele, e eu prefiro pensar que tenha sido apenas o reflexo. - Diz alguma coisa. Você tá me assustando.
- Eu...isso... - Sofya intercala entre olhar para o celular e olhar para mim. Por incrível que pareça, meu coração está batendo devagar...bem devagar. Estou nervosa, mas ele está mais tranquilo do que o normal.
- Foi só um beijo. - Dou uma risadinha sem graça. - Ou melhor, dois...não, três.

Ela abaixa o celular e olha para mim, tão fundo dos meus olhos que eu me sinto uma criancinha prestes a levar esporro dos pais. O que tá acontecendo?

- A quanto tempo isso tá acontecendo? - Ela pergunta - De quando é essa foto?
- Desde a festa de halloween. - Admito de voz baixa. - E a foto que você viu é daquela vez que fomos no The Jhon's Roller pra você ficar...enfim.

Abaixo a cabeça, porque estou me sentindo meio mal por tudo agora. É tão estranho ela saber disso, mesmo que não tenha gritado comigo nem nada. Olhando de relance, acho que vejo seus olhos marejarem e brilharem diante da luz do quarto. Ah, não...

- Mas tá tudo bem, né? - Abro um sorriso forçado, tentando demonstrar um pouco do otimismo que eu não tenho. - Não foi nada demais.
- Era disso que eu não conseguia lembrar da festa, né? - Uma fina lágrima escorre em sua bochecha, e a voz dela está tão entalada na garganta que parece forçada a sair. - Eu sei que vi alguma coisa, mas não me lembro do quê, porque estava muito bêbada pra isso. E foi por isso que você quis ir embora correndo do Jhon's aquele dia, não foi? Responde, porra!

Dou um passo para trás pelo susto. Nunca vi Sofya gritar assim, e olha que ela arranja briga com absolutamente todo mundo. Agora sim meu coração está disparado no meu peito.

- Eu...sim. Pra todas as perguntas, sim. - Admito logo de uma vez. - Sofya, não é nada demais. Foram só alguns beijos idiotas. A gente vai esquecer isso e nunca mais vai acontecer.

Ela passa a mão nos olhos molhados, e depois sai correndo para fora do quarto. Confusa, assustada e sem saber o que devo fazer ou o que está acontecendo, eu a sigo pelo corredor. Sofya empurra a porta do Noah com força e eu só consigo ver o momento em que ele enrola uma toalha nos quadris, antes de entrar com ela.

- Que porra é essa, Sofya? - Ele pergunta, mas tenho a impressão de que sabe a resposta.
- Como pôde fazer isso comigo? - Ela o empurra aos berros, enquanto as lágrimas descem por seu rosto. Eu não tô entendendo mais nada. Todo esse alvoroço por um beijo estúpido? - Como você pôde? Depois de tudo o que eu contei pra você! Você sabia, Noah, você sabia!

Do que ela tá falando?

Agora quem está chorando sou eu, e nem percebo isso até sentir o gosto salgado na minha boca. Passo as mãos no rosto e tento fazer isso parar, porque mais drama não ajuda em nada agora.

- Sofya, fica calma. - Ele tenta segura-la pelos pulsos da forma mais gentil possível, mas ela é forte, consegue se soltar e continuar socando os músculos do irmão.
- Eu disse pra você ficar longe dela! - Ela berra e depois se afasta, com o rosto vermelho tomado por lágrimas abundantes. - Você sabe muito bem porquê, e mesmo assim você fez, seu idiota!
- Ei, ei...o que tá acontecendo? - Seguro a mão dela, alisando suavemente seu dorso com o polegar, mas Sofya puxa o braço para longe do meu toque de forma bruta e se afasta até a porta. - Sofya, por favor...fala comigo.

Ela olha para Noah e ele abaixa a cabeça, esfregando os cabelos com uma mão. Depois ela olha para mim, respira bem fundo e sussurra palavras que são capazes de parar o coração de qualquer pessoa, com ou sem DAC:

- Eu sou apaixonada por você desde o oitavo ano. - Seus olhos se enchem com água ainda mais enquanto fala. - E eu pedi pro Noah deixar você de fora da listinha dele, mas acho que nem isso esse imprestável consegue fazer. Parabéns, você é o pegador Noah Urrea.

Sofya se vira e volta para o corredor. Eu ouço quando ela bate a porta do quarto com força, posso até jurar que também ouço o barulho da chave, mas agora não consigo distinguir o real do falso. Ela era...apaixonada por mim? Isso não faz o menor sentido, Sofya é louca pelo Lamar desde que ele entrou na nossa escola. Ela é apaixonada pelo Ryan Reynolds tanto quanto eu, nós até fizemos acampamento na porta do cinema quando Deadpool 2 estreou. Ela...ela nunca me disse nada sobre...

Aí meu, Deus.

Olho para Noah, que ainda está de cabeça baixa, mas minha visão está turva demais para enxerga-lo direito por causa das lágrimas acumuladas ao redor dos meus olhos. As seco rapidamente, correndo para ir atrás de Sofya.

Apesar de ainda estar meio em choque por ter descoberto algo tão estranho, eu bato na porta três vezes e espero. Não ouço nem um pio.

- S...Sofya. - Minha voz está estranha, meio encorpada demais. - Ei...a gente pode conversar?

Ele ainda não me responde. Eu suspiro e encosto a testa na porta, fechando os olhos. Me sinto a pior amiga do mundo por nunca ter percebido nada. Não estou só falando do fato dela aparentemente ser apaixonada por mim desde que nos conhecemos, mas sobre ela gostar de garotas também. Sou obrigada a admitir que Sofya nunca deu uma dica, porque estava sempre fazendo gracinha sobre os "garotos serem tão gostosos." Às vezes, ela só estava tentando disfarçar, ou sei lá... Mas que merda, Sof.

- Por favor, vamos conversar. Abre a porta. - Continuo falando

Nós já fizemos tantas coisas juntas, e mesmo assim eu não fui nem capaz de desconfiar. Ela já me viu sem sutiã, já me disse um monte de besteira sobre sexo, a gente usava a roupa uma da outra, éramos quase siamesas que faziam tudo juntas. Até minha mãe brincava dizendo que tinha dado luz a gêmeas. Não me importo mesmo se ela é lésbica ou bissexual, mas me importo por ter descoberto isso desse jeito.

Quando abro os olhos, vejo Noah vindo pelo corredor. Ele agora está vestindo uma bermuda e uma camiseta número 10 do Giants. Volto a encarar a porta, me afastando só um pouco.

- Sof... - Chamo outra vez
- Nem tenta - Noah se encosta na parede ao lado, cruzando as pernas e com os braços fortes cruzados -; ela não vai abrir pra você. Nem pra mim.

Encaro ele por alguns segundos. Sinto vontade de gritar com ele também, porque ele sim sabia sobre os sentimentos da irmã dele e menso assim fez o que fez. Mas eu não grito, porque eu dei mole, e se tivesse sido ainda mais "difícil", nada disso teria acontecido.

- E o que eu faço então?
- Dá um tempo pra ela... - Ele deita a cabeça para trás, deixando seu pomo de Adão visível enquanto encara o teto. - Deixa ela arejar a cabeça. Você também deve estar precisando.

Confirmo lentamente com a cabeça. Descobrir que sua melhor amiga era apaixonada por você todo esse tempo é bizzarro. Não quero que nossa amizade acabe por isso, mas também não sei mais se vai ser a mesma depois dessa; vai ser estranho olhar pra ela agora.

- É...melhor eu ir embora. - Suspiro e passo a mão no rosto. Quero chorar de novo, mas não na frente dele.

Olho para a porta da Sofya uma última vez, esperando que ela apareça a qualquer minuto e diga que quer conversar. Mas como isso não acontece, eu desço de volta para a cozinha, onde deixei minhas coisas. Noah vem atrás de mim, e me acompanha até lá fora também.

- Você sabia mesmo? - Pergunto a ele, já pondo o capacete na cabeça. - Desculpa, eu tinha que perguntar.
- Sabia. - Noah estala a língua no céu da boca, olhando para os próprios pés descalços enquanto fala. - Eu era o único que sabia de tudo; de você, da sexualidade dela. A Sofya confiava em mim e eu nunca contei pra ninguém.
- Então por que você fez o que fez?

Ele meio levanta a cabeça, olhando para mim de forma intensa. Isso causa aquela sensação de borboletas no estômago outra vez, mas acho que também quero vomitar, então não vamos nos precipitar.

- Achei que ela não fosse descobrir.
- Você é um idiota. - Travo o capacete na minha cabeça e dou ignição na moto, pronta para dar partida e provavelmente não voltar aqui assim tão cedo.
- Espera aí! - Noah sai da porta e caminha vagarosamente na minha direção. Ele permanece na calçada, mantendo um pedaço de grama de distância. - A Sofya não é a única que tem sentimentos. Eu não sou de ferro, Any Gabrielly.

Entreabro os lábios, tentando dizer alguma coisa, mas acho que não tenho mais palavras depois da emoção de hoje. Eu abaixo a cabeça e depois olho para frente, partindo com minha moto pela rua que até então estava silenciosa.

Noah Urrea é barulhento, eu sempre soube.

all for us

*Asilo Arkham: "manicômio" para criminosos "loucos", localizado em Gotham, a cidade do personagem fictícios, o Batman.
*Código de Honra dos Bros / Barney Stinson: Ambos pertencentes a série How I Meet Your Mother.
*Aparatar: feitiço popular na saga Harry Potter que transporta um bruxo de um lugar, para outro.

*Gente que bafafá esse capítulo em...ainda coloquei uma música da Taylor que faz total sentido.

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