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Capítulo 2

     Sofya e eu somos melhores amigas desde o oitavo ano, quando ela e Noah Urrea se mudaram para nossa escola. Ao contrário do que muita gente pensa, nós não ficamos amigas de imediato, muito pelo contrário, eu e ela não nos demos muito bem no início. Não me lembro direito porque, mas sei que todo mundo do oitavo ano acha que a qualquer minuto iríamos sair na porrada.

  Isso só mudou graças a Sabina, que começou a agir como uma vaca com a Sofya só por causa do Noah – o garoto causava tragédias hormonais nas garotas desde os treze anos, vai entender.

  Era uma tarde quente e tediosa, e quase o oitavo ano inteiro estava enfornado no refeitório, para o almoço. Eu estava sentada em uma mesa, ouvindo música enquanto comia, foi quando vi Sabina empurrando Sofya para o lado, porque ela queria ficar perto de Noah. Ele até tentou fazer alguma coisa, mas Sabina não deu ouvidos – como sempre. Como eu era uma mini-curiosa-de-maria-chiquinhas eu fui até lá e me menti na briga, perguntando o que estava acontecendo. Foi assim que Sabina respondeu:

  — Não é da sua conta, sai daqui magrela.

  Isso não me ofendeu, é claro – tipo, ela me chamou de magrela e tá tudo bem, afinal era magrela mesmo –, mas ofendeu Sofya. Ela se colocou na minha frente e disse a seguinte frase:

  — Você é uma vaca! Deixa ela em paz!

  É claro que fiquei surpresa, afinal, Sofya e eu não nos dávamos muito bem na época e nem falar  comigo ela falava. Na verdade, acho que todos os seres humanos do oitavo ano que estavam ao nosso redor, observando, ficaram surpreso.

          E então, logo depois de dizer o que disse, Sofya empurrou Sabina de volta. Não sei o que aconteceu direito, que as duas começaram a brigar, arrancando gritos de euforia de todo mundo naquele refeitório. Era um puxa de cabelo pra lá, um tapa aqui, e até rolar no chão elas rolaram. Sabina ficou com um arranhão enorme na bochecha, enquanto Sofya com um olho roxo. E quem separou a briga foi Noah, que puxo a irmã para longe da futura "amiga colorida".

  Foi divertido.

  Enfim, desde daquele dia em diante, Sofya eu somos inseparáveis. Até hoje ela odeia a Sabina, que nem olha mais na minha cara e provavelmente já se esqueceu que um dia fomos amigas. Eu não a odeio, apesar de tudo, apenas não entendo o que aconteceu com a gente. Mas, por sorte, o destino colocou Sofy na minha vida e agora tenho alguém com quem dividir fofocas e rosquinhas recheadas.

  — Ele é muito gostoso. — Sofya apoia os cotovelos nos joelhos, inclinando a coluna para frente.

  Sigo seu olhar até o meio da quadra, onde Joshua e Lamar Morris se alongam para a Educação física. Morris é outro gostosão. De corpo. De face. De rosto. De voz  de cabelo. De tudo! O cara é lindo, toca violão, canta e joga baseball no time da nossa escola. Ele é aquele cara da qual todas as garotas já tiveram um crush, mas que hoje em dia só acham ele bonitinho e um bom amigo – exceto Sofya, que está decidida de que quer se casar com ele, ter três filhos, um cachorro, um gato e morar em Nova York.

  — Soube que ele está namorando Heyoon Jeong, do South High. — South High é a escola do sul, e é a maior rival da nossa escola quando o assunto são competições. Tipo, todas as competições.

  — Não tá nada, ele tá namorando comigo. — Sofy faz bico — Só não sabe disso ainda.

     Dou risada, voltando a prestar atenção no restante dos alunos na quadra. Eu não faço EF, e já faz anos que eu estou nessa mesma. A culpa disso é da Doença Arterial Coronariana (DAC) – pra resumir bem, essa doença basicamente interrompe o fluxo sanguíneo nas artérias que levam sangue ao coração. É algo muito comum entre gente velha, mas eu nasci toda errada, então é claro que eu tinha que ter algum problema no coração. E, quando eu tinha 11 anos, eu literalmente quase morri por causa dessa doença idiota, então fiz um transplante de coração. Naquela época, minha vida mudou de ruim para pior, e eu comecei a sentir como se não fosse eu mesma, afinal, o coração não era meu. Conforme fui crescendo, aceitei o meu destino de ser a garota com uma doença que poderia voltar a qualquer momento. Eu tenho muita sorte por ter conseguido um coração novo e, ainda melhor, continuar fazendo como que ele funcione direito; já não tenho problemas já faz anos.

  Ainda sim, fazer EF seria como uma sentença de morte. Correr muito pode fazer meu coração acelerar, e isso pode causar dores muito incomuns e perigosas. É por isso que eu sempre fico sentada no banco, e as pessoas acham que eu sou apenas preguiçosa, porque o círculo de pessoas que sabem da bendita DAC é bem pequeno.

  Sofya sempre fica no banco comigo, apesar dela não poder fazer isso; o resultado disso é que ela é sempre a única a fazer prova de recuperação na nossa turma. Mas ela não se importa, porque gosta de me acompanha no banco.

  — Tá, mas será que o namoro com essa tal de Heyoon é sério? — Sofy volta a falar, claramente chateada com essa pequena descoberta. Solto uma risadinha.

  — Eu não sei…só ouvi boatos.

O meu "ouvi boatos" significa que Heyoon Jeong é minha vizinha do lado, assim como Lamar é mora na nossa esquina. Lá na rua a fofoca corre mais rápido do que piloto de Fórmula 1, então logo todo mundo já estava sabendo que Heyoon Jeong da casa 201A, estava de "chamego" com Lamar Morris, da casa 223A. E, com "chamego", as velinhas queriam dizer "namoro".

  — Que tipo de boato? Boatos estilo Regina George; malvado e falso. Ou, boatos-boatos. — Sofya olha para mim, esperando uma resposta rápida.

  — Boatos-boatos. Das vizinhas.

  — Elas não contam. — Ela ergue uma sobrancelha, sorrindo convencida. — São velhinhas de oitenta anos, com catarata; elas devem ter visto ele abraçando essa tal de Heyoon abraçando o Lamar, e acharam que eles estavam transando no meio da rua.

      Faço uma careta, em seguida começo a rir junto com Sofya. Se tem uma coisa que eu aprendi com ela, é que absolutamente quase tudo na vida tem duplo sentido. Por exemplo, quando eu mostrei para ela pela primeira vez na vida o meu filme favorito – Ponte Para Terabítia –, ela de cara já começou a pensar merda quando o Jesse disse para May que ela não podia ver o que ele e a Leslie iriam fazer. Ela estragou meu filme favorito e eu tive que achar outro – fiquei com Mamma Mia!, que era o meu segundo filme favorito.

  — Tá, e se eles não estiverem namorando? — Pergunto, olhando para Lamar assim como Sofy. — O que você iria fazer? Nada, né? Você nunca consegue falar com ele.

  — Credo…você é tão pessimista. — Sofya ri e revira os olhos. — Ok, eu não falo como ele, mas adoraria enfiar minha língua na garganta dele...

  — Aí, que nojo, Sofy!

  Faço uma careta de quem vai vomitar, enquanto ela começa a gargalhar incessantemente. Em pouquíssimo tempo estamos as duas rindo como idiotas.

  — Não, é sério…imagina como deve ser perder a virgindade com Lamar Morris. É o sonho de toda garota da Bridgton High School.

  Aí eu vou ter que discordar. O sonho de toda garota da Bridgton High School é perder a virgindade com o Noah Urrea ou Bailey May, é isso. Sofya sabe muito bem disso, mas acha nojento, então finge que todo mundo gosta obsessivamente – que nem ela – que todas as garotas curtem caras como o Lamar.

  — Bom, isso não é verdade. — Admito — Eu não quero.

  — Sim, sim…você quer perder a virgindade com o meu irmão…ou com o amigo idiota dele. — Ela revira os olhos. — Eles são ridículos, olha.

  Ela faz um gesto com a mão na direção onde o irmão dela e seus "amigos populares" estão. Noah está usando uma regata branca e uma bermuda preta da Nike, e ele fica muito gostoso usando essas bermudas de pano largas, que sempre ficam caindo por seus quadris, amostrando sua entrada V toda vez que ele levanta a camiseta para secar o rosto. Ai, ai…

      — Eu não quero perder a virgindade com seu irmão. Nem com o idiota do Bailey. — Acrescento, na defensiva, e então desvio o olhar. — Na verdade, não quero perder a virgindade agora.

  Não é que eu não goste de sexo, acredite, eu sou tão pervertida quanto a Sofya, mas perder a virgindade não é a coisa mais importante na minha vida agora. Quer dizer, uma hora pode rolar, quem sabe, mas eu não fico correndo atrás disso, igual uma desesperada para se encaixar nos grupinhos não-virgens dos populares e atletas. A única coisa que eu exijo em relação a minha primeira vez, é que seja com um cara legal e de quem eu goste bastante. Fora isso, o resto pra mim tá tranquilo.

  — Ok, você pode não querer perder a virgindade com meu irmão, mas acha ele gostoso. Sei que acha, e é nojento. — Diz Sofy, me fazendo corar um pouquinho.

  — Tá, e daí? Todo mundo acha ele gostoso, isso é normal. Só não significa que isso seja um empecilho para eu querer ficar com ele, entende?

  — Isso é ótimo, porque seria muito estranho ter você como cunhada.

  — Estranho seria você ter qualquer tipo de cunhada. — Dou uma risadinha — Sério, seu irmão não namora nunca. A única coisa que ele faz, é partir o coração das garotinhas depois de as levar para cama. Tá aí um ótimo motivo para eu nunca ficar com ele.

  Quando eu digo "nunca", é porque não consigo imaginar isso acontecendo. Noah e eu somos muito diferentes, e ele está praticamente inalcançável para mim, porque seu padrão de garotas é Sabina Hidalgo.

    O treinador Phillips assopra o apito, chamando a atenção de todos os alunos para o centro da quadra, enquanto Sofya e eu continuamos sentada aqui.

  — Não acredito que tenho que ver você duas vezes por semana. — Diz o treinador — Isso é tortura de mais para qualquer professor.

  — Então libera a gente… — Diz alguém, mas não consigo ver quem, porque está todo mundo muito colado uns com os outros.

  — Vai sonhando… Sofya! — Ele vira na nossa direção, mas está olhando para minha melhor amiga, que imediatamente começa a fingir que está passando mal ao se sentar toda largada no banco. — Qual a desculpa dessa vez.

  — Tô passando mal! — Ela resmunga, e eu me seguro para não dar risada.

  — De novo? — O treinador ergue uma sobrancelha.

  — Dá um crédito, vai.

  Noah observa toda a cena, sorrindo de canto e revirando os olhos. Quando o treinador se vira de volta para o grupo de alunos, Sofya levanta o dedo do meio para o irmão, que corresponde junto a um sorriso debochado.


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