Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 19

• Para uma melhor experiência deste capítulo, ouça Apologize - OneRepublic, feat. Timbaland.

Any Gabrielly 🦋

Quando eu finalmente encontro Sofya nas arquibancadas, para assistir ao treino de futebol, Noah já está em campo dando voltas. Bailey corre ao lado dele enquanto tagarela, mas o mesmo permanece em silêncio.

- Vou me arrepender se eu perguntar por que você estava demorando? - Sofya cruza os braços para mim. - Não, não, melhor: vou me arrepender se eu perguntar por que você e o Noah demoraram pra aparecer? Coincidência, né?

Ela estreita os olhos pra mim de forma desconfiada e eu sorrio de canto, tentando não parecer suspeita.

- Não viaja, ok? Eu estava no banheiro. - Digo, fingindo estar mais interessada nos meninos dando a volta no campo. - Noah devia tá por aí comendo a Sabina em uma sala vazia.
- Não, a Sabina tava aqui. Mas ela foi embora quando o Noah chegou. Ela tinha sangue nos olhos, parecia que ia matar alguém!

Quando Sofya ri, me sinto um pouco mais tranquila em pensar que ela não está desconfiando de nada. Tudo bem que eu e Noah estávamos apenas conversando, mas até onde ela sabe, eu e ele "não temos assunto em comum".

- Bom, se ela estava irritada, o Noah deve estar mesmo comendo alguém por aí. - Dou de ombros

Como Sofya não toca mais no assunto depois dessa, presumo que a desconfiança já tenha passado. Estou louca pra contar para ela sobre as ameaças da Sabina, e como estou me sentindo, mas sei que no minuto em que fizer isso, as coisas vão ficar estranhas entre nós duas. Não posso ser só mais uma garota da lista do Noah, quando eu frequento a casa dele e sou melhor amiga de sua irmã gêmea. Isso ia estragar tudo.

Continuo observando o treino dos meninos, me perguntando o que aconteceria se eu virasse agora e dissesse: "Eu beijei o Noah. Não só uma, mas duas vezes. A Sabina sabe e me ameaçou por isso, duas vezes também. Tem até foto."

🦋

E os dias e as semanas passam mais tranquilas do que eu imaginava que aconteceria. Aparentemente, Noah resolveu parar de "tentar" vir atrás de mim, porque não falo com ele já faz bastante tempo. Com isso, Sabina também nunca mais veio atrás de mim, e está grudada no Noah como se ele fosse uma criança de 5 anos com o hábito de se perder - o hábito de se perder: ir atrás de um rabo de saia qualquer, e esquecer que a Sabina existe.

Pra ser sincera, eu acho que as coisas estão melhores assim; Noah não me beija, Sabina não me ameaça, Sofya não descobre e todo mundo evita estresse desnecessário. Mesmo que às vezes - bem às vezes - eu pegue Noah me olhando de longe, ou até mesmo eu olhe um pouquinho pra ele também. Não é nada demais.

E hoje, nessa noite de sexta-feira antes da noite de Peter K com a Sofya, vai ter o grande jogo de futebol na escola.

Os jogos são algo extremamente importantes para a gente, ainda mais quando são contra o South High School, os maiores inimigos da nossa escola. E eu tenho espírito esportivo, então me arrumo toda para ir assistir ao jogo, como toda a escola faz.

Na frente do espelho do meu quarto, eu prendo meu cabelo em marias-chiquinhas perfeitamente partidas ao meio, usando fitas azuis e vermelhas para se misturarem entre meus cachos escuros. Como ainda estou aprendendo, a única "molécula" de maquiagem que eu passo no rosto é rímel e olhe lá. Também pinto as bochechas com duas listras em cada lado, uma azul e outra vermelha; cores padrões da nossa escola. De roupa, visto uma saia curta de pregas azul e um moletom vermelho de EF que a nossa escola distribui, só que ela está bem limpinha e cheirosa, já que eu não nunca uso.

Ainda me olhando no espelho, sorrio para o resultado. Isso sim é que é espírito escolar.

Uma vez já pronta, eu apenas pego minha mochila com as coisas da noite do Peter K dentro, e as chaves da moto, descendo as escadas até a sala.

- Pai, eu já tô indo. - Digo. Meu pai está sentado no sofá e lendo o jornal pelo tablet, enquanto Amber devora um pote inteiro de manteiga de amendoim e assiste a TV.
- Você está linda, Elly... Any Gabrielly. - Amber sorri para mim, fazendo joinha como se aprovasse o look para noites de jogos. Eu apenas abro um meio sorrisinho sem graça.
- Tudo bem, divirta-se. E não dê muito trabalho aos Urrea's!
- Tá bom! - Grito quando já estou praticamente saindo pela porta.

Ponho o capacete na cabeça e monto na minha moto.

🦋

Nossa escola parece encher mais em dias de jogos, provavelmente porque junta os torcedores de duas escolas diferentes em um lugar só. Ainda sim, vejo vários alunos de azul e vermelho pra cima e pra baixo, e alguns poucos dos rivais de verde e amarelo zanzando por aí. Quando eu digo que a rivalidade é alta, eu não estou brincando.

Enquanto caminho na direção do campo para me juntar com o pessoal da minha escola, mando uma mensagem para Sofya perguntando se está bem. É o primeiro jogo em que ela finalmente vai sair do banco e atuar como líder de torcida, mas não por vontade da Sabina, que, por ela, Sofya nem teria entrado para o grupo.

S: Um pouquinho nervosa.
S: Talvez um pouquinho mais do que pouquinho.
S: Ok, acho que vou vomitar.

Solto uma risada enquanto digito uma resposta.

Relaxa...
Você é uma ótima líder de torcida.
Tenho certeza de que vai se sair bem. Qualquer coisa, eu estou na arquibancada.

Só pra garantir, mando um emoji com estrelinhas nos olhos, o que significa: "sucesso!". Em seguida mando um de galinha também, pra dizer que ela vai ficar bem.

Quando enfim entro no campo, os sons da banda marcial da nossa escola e os gritos de incentivos das arquibancadas preenchem meus ouvidos. O jogo ainda não começou, mas assim como é nós estádios, aqui todo mundo está bem animado para saber quem irá ganhar essa noite. Para o bem da nossa escola, é bom que sejam os Eagle Senior.

Antes da arranjar um lugar pra mim na arquibancada, compro um saquinho com mini pretzels. Distraída enquanto olho dentro do saco de papel, vendo se o cara da barraquinha colocou caramelo extra, eu me esbarro sem querer com um casal e quase deixo tudo cair no chão.

- Aí meu Deus, desculpa... - Levanto o rosto e arregalo os olhos ao notar que o "casal" são, na verdade, Lamar e Joalin. Eles parecem envergonhados de terem sido pegos no flagra, mas imagine eu, que sei que minha melhor amiga é louca por esse cara que tem uma namorada, mas não é essa daí... - Eu...Humm...melhor eu ir.

Gaguejo um pouco, trombando entre minhas pernas enquanto tento me afastar dos dois para chegar na arquibancada de uma vez. Não acredito que ele está traindo a Heyoon, e pior, em público.

- Ei, Any Gabrielly, espera! - Lamar vem atrás de mim e apoia uma mão no meu ombro. Eu me afasto dele. - Olha, não conta pra ninguém, ok?
- Pode deixar; seu segredinho sujo tá a salvo comigo.

Enfio um pretzel na boca e saio correndo logo dali.

É claro, quando eu digo que o "segredinho sujo está a salvo comigo", quero dizer comigo e com a Sofya. Ela merece saber que o Lamar é um pilantra, e que não merece ser admirado por uma garota como ela.

Com essa informação tão fresca e tão vivida na minha memória, eu acho um lugar para mim na fileira do meio. Agora que eu vi o que não devia, meu espírito esportivo diminuiu uns 50%. Eu sei que o que o Morris faz ou não da vida dele não é da minha conta, mas é muito estranho quando você sabe de alguma coisa que não deveria fazer; te torna cúmplice.

Merda...

Suspiro, e ainda estou tão distraída que até me assusto quando a música da banda marcial se torna algo diferente e mais agitado. O time está entrando. Ponho um sorriso no rosto, segurando meu saco de pretzels embaixo do braço para poder bater palmas e comemorar junto com minha escola.

As literalmente brilhantes líderes de torcida da Eagle Senior chegam fazendo estrelinhas, dancinhas, agitando os ponpons e fazendo o que sabem fazer de melhor; agitar a torcida. Com as barriguinhas saradas de fora e suas sainhas curtinhas, elas formam uma fileira na saída do vestiário, entre as arquibancadas do lado da Eagle, e duas delas seguram uma grande placa de papel com o nome do time desenhado. Rasgando o papel Noah Urrea - o número 1, capitão e quarterback do time - atravessa a placa correndo e arrancando gritos da torcida.

Ele está todo montado com o uniforme de jogador, segurando o capacete azul escuro em uma mão e a bola do jogo na outra - é tradição da nossa escola o capitão entrar segurando a bola do jogo, porque dizem trazer sorte.

Mesmo de longe, eu consigo admirar seu corpo esquadrinhado perfeitamente na blusa azul que carrega o número 1 vermelho com orgulho, na bermuda também vermelha que marca os protetores contra lesões que ele usa nos joelhos e nas coxas, e principalmente nas ombreiras que deixam a blusa ainda mais apertada contra seu peitoral e abdômen definidos. Sempre achei sexy um cara vestido como jogador de futebol americano, ainda mais quando se trata de Noah Urrea.

Ele levanta o braço que segura o capacete, gritando como incentivo, o que faz a torcida gritar mais uma vez. Em seu rosto, há um sorriso largo e fome por adrenalina de futebol...além de um pouquinho de maquiagem preta nas duas bochechas - todo jogador passa isso no rosto como se estivessem indo pra guerra, eu não entendo.

Enquanto as líderes de torcida se agitam, o restante do time entra correndo e toda a arquibancada vai a loucura. Até eu estou gritando e torcendo feito louca. Quem entra por último é o nosso mascote; uma águia vestida como os jogadores. Quem usa a fantasia deve estar arrependido de ter se candidatado para esse cargo, porque ela é grande e pesada demais, deve ser bem quente lá dentro.

Ainda sim, o mascote faz questão de parecer animado. Ele se aproxima de Noah e faz um "toca aqui" com ele, antes de tomar seu lugar perto do treinador.

Uma vez que ambos os times estão reunidos com seus treinadores, a banda marcial faz sua pausa e toda a cerimônia antes do jogo começar é feita. O diretor da escola fala suas palavras, dando as boas vindas ao time adversário, enquanto nossa torcida os vaia. Depois Sabina vai até lá na frente, onde irá cantar o hino nacional, porque ela aparentemente é multitarefas. Passado o hino, os jogadores finalmente entram em posição, e todo mundo vai a loucura com essa simples reunião de posições no gramado.

🦋

São os momentos decisivos do jogo. Os momentos finais. O tudo ou nada. Até o momento, estamos empatados; 27 a 27. Só mais um ponto, e nós, os Eagle Senior, levamos a vitória; é nossa passagem só de ida para a próxima fase do Campeonato Estadual.

Como eu me importo com nosso espírito esportivo, estou nervosa e ansiosa quando o nosso time volta para o campo, depois de uma ultra rápida consulta ao treinador. Roendo as unhas, eu observo os meninos reunidos lá no meio, enquanto o número 1 grita as ordens e posições. Noah está visivelmente frustrado, porque já quase arranjou briga com o mesmo cara do time adversário.

O juiz sopra o apito e a bola é jogada para o quarterback. A segurando com força, Noah observa rapidamente os jogadores lutando contra si, e então corre pelo gramado. Eu me levanto do banco, assim como todo mundo. Estamos todos agitados, gritando coisas como "vamos lá" ou "isso, vamos conseguir". Ainda abraçado com a bola, Noah desvia de todos os adversários que tentam o impedir, enquanto, atrás dele, nossos jogadores permanecem na defesa.

Um monte de outros jogadores uniformizados com verde e amarelo vem atrás, mas Noah continua invicto, batendo ombro com ombro, desviando e derrubando no chão quem for...

O quarterback rival começa a vir por trás, e está quase alcançando nosso número um invencível. Mas, para nossa sorte, ele tem um fiel escudeiro; o número 10, vulgo Bailey May. Ele literalmente se joga em cima do rival, o derrubando no chão a tempo de Noah marcar o 28° ponto que precisávamos.

Toda a torcida do Bridgton High School vai a loucura. Gritos preenchem o campo, junto de uivs animados e assobios aleatórios. As líderes de torcida agitam os ponpons, levantando os braços e dançando animadas. Sabina se vira para torcida, o rabo de cavalo balançando enquanto ela sorri animada.

- JACOB! JACOB! JACOB! JACOB! - Ela começa a gritar, e toda a torcida acompanha, e isso inclui eu. Agito meu braço no ar, gritando por seu nome a esmo.

Todo contente, Noah corre para comemorar com os companheiros de time. Ele é erguido no ar, onde tira o capacete e deixa o cabelo molhado de suor cair sobre os olhos brilhando de adrenalina - muuuuito sexy. Virado para a torcida, ele ergue o capacete no alto e começa a dar soquinhos no ar enquanto grita.

Adoro ver a forma como fica todo "fofo" quando está contente com uma vitória. E adoro mais ainda ver como ele está após esse jogo tenso - suado, com as bochechas coradas e borradas de maquiagem preta por conta do suor, e brilhante pelo mesmo motivo. Suor deveria ser algo nojento, mas não quando se trata de caras sarados.

Quando posto no chão, Noah abre os braços para a multidão, como se pudesse abraçar cada um deles. Ele ainda está todo sorridente, até quando Sabina corre até ele e o pega desprevenido em um beijo...

Meus lábios curvados para cima em um sorriso feliz, curvam-se para baixo. Eu paro de bater palmas e meu coração dispara, enquanto observo Sabina agarra-lo pela camiseta suada e manter o beijo. Noah não a toca, mas acho que retribui ao beijo; eu não sei, não dá pra ver direito daqui.

Suspiro e fecho os olhos com força. E daí que ela beijou ele? Não é a primeira vez que isso acontece no final de um jogo, ainda mais um em que somos vitoriosos. Quando volto a abrir os olhos, ela já o soltou e agora está dando pulinhos enquanto volta para seu lugar.

🦋

Metade do pessoal da escola já foi embora. A South High School saiu na primeira chance que viu, o que só aumentou ainda mais a credibilidade do nosso time; temos o melhor elenco de futebol americano da cidade em duas décadas.

Eu ainda estou sentada na arquibancada, observando o gramado vazio e com a cena daquela porcaria de beijo na minha cabeça. Por mais que eu tente esquecer, por algum motivo, essa merda não sai da minha cabeça. Penso em Sabina correndo até ele, o beijando com tanto fervor e tanta vontade, e penso "eles estão finalmente namorando?" Não acho que estejam...mas a probabilidade não sai da minha cabeça.

Talvez seja melhor ir embora, porque vou ter uma longa noite do Peter K pra esquecer desse beijo idiota. Não estou com ciúmes, lembro a mim mesma, ela beija ele o tempo inteiro.

Mando uma mensagem para Sofya perguntando se a mesma já está pronta para ir embora, mas ela não me responde. A mensagem se quer chega para ela, acho que está sem bateria. Resolvo me levantar e ir procurá-la.

Enquanto desço da arquibancada, vejo o nosso queridissimo número um sair do vestiário. Ele ainda está usando o uniforme, e olha para os dois lados do campo antes de suspirar. Tento passar despercebida, mas Noah me chama justo quando já estou quase sumindo...

- Ei, Elly! - Ele grita e eu paro de andar, de costas para ele.

Respirando fundo, eu me viro lentamente e o encaro.

- Oi, Noah. - Abro um sorrisinho forçado. - Foi um ótimo jogo.
- Valeu... - Noah sorri de canto, com a cabeça meio baixa, e coça a nuca. - 'Cê tá me ignorando?
- Hã?

Ele se aproxima um pouco demais e eu dou alguns passos para trás, tentando manter uma distância segura entre nós dois. Entre nossos lábios, principalmente.

- É...você não falou comigo a semana inteira.
- Você veio aqui fora só pra isso? - Cruzo os braços e desvio o olhar dele, porque isso está me deixando um pouco nervosa.
- É...queria falar com você.

Noah sorri de canto e passa a língua entre os lábios. Quando ele da mais alguns passos na minha direção, eu continuo me afastando, mas só até perceber que viemos parar embaixo da arquibancada. No escuro. Sozinhos. Completamente isolados da civilização humana.
- F-falar? O quê? - Estou ofegante, mas é porquê meu coração bate acelerado igual a banda marcial da escola durante o jogo.
- Que senti sua falta essa semana.

Eu esbarro em uma barra de metal, e já não tenho mais onde me esconder. Cada vez mais próximo, Noah estica a mão e toca uma das fitas coloridas no meu cabelo. É um gesto rápido e quase automático, e eu nem sinto, mas isso ainda sim me desestabiliza.

- Sentiu? - Meu sussurro é praticamente um suspiro, e eu soo menos surpresa e mais como se implorasse por confirmação. É por isso que eu acrescento: - Por que?

Noah não me responde, ao invés disso sorri e encosta o corpo no meu. Ou tenta, já que ainda está usando todas as proteções por debaixo da roupa apertada, impedindo mais contato. Ele está cheirando a suor e mato; nunca achei que fosse gostar dessa combinação esquisita.

- Porque eu tô louco pra beijar você. Eu preciso e quero beijar você.

Ele segura meu rosto entre as mãos, usando os polegares para acariciar minhas maçãs da bochecha. Fecho os olhos e solto um suspiro.

- Repete. - Peço baixinho. O que tá acontecendo aqui? Foi tudo tão repentino, e agora eu me vejo envolta em um desejo invencível de me agarrar a Noah Urrea embaixo da arquibancada, pós-jogo. E pensar que eu estava o criticando por isso a alguns dias atrás...
- Eu preciso beijar você, Any Gabrielly.

Ele puxa meu rosto para mais perto e eu entreabro os lábios, deixando que me beije. Sua língua escorrega para dentro da minha boca e eu resmungo um gemido de alívio. Meu corpo reage imediatamente a isso; mãos e pernas trêmulas, batimentos cardíacos a mil por hora, pele pegando fogo. Ok, senti falta disso.

Seguro Noah pelo cabelo da nuca, entrelaçando meus dedos aos fios molhados e o puxando para pertinho de mim. É um beijo lento, mas isso é o suficiente para causar uma explosão de "borboletas" no meu estômago. Ou tá mais para o nó de uma corda. Ou melhor, uma tempestade de neve na Antártica.

Essas sensações deveriam ser horríveis, mas eu gosto delas.

Devagar, Noah afasta os lábios dos meus e deixa um rápido selinho em cima deles. Mantenho os olhos fechados por alguns segundos, mas quando os abro outra vez, me deparo com ele me encarando com um sorriso. Tento sorrir de volta, mas não consigo.

- Você já teve seu beijo da vitória com a Sabina, então por que veio atrás de mim? - Murmuro. O momento não é o mais apropriado para isso, mas não consigo evitar de sentir o que sinto.
- Não quero beijar a Sabina, quero beijar você.

Acho que meu coração errou uma batida. Para, por uma fração de segundos, e volta depois ainda mais rápido. Vou me entupir de remédios quando sair daqui.

- Então por que parou?

Noah sorri e volta a se inclinar para me beijar. Sua boca é doce e delicada contra a minha, apesar de nossas línguas envoltas uma na outra deixarem o momento quente.

Não quero beijar a Sabina, quero beijar você. Só Deus sabe o que caralhos essas palavras fazem comigo. Beijar Noah Urrea ainda vai me trazer um ataque cardíaco, porque é uma sensação diferente toda vez.

Noah agarra minha cintura com as duas mãos, apertando os dedos com força enquanto me empurra contra a barra de ferro. Ele está acelerando a coisa toda, tornando o beijo mais intenso e mais gostoso do que já estava antes. Escorrego minhas mãos por sua nuca, o deixando levemente arrepiado, até seus ombros. Quero tirar essas porcarias de ombreiras que tanto me atrapalham...

- Ah, mais que bonitinho!

A voz e as palmas de Sabina atrapalham minha fantasia de tirar a camiseta do Noah, e o agarra pela pele suada aqui mesmo. Ele solta meus lábios e olha para trás, assustado como eu.

Sabina para diante de nós com uma mão na cintura, enquanto nos encara como se estivesse sendo traída neste exato momento.

- Você é inacreditável, Noah. - Ela diz e olha para ele.
- Inacreditável? Sabina, eu não tenho nada com você, posso beijar quem eu quiser. - Ele me solta e de repente está distante demais.
- É, eu sei disso. Pode continuar beijando a Any Gabrielly, eu não ligo mais. Mas a Sofya talvez ligue.

Não, não, não, não.

- Sabina, espera ai! - Peço com a voz trêmula. Acho que vou ter um ataque do coração... - Por favor, não faz isso. Por favor, por favor. - Me sinto patética implorando para a garota mais víbora da escola, mas não estou afim de pôr em risco minha amizade com a Sofya por causa de uma foto.
- Eu te dei um ultimato, mas você não me escutou.

Já com o celular em mãos, ela digita algumas coisas e logo depois eu ouço o som que diz que a mensagem foi enviada.

Prendo o ar com força, tentando manter a calma enquanto penso em Sofya e em sua reação quando provavelmente vir a porra da foto. Ela não vai ficar irritada. Não pode ficar irritada. Foram só alguns beijos. As coisas podem até ficar estranhas, mas não há motivos para estresse. Não consigo nem acreditar nos meus próprios pensamentos, e rezo para que ela esteja realmente sem bateria enquanto saio correndo para ir ao seu encontro.

all for us

quem achou que iria ficar sem capítulo hoje errou feio!! quase ficaram, n vou mentir 🤡 mas foi pq tive um dia cheio, mas ainda sim consegui tempo pra postar.

é...a coisa tá ficando feia...essa mentira aí tá mal sustentada em anyzinha

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro