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Capítulo 11

Any Gabrielly 🦋

Bato a porta do quarto da Sofya, depois de atravessar o corredor inteiro correndo. Ela olha pra mim, assustada e eu respiro bem fundo, como se estivesse sem ar até poucos segundos atrás.

- O que aconteceu? - Ela pergunta e tira os fones de gamer da cabeça, depois de pedir um minuto para as pessoas com quem está jogando League of Legends, no computador. O jogo não tem pausa, então Sofya tem que estar muito interessada em algo para deixar seu personagem correr esse risco "imenso".
- Ah...nada. - Abro um sorriso, torcendo para ele estar normal e não nervoso.
- Tem certeza? - Ela ergue uma sobrancelha, e passa uma mecha de cabelo loiro para atrás da orelha.
- Uhum.

Me sento na cama dela, onde me sinto um pouco mais segura de Noah - segura de seu perfume gostoso, de seus lábios aparentemente macios e sua voz rouquinha.

- Hum...pode falar o que você quiser. Sabe disso, né? - Ela põem os fones de volta no ouvido, digitando freneticamente para jogar.
- Sei, mas não aconteceu nada. Tá tudo bem.

Deito de costas na cama, abrindo os braços e encarando o teto branco. Eu não acredito que estou ficando toda atiçada por Noah Urrea. O cara mais galinha da escola, é, aparentemente, o único naquele inferno de escola que é capaz de causar pane no sistema dos meus hormônios. Claro, tem alguns gatinhos que fazem com que eu e Sofya passemos horas fazendo "top 3 mais gatos". Mas o irmão dela é uma área que deveria ser restrita - irmãos dos seus melhores amigos sempre vão ser uma área restrita, é quase uma regra.

Ainda sim, me pergunto como Sofya reagiria se soubesse que Noah tentou me beijar.

- Você é uma praga, Panda2000! - Ela grita com a tela do computador, se inclinando tanto pra frente, que quase cola o rosto no monitor. - Você é a defesa, caralho! Não, não! Burra é a sua mãe, vadia!

Olho para ela e seguro a risada.

- Porra...perdemos! Culpa sua e do suporte. É, eu tô falando com você zorro_best_45. Quer saber, se matem!

E então, assim tão rápida e irritada, Sofya sai do jogo e joga os fones no puff ao lado da mesa. Continuo segurando a risada, mesmo quando ela olha para mim e revira os olhos. Sofya irritada é algo que sempre me fez rir, porque ela não tem autocontrole do próprio temperamento.

- Quer uma água? Um Rivotril, talvez? - Pergunto e ela levanta o dedo do meio para mim.
- Se o mundo seguisse as ordens de Sofya Urrea, jogar League of Legends seria muito mais fácil. - Ela senta do meu lado, apoiando as mãos para trás, no colchão da cama grande e macia. - Já terminou o trabalho com o Jacob?
- Não, não...ainda estou lá na cozinha com ele. Isso aqui é só um holograma meu muito sexy e real.

Sofya revira os olhos e me dá um soquinho no ombro, mesmo que dê risada comigo.

- Bom, agora que você terminou sua sessão de sarcasmo, pode me ajudar a escolher uma fantasia de halloween!

Toda empolgada, ela me puxa pelos braços e eu faço preguiça para levantar, até ela conseguir me por de pé. Sou puxada até sua escrivaninha, onde ela deixou o computador ligado e aberto em um site de fantasias de halloween.

- Vai sair fantasiada esse ano? Porque o halloween é no sábado, então não vai ter dia se fantasias na escola. - Me inclino para olhar melhor o site, apoiando o braço na cadeira em que Sofya está sentada.
- Na verdade, eu tenho dois convites para a festa anual da Sabina. O Jacob arranjou pra mim.

Ela sorri com convicção, como se tivesse sido chamada para uma festa de halloween da Scarlett Johansson. Eu entendo; as festas de halloween da Sabina sempre dão o que falar. A parte do "anual" dito por Sofya, já diz tudo sobre a festa ser dada tradicionalmente desde o oitavo ano, na casa do lago da família dela. Seus pais gastam um dinheirão só para receberem um bando de adolescentes fantasiados de idiotas, para, no dia seguinte, tudo acabar em sujeira e de cabeça pra baixo. Além disso, a festa é um poço radioativo de DST's.

Eu só fui uma vez, e foi na primeira edição da festa, quando ainda havia adultos supervisionando e nós fugimos para o sótão, só pra jogar o jogo da garrafa sem ninguém enchendo o saco. Foi lá onde dei meu primeiro beijo, mas prefiro não comentar sobre...

- E você vai comigo! - Sofya acrescenta e eu ergo uma sobrancelha. - É óbvio, né, amiga? Eu tenho dois convites. Já disse isso antes?
- Já. E eu pensei que fosse um convite seu e um do Noah. - Dou de ombros e volto a olhar para as fantasias, descendo mais a tela para ver as outra opções de fantasias em que ela está pensando.
- Acha mesmo que o Noah precisa de convite? - Ela revira os olhos. - O convite dele está entre as pernas da Sabina; isso basta para os dois.

Olho para Sofya e juntas começamos a rir feito retardadas. Quando não estou pensando no quão gostoso Noah é, eu e ela costumamos zuar muito ele, mesmo que o cara não tenha sequer um defeito para ser zoado.

- Ok, ok... você vai comigo, né? - Sofya para de rir aos poucos, mas mantém o sorriso no rosto. - Vai ser divertiiiido! Faz séculos que não vamos a uma festa a fantasia. Além disso, a escola inteira foi convidada esse ano.

Eu não fui, penso, e nem o Josh. Até onde eu saiba, pelo menos.

- Eu...tudo bem. - Abro um sorrisinho, o que deixa Sofya e feliz ao mesmo tempo. Ela me abraça pelo pescoço, espremendo a bochecha em mim. Na verdade, acho que não vai ser ruim assim. - Tá, já chega. Qual fantasia você gostou mais?

Sofya me solta e olha para o monitor do computador, mordendo a pelinha dos lábios enquanto pensa pesado no que escolher.

- Tô entre Chapeuzinho Vermelho de terror - Ela aponta para uma fantasia da chapeuzinho manchada de sangue falso e com os panos rasgados e sujos, principalmente nas bordas. -, e Mario Girl.

A fantasia de Mario Girl é bem fofinha. Ela vem com uma blusa vermelha, de mangas curtas, e uma saia azul com suspensórios. Os acessórios incluem a boina vermelha com a inicial M e um bigodinho falso, da qual Sofya teria que segurar durante a festa inteira.

As duas opções são muito boas.

- Você quer assustar ou só se fantasiar? - Pergunto, mas ela da de ombros.
- Quer saber? Uni-duni-tê tá aí pra isso.

Sofya ri e balança a cabeça, fechando o site para depois continuar decidindo o que vestir na bendita festa de halloween. Eu já sei o que vou vestir.

🦋

Na manhã seguinte, Sabina e o grupinho de lacaias que ela chama de amigas passam por mim. Posso ouvir o que elas falam, apesar da gritaria nos corredores da escola. Apenas finjo que não escuro nada e quase enterro meu rosto dentro do armário de ferro vermelho.

- Vocês vão ver, esse fim de semana vai ser todo meu e do Jacob. - Sabina se gaba - Ele está estranho ultimamente, e eu o conheço bem o suficiente para saber que está aprontando alguma coisa. Aposto que vai me pedir em namoro!

Ela e as meninas dão uma risadinha irritante, e eu faço um movimento brusco com a cabeça, me esquecendo de que estou quase dentro do armário ao bater no teto. Faço uma careta e saio de dentro dele, esfregando onde bati.

Eu bati a cabeça muito forte, ou eu escutei a Sabina dizendo que ela e o Noah vão, tipo assim, namorar? Alguém devia avisar ela, tadinha... Eles dois já estão a anos nessa de amizade colorida, e ela sabe bem que o Noah come todas as garotas que aparecem na frente dele, sem ligar para o que ela vai pensar. E eu sei que ele quer continuar assim, por isso os dois nunca oficializaram um relacionamento. Claro, o que ele sente por ela também deve ter alguma coisa haver com isso, mas gosto mais de pensar que o Noah só é mulherengo demais para um relacionamento sério.

Isso, ou a tonta aqui só não quer que ele não namore com a Maria Sabina. Mas quem sou eu pra decidir o que acontece na vida das pessoas, né?

Estou tão distraída olhando Sabina e as amigas sumirem pelo corredor, viajando nos meus pensamentos estranhos, que levo um susto quando alguém bate a porta do meu armário. Solto um gritinho e me viro, dando de cara com Noah, que começa a rir.

Pensando no diabo...

- Meu Deus, Noah! - Digo, ainda com um tom assustado na voz. Meu coração está disparado. Tento respirar fundo.

Ele continua rindo, apoiado contra os armários ao lado.

- Foi mal, não quis assustar você. - Diz
- Mas assustou. - Reviro os olhos e pego minha mochila no chão, saindo andando. Ele vem logo atrás. - O que você quer, Noah?
- Que você pare de me chamar de Noah e pare de ser tão difícil. - Ele caminha de costas enquanto olha para mim, ainda mantendo o sorriso nos lábios. Fico torcendo para que esbarre em alguém e caia no chão, mas ele é bom em desviar de pessoas que nem está enxergando, por estar de costas.
- Primeiro: Noah é a porra do seu nome. Segundo: eu não sou difícil. Você só tem que aprender que nem todas as garotas do mundo querem dar pra você...Noah.

Abro um sorrisinho debochado e ele revira os olhos, parando de andar para bloquear minha passagem no corredor. Cruzo os braços.

- Ok. Primeiro: todo mundo me chama de Jacob. Você é a única que ainda me chama de Urrea ou Noah. Não estou julgando; é sexy. - Meu rosto cora e ele sorri de canto, percebendo o efeito. - Só quero entender porquê. Segundo: acha que eu quero transar com você?

Dou de ombros, evitando seu olhar antes que meu rosto fique ainda mais quente do que já está.

- Eu não sei...e esse é problema.

Noah não entende, e ergue uma sobrancelha. Reviro os olhos.

- Eu não sei o que você quer de mim. - Digo, dessa vez mais claro. - Entendeu? Até algumas semanas atrás, você estava apertando a bunda da Sabina no meio do corredor e me ignorando completamente - não que eu ligue de ser invisível, eu só quero entender por que você está aqui agora.

Respiro fundo quando termino de falar, como se tivesse posto para fora tudo o que sempre pensei em dizer. Isso não é nem a metade das coisas que eu penso em dizer para Noah - algumas dessas coisas deveriam ser compradas como diálogos de filmes pornô.

- Bom, agora, agora, agora...vim entregar o trabalho. - Ele responde e depois abre a mochila, me entregando uma folha com todas as respostas do trabalho idiota do treinador. - Mas...de resto? Bom...

Noah me olha de cima abaixo, analisando meu corpo com enormes orbitas esverdeadas - seria esse um péssimo dia para usar aquela saia marrom, de camursa, mas que é apertada e mostra demais das minhas pernas? Firmo bem os pés no chão, caso minhas pernas comecem a tremer de nervoso. Quando volta a olhar para meu rosto, ele morde o lábio inferior e sorri maldosamente. Se inclinando para frente, Noah apoia uma mão no final das minhas costas, quase na minha bunda, e eu levo um susto.

- Vá a festa de halloween no sábado e eu te conto. - Ele sussurra próximo ao meu ouvido, me deixando quente, mole e arrepiada. Tudo de uma só vez. Tenho que me agarrar aos seus ombros, ou minhas pernas vão acabar me traindo cruelmente.

Antes de se afastar para ir embora, Noah beija minha bochecha suavemente e pisca. Eu o observo ir ficando cada vez menor através do corredor vazio em que entramos, enquanto caminha vamos juntos. Na minha mão, eu aperto com força a folha de papel que ele me entregou, me esquecendo por um momento que é o trabalho. Na minha cabeça, tudo o que roda agora são as últimas palavras de Noah sobre a festa de halloween.

Acho que minha ansiedade para esse sábado aumentou uns 90%.

Respiro e caminho lentamente até estar encostada na parede, onde recupero minha estrutura corporal. Começo a ler as coisas que ele escreveu no trabalho.

2- Ele não odeia música, na verdade, curte muito. Apenas não é encorajado a seguir esse "ritmo". Talvez, se ele não tentasse ser perfeito o tempo inteiro, a música pudesse fazer mais parte da sua vida, do que o futebol em si.

3- O filme favorito dele é Duro de Matar. Particularmente, esse filme é idiota para mim, mas ele ama ação e, bom, quem sou eu para tirar isso dele, certo?

Sorrio de canto ao ler essa parte.

4- Ele joga futebol americano como um hobbie. E é ótimo nisso (é co-capitão pelo segundo ano consecutivo, e ganha todos os jogos para a escola; de nada).

Mas dou risada desse.

5- A pessoa que Noah Urrea mais ama no mundo é sua própria irmã gêmea; Sofya. Ele gosta de proteger ela, e de vê-la feliz, embora nunca demonstre isso;

7- Seu maior sonho é se tornar o maior jogador de futebol americano do país.

8- Ele AMA comer hambúrguer com milkshake. Essa é A comida favorita, e não só "a comida" favorita.

9- Apesar dele ter que manter certa "distância" da música, a pessoa que ele mais admira no mundo é o Fred Mercury.

10- Noah Urrea quer ser uma pessoa melhor quando crescer; um bom filho, um bom amante, um bom irmão e um bom jogador. Uma boa pessoa.

Fico encostada na parede, como se não estivesse perdendo minha primeira aula do dia enquanto releio as respostas de Noah. É quase uma confissão, e, durante tanto tempo, ele só contou tudo isso para mim. Eu sei que foi só para mim; eu sinto isso. Esse é praticamente o real objetivo do trabalho.

Agora que eu sei disso tudo, me sinto ainda mais estranha em relação a Noah Urrea. Ao mesmo tempo em que ele não presta, e me provoca apenas para diversão própria, ele aparentemente confia em mim o suficiente para me contar - mesmo que escrito - tudo isso...

A não ser que seja mentira. Ou que Sabina saiba dessas coisas também, tornando-as menos especiais do que realmente são para mim.

Só sei de uma coisa: a cada dia que passa, eu me sinto mais estranha com Noah. Mais próxima dele - se considerar que nunca tivemos uma conversa decente, até esse trabalho de estudos sociais. Mais atraída por ele.

Esse era o meu pior pesadelo, se tornando realidade.

all for us

eita, essa festa de halloween...

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