A tradição começa no final do verão, após o primeiro ano.

Ryan procurou Sharpay com uma espécie de oferta de paz, obtida com sua amizade com outros estudantes do ensino médio que trabalhavam em Lava Springs, e sabia que ela provavelmente diria não. Ele quase ficou chocado quando ela não disse não daquela vez, mas presumiu que fosse um acontecimento único.

Depois que seu último ano finalmente termina, Sharpay é quem se aproxima de Ryan e exige que eles reservem um dia para isso antes que as coisas fiquem muito amistosas.

Eles estão descansando na sala de estar da ala da casa dos Evans, com o toca-discos cantando as últimas notas da gravação de My Fair Lady.

A sala era um estranho compromisso entre os gostos de Ryan e Sharpays; quando eles se mudaram inicialmente para esta casa, Sharpay teve o maior ataque de todos os tempos, declarando como todos estavam arruinando sua vida, forçando-a a dividir uma ala com seu irmão. Quando ela se deitou na cama de Ryan naquela noite, depois de um pesadelo, ele sabia que era principalmente um protesto simbólico – às vezes eles lutavam para respirar a mais de um minuto de caminhada um do outro. Como era um espaço compartilhado, Ryan deu a palavra final sobre a cor das paredes (um rico marrom) e Sharpay concordou comprando o sofá rosa mais vistoso para desmaios - “é uma chaise longue , Ryan” - que ele já tinha visto. . Ele odiava e respeitava isso em igual medida.

O difusor no canto da televisão widescreen geralmente borrifa óleo de rosa e lavanda constantemente, embora esta noite eles tenham decidido trocá-lo adicionando um perfume mais forte. Ambos sabem, intelectualmente, que brownies de maconha não têm aquele cheiro forte que fica em Jason depois de um período livre, mas ajuda a manter a paranóia sob controle.

Não há nenhum mundo onde Sharpay Evans seja capaz de 'calar a boca', mas há uma coisa que ele aprendeu: comestíveis fazem Sharpay demorar com suas palavras de uma maneira que ela não faz com frequência, contente em deixar o primeiro pensamento cortante emergir de seus lábios no ouvido de quem estava mais próximo.

E, falando nisso: “Não posso acreditar que aquele idiota britânico estava tentando me 'All About Eve' .”

Ryan bufa na almofada do sofá que está segurando perto do rosto. "Você gostaria de ser Bette Davis."

Sharpay está esparramada em frente a ele em seu sofá rosa monstruosamente grande, vestindo um roupão rosa de cetim e penas que ela gosta de usar quando quer ficar confortável sem sacrificar o artifício que aperfeiçoou. A julgar pelo tom dela, o brownie ainda não fez efeito para ela, mas fará, se for confiável a sensação confusa que se espalha pelas mãos de Ryan.

Ryan decide que deve se levantar enquanto pode, o disco já está terminado, e então se estica, plantando os pés firmemente no carpete e caminhando alguns passos até o toca-discos. Ele folheia a coleção da sala de estar (a coleção completa está no andar dos pais, então eles mantêm uma seleção à mão) e bainhas e amarras para vestir. Finalmente, com determinação sombria, ele decide sobre a gravação original do elenco de Company e a coloca no toca-discos com um clique satisfatório.

“Ryan. Raaaan .”

Ele se vira e vê Sharpay olhando para ele com os olhos ligeiramente semicerrados e um olhar sério e penetrante por trás deles. Seu estômago revira por instinto, apesar de saber que ela não iria atacá-lo, até que ela abre a boca novamente.

“Foda-se, case, mate. Raul Esparza daquele novo renascimento da Companhia; Sutton Foster; e,” Sharpay faz uma pausa para pensar por um minuto. “Gene Kelly, em qualquer idade. Você vai primeiro."

Ryan ri e volta para o sofá, desabando nele só para ver como fica sua cabeça. Ótimo , ao que parece.

“Eu transaria com Gene Kelly, obviamente.”

"Obviamente." Ryan não precisa olhar para ouvir o olhar.

“Eu… me casaria com Sutton Foster, eu acho. Aí acho que teria que matar o Raul porque ainda não o vi ao vivo, já que o substituto dele estava no ar quando fomos ver o show.”

“Tenho certeza de que Sutton é uma pessoa adorável, mas infelizmente preciso matá-la se quiser roubar seus papéis.” Ryan acena em compreensão. “Foda-se Raul e depois case-se com Gene Kelly para que ele pudesse fazer o que quisesse comigo sempre que quisesse.”

“Nojento, muita informação”, diz ele, sem muito calor. Ele não tem mais comentários sobre o assunto, então deixa o silêncio ferver até que Sharpay esteja pronto para compartilhar novamente de seus poleiros opostos. 

Ele sabe que eles têm muito o que conversar, coisas que não foram ditas sobre a bolsa de estudos de Ryan e seus sentimentos complicados, mas agora é verão. Se tem uma coisa que não falta é tempo.

Ryan esperaria para sempre por Sharpay; ela sabe disso. Sharpay não o fará esperar para sempre; isso ele sabe.