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𝐑𝐄𝐆𝐑𝐀 #𝐎𝐎𝟑 ── 𝖭𝖺̃𝗈 𝗉𝖾𝗋𝗀𝗎𝗇𝗍𝖾 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝗊𝗎𝖾𝗋 𝗌𝖺𝖻𝖾𝗋

O sol havia os agraciados naquele segundo dia no mar, a maioria dos hóspedes se reunia em volta da grande piscina, alguns escondidos na sombra de guarda-sol como Dorelle e outros dentro da água, curtindo o calor. Ela se aninhava sob a sonha e soberta por uma canga enquanto lia um livro, já havia pesquisado sobre todos os efeitos nocivos do cloro de uma piscina na pele e no cabelo, então definitivamente ela não iria entrar, mas gastava seu tempo analisando os outros.

Foi algo não planejado, seu olhar buscando e identificando cada um, percebendo que um certo alguém não estava entre eles, a ficante insistente de Daemon, Mysaria, estava pegando um sol com um biquíni minúsculo, mas ele não estava lá, até seu irmão mais velho e a cunhada estavam a beira da piscina, com Amma falando alguma coisa para Rhaenyra um pouco brava enquanto passava protetor nela como se a jovem tivesse cinco anos, quando, na verdade, tinha 20.

O celular de Dorelle tremeu, a tirando de seu ímpeto em analisar os ricos, uma chuva de mensagens, só havia deixado uma pessoa sem silenciar, a contra gosto, essa era Cosette Lannister, sua chefe. As mensagens perguntavam a Dory como ela estava na escrita da matéria, pelo visto a Lannister esperava ver o texto pronto assim que a sua jornalista pisasse em terra, um enorme problema para Tarth, ali ela viu que nem tinha planejado conhecer o navio para escrever sobre ele.

Ela percebeu que precisaria começar algo, como mentiu para Cosette que estava fazendo, nervosa ela pulou para o deck em que estava deitada em sua espreguiçadeira e caminhou apressada entre os hóspedes, estava tão nervosa que desceu as escadas, emergindo corredor adentro, com óculos ainda no rosto e livro abaixo do braço direito, foi ali que ela ouviu uma gritaria, que só aumentava a partir da sua aproximação com a sua cabine.

Quando já estava perto o suficiente foi que Dorelle percebeu, os gritos vinham de dentro da cabine de Daemon Targaryen, que tinha sua porta só encostada e com o balanço do navio ela tinha ficado entre aberta, Dorelle não sabia se outras pessoas ouviam eles brigando, mas ela ouvia, as palavras de Baelon Targaryen, o Governador das Terras da Coroa, pareciam muito duras com o filho mais novo.

── Você não deveria estar nesse navio de férias como se seu ano tivesse sido produtivo. ── Ele vociferou com Daemon. ── Viserys merece, ele passou o ano limpando a sua bagunça como Prefeito de Kings Landing.

── Não é como se eu pudesse te agradar com algo, pai. ── Daemon pareceu recuar. ── Eu fiz o que você quis, não foi? Não estive naquele maldito Vale por cinco anos em um casamento de fachada, aturando os malditos Royce só porque você precisava do apoio político deles? Não bastou ter obrigado o Viserys a se casar com a Aemma?

── Cinco anos de especulações e polêmicas com seu nome que deixaram os Royce furiosos conosco. ── Baelon ergueu a voz. ── Eu perdi a conta de quantas vezes você foi parar no jornal com supostas traições.

── Jornais mentem e é isso que os Royce queriam, sair de coitadinhos. ── Dava pra notar o sarcasmo na voz de Daemon.

── ... ── Só se ouviu um grunhido vindo de Baelon e o barulho estalado de tapa. ── Você é um irresponsável que foge dos seus deveres, mas esses são seus últimos dias assim, você tem 39 anos, não 19, quando você pisar fora desse navio vai ser a sua última chance de fazer alguma coisa produtiva da sua vida.

── Ou o que, pai?

Baelon não teve chance de responder, o celular de Dorelle começa a tocar e ela fica nervosa tentando desligá-lo, nesse momento que Daemon percebe que a porta estava entreaberta e que alguém podia, possivelmente estava, ouvindo a briga deles, Dorelle nunca teve tanta pressa de abrir sua cabine e entrar como agora. Quando Daemon colocou o rosto para fora não viu ninguém, apesar de suspeitar que fosse, nisso ele só fecha a porta para continuar a, nada agradável, conversa com o pai.

Afoita Dorelle ainda fica mais de uma hora ali, Baelon não demora muito mais e Daemon sai em seguida, ela pode ouvir, e também, pois os viu pelo olho de vidro da porta. Depois disso e de sentir algo preso na garganta para o quase ter sido pega espionando os dois, Dorelle decide olhar a programação do navio e buscar o que iria fazer no começo, sabia que as pessoas iriam querer saber dos quatro bares principais ou lounges extras, mas as ricas leitoras da revista com certeza iriam querer saber dos tratamentos faciais do spa que diziam ocupar uma parte considerável em 3 andares do navio.

Seria um bom lugar para começar, ela pensou, se olhando no espelho, tinha o cartão corporativo para iniciar aquela decisão difícil, seu cabelo precisava mesmo de uma hidratação, fazer as unhas não seria nada mal, de fato, é isso, um pouco de relaxamento, era merecia, sabia que merecia. Ao caminho não encontrou nenhum conhecido, ótimo, se debruçou sob o balcão um pouco alto demais para decidir com a atendente o que faria, entregando o cartão da cabine, uma hidratação profunda e uma massagem, de início estava ótimo, poderia fazer as unhas depois. 

Assim que entrou para a sala de massagem, havia outra pessoa no guichê ao lado, que deu um pequeno gritinho ao vê-la, para Dorelle a figura de Laena Velaryon sempre passava um ar mais maduro do que uma garota de 21 anos teria, de fato. Como se ela estivesse beirando os trinta, como a mesma, não mal entrando nos 20, sendo essa a realidade. Laena a chamou três vezes, para garantir que Dorelle tinha a ouvido enquanto deitava na maca do guichê ao lado, para conversarem como garotas, mesmo que não se vissem, enquanto faziam massagem.

── Porque não disse que viria aqui? ── Laena falou animada. ── Teríamos combinado um dia de spa juntas.

── Você não precisava se ocupar comigo. ── Dorelle disse tímida. ── Deve ter recebido algum pedido de acompanhar a jornalista para garantir que ela escrevesse coisas boas na matéria, mas é tranquilo, pode curtir suas férias.

── Uma pena que pense isso sobre mim. ── Laena assoprou alto, Dorelle ouviu. ── Minha mãe até pediu, mas eu nunca fui muito paciente para fingir, sabe? Acho que é por isso que eu passo a maioria do meu tempo na faculdade ou ajudando com curadoria de arte em Driftmark, em vez de panfletar a vida perfeita no mar.

── Uma hora cansa, né? ── Dorelle falou, pensando algumas coisas. ── Desculpa eu ...

── Tudo bem, aceito sua companhia nesse dia de spa como desculpas. ── Laena deu uma boa risada. ── Pode ser?

── Tem certeza?

── Claro, preciso de alguém normal a minha volta, para variar. 

De fato, se Dorelle queria conhecer mais do navio para sua matéria, Laena era a pessoa ideal para isso, elas passaram o dia juntas, fazendo procedimentos estéticos, almoçaram juntas e riram bastante, Dorelle ainda não sabia se a Velaryon havia falado a verdade, não real ela não se importava com isso, se Laena estava a usando para sair com a imagem limpa perto da jornalista, ela estava usando Laena para conseguir escrever o que Cosette queria, fim, ótimo para todos.

Elas se separaram quando a tarde já se encaminhava para o seu fim, Dorelle queria cochilar um pouco na sua cabine antes do jantar, apesar do relaxamento durante o dia, seus olhos doíam graças a noite mal dormida anteriormente. Ela olhou para a cabine de Daemon ao entrar na sua, mas havia um silêncio absurdo, ela se perguntou se alguma coisa tinha acontecido além do que tinha ouvido, mas não quis ficar lá para saber.

Foi um cochilo rápido, Dorelle já tinha organizado as coisas sob a cama anteriormente, quando acordou, já com a lua no céu, sua única preocupação foi ver as horas, ainda tinha tempo antes do seu horário do jantar, ótimo, suficiente para se arrumar. Enquanto se vestia e olhava no espelho ela sentia uma estranha dor no estômago, as mesas eram organizadas por cabines, ela estava sozinha, então sentaria com outros quatro estranhos, ela nunca foi boa de socializar, nesse momento sentiu falta de Mynora.

O caminho para o salão de jantar foi feito lentamente, ela estava repassando em mente os passos para se sentar lá por alguns minutos e depois ir embora, era algo que já estava em mente, teria de repetir por dias, até o fim da viagem. Quando seu corpo emergiu as portas do salão, ela procurou detalhadamente a mesa onde estava, quando seus olhos a alcançaram ela desejou estar errada, olhou novamente para o número no seu cartão da cabine e depois para o da mesa.

── É essa mesma. ── Daemon Targaryen sentado ao lado de uma cadeira vazia anunciou. ── Sente-se.

── Certo ... ── Ela respondeu, olhando rápido as outras três pessoas na mesa, desconhecidos completos.

── Vai me acusar de te perseguir aqui também? ── Ele perguntou sério.

── Cala a boca. ── Ela se limitou a dizer.

Durante o jantar as outras três pessoas conversavam entre si e não trocaram uma palavra sequer com os dois, Dorelle entendeu sob si, ela era uma desconhecida, tudo bem, mas sentiu que Daemon os conhecia e estava sendo, de alguma forma, ignorado, ela só não sabia o porque. Durante os três pratos ele seguiu calado e estranho, vez ou outra Dorelle se pegou olhando pra ele e o olhar de Daemon sempre parecia perdido em algum ponto inexato da mesa, mas em uma vez ele pareceu sentir os olhos dela sob ele e piscou algumas vezes, a encarando em seguida, ela - obviamente - desviou o olhar para sua sobremesa.

Quando ela terminou e o prato foi retirado, Dorelle teve uma pressa e se levantar, agradecendo que ele não veio atrás, se sentia estranhamente deslocada ao lado de Daemon e torcia para que no dia seguinte ambos chegassem antes do trio, para que tivessem pessoas entre os dois, ela definitivamente não queria entender o que era. Para o azar da ansiedade e confusão que a jornalista sentia, Daemon a alcançou antes de chegar no elevador, o silêncio sepulcral do jantar se estende entre eles, até pelo menos que as portas se abrissem e a dupla caminhasse pelo corredor.

── Não vai a nenhuma festa hoje? ── Ela quebra o silêncio estando dois passos a frente.

── Não estou no clima. ── Ela responde baixo. ── E você? Não vai?

── Estou aqui a trabalho, não férias. ── Ela o lembra.

O silêncio continua a medida que eles se aproximam de suas cabines, só os passos de ambos é ouvido e talvez um pouco do mar lá fora, mesmo que abafado pelas portas nas extremidades opostas do corredor, ainda distantes.

── Eu sei que você ouviu a conversa. ── Dessa vez ele quebra o silêncio.

── O que aconteceu entre vocês? ── Ela para, já perto de sua cabine, se virando pra ele, deixando-se guiar mais pela inocência e curiosidade do que pelo bom senso.

── Terceira regra do mar: Não pergunte o que não quer saber. ── Ele respondeu de pronto. ── Jornalista.

── Ok ... ── Ela se limita a responder, pegando o cartão da cabine, estava certa em não querer lidar com ele. ── Boa Noite, Daemon.

── Espera. ── Ele segura o braço dela. ── Fica quieta.

O silêncio permeia entre os dois, Dorelle não entende muito bem o que Daemon Targaryen está fazendo, ainda segurando o seu braço, ela olha pra ele e depois pelo corredor, então as luzes se apagam, formando um completo breu no corredor, as luzes de segurança iluminam muito fraco o ambiente, ainda mais perto das cabines deles, nenhuma das outras cabines faz barulho algum, todos deveriam estar no jantar ainda.

── Eu vou entrar na minha cabine, me solta. ── Ela resmunga.

── Ok, princesa. ── Ele riu anasalado soltando Dorelle. ── Fique a vontade.

Ela tenta abrir a porta da cabine uma, duas vezes, não funciona, Daemon segue encostado na parede, perto dela, observando a cena pela pouca luz que é possível ter, para ele é um prato cheio a impaciência da mulher depois dele mesmo ter dito aquilo, se ela não queria escutá-lo, já não é algo que ele possa fazer. O mar parecia agitado naquela noite, o navio sacode novamente e o silêncio se estende novamente pelo corredor, o balanço forte faz com que Dorelle seja jogada para o outro lado do corredor, só não caindo no chão pois Daemon a segura.

Quando as luzes se ascendem os dois ficam se encarando de uma forma constrangedora e silenciosa, como se ninguém soubesse qual o próximo passo para agir, o que os fez sair daquela espécie de transe foi o sinal sonoro do sistema de segurança, que era usado antes de um aviso do capitão ou de alguém de alta patente.

── Caros passageiros, aqui quem fala é seu capitão. ── A voz grossa dele resoou e chamou a atenção de todos. ── Peço-lhes desculpa pelo transtorno, a passagem por essas águas é complexa e um pequeno pico de energia foi o agravante dessa situação, tudo já está de volta ao normal, tenham uma boa noite.

Dorelle se afasta de Daemon quase de sopetão, um pouco ofegante e nervosa, ele fica olhando pra ela errar duas vezes a tentativa de abrir a porta, pensa em agir, mas vê quase uma veia saltando em sua testa, então só a observa, a presença dele a deixa nervosa, aquela situação a deixa ansiosa. Quando a mulher mergulha cabine a dentro e bate a porta, Daemon ainda a olha por alguns segundos, até entrar de fato na sua também.

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