Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝑻𝒘𝒆𝒏𝒕𝒚 𝑺𝒆𝒗𝒆𝒏

Aviso — Oii amores! Primeiramente quero agradecer pelos meus amados 30k *chorando*. Sério muito obrigado mesmo, é um número de muita estima para mim!

Durante esse tempo que eu fiquei sem atualizar, eu fiz uma playlist da fic, então para quem se interessar, está disponível no meu perfil.

Capítulo ainda não revisado, perdoem os erros.

É isso, boa leitura ♡︎

☾︎

— Podemos deixar a chantagem emocional para depois do almoço?

— Você me enrolou ontem, mas não vai fazer isso de novo.

Um gemido de frustração escapou dos lábios dela ao ouvir a acusação, e para poupar a escassa paciência com a qual acordara há apenas quarenta minutos, depositou a atenção na xícara de chá preto com leite que Mariko fizera antes de ir repor algumas coisas que estavam faltando na dispensa, a deixando sozinha com as paranóias incessantes de Takemichi.

Se [Nome] fosse empática o suficiente para se colocar em seu lugar, saberia que para ele, que estava tendo uma noite agradável com Hinata em um dos restaurantes mais aclamados de Shibuya, receber uma ligação de emergência de Takuya foi como se o teto estivesse se despedaçando em sua cabeça.

Por cinco minutos inteiros, [Nome] odiou o profissionalismo do Yamamoto, o qual não poupou detalhe e deixou Takemichi a par de todos os acontecimentos, além de ser muito específico na hora de dizer o canal jornalístico que estava cobrindo o caos que se instalara na avenida.

Em poucas palavras, poderia dizer que era impossível tentar organizar os pensamentos com ele fazendo sete perguntas a cada segundo, a situação chegando a ser hilária quando repensava e notava que, depois de tudo o que aconteceu, convencê-lo a adiar a conversa até a manhã seguinte fora a coisa mais árdua que fizera a semana inteira.

Não havia uma única chance de ter um diálogo decente com ele naquele estado – a roupa que usara no encontro ainda no corpo, com os cabelos bagunçados e uma preocupação que a aborreceu a noite toda.

Nem mesmo a ducha quente ou o whisky a ajudou com a insônia que a assolou assim que deitou na cama, sentindo a seda vermelha de sua camisola italiana rolando em suas coxas a cada mudança de posição, os resquícios do álcool sendo uma lembrança aterradora de Manjiro.

Uma que gostaria que o chá suplantasse.

— Pode parar de me olhar assim? — com uma expressão de desânimo, [Nome] viu Takemichi passando os dedos na camisa de algodão branca que usava.

— Desculpe se não consigo ter sua tranquilidade.

— Tente fazer uma meditação — sua voz saiu com uma meiguice que sequer sabia que poderia fingir no momento.

— Você não faz meditação, não deboche agora.

— Não é porque não estou desesperada que a situação me agrada.

— Nós nem conversamos ontem, eu chamo isso de despreocupação — a resposta não foi o que esperava, mas a forma como cruzou os braços para evitar olhá-la mostrou que seu incômodo era genuíno.

— Nada do que aconteceu foi planejado, então não tinha muito o que fazer — seguindo seu exemplo, ela aumentou a intensidade de suas palavras de forma crítica, um sorrisinho aparecendo em seu rosto logo após — mas admita, eu fiz uma bela performance.

— Com o Mikey. Achei que não gostasse dele.

— O Sano foi um detalhe, esqueça ele.

Bebendo o último gole do chá, [Nome] se permitiu apreciar os segundos de silêncio oferecidos, mas bastou fazer um movimento para levantar da cadeira para ver Takemichi se inclinar para frente.

— E o leilão? O que você estava fazendo lá?

— Quer mesmo que eu responda? — apesar de seu subtom dissimulado, ela sabia que em breve suas motivações ficariam expostas, desde que havia contado a Manjiro.

Sinceramente, estava se amaldiçoando por sequer ter se interessado em falar com ele.

— Não aja como se não soubesse que Junichi é um dos colaboradores da Toman.

A ironia não a incomodou, não quando teve a confirmação de que os Sato estavam mesmo envolvidos no crime juntos.

— Eu não sabia, na verdade — Takemichi não escondeu a surpresa, e ela teve que respirar fundo para manter a calma — Eu disse que eu não iria me envolver com nada que tivesse relacionamento com a Toman. Ao menos não propositalmente.

— Suas ações mostram o contrário.

E ali estava. As consequências de seu fracasso em descobrir o que almejava de modo furtivo batendo à porta e pesando seus ombros.

— Não vou tentar te convencer a acreditar em mim, mas é verdade que nada disso tem a ver com a gangue.

— E comigo? — a garganta de Hanagaki oscilou antes que falasse novamente — pelo o que aconteceu com Arata.

— Não, também não é — [Nome] passou uma mão na bochecha devagar, e só pôde pensar no quanto estava frustrada — qualquer explicação que você pensar vai estar errada, por isso, não tente.

— Então, me diz, porra — ele apoiou as mãos na mesa — sou eu, [Nome]. Eu. Acha que eu não vou ajudar no que quer que esteja acontecendo?

Por um breve momento alucinógeno, a jovem realmente procurou uma maneira de responder sinceramente sem deixar evidente que estava vinculada a situações mais densas que uma perseguição pública, mas se encontrava afogada até o pescoço em coisas que não se imaginava falando em voz alta.

Não para Takemichi, que a encarava com esperança de finalmente fazê-la falar. Não quando ele estava disponibilizando uma ajuda da qual [Nome] não merecia. Não quando aquela alma gentil poderia desprezá-la se simplesmente a conhecesse melhor.

O fato de serem primos e o considerar como seu próprio irmão não apagava a grande lacuna que os separava, lacuna essa que os deixava ser completos estranhos em algumas situações.

Então não, não iria ceder a torcer para que a mentira bonita que havia criado não acabasse com o tênue relacionamento deles. Apenas a mera possibilidade a causava vertigem. Ela esperou que seu silêncio fosse resposta o suficiente, levantando da cadeira com a xícara nas mãos.

— É isso. Você vai esconder de mim. Igual fez naquela época.

Sua convicção a fez parar a meio caminho da saída da sala de jantar, as variantes sobre o que ele estava se referindo se enroscando na frente dela, até que parou na palavra "época", e desejou imediatamente voltar ao assunto da perseguição.

— Foi quase um ano sem te ver, [Nome]. Sem notícia alguma sobre você. Eu sabia que estava sendo difícil, mas te ver ignorando tudo como se estivesse fugindo — ela não o interrompeu, nem quando as palavras bateram em si como um tapa — e está fazendo de novo agora.

— As situações são completamente diferentes — defendeu, sua voz soando mais baixo do que queria, mesmo que conseguisse se manter firme.

— O motivo de você agir assim pode ser, mas você está voltando a ser exatamente igual.

— Todo mundo muda com o luto, Takemichi, e cada um lida com ele da forma que consegue.

A questão era que ela não lidou, nunca conseguiu.

Ainda era uma ferida aberta que sangrava sobre ela como uma torrente sempre que tinha chance, deixando seu peito ardendo de maneira arrepiante se pensasse nas coisas que perdeu.

Por isso, [Nome] evitava com todas as forças pensar no enterro de Ichiro que não conseguira ir por estar presa a tubos e fios no hospital, tão imersa em calmantes que não notou os dias passando, em como não conseguira abraça-lo de surpresa uma última vez, apenas para sentir o cheiro do forte perfume que ele usava misturado com a essência de seus charutos.

Mas agora que o assunto fora tocado, se encontrava com todo o corpo preso em um espiral que a balançava e a forçava a ficar no mesmo lugar, porque a imagem de seu avô foi substituída pelo olhar penetrante que Kei sempre lhe lançava quando a pegava ouvindo conversas importantes atrás da porta.

Era isso. Também tinha Kei, que sequer teve um sepultamento.

Parar para refletir aquela frase fazia [Nome] se encher de um ressentimento tão avassalador que poderia ser comparado ao ódio, porque ele não iria mais colocá-la nos ombros para deixá-la mais alta, ou segurar suas mãos e confortá-la dizendo para não ter medo do escuro.

E o pior que era Takemichi não o conhecia, alheio à consciência que ela perdeu não só Ichiro, mas o homem que lhe deu o presente que a impediu de ser morta nos lençóis da própria cama.

Que uma parte dela ficou perdida e semi morta naquela noite.

Hanagaki não tinha o direito de dizer que as situações eram iguais. [Nome] quebraria Tóquio em duas metades inúteis antes de deixar que algo parecido acontecesse novamente.

— Que porra, vocês não estão ouvindo não?

A intromissão repentina de Draken a fez se virar, sentindo-se exposta por imergir-se tão profundamente em memórias ruins que não o viu chegando, a atmosfera piorando com a presença de Sanzu, e em consequência de seu primeiro, demorou um pouco mais a atenção nele antes de se mover para sair da sala.

Apesar de não estar contente em ver nenhum dos dois, foi conveniente que tivessem cortado aquela conversa que sequer deveria ter começado. Assim, poderia deixar Takemichi com eles e ir embora, mas seu plano fora desfeito antes de começar assim que Manjiro entrou também, se aproximando mais que o habitual.

— Precisamos conversar, amor, então é melhor ficar — a forma que disse as palavras foi suave, melodiosa de um jeito que demonstrava seu bom humor.

— Sobre o que? — perguntou, mais inclinada a passar um tempo com ele e falar sobre qualquer coisa do que se virar e encarar Takemichi.

— O que aconteceu ontem — Draken respondeu com o temperamento impressionantemente calmo, rendendo uma cara feia de Hanagaki.

— Eu já estou resolvendo isso, não precisam se preocupar.

— Com certeza não está colocando o coração na frente, ou está? — a provocação de Sanzu fez uma ruga surgir entre as sobrancelhas de Ken.

— Não começa, Haruchiyo.

— Olha, nada disso precisa da intromissão de vocês — levantando da cadeira, Takemichi cruzou os braços com o pior dos semblantes que ela já o vira fazer — Mas se forem brigar, dêem o fora.

Se tivesse atendido minhas ligações, saberia o motivo de termos vindo aqui — as palavras de Sanzu demonstravam sua ofensa, e uma pequena parte de si pensou se conseguiria sair de fininho.

Bastou virar na direção de Manjiro – o qual não se moveu um centímetro de seu lado – e olhar em seus olhos para ficar ciente de que não teria como.

— O que tem para falar? — cortando a troca de olhares, ela segurou a xícara e o piris com mais firmeza.

— A perseguição de ontem foi uma ordem de Hanma — atraindo a atenção dela de novo, o Sano arrumou o colarinho da camisa social azul escura.

— Quem é Hanma?

— Você não disse nada para ela, Takemichy? — e ali estava o gênio de Draken aparecendo.

— Não, não quero ela metida nisso.

— Acho que eu perdi a parte que isso é escolha sua — resmungando, Ken cruzou os braços, se apoiando na parede — Hanma provavelmente já sabe que ela está atrás de Hidetaka.

Você o que?!

Aquela foi uma ótima forma dele descobrir. Mas não iria cortar seu raciocínio durante a conversa, porque estavam lhe entregando algumas informações úteis, além de deixar claro o fato de Manjiro ter mesmo espalhado o que dissera.

— Não me culpe, você está longe de ser básica, amor. Tenho certeza que se Shuji for tão esperto quanto gosta de parecer, deve ter colocado os olhos em você muito antes — o começo poderia ter sido um elogio, mas conforme a frase foi se estendendo, sua expressão mudou para algo que sugeria incômodo.

— Mas isso é apenas uma possibilidade, não é? Como vamos saber se não estavam atrás exclusivamente de você, Mikey?

— Ele sequer deveria estar lá, Takemichy. Foi algo inconsequente que ele fez pensando em cima da hora.

A reclamação de Draken fez Manjiro franzir as sobrancelhas em desagrado, virando para seu segundo no comando com os olhos cerrados em julgamento.

— Se quisessem uma chance, deveriam ter atacado o prédio da reunião — Sanzu completou a sentença — mas o pior que aconteceu lá foi um chilique dos velhos e uma briga muito elegante de palavras. Nada novo.

Com aquela leva de conhecimentos, [Nome] selecionou o que era mais importante para si no momento e deduziu que Hanma era inimigo da Toman – um com grande poder se poderia rivalizar com a gangue – além de calcular que a probabilidade dele estar atrás de si era uma em duas, e se eles estavam contando com a opção que não era favorável para ela, deveria dar algum crédito.

— Bem, se esse Hanma já sabe o que eu quero, não vejo como remediar a situação — para falar a verdade, não tinha. O máximo que poderia fazer era colocá-lo na lista de pendências.

Mas tinha que admitir, que se soubesse da existência desse homem, teria sido mais discreta.

— É, não tem. Mas podemos amenizar ela para você — se afastando da parede, Ken se aproximou dela — ou para de procurar o Sato imediatamente e finge que nada disso aconteceu, ou se junta a Toman e ajuda.

Dizer que ficou surpresa seria pouco, porque ele realmente estava falando sério. A ação mais plausível naquela circunstância seria excluí-la terminantemente de tudo, desde que não era um membro oficial e não ganhariam nada com aquilo, nem vantagem política ou força em números, além de não saberem o suficiente para tentar tirar vantagem de suas habilidades.

Deveriam querer alguma coisa, certo? Olhando para o Sano, lembrou de sua fala sobre colocá-la na gangue como um membro falso por diversão. Mas aquilo deveria estar além de seus caprichos.

— Não, não. Que tipo de decisão é essa? — espantado, Takemichi perguntou.

— Isso não é como antes, não tem como ser encoberto — Manjiro passou uma mão na lateral dos cabelos, dando um passo mais perto dela, esperando uma resposta que parecia ser óbvia.

— Você pode, se quiser — Hanagaki não escondeu sua aflição ao encará-lo — lembro da última vez, você nem se importou em mentir para os próprios capitães sobre o que aconteceu na festa do Mitsuya. Você matou os homens do Baji! Não diga que não pode dar um jeito.

O silêncio veio com uma risada anasalada de Haruchiyo, como se estivesse apreciando a cena, ou como se quisesse saber o que iria acontecer. Ela também queria, porque não sabia que aquilo tinha acontecido.

— Eu estou dando um jeito, pouco importa se te agrada, Takemichy — apesar do clima, Manjiro mostrou a [Nome] um de seus sorrisos faceiros, estendendo uma mão para brincar com uma mecha dos cabelos dela — e eu tenho certeza que você não vai recuar agora, não é?

A ousadia da escolha de palavras com duplo sentido poderia não ser explícita para os outros, mas para ela, que teve aquelas mesmas mãos deslizando sobre si há poucas horas atrás, dizia muito. E seu corpo estava respondendo silenciosamente, lutando contra o entorpecimento das recordações para ter, novamente, a sensação que deixou seu coração frio arder de desejo.

Se deixasse acontecer de novo, talvez tivesse mais um pouco do calor que inebriou seu bom senso?

[Nome] piscou quando Manjiro lambeu os lábios, seu dedo se enrolando mais para cima no comprimento de seus fios, roçando o anel de prata que usava em seu anelar na pele exposta de seu pescoço, e se forçou a voltar a realidade.

Um tapa com as costas da mão no pulso dele foi o bastante para ver o lampejo de excitação tomar os olhos dele, tão parecidos com os olhares que lhe lançou no carro.

Que tivesse força de vontade para evitar enforcá-lo, mas um breve pensamento a instigou a fazer exatamente isso, apenas para ver se ele ainda a olharia assim.

— E aí? Topa ou não? — depois, agradeceria a Ken por estar ajudando-a a manter o raciocínio.

Tomar decisões sem um preparo antecedente não a agradava, mas teve que pesar os prós e os contras de todas as maneiras naquele curto período de tempo que usou para respirar direito, seus pés descalços se movendo para colocar alguma distância adequada entre ela e Manjiro.

Talvez pudesse abrir uma exceção, entrar na rede de contatos deles, ver o que tinham sobre Hidetaka e depois cortas as relações. Não seria impossível.

— Bem, com essa proposta nada ameaçadora — ela brincou, olhando para Draken com um sorrisinho — acho que vou ganhar mais se aceitar trabalhar com vocês.

Antes que um dos três conseguisse falar algo, Takemichi apertou o maxilar.

— Você não disse que não ia mais se meter?

— Disse quando não sabia as coisas que sei agora.

Agora era diferente. Ela acordara achando que conhecia o número de seus inimigos, mesmo sem saber seus rostos, mas chegaram com um homem que era contra a Toman e, possivelmente, contra ela também. Se fosse para se agarrar a um lado, seria ao que dizia que Hanma era problema, assim, se não fosse, não perderia nada.

Do contrário, se o subestimasse, corria o perigo de outras duas pessoas terem mortes tão indignas quanto Ichiro e Ken, e só conseguia pensar em Hayato e nele próprio. Mas como poderia conciliar uma coisa com a outra se seu primo não conseguia lhe dar o benefício da dúvida? Não que estivesse fazendo por merecer, desde que contava mentiras com a mesma frequência que bebia vinho.

Aceitar ficar com a Toman era a única saída imediata, e queria que ele entendesse.

— Eu sei tomar conta de mim. Eu sempre tomo.

Com uma respiração profunda, Takemichi deu um passo para trás como se tivesse acabado de engolir vodca pura, maneando as mãos.

— Tudo bem, você que sabe — virando, ele a encarou uma última vez antes de sair da sala de jantar — só espero que saiba o que está fazendo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro