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𝑺𝒊𝒙𝒕𝒆𝒆𝒏

Madrugadas como as da noite anterior tinham o único trabalho de fazerem as pessoas realizarem coisas para se arrependerem na manhã seguinte, era de praxe acordar e sentir o cansaço agarrado até os ossos, mas daquela vez eram as pernas que davam a sensação de estarem latejando.

[Nome] se virou na cama novamente, esticando o corpo e sentindo a mente enevoada pelo sono ainda presente, se aninhou nos lençóis azuis escuros, pensando se deveria ligar para Naomi e saber se ela já estava em casa, porque não a vira desde que Yoshida a puxara para dançar.

Estava alcoolizada demais para considerar aquilo, o sentimento que a arrepiou assim que chegou em casa de que deveria, sim, ter procurado por ela era gélido. Os pensamentos se embaralhavam na cabeça dela em cores tão fortes que doíam os olhos, e se podia fazer aquilo parar dormindo, não perderia tempo em tentar.

Se moveu novamente em resposta a pontada que atravessou acima das sombrancelhas, o lençol deslizou pela pele nua de sua perna, arrepiando até a nuca. Apenas pensar no saquinho que tivera nas mãos por segundos fazia o estômago vazio embrulhar.

Começou a cantarolar uma música qualquer, examinando o quarto escuro com uma tremenda vontade de voltar a dormir. No momento, fechar os olhos e esperar o escuro tomar conta da mente era uma ótima forma de passar o tempo, e de tentar adiar o que tinha dito a si mesma que faria.

Estava enrolando todos os minutos em que dissera apenas mais um minuto. Tentando achar uma escapatória para o plano que ela mesmo arquitetara.

Suspirando uma última vez antes de levantar, não procurou sapatos antes de se dirigir ao banheiro, fazia cada ação com uma dose de sono sob as pálpebras machadada de brilho e lápis preto.

O corredor gelado beijou a pele dela no momento em que pisou nele, logo imaginou um misto quente nas mãos naquele momento.

Chegou a sala notando as latas de cerveja jogadas no chão e os farelos de alguma comida enfeitando o sofá novo, mas a genuína voz de Draken chamou mais sua atenção, ela logo se mesclou em um Takemichi tentando o acalmar, mas o vice-comandante mandou tudo ao inferno, não demorando em chamar alguém de "maldito desgraçado".

— Vão acabar ferrando toda a porra da minha paciência!

— Por que está gritando uma hora dessas? — [Nome] indagou parando na bancada, claro que não havia ouvido eles até chegar a sala, mas sabia que seria divertido.

— Já são duas da tarde. — disse entre dentes, batucando o anel de prata no copo com líquido âmbar.

— E qual é o motivo da sua irritação das duas? — um sorrisinho balançou os lábios dela ao notar a pizza de dois sabores aberta entre o primo e Draken, se sentou a frente do primeiro, tendo uma boa vista de seu sorriso trêmulo.

— É uma situação bem complicada de explicar. — ela mordeu o pedaço de calabresa, deixando a própria boca se acostumar ao sabor depois de passar a noite dando espaço a álcool e misturas de origens duvidosas.

Um estalo surgiu de Ken, e para o crédito e o bem de sua curiosidade, ele parecia estar querendo reclamar sobre o assunto, não importava se fosse ou não [Nome] a ouvinte.

— Se quer saber, pergunte a seu primo, é o maldito vice-capitão dele. — virou um gole da bebida, encarando Takemichi logo depois.

Ela seguiu o olhar, sentindo o queijo derreter em sua boca com total satisfação, qualquer distração matinal seria ótima, mas aquele assunto em particular era um que gostaria de participar.

— Mas isso — começou, apenas para ser cortado por Draken, a voz ficando uma mistura de raiva e divertimento.

— Sanzu é um cretino, e não defenda ele.

Take apenas suspirou cansado, apoiando o queixo na palma da mão e puxando um pedaço da pizza, como se já tivesse se acostumado com aqueles picos de irritação.

— Ele está obedecendo ordens do Mikey, o que ele pode fazer? — o primo retrucou, se levantando o suficiente para olhar o rosto de Ryuguji.

— Te tratar como capitão, talvez? — riu com puro deboche.

— Não é bem assim, Draken.

Não? Me parece que Sanzu tem mais obediência ao Mikey que respeito por qualquer outra pessoa.

— Espera, ele está sob ordens de Manjiro?

[Nome] indagou, não precisando terminar a frase para que eles entendessem que ela se referia ao ataque. Se o Sano ainda estava mantendo o vice-capitão do primo ocupado, significava que até agora o cargo estava vazio e sem uma pessoa qualificada oficialmente.

— Não deveria ter alguém para fazer esses tipos de serviços? Ao invés de tomar os segundo em comando dos capitães dele?

O silêncio se instalou após a fala dela, como se não tivessem resposta, mas pelo modo com que Ken a olhou, soube que tinha sim, uma solução. E essa solução tinha um dragão tatuado a cabeça e um copo de whisky nas mãos naquele exato momento.

Imaginar o ódio que o vice-comandante estaria sentindo não foi difícil, desde que quase podia pegá-lo com a mão. Talvez tivesse outra coisa enrolada ao quente sentimento que o fazia apertar a mão em punho, entretanto, tinha a sensação de que não saberia o que era no momento.

Dando de ombros, pegou outra fatia de pizza, fixando a atenção na garrafa transparente de gin vazia sobre a pia, quanto mais descobria coisas da Gangue Manji, mais tinha certeza de que tinha alguma coisa errada com ela.

Não que achasse que ela seria certa, mas se um dos chefes estava insatisfeito com os negócios e a direção que as coisas estavam tomando, metade da organização se desestabilizava junto.

— Vou conversar com ele quando o ver. — Take disse por fim.

— Faça isso antes que eu tenha a chance. — o suspiro que se deixou ouvir depois da frase era uma forma de dizer que queria, muito, encontrá-lo antes de Hanagaki.

— Sanzu... — repetiu o nome baixo, apesar das coisas que aconteceram, não o achou importante o suficiente para tentar saber mais a seu respeito, então a única coisa que tinha era um nome e a certeza de sua incompetência.

— Você não está interessada nele não, né? — a voz do primo soou alta no ambiente silencioso.

— Talvez? — disse, mais como uma pergunta, a feição que surgiu no rosto dele  fez um instantâneo meio sorriso se espalhar pelos lábios de [Nome].

— Acho que não vai ser bom vocês se encontrarem.

— Por quê? — se inclinou um pouco sobre a bancada.

— Porque ele tem como hobby tirar a calma das pessoas. — Ryuguji respondeu, ela sequer o viu terminar o copo.

— Não que seja muito difícil tirar a sua.

[Nome] riu ladino, dando a última mordida na massa de queijo, realmente seria interessante. Ainda não estava completamente acostumada a ter pessoas entrando e saindo da casa do primo sem aviso, então se virou para ver quem estava passando pelo pequeno corredor que interligava a sala de estar e a cozinha.

As íris azuis pararam na bancada no mesmo instante em que passou pela entrada em arco, encarando Takemichi e Draken como se já esperasse que os dois estivessem ali. O adicional que não parecia encaixar era [Nome], então se direcionou a ela.

Um riso escapou dela ao ver Inui se aproximar, e ele parecia estar tão surpreso ao vê-lo ali quanto ela.

— O que você está fazendo aqui? — indagou, o loiro colocou as mãos nos bolsos da calça branca que usava.

— Posso fazer a mesma pergunta para você. — falou, e sua voz pareceu resplandecer a surpresa que sentia.

— Eu estou morando aqui. — Seishu adentrou mais o cômodo, se encostando de lado na bancada e erguendo uma sombrancelha na direção de Takemichi. — Somos primos, Inui. — esclareceu, mas a atenção dele desceu pelo conjunto de pijama rosa escuro que ela usava, apoiando as mãos na superfície de mármore, assim como fez na primeira festa que [Nome] foi com Naomi depois de cinco anos.

— Como você tem uma prima tão bonita? — disse sério o suficiente para fazer Takemichi se sentir quase ofendido.

— Isso não é nada engraçado. — retrucou, mas Inui maneou o queixo na direção de Draken, como um cumprimento, o loiro apenas levantou o copo já cheio.

Não foi difícil juntar as peças e ter a possibilidade dele também fazer parte da Toman balançando nos dedos, aquilo poderia justificar o receio de Naomi e de pessoas "perigosas" na festa, desde que a primeira pessoa que viu quando passou pela porta fora o loiro com uma bebida transparente na mão.

[Nome] abandonou a amiga que fora procurar pelo anfitrião depois de dois passos, preferindo ficar na sala e no meio da dança. E não fora uma escolha ruim, pois ele estava sentado na piscina, chapado demais para dar um aperto de mão sem cair para o lado.

Inui, como um bom amigo dele, fez a noite delas ser divertida.

Não se esquecera de perguntar a Na sobre o tipo de pessoa perigosa que teve lá no dia seguinte, e recebeu um indiferente "não sei, me disseram para não falar com quem parecia ser suspeito".

E dois minutos depois de se jogarem no meio das pessoas, lá estavam elas, bebendo com um integrante da Gangue Manji.

— Você ainda está me devendo uma garrafa de vinho. — ela lembrou, como não tinha pedido o número dele havia simplesmente esquecido daquele detalhe.

— Vou me lembrar de nunca apostar nada com você.

— Ninguém mandou duvidar de mim e colocar todas as suas cartas no meu concorrente. — riu baixo, Inui deixou um lado da boca de erguer. — mas então, senta aí, ou vai ficar em pé?

— Não, obrigada, não vim com tempo para beber. — falou, e somente no final encarou Draken. — preciso que volte comigo.

Ele apenas girou o restante da bebida, não dando indícios de que o acompanharia.

— Tirei o restante do dia de folga. — a lembrança de algo passou pelo rosto dele, e fez seu cenho se franzir no mesmo instante.

— Não insisto quando você diz isso, por isso sabe que eu não viria se não fosse importante.

Ken parecia balancear se seria ou não uma boa ideia ir com Inui, e no final pareceu ter julgado que teria menos dor de cabeça de fosse, pois suspirou fundo, virando o resto do copo em dois únicos goles.

— A gente se vê. — disse para ninguém em especial, pegando a jaqueta que estava no colo antes de se levantar.

Recitou uma despedida junto ao primo enquanto observava os dois irem embora, Inui olhou por cima do ombro e recebeu um sorrisinho dela ao sumir pela sala.

— De onde conhece o Inui?

— Uma festa. — deu de ombros, Takemichi esfregou os olhos do outro lado da bancada, ela inclinou a cabeça para o lado, observando os hematomas que antes eram roxos se tornarem amarelados, mas a voz que saiu de seus lábios foi irônica. — pelo visto a noite foi longa...

— É, foi.

— Eu tinha que ver, porque não acreditaria se me contassem. — suas bochechas coraram quando percebeu o sentido, ele tentou esconder com as mãos.

— Não é isso que você está pensando [Nome], eu dormi de mal jeito.

— Ah, aham.

Pegou a tampa redonda da caixa da pizza, a encaixando e empurrando para o canto, perto da meia garrafa que Draken deixara de lado, mas [Nome] não deu muita atenção a ela, cruzando as coxas expostas ao encarar o loiro distraído do outro lado.

— Eu acho que vou viajar. — falou apoiando o cotovelo na bancada, não achou que ele fosse ficar surpreso, mas as íris arregaladas lhe chamou atenção.

— Hã? Para onde?

— Para França, preciso resolver umas coisas do trabalho, e sim, tentei fazer daqui, e não deu certo.

— E... Você está me contando? — indagou meio incerto, ela piscou confusa.

Sim? Queria que eu fosse embora sem avisar? — o sarcasmo ficou evidente em sua voz, mas seu primo parecera ficar refletindo o que escutou.

— Não, ha ha. — sua risada foi tão esquisita quanto suas sombrancelhas franzidas, mas [Nome] deu de ombros, se levantando e indo até a pia. — e quando pretende ir?

— Daqui duas semanas mais ou menos.

Começou a lavar as mãos, tirando todo a farinha que ainda ficara ao redor das unhas, o silêncio era quebrado pelo som da água caindo na pia, e quando desligou a torneira, nada soou na cozinha.

Achou que um mês era o suficiente, mas parecera tão pouco, tão raso naquele momento, e duas semanas pareciam estar tão perto, quase como se pudesse encostar as pontas dos dedos nela.

Se virando a bancada, apoiou as costas no metal gelado atrás de si, a pele exposta se arrepiou ao entrar em contato, entretanto, não foi incômodo o suficiente para evitar que ela colocasse as duas mãos nela.

— Quero que fique de olho em Hayato enquanto eu estiver fora. — pediu, o primo virou de lado para vê-la.

— Por quê?

— Porque quero evitar que ele se meta em confusão, Hay tem tendência em não segurar a língua quando deveria.

Claro que era algo que [Nome] não poderia reclamar, pois querendo ou não, eram parecidos em alguns aspectos, e aquele era o problema.

— Vai passar tanto tempo lá que vou ter que olhar ele? Não estou reclamando! Mas vai passar tanto tempo assim lá?

— Não sei, mas é por precaução. — se afastou do metal gelado, voltando a bancada, mas apenas se apoiou no assento. — pode fazer isso?

Poderia ordenar que Adrien o fizesse, mas não confiava nele o suficiente para aquilo, não sabia do que era capaz de fazer quando [Nome] estivesse fora de vista, em outro país, mesmo que o medo que causasse nele fosse forte o suficiente para fazê-lo sair de Kyoto e ir a Tokyo em poucas horas.

— E a sua mãe? E Kaede? — dessa vez, parecia mais curioso do que desconfiado.

— Não posso contar com eles, no momento.

Deixou que aquilo escapasse, seria bom deixá-lo ciente de que não poderia esperar nada deles, mas no fundo, a jovem contava com o carinho que deveriam sentir pelo filho.

Viu que ele esperava mais, que contasse por que não poderia, mas não sabia aonde acabava o afeto que Takemichi sentia por ela e onde começava a obediência e lealdade que devia a Manjiro.

— Não quero te sobrecarregar, sei que tem suas... Obrigações. — parecera um pouco decepcionado pela repentina mudança de assunto, entretanto, não insistiu.

— Não se preocupe, vou tomar conta dele.

Acenou com a cabeça, voltando ao andar de cima, [Nome] tomou uma ducha demorada, lavou os cabelos e tirou toda a maquiagem restante, todos os resquícios de brilho saira de suas pálpebras com um sabonete de rosto, e estava mais que tentada a voltar a dormir.

Somente quando tirou a toalha dos cabelos viu a tela do celular brilhando, se aproximou a tempo de ver uma mensagem de Emma, perguntando se ela não gostaria de sair a noite ou no dia seguinte. Sentou-se na cama enquanto pensava no que responderia, não tinha planos concretos para nenhum dos dois dias desde de que não tinha decidido quando conversaria com Hayato.

Iria mandar um áudio para ela, confirmando sua presença em qualquer dia que escolhesse, mas o emoji escuro que apareceu na tela vindo de um número desconhecido a fez reconsiderar sua decisão.

O naipe de espadas tinha muitos significados, se lembrava de ver em algum lugar que carregava a caracterização da folha de uma árvore cósmica ou a representação do plano mental e intencional, simbolizando algo que se expressa de maneira fisica ou verbal.

Porém, nas mãos de Adrien, era um código que [Nome] havia criado para situações extremamente específicas, e poderia variar desde "estou pronto" a "serviço feito". Sorriu para a tela, ele havia enviado a mesma mensagem no dia em que traíram Takemichi, indicando que estava exatamente no ponto que ordenara.

Não fora coincidência ligar para ele e dizer que sabia onde estava escondido, e fez questão de deixá-lo ciente daquilo.

Pronta para responder Emma, falou que poderia sair com ela no dia seguinte.

                                     ☾︎

A sensação de estar novamente em um hotel era nostálgica, a diferença era que as vezes, [Nome] não tinha paciência para fazer reserva em um cinco estrelas, e por isso, acabava dormindo no que parecia mais acessível e rápido. Se afastou das altas janelas e voltou ao enorme quarto que comportava três computadores em uma mesa de canto.

O homem de cabelos escuros sentado a frente deles estava mais descontraído do que centrado nas telas que brilhava a cada página aberta e fechada automaticamente, [Nome] se apoiou de lado na mesa cor de creme.

Não era uma hacker experiente que poderia acessar coisas confidenciais em menos de minutos, mas soube se virar sem um a vida toda. Adrien clicou em uma tecla e dois dos computadores pararam, o da direita continuou, trabalhando tão rápido que ela não ousou olhar demais.

— Para alguém que sequer queria pegar um táxi da última vez, ficar em um hotel desses é um salto muito grande. — a voz ecoou pelo lugar, olhando toda a estrutura novamente, não ficou espantada quando recebeu o endereço de um hotel caríssimo depois do emoji.

— Eu estava sendo procurado, e chamar um carro era um risco que não estava disposto a correr. — voltou a digitar, e foi a tela do meio que voltou a funcionar.

— Ainda continua procurado. — cantarolou baixo olhando as próprias unhas.

— Mas já se passaram anos. Aqui, tudo o que achei sobre Arata. E me agradeça, sem mim e com uma proteção como a que burlei, você não teria conseguido nada. — balançou a cabeça, seu estado cansado indicava que não havia dormido direito nos últimos dias. — deveria começar a me pagar.

Não lhe deu uma resposta antes de começar a descer pelas informações, ele tinha um negócio herdado pelo pai, uma pequena loja de móveis planejados que nunca foi para frente, e ficava localizada em uma rua longe do centro de Tokyo. Até que, literalmente do nada, a loja fora realocada para uma avenida, e desde então, não decaiu um pouco sequer.

Sua vida fora feita de festas importantes e contratos milionários, [Nome] passava as fotos em carros de luxo e boates.

Arata havia morrido, e mesmo que realmente não tivesse interesse em um homem morto, sabia que ele não era quem comandava tudo e, consequentemente, não fora quem tivera a ideia de matar Takemichi.

Era algo idiota caçar quem quer que fosse, desde que a gangue Manji tinha inimigos em todos os lugares, e ele estava em uma posição elevada demais para se passar despercebido.

Mas não conseguia. Não conseguia não pensar em quem poderia ter sido, no que poderia fazer. Ficar apenas sentada e assistir era agoniante.

Talvez fosse apenas seu subconsciente se preparando e ansiando para algo mais agitado, para todas as linhas escritas no futuro de [Nome] que ela mesma arrumara.

A foto travou na tela em um segundo, e se recusou a batucar os dedos na mesa enquanto observava o homem de terno ao lado de Arata, entrando em um bordel com letreiro rosa choque, a iluminação colorida contornava as feições fortes dele.

O sangue dela passou a correr mais rápido nas veias, abafando o mundo ao redor ao reconhecer um dos homem de Marcel.

Hidetaka Sato sussurrava algo em seu ouvido, mas seus olhos estavam fixos na câmera acima deles.

Por isso ele sumira antes que [Nome] fosse embora.

— De quando é essa foto? — indagou, Adrien mexeu em algo que não viu.

— De mais ou menos... 28 dias. — falou, dando pouca importância.

Os números não batiam, se fosse contar, daria mais ou menos três meses de sua partida até aquele momento, ele ficara no Japão aquele tempo todo?

Não fazia o menor sentido. Observou novamente Hidetaka encarar a câmera de segurança, então mordeu o lábio inferior.

— Imprima essa foto para mim. — falou, voltando a ficar ereta, os olhos confusos de Adrien não conseguiam achar algo de interessante naquela foto, mas ele não conhecia o terceiro homem flagrado pelas câmeras. — aqui tem cerveja?

Se virou para as barras de madeira finas, que separavam aquele pequeno hall com um sofá e uma mesinha de centro do enorme quarto na outra extremidade, conseguia ver a cama de casal arrumada e o mini frizzer ao seu lado, [Nome] torceu para ter, o cansaço que a atingiu não permitiria que fosse comprar ou pedir alguma.

— Eu fiquei sabendo... De Louis e os dois pirralhos.

Parou sobre o tapete de veludo branco, desejando que os pequenos saltos da bota as perfurassem até que atingisse o chão abaixo. Se virou a Adrien sentindo o metal da arma tocar as costas com o movimento, e a vontade de segurá-la.

— Faça o que eu mandei. — disse de volta, estava calma o suficiente para voltar a andar.

— Você sabe do que esse Arata fazia parte, do que Takemichi Hanagaki faz parte. — o tom de voz dele estava mais inclinado a seriedade e medo do que a habitual ironia. — e me prometeu—

— Que você estaria tão protegido quanto uma pessoa pode ser se fizesse o que eu mandasse. — trincou o maxilar ao terminar, se impressionando mais com a própria compostura do que com a vontade de socá-lo. — não me faça querer reconsiderar minha decisão.

O silêncio combinava com o ambiente pouco iluminado, e sabiamente, Adrien sorriu pequeno, se voltando para frente na cadeira giratória.

— Ao lado da cama. — respondeu, e por cima do ombro, [Nome] viu ele começar a imprimir a foto.

Achou o mini frizzer cheio de garrafas e latinhas, de tantas cores que fazia a sala parecer um dia chuvoso e aquele local um arco-íris.

Abriu a primeira latinha que viu, se sentando na cama confortável antes de entorná-la.

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