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𝑺𝒆𝒗𝒆𝒏

Respirando devagar, [Nome] se mexeu na cama, sentindo como todos os seu membros estavam relaxados, e apesar da cabeça pulsante, ela achou que acordaria pior.

Resolveu abrir os olhos sonolentos, uma péssima ideia, a claridade que passava pelas janelas a fez os fechar de novo. As persianas estavam abertas, se movimentando com a pouca brisa que vinha de fora, deveria tê-las fechado ontem.

Mas somente quando sua mente cansada e dolorida alertou o resto do corpo de que estava acordada, [Nome] se sentou, bruscamente, na cama bagunçada, percebendo que não reconhecia aquele lugar.

Olhou atenta e rapidamente o cômodo, de uma forma que fez sua cabeça doer ainda mais, mas não abaixou a guarda até perceber que aquela era a casa nova.

Passou a mão pelo cabelo, respirando fundo, não ousou fechar os olhos. Odiava acordar e não saber onde estava, se perguntassem, poderia dizer que era puramente pela mudança, por ser sua primeira manhã lá, mas não era.

Acordou assustada em todas as primeiras noites que passou no Japão, e não era algo que ela podia simplesmente parar.

Deslizando rápido a mão por cima do pano bagunçado, a parou debaixo do travesseiro, não sentindo a familiar e fria sensação do aço tocar as pontas dos seus dedos. Mas a realidade a atingiu como um baque forte, sua cabeça doeu quando se lembrou de que não a guardava mais lá desde que voltou, era perigoso e seria complicado demais se alguém a encontrasse.

Mas por um momento, a desejou em mãos.

Aquela palpitação irritante passou aos poucos, enquanto aquela sensação borbulhava no fundo do estômago de [Nome], subindo pela garganta.

O aroma da pasta de dente não estava mais presente na boca, mas em compensação, o gosto do álcool também não. Poderia ter bebido muito, mas não o suficiente para fazê-la perder a consciência, se lembrava que escovara os dentes antes de se jogar na cama, também da metade da garrafa de água que bebeu.

[Nome] colocou os pés para fora da cama, um arrepio percorreu seu corpo ao tocar o chão frio, quase soltando um gemido ao fazer força e se levantar.

Olhando o horário, faltava pouco para as onze horas, e cogitou a ideia de se deitar de novo, mas notou o comprimido ao lado do celular, que Hina havia lhe entregado, e segundo ela, ajudaria [Nome] no dia seguinte com a ressaca.

Se arrastando até o banheiro ao lado da suíte, viu o vestido todo amassado envolta do corpo dolorido, e puxou o zíper, o tirando por baixo. Jogou a roupa no chão, ligando o chuveiro em seguida, não perdeu tempo em mudar a temperatura antes de se enfiar debaixo da água.

Um suspiro saiu dos lábios de [Nome] quando a água fria começou a molhar seus cabelos, descendo por cada pedaço de pele exposta, ela pegou o sabonete, começando a passar pelo corpo.

Se lembrando da noite anterior, um pequeno sorriso tomou seus lábios ao se lembrar do dinheiro que ganhou, mas ele logo sumiu quando a voz estridente de Mizuki ecoou por sua mente.

[Nome] jogou os cabelos para trás, esfregando-os junto ao shampoo, não deveria ser tão importante se ela desistiu na primeira tentativa, lidaria com a mãe uma outra hora.

Desligou o chuveiro após tirar a espuma e passar o condicionador, se enrolando no roupão, parou na frente do espelho, apoiando as mãos na pia de mármore escuro.

Sua visão se focou no rosto que parecia cansado, no resquício de rímel que ficou do dia anterior, marcando embaixo de seus olhos como dois machucados.

[Nome] firmou as próprias pernas, as gotas d'água desciam dos cabelos encharcados pelo seu rosto como uma carícia fria. A água começou a empossar nos pés descalços dela, fazendo ondulações a cada nova gota que caía.

Amarrou a fita do roupão quando começou a ficar frio demais, enrolou os cabelos para cima, voltando ao quarto, [Nome] passou entre as malas jogadas, não tendo muita paciência para escolher roupas, pegou um short preto e uma blusa de alças da mesma cor, os jogando encima da cama.

Ela secou os cabelos com um pouco de agressividade, agora sim, teria que ser paciente para desembaraçá-los. Se vestiu rápido, jogando os fios já arrumados por cima do ombro.

Saindo no corredor, [Nome] tentou escutar alguma coisa, mas a casa parecia estar estranhamente silenciosa, andou até a cozinha pulando de dois em dois degraus, e não achou ninguém nesse percurso.

Abrindo a geladeira, tirou um cacho de uva de lá, também pegou o básico para fazer um sanduíche simples, fome parecia ser uma das sensações que mais predominava dentro dela naquele momento, um lanchinho leve faria bem.

Pegou o pão integral e enfiou uma fatia de queijo, junto ao alface e tomate, também pegou uma garrafa de água, equilibrando as coisas nos braços, [Nome] voltou ao quarto.

Sentada na cama, ela arrumou o prato com os dois pequenos sanduíches e as uvas, começando a comer enquanto olhava as redes sociais.

Foi um pouco complicado o estômago vazio e ácido aceitar as primeiras mordidas da comida, mas com alguns goles d'água, conseguiu o fazer sem sentir necessidade de colocar tudo para fora a cada pedaço.

Quando acabou, [Nome] colocou o prato na pequena mesa ao lado da cama, mas pensou que alguma coisa estava faltando, e esfregando a têmpora, se deitou na cama ainda bagunçada.

Ela achou que dormiria fácil, mas precisou rolar muitas vezes até ter sua consciência tomada por algo que não fosse o álcool, e quando acordou, minutos depois, com uma única batida forte na porta, desejou que tivesse sido pela bebida.

Se levantando, [Nome] estava prestes a abri-la, mas Hayato o fez, e ela deu de cara com sua expressão sem paciência.

- Perdeu a educação? - perguntou, ele deu de ombros.

- Eu bati na porta e você não atendeu, achei até que não tava aqui. Eu só vim avisar que a mãe tá te chamando para almoçar, e ela disse que não aceitava um não como resposta.

[Nome] piscou uma, duas, três vezes. Por que Mizuki decidiu, do nada, chamá-la para almoçar, como se fossem aquelas típicas famílias americanas daqueles filmes clichês? Ainda mais depois daquela ligação e de como estava irritada.

Se encostando de leve na porta, ela comprimiu o suspiro dentro dos pulmões, não sabia o que era, mas estava longe de ser uma boa coisa.

- Tá, eu já tô indo.

Hayato saiu na frente, e voltando para perto da cama, [Nome] retirou o comprimido da embalagem, o engolindo em seco antes de se voltar a porta aberta.

Seria pior para sua ressaca se Mizuki quisesse brigar, mas tinha certeza que não o faria na frente de Hiroshi. Entrando na sala de jantar, a primeira coisa que vira foi o irmão, que estava sentado em uma das cadeiras, entretido no celular.

Depois, no cheiro da comida que vinha de cima da mesa, até mesmo fumaça saia de uma das panelas, mas aquele aroma forte de temperos apenas fez um incômodo ressoar na garganta dela.

- Você sabe por que ela chamou a gente? - ele perguntou.

- Por que eu saberia? - [Nome] tirou o próprio do bolso do short, se acomodando do lado dele.

- Porque ontem ela estava irritada por você não estar em casa para o jantar. - disse, com deboche, tinha certeza que Hayato também estava achando aquela atitude estranha.

- E você sabe por quê, exatamente? Não é possível que seja apenas por isso.

Apoiou o aparelho ao lado do prato, já fazia duas semanas que havia chegado, e desde então, Mizuki não fora particularmente sensível ao fato de [Nome] não tomar café com ela, ou almoçar. As vezes, ela sequer estava em casa quando esses eventos aconteciam.

E sempre foi assim, que diferença fazia se [Nome] comia na mesa ou no quarto? Ou se simplesmente não comia? Até mesmo antes de ir para a França, não era costume algum comerem todos juntos.

- Não. - Hayato deu de ombros.

[Nome] suspirou, se apoiando no encosto da cadeira, que aquele remédio fizesse efeito rápido, e dependendo de como os próximos minutos fossem, tomaria outro para dor de cabeça.

- Ela me disse que você mudou de escola. - disse, mas o irmão não deu tanta importância.

- Mudei, o que é que tem?

- Ainda lembro de quando tive que dar uma surra nos moleques do colegial. - agora sim, Hayato parecia dar devida atenção ao que ela falava.

- Isso faz anos.

- Eu sei, e também sei que esses anos não mudaram sua cabeça briguenta.

Cruzou os braços, agora ele havia crescido, mas antes, Hayato não passava de uma língua afiada em um corpo desprotegido.

- Não sou mais o mesmo, não preciso que fiquem me protegendo.

- Isso é bom, mas se ver que não pode sozinho, eu sempre estou disposta a bater em mais alguém. - piscou um olho divertida, mas o irmão mudou o rumo do olhar.

- Agradeço sua boa vontade, mas eu sei me virar sozinho, não ache que vou voltar cheio de machucados para casa como antigamente.

[Nome] relaxou a expressão, aquela memória não sumira completamente de sua mente, assim como a sensação de bater naqueles malditos. Não saberia o que seria capaz de fazer agora.

Balançou de leve a cabeça, era aquilo que queria escutar dele, sair da boca do irmão, mas mesmo depois de presenciar isso, não se sentia satisfeita.

- Eu sei que você não é burro, então apenas evite entrar em uma situação que seja difícil de sair.

- Isso é um elogio? - revirou os olhos.

Não teve tempo de retrucar antes que Mizuki entrasse com um sorriso calmo no rosto, se sentando na frente de Hayato, começando a tirar as tampas das panelas, então foi Hiroshi que se aproximou da mesa, afrouxando a gravata.

- Bom dia, como estão?

Perguntou, [Nome] teve que amarrar a expressão cansada do rosto, daí em diante, foram uma série de diálogos clichês de filmes americanos. Teve o bom senso de prestar a atenção quando começaram a falar sobre as empresas, mas logo perdeu o interesse.

[Nome] remexeu o pouco de comida que colocou no prato, acabou não resistindo ao purê de batata em sua frente. Apenas sua curiosidade a mantinha presa aquela cadeira, e em nenhum momento dos minutos que se passaram Mizuki se dignou a olhar para ela.

- E como estão as aulas de luta?

- Normais. - respondeu o pai, Hayato parecia estar tão impaciente quanto a irmã.

Então por isso que estava tão confiante sobre "não voltar para casa cheio de machucados"? [Nome] franziu as sobrancelhas, quase desacreditada.

- Sua irmã foi a melhor aluna de lá.

Hiroshi apontou, e apenas então sua mãe direcionou um único olhar a ela.

- Não era tão difícil.

- Você continuou praticando? Depois que saiu? - indagou, parecendo interessado.

- Não, não tinha muito tempo.

- Que bom, é melhor se focar nos estudos.

Claro que ele achava melhor, foi difícil Hiroshi deixar ela participar das aulas, mesmo que [Nome] não precisasse de permissão, ele sequer iria pagar.

- E já que você está fazendo faculdade, significa que vai ficar um bom tempo aqui, certo?

A mãe de [Nome] a encarava, esperando uma resposta, ela queria apenas ir embora, mas pensou que era natural eles quererem saber quanto tempo duraria sua estadia já que estava na casa deles, certo?

- Não sei, por quê? - mas [Nome] sabia sim, e a resposta era não.

- Nada, mas eu espero que fique. E sobre pretendentes, já tem algum?

- Não. - falou tranquila, não gostando do rumo da conversa.

- Que bom, porque eu tenho alguém para te apresentar.

A frente de [Nome], sua mãe colocava mais molho no prato, mas ela apenas encarou o homem na cabeceira da mesa, comendo solenemente.

- Quê? Eu agradeço, mas não quero pretendentes.

Disse com um ar de riso, dava para ver a tensão que transpassava o ar apenas com o olhar dos dois. O irmão começou a comer mais devagar, intercalando a atenção entre a irmã e o pai.

- Não foi uma pergunta, eu já conversei com ele, e ficou muito feliz com essa oportunidade.

A cabeça de [Nome] pareceu ter dado um apagão, que tipo de conversa era aquela?

- E não se preocupe, eu escolhi bem, é um homem dedicado ao trabalho, um bom cidadão e com toda a certeza será um bom marido e pai.

Com o rosto tranquilo, [Nome] ouvia tudo o que Hiroshi dizia, sem dar espaço a pequena pontada de dor de cabeça que latejou.

- Eu estava um pouco preocupado com seu futuro, mas sei o que estou fazendo, quero apenas o seu melhor, e o melhor dessa família.

A colher voltou devagar ao prato quase já sem purê, [Nome] se virou a tempo o suficiente para ver seu irmão cuspir metade do suco na toalha de mesa.

A indignação estava estampada na cara dele.

- Que isso? você quer vender minha irmã?! - encarou o pai.

- Que reação exagerada. - ele revirou os olhos, parecendo estar irritado com o que via.

- Não não, eu tenho certeza que escutei errado.

Mas tanto ele quanto a Mizuki continuaram a refeição, como se tivesse acabado de dizer que no final da tarde iria chover.

- Não, não escutou. Vou passar os detalhes para você depois que o almoço acabar, já que você não estava em casa ontem.

Era quase difícil de acreditar no que saia da boca dele, de que em minutos, o assunto mudou tão drasticamente.

- Então foi por isso que minha presença nesse almoço era tão importante?

A voz saiu tão calma que [Nome] quase se assustou com seu autocontrole, mas em situações piores ela não perdeu a cabeça, não seria agora que aconteceria.

- Não queria que fizesse uma cara de surpresa quando o conhecesse.

A faca nas mãos dele cortou o pedaço de carne com a graça que alguém da classe dele teria, e não lançou um único olhar a [Nome] enquanto falava.

- Vou te dar mais uma chance de retirar tudo o que você disse, seu idiota do caralho. - um pequeno sorriso sereno apareceu enquanto ela falava.

- Que vocabulário é esse? - Mizuki franziu a testa.

A cadeira não fez barulho quando [Nome] se levantou graciosamente, apoiando as mãos na mesa, então era por isso que ela deveria ter estado em casa ontem? Oh, e ele teria a bondade de avisá-la?

Em que merda de tempo estava? Ela bebeu tanto que tinha voltado algumas décadas?

- Eu disse que vou te dar uma chance de retirar o que disse, idiota do caralho. - repetiu, devagar, o olhando de cima.

- Não está feliz? disse que escolhi bem, não confia em mim?

- Se não quer fazer isso por você, faça pela família.

Do outro lado, Mizuki ergueu o queixo, o olhar em sua face era uma mistura de surpresa e indignação, qual não demostrou enquanto seu precioso marido praticamente arranjava um casamento para filha.

Um riso irônico saiu de [Nome], pela família... Eles não pensaram muito ao despachá-la para o outro lado do mundo na primeira chance que tiveram, casá-la a força não seria um problema.

- Eu não acredito que estamos discutindo sobre isso. - Hayato empurrou o prato, ganhando um olhar desaprovador do pai.

- Isso está além de você, então não se intrometa.

- Não, não estamos discutindo, Hayato, isso já está decidido, e minha resposta é não.

A voz ecoou por toda a sala de jantar, que ficou em silêncio instantâneamente, Hiroshi precisou de tempo para processar que aquele tom vinha apenas da jovem em pé na frente deles, porque não pareceu vir dela.

- Você continua uma ingrata, depois de tudo. Não sabe a situação em que estamos?!

O homem sentado a cabeceira da mesa lançou um olhar a esposa, uma repreensão silenciosa.

- Isso não é algo ruim, [Nome], vamos conversar depois e você vai perceber que essa é a melhor proposta que pode ganhar. - declarou.

Um incômodo irritante coçava na garganta de [Nome], e o risinho dela preencheu o espaço de novo.

- Se ele é mesmo um bom partido, case-se você com ele. - piscou os longos cílios na direção de Hiroshi, a expressão serena não combinando com seu olhar felino e frio.

Pela primeira vez em muito tempo viu aquele olhar gélido se apossar do rosto dele, aos poucos, como uma fina camada de argila moldada, e até mesmo Hayato parecia ter prendido a respiração enquanto a assistia sair em silêncio

☾︎

Apoiando o pé na barra baixa da grade de metal enferrujada, desceu o dedo pelo isqueiro de novo, o barulho se misturando aos sons dos carros atrás de si, as buzinas e aos cantos de pneus das motos na avenida.

Na outra mão, [Nome] segurava o cigarro já quase pela metade, olhando através do grande rio que cercava o parque no centro de Tokyo.

Não muito longe dela uma criança tropeçou na grama, talvez tivesse escutado seu choro se não estivesse tão imersa nos próprios e intermináveis pensamentos.

Claro, [Nome] não achava que fosse ser fácil sua volta á família, ainda mais na situação que ela se encontrava mas aquilo era simplesmente inaceitável...

Suspirou, apoiando a palma da mão na testa, era inacreditável e idiota que Hiroshi tivesse ao menos cogitado aquilo, e mais ainda pensarem que ela iria concordar. Que fosse agradecer pela oportunidade e sair com um inocente sorriso no rosto.

Aceitar seria como amarrar o próprio tornozelo no fundo de uma piscina cheia e funda.

Era... Tudo aquilo era... [Nome] não se permitia pensar muito, porque sabia que se se aprofundasse, poderia chegar em um nível que para voltar seria difícil.

Tragando de novo, quase amassou o cigarro por não surtir um efeito forte suficiente, mas serviria. Por enquanto.

No rio abaixo dela, uma folha seca desfigurou seu reflexo na água, [Nome] levou os olhos até lá, observando sua imagem tomar forma novamente, e mesmo encarando si mesma, quase não percebeu o quanto sua feição estava deprimente e cansada.

Outra folha caiu, mais ao longe, e [Nome] tragou de novo, ao menos aquele rio não estava congelado.

Sua mandíbula doeu com a força que trincou os dentes.

- Porra, era só um mês. - falou baixo.

A irritação ameaçou se alastrar por seu corpo quando sentiu o celular vibrar no bolso, [Nome] apenas fumou de novo, pegando-o. Nenhum pingo de decepção foi sentido ao ver que não era a chamada de um dos responsáveis por seu dia ter ido por água a baixo, sabia que eles não voltariam atrás, e no fundo, não se importava.

Mas a curiosidade de saber o que Takemichi queria a fez atender.

- Eai. - disse, se virando para o rio que atravessava o parque, se apoiando nas grades.

- Oi [Nome], tá pronta? - ela ergueu minimamente uma das sombrancelhas.

- Pronta para quê?

- Você disse que queria falar comigo hoje, a tarde, de preferência, porque não sabia que hora iria acorda. - riu no final da fala, provavelmente pelo estado que ela dissera aquilo.

Apertou os olhos, vasculhando nas memórias o que havia dito ao primo, então se lembrou da conversa que teve com Hinata sobre a aliança, e de ter chamado Takemichi para conversar.

Não era uma má ideia, e voltar para casa não era uma opção.

- Onde você tá?

☾︎

- Essa é bonita - ele analisou o anel na palma da mão. - acha que ela vai gostar?

[Nome] continuou olhando o balcão de uma das joalherias mais caras do Japão, analisando cada peça através do vidro.

Sabia que estava certa, Takemichi não tinha pensado em dar uma aliança para Hina.

E aquilo o deixou em uma profunda depressão por bons minutos, depois, pediu para a prima ajudá-lo a escolher uma.

A surpresa ficou estampada em seu rosto, ela achou que apenas iria perguntar o por quê dele ainda não ter comprado uma depois de tanto tempo de namoro, e puxar sua orelha, dependendo da resposta.

Mas [Nome] acabou ficando um pouco animada por poder dar sua opinião na escolha.

- É linda.

- Eu sei como mulheres são indecisas e difíceis de agradar, você é um belo exemplo disso, então eu quero uma que a Hina realmente goste.

Não deixou sua insatisfação de ser chamada de difícil de agradar transparecer muito, mas uma que a Hina gostasse... Talvez algo mais delicado, combinaria com ela.

- E essa aqui?

Apontou para outro par, a atendente, que pareceu extremamente feliz em atendê-los ao perceber que Takemichi não se importava com o preço, pegou a caixinha, a colocando na frente de [Nome].

- Eu achei essa melhor. - ela tirou o anel, uma das alianças vinha com um solitário de pedra rosada.

- Eu também gostei, vou levar essa, então.

O sorriso no rosto da vendedora foi de orelha a orelha, [Nome] deixou o primo acertando o pagamento, e saiu para olhar as outras jóias, elas eram simplesmente lindas.

Pouco tempo depois ele voltou, segurando a sacolinha com um sorriso bobo.

- Vamos passar na lanchonete antes de eu ir embora. - [Nome] afirmou, pois a fome parecia cada vez mais presente a medida que o enjôo ia embora.

☾︎

- Eu nunca pensei em comprar uma aliança para Hina, também não imaginava que seria tão caro. - disse, guardando a sacolinha enfeitada no próprio colo, ligando o carro logo em seguida.

- Algumas pessoas demoram um tempo... Mas depois de tantos anos, ela já tinha até esquecido, tadinha. - [Nome] deu uma mordida sanduíche.

- Estou me sentindo um péssimo namorado. - Takemichi sorriu sem jeito - mas eu vou pedir ela em casamento, então não achava que precisava de uma aliança agora.

[Nome] arregalou os olhos na direção dele, casar? Ele iria pedir Hinata em casamento?

- Você vai pedir ela em casamento? Quando? - era quase inacreditável, Takemichi Hanagaki iria casar.

- Eu já pedi, na verdade, mas já faz tantos anos, que eu acho que nem vale mais. - soltou uma risada.

Os olhos dela pararam no lanche, mordendo de novo, pelos céus, aquilo sim a pegou desprevenida.

- Mas... Quando você vai refazer o pedido?

- Por agora não, ela está fazendo faculdade, e eu ainda tenho que resolver algumas coisas antes de focar na minha vida pessoal.

Takemichi iria casar, e ela provavelmente não estaria ali para ver. Mas... Seria algo a menos para se preocupar.

Ainda estava se recuperando da última notícia, mas viu Takemichi parar no sinal vermelho, começando a digitar com uma única mão no aparelho.

- Olha isso aqui, eu não posso sair um minuto e fazem uma zona na minha casa, nem avisam. - virou a tela preenchida com uma foto para [Nome], tinha gente de mais para que conseguisse diferenciar alguém, mas as latas de cerveja e garrafas de bebida estavam nítidas. - vamo para lá, ou você tem outra coisa para fazer?

- Vamos. - afirmou, apoiando o braço na janela aberta, voltando a comer.

☾︎

Estavam espalhados por toda a casa, bebendo e conversando. Takemichi a levou pelo lado de fora até a picina, onde estavam mais concentrados, a música parecia estar mais nítida ali.

- Ele finalmente resolveu voltar, galera, - um deles se levantou da grama, se aproximando dos dois. - e tava em boa companhia.

- Deixa de ser idiota. - revirou os olhos.

- Eai Takemichy. - [Nome] o reconheceu na hora, seria quase impossível não lembrar da tatuagem na cabeça.

- Eai, vocês nem avisam quando vão aparecer. - disse, mas não pareceu irritado com a visita inesperada deles.

- E precisa? E você, quem é? - olhou a garota do lado do loiro, que duvidava se ir até lá havia sido uma boa escolha.

- [Nome].

- Ah, você é a garota que tava aqui aquele dia.

- Fico feliz que tenha lembrado. - falou com uma pitada de sarcasmo.

- Eu tava irritado aquele dia, não saio por aí sendo grosso com todo mundo não.

- Que bom. - aquela altura, alguns olhares estavam direcionandos a eles.

- Vem, bebe alguma coisa com a gente, não sabia que Takemichi tinha amigos que eu não conhecia. - esticou um copo na direção de [Nome], ela não precisou olhar o conteúdo para saber que era forte.

- Valeu, depois eu pego alguma coisa na cozinha.

- Não precisa ser tímida.

- Para de encher o saco da garota seu idiota, - Draken balançou a cabeça. - você é prima dele, né? Ele disse que você você não passou os últimos tempos aqui.

- É, voltei faz pouco tempo, ainda não conheço todos os amigos dele. - não conhecia a maioria, na verdade.

- Eu sou o Draken, vamo sentar lá.

-- Vem, vou apresentar o resto do pessoal.

[Nome] se sentou em uma cadeira de sol perto da piscina, os outros presentes se apresentaram, e não pareceram se importar em tê-la na conversa.

Se entrosar não foi difícil, apesar de não achar a conversa tão interessante, ela variava entre relatos de festas passadas e futuras, algumas piadas, a maioria sem graça alguma, mas pelo menos sua mente estava distraída.

Estavam entretidos demais para notar [Nome] saindo de fininho, Draken foi um dos únicos que olhou na direção dela, desistindo de perguntar para onde ia quando se dirigiu as portas de vidro totalmente abertas.

Na cozinha, havia lixo no chão, assim como algumas garrafas jogadas pelo canto, o cheiro de maconha ficou mais nítido dentro da casa.

E sentado no balção no meio da cozinha, a figura de Manjiro estava concentrada na cerveja gelada e no pote cheio de salgadinhos.

Pensou em pegar o que deveria e sair em silêncio, mas a última conversa deles não tinha sido de todo o ruim.

- Dessa vez não sou eu que estou sentado sozinho. - disse, como cumprimento.

- Eu não imaginava que viria tanta gente. - falou com um ar de riso.

Se dirigiu a geladeira, observando o que tinha para comer, não ficou nada surpresa ao achar apenas besteira e bebida, muita bebida.

Pegou uma barra de chocolate fechada, se virando aos armários, não tinha percebido um garoto quase arrodear toda a cozinha apenas para pegar algo na gaveta.

Parecia estar evitando alguma coisa, e realmente estava, aquela coisa tinha metade dos cabelos loiros amarrados em um coque baixo e uma expressão de alguém que não estava tendo um bom dia.

Se olhasse no espelho, [Nome] perceberia que estava parecida, ou pior, mas o garoto não perdeu muito tempo em olhá-la antes de sair da cozinha em direção a sala.

Pelo o que viu do Sano, ele parecia ser extrovertido o suficiente para querer ficar na piscina conversando com os outros, mas
estava ali sozinho. Por quê?

[Nome] voltou a realidade, percebendo que quase não havia nada no armário, se não fossem pelas embalagens vazias jogadas de qualquer jeito.

Aquela parte sim da casa se parecia mais com Takemichi. Abriu a barra de chocolate, notando o saco de salgadinho sobre a bancada, provavelmente, todo o conteúdo dele estava no pote na frente do loiro.

- Acho que desse aqui acabou, quer? - ofereceu, empurrando minimamente a vasilha na direção de [Nome], sua face não demonstrava a simpatia da fala, mas seu tom também não estava irritadiço. - que foi?

Perguntou quando ela não deu indício de aceitar a oferta.

- Você só não parece querer companhia. - deu de ombros, abrindo mais a embalagem do doce em mãos. - não quero incomodar.

- Sem pressa, come aí.

Não teria puxado assunto se quisesse que [Nome] fosse embora logo, então ela se sentou na banqueta ao lado de Manjiro, de frente para a piscina e risadas.

[Nome] puxou a vasilha quase cheia mais para perto de si, vendo os resquícios de baseados em um cantinho.

- Você tava com o Takemichy? - já tinha notado a forma como alguns deles chamavam o loiro, mas não se importou em corrigir.

- Ele precisava resolver uma coisinha, me chamou para ajudar.

O silêncio entre os dois se estabeleceu, mas não era desconfortável como achou que seria. Sano bebia quieto, as vezes fixando o olhar em algum ponto específico, não se importando que a jovem ao lado dele já estava quase para acabar todo o conteúdo do recipiente.

Um instante depois uma garota entrou na cozinha, indo em direção a geladeira, tirou uma garrafa de vodka de lá, da última vez, pareceram evitar a presença de Manjiro, mas daquela, ela sequer pareceu notá-lo, seus olhos estavam em [Nome] enquanto voltava para o lado de fora.

- Se olhar matasse. - disse para si mesma, quebrando uma parte do chocolate.

- Parece que ela não gostou que o namorado dela falou com você. - o som do isqueiro sendo usado a fez se virar, ele acendia um cigarro, e não parecia ser tabaco.

- Conhece?

- Sim... Ela já arrumou umas confusão com umas garotas por causa disso... Deve ter medo dele resolver devolver os chifres.

Disse em um pequeno riso irônico e leve, [Nome] estalou língua baixo, a única coisa que faltava era alguém ficar de cara feia com ela por causa de homem, já bastava Nara. Mas a segunda informação chamou sua atenção.

- O namorado dela é corno? - indagou curiosa.

- Tem mais chifre que um boi, todo mundo sabe, menos ele.

- Quem é?

- Aquele ali, de blusa laranja. - Manjiro se inclinou na direção dele, o viu bebendo sentado em uma cadeira reclinável, era o cara que foi recebê-la acompanhado de Draken. - um amigo meu já ficou com ela, mas não sabia que ela namorava.

- Só falta acharem que eu quero ele. - revirou os olhos. - ninguém contou ainda?

- Já tentaram uma vez, mas jura de pé junto que sua boa namorada não faz essas coisas. - debochou, [Nome] acabou rindo baixo, arrancando um pequeno riso de Manjiro.

- Não sei se eu fico com pena ou acho engraçado. - se levantou para pegar uma cerveja, puxou a primeira que viu. - já conheci um casal assim, mas o sem caráter era ele.

O som de [Nome] tirando a tampa de metal da garrafa de vidro ecoou pela cozinha, se sentiu até mesmo revigorada pelos grandes e refrescantes goles.

- Na França? - perguntou, apoiando a mão na bochecha, Manjiro fumava com a outra, segurando o baseado com os dedos repletos de anéis.

- É, eu sentia pena dela, na verdade. - se encostou na bancada.

- Você gostava de lá? - a pergunta causou tanto efeito em [Nome] quanto o primeiro gole que deu na cerveja em mãos.

Já perguntaram muitas coisas da viagem, e poderia dizer que já falou sobre quase tudo do país, todos os lugares que foi, o clima e as roupas. Mas ninguém nunca a perguntou se gostara de lá, nem uma vez.

O loiro piscou os olhos avermelhados, esperando uma resposta com um pequeno levantar de lado nos lábios.

- [Nome]? - chamaram, mas não foi Manjiro. - Não sabia que tava aqui.

Parado poucos metros dos dois, Takuya segurava uma sacola cheia de garrafas de bebida.

- Eai Mikey. - cumprimentou, não o olhando diretamente, também não parecia tão seguro, o que recebeu foi apenas um aceno.

- Eu vim com o Takemichi, também não te vi quando cheguei.

- Fui comprar mais algumas garrafas, os meninos já até pegaram algumas. - suspirou. - eles vão jogar cartas, quer ir?

Colocou as garrafas dentro da geladeira, perto das outras, quase não havia espaço para todas.

- Pode ser, vamos? - olhou o loiro diretamente, mesmo que tivesse certeza que ele não precisava de um convite, eram seus amigos, afinal.

- Pode ir, já tô indo.

Voltou sua atenção ao baseado, [Nome] deu de ombros, acompanhando Takuya até o lado de fora. As cartas já estavam sendo separadas quando se sentou a mesa de madeira, perto da área de churrasco, Takuya pegou um lugar ao lado dela.

- Tirem para mim também. - tiraram outro monte de cartas, e enquanto separavam, duas pessoas se juntaram na roda.

- Eu vou jogar, você também vai [Nome]? - Smiley perguntou, o irmão não pareceu tão interessado naquilo, ficando mais afastado.

- Vou, e pelo menos dessa vez você não vai perder dinheiro.

- Você acha? Todos os nosso jogos envolvem dinheiro ou a perda de alguma coisa, então agora a aposta não vai ser só 2 mil.

- Então eu vou poder arrancar mais dinheiro de você dessa vez. - sorriu divertida olhando as cartas.

- Quando vocês apostaram? - Draken indagou, mas não parecia disposto a jogar.

- Ontem de noite, no bar. Vimos quem bebia mais.

- Eu devia ter ficado mais, pagaria para ver isso. - zombou.

- Do que estão falando? - [Nome] escutou a voz de Manjiro antes de vê-lo se aproximar.

- De quando Smiley perdeu uma grana pra [Nome] em uma aposta. - um deles riu, e percebeu que ele também estava presente ontem.

- Aposta? Smiley não é de perder uma. - se sentou na ponta do banco, próximo á ela e Draken.

- Tem uma primeira vez para tudo.

- Não sabia que se conheciam.

- Conheci ontem. - analisou as nove cartas com mais atenção, montando uma estratégia.

- E cadê o Takemichy?

Olhando por cima das cartas, notou que o primo não estava na mesa, também não estava em qualquer lugar que seus olhos alcançavam.

- Saiu com o Chifuyu. - Angry respondeu o loiro, voltando a se calar logo em seguida.

Os quatro já estavam preparados, [Nome] se afastou um pouco de Takuya, escondendo suas cartas, não precisou fazer nada em relação aos outros dois, desde que estavam do outro lado da mesa.

- Todos conhecem as regras de Pife, mas vou explicar pra moça bonita. - disse, ela se lembraria de perguntar seu nome depois.

O jogo era simples se [Nome] levasse em consideração que as regras também eram, recebendo nove cartas, e comprando outra para descarte das antigas, o objetivo era a formação de trincas de uma mesma sequência de naipe ou com mesmo valor.

O primeiro jogador que conseguir formá-la poderia "bater" e ganhar o jogo. [Nome] já sabia as regras, mas não o interrompeu durante a explicação.

- Como são quatro pessoas, o prêmio final será de 10 mil.

As notas foram despositadas sobre a mesa, cada um contribuindo com 2 mil e quinhentos. Perder não era uma opção, era um jogo de sorte, e não pretendia voltar de mãos vazias.

- Certo, vamos começar.

Ao decorrer do jogo, [Nome] descartou e comprou cartas, montando duplas que poderiam vir a ser trincas no futuro, mas não dava para saber qual carta tiraria do monte perto de suas mãos, ou quantas trincas os outros já tinham.

Poderia descartar uma que eventualmente seria de ajuda, e o jogo não parava, ela prestava atenção a cada nova rodada, mesmo que Smiley não deixasse sua expressão dizer nada.

Durante trocas de cartas e conversas, [Nome] sentia o olhar de Manjiro sobre seu ombro, analisando as cartas junto com ela, parecia tentar adivinhar qual seria a próxima a ser descartada.

A música foi aumentando devagar, a noite estava chegando e as pessoas também, em breve, [Nome] sabia que os cheiros de cigarros ou maconha ficariam mais perceptíveis, ou até mesmo outras drogas.

- Bati. - afirmou, abaixando as três trincas formadas, o sorriso crescia em seu rosto junto com os 10 mil aparecendo em sua visão.

- Faltava só um seis para mim. - Smiley abaixou o jogo, duas já estavam feitas.

- Para mim ainda faltavam duas.

Takuya suspirou ao seu lado, ele nunca fora muito bom em jogos de cartas, mas sempre era engraçado vê-lo pedir uma revanche.

- Porra, mais 2 mil meu indo embora. - o outro xingou, com certeza era o que estava mais longe da vitória.

- Então se me derem licença. - pegou o dinheiro com um sorriso venenoso, passando as notas na mão.

- Devia ter treinado mais enquanto você estava fora.

Em um movimento leve, [Nome] pode ver o começo de uma tatuagem no peito de Takuya, e acabou ficando curiosa para ver o resto.

- Até que você melhorou muito. - riu.

- Agora você achou um oponente a altura, Smiley. - Draken zombou, mas Angry parecia mais desanimado que o irmão.

- Você não joga? - indagou, o loiro não precisou fazer muito esforço para a trança se mover.

- Só de vez em quando, não tenho muita paciência.

- Outra. - o cacheado colocou mais dinheiro na jogada, e não parecia tão feliz quanto antes.

[Nome] balançou a cabeça, pegando a cerveja, mas estava vazia.

-- Não vou abusar da sorte que eu não tenho.

Aquilo era um jogo, porém, no final dele, apenas o dinheiro seria levado, hematomas não pintaram a pele de ninguém. Tinha ganhado aquela partida, era o suficiente.

- Vou pegar outra, já volto.

Saiu logo em seguida, e como achava, mais gente havia chegado, [Nome] evitou os olhares que acompanhavam ela, ou que observavam a mesa com curiosidade.

Algumas garrafas haviam sumido, e provavelmente alguém iria reabastecer o freezer mais cedo ou mais tarde, mas tinha alguns morangos e outros ingredientes, talvez fizesse uma batida depois, por hora, beberia umas doses de Whisky.

- Finalmente te achei. - observou Takemichi se aproximar.

- Que foi? Aconteceu alguma coisa? - colocou a bebida no balcão, enchendo metade de um copo logo em seguida.

- Não. - sorriu fraco. - adivinha com quem eu acabei de falar. - balançou o celular em mãos.

- Não sei, quem?

- Hayato.

Revirou os olhos, aquilo a fez relembrar dos acontecimentos do almoço.

- Que bom, você já queria falar com ele mesmo. - deveria desviar o assunto, voltaria para fora o quanto antes.

- Tá tudo bem? - perguntou, parecendo preocupado.

- Sim, não deveria?

Engoliu em seco, mas deu um passo na direção do balcão.

- Tem certeza? Sabe que pode me contar qualquer coisa.

Não, a possibilidade de Hayato ter dito alguma coisa era quase nula, mas se queira falar com ela, por que não ligou diretamente?

Além de [Nome] já ter resolvido aquele assunto, e por mais que gostasse do primo, envolvê-lo era desnecessário.

- Tenho, se é só isso, vou voltar lá para mesa.

- Qual é [Nome], posso contar com os dedos de uma mão todas as vezes que falei com Hayato desde que você foi embora. - falou firme.

- E? - indagou.

- E que ele não me ligaria perguntando de você do nada, e parecia nervoso.

O suspiro saiu baixo, as vezes, Takemichi ser tão persistente não era algo que ela gostava.

- Olha, não aconteceu nada, ele só deveria querer falar com você.

- Mas ele não falou comigo, Hayato desligou na minha cara depois que eu respondi sua pergunta.

- Para de neurose, Takemichi, se fosse mesmo importante, teriam me ligado antes. - disse, com convicção.

Deveria estar sendo terrível para Hiroshi, que não gostava de ser contrariado, ter uma ordem negada na frente da mulher e do filho, mas não mandaria Hayato fazer seu trabalho, não era assim que ele fazia as coisas.

- O que tá acontecendo? - os olhos de [Nome] rolaram até a figura do Sano, parado despojadamente perto deles.

- Nada. - respondeu, e por segundo, viu a boca do primo se abrir.

- Parecia que estavam brigando. Por quê? - a voz do loiro saiu séria, assim como sua expressão, ela ergueu um pouco o queixo, o fitando diretamente.

- Não estávamos brigando.

A última coisa que queria era mais uma pessoa curiosa sobre sua vida, e era realmente uma pena, não queria criar inimizades com ele e nem com ninguém de seu círculo íntimo.

Mas não iria vê-lo olhando-a de cima e não fazer nada.

- [Nome]... - o primo chamou de novo.

- Não aconteceu nada. - reafirmou, o tom um pouco mais leve. - vou voltar para os meninos.

Não esperou quando viu que ele insistiria, passou do lado de Manjiro, ignorando o olhar do primo, sabia que ele esqueceria daquilo no dia seguinte, era sempre assim quando era teimoso sobre alguma coisa.

Do lado de fora, foi prontamente recebida com o caloroso e atento olhar de Draken, que o lançou a cozinha após [Nome] se sentar, de onde os outros dois só saíram minutos depois.

O assunto parecia nunca ter existido depois de Takemichi sorrir e alguns caras implicarem com ele, mesmo que sentisse que ainda era observada, seria melhor daquele jeito.

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