kang mirae pov's

Está chovendo forte pelas ruas de Seul, estou caminhando na chuva porque me esqueci do meu guarda-chuva e agora irei chegar ensopada em casa.

Se a chuva fosse a única coisa que me estivesse incomodando no momento, eu acho que seria a pessoa mais feliz das redondezas.

Eu e Yeon-jun estamos juntos faz, em média, uns 3 anos. Foi tudo muito bonito no início, recebia flores todo o dia no meu armário da escola, íamos jantar fora, pelo menos, 2 vezes por mês, muito amor e carinho envolvido cada vez que nos encontrávamos, enfim, muito clichê não?

Nunca acreditei quando as pessoas diziam coisas do tipo: "Quando o tempo passar, vocês não vão mais ser os mesmos juntos.", "A relação vai desgastar.", "Tudo é muito bonito, mas apenas no início.".

Mas eu nunca liguei, estava muito feliz com o meu relacionamento para pensar no contras de uma relação.

E estou percebendo isso aos poucos atualmente.

Começou por já não termos tantos encontros e saídas, mas isso nem era o que incomodava, já que eu queria apenas ter ele por perto e compartilhar o meu dia a dia e sentimentos.

Mas depois começou com mais saídas do Yeon-jun, mas apenas sozinho, porque, de acordo com o que ele dizia, só ia tratar de negócios do trabalho dele.

Mas quem ele quer enganar, ele ia tratar de negócios todos os dias das 23:00 da noite até às 6 da manhã?

Isso é apenas uma desculpa para ele sair com os amigos deles e se divertirem, tudo bem, eu também gosto de me divertir com meus amigos.

Mas quase não temos tempo para nós dois.

Ele trabalha todo o dia e à noite saí.

Eu também trabalhava todo o dia, mas agora teríamos mais tempo para nós dois porque hoje mesmo foi despedida do meu trabalho.

Todos esses sentimentos misturados me fazem ter uma angústia enorme pela vida.

Já que, de qualquer maneira, Yeon-jun não está em casa, irei recorrer à pessoa que poderá aumentar meu alto astral neste momento.

Choi Beom-gyu.

Ele é o meu melhor amigo desde que somos bem pequenos, e foi por causa dele que conheci Yeon-jun.

Quando chego em casa dele, bato na porta duas vezes mas devagar, com medo de acordar a bebê dele sem querer, e logo sou atendida por Oliver, o marido de meu melhor amigo.

- Boa noite Mi-rae! - Ele me cumprimenta com um sorriso. - O que faz aqui numa horas dessas?

- Boa noite Oliver! - Digo, fingindo um sorriso. - Espero não estar atrapalhando.

- De forma alguma! - Ele, de repente, repara no quanto eu estou ensopada. - Assim você vai pegar um resfriado, entra!

Assim que ele fala, agradeço e entro dentro de casa.

- Quer falar com Beom-gyu certo? - Ele pergunta e eu assinto. - Tudo bem, vou apenas trazer uma roupa limpa para você e chamo ele!

Agradeço e ele sobre para o andar de cima.

- Mi-rae! - Alguém me chamou, e quando vou ver quem era, é Areum, a filha amorosa deles.

- Oi pequena! - Me aproximo dela e faço carinho na sua cabeça, ela queria me abraçar mas a afasto. - Desculpa amor, a tia está toda molhada, quando estiver limpa, te abraço! - Digo dando uma risada.

- Quer que chame meu pai, tia? - Ela pergunta sorrindo para mim com aquele sorriso lindo.

- Não precisa amor! - Sorrio para ela. - Seu pai já foi chamar!

- Tudo bem, eu vou estar no meu quarto! - Ela fala e vai embora.

- Amiga! - Fala Beom-gyu após me ver, descendo as escadas junto com Oliver, que tem uma peça de roupa para eu vestir nas mãos. - O que aconteceu?

- É meio complicado.

Ele logo percebeu que eu precisava conversar.

- Eu vou falar um pouco com a minha amiga e depois volto para baixo, tudo bem? - Ele pergunta para o marido e ele beija a bochecha dele. - Se troca lá em cima primeiro.

Subo junto com meu amigo para cima, me troco e depois entro no quarto onde ela já me espera.

- Está mais confortável? - Ele pergunta e eu assento. - Tudo bem, o que aconteceu?

Assim que ele fala, começou a desabar todas as lágrimas e o peso que estava nas minhas costas este tempo todo.

Conto sobre o que aconteceu com o meu emprego mas, principalmente, com o meu relacionamento com Yeon-jun.

A cada palavra que eu dizia, eu desabava cada vez mais lágrimas que eu estava segurando faz muito tempo, e recebia tapas macios nas minhas costas como maneira de me confortar.

- Isso está acontecendo faz muito tempo? - Ele pergunta e eu digo que sim. - Mi-rae, isso já não está na etapa de relacionamento.

- Já suponho que sim. - Limpo lágrimas que estavam no meu rosto.

- O relacionamento tem que ter amor, carinho e confiança, respeito! - Ele fala me olhando nos olhos. - Você tem que conversar com ele!

- Conversar Beom? A gente quase nunca tem tempo para nós dois, nem para conversar! - Digo, baixando a minha cabeça.

- Mas tem que ter! - Ele fala, levantando a minha cabeça para olhar para ele. - Você não está num relacionamento só para ficar de enfeite! - Ele fala revoltado. - Se ele realmente quer continuar, ele tem que dividir o tempo de trabalho, diversão e da vossa relação!

- Mas como eu vou fazer isso? - Pergunto, agora olhando diretamente nos olhos dele, que antes estava olhando para uma parede qualquer.

- Depois que ele chegar do trabalho, antes que ele vá, o aborde e falem sobre tudo! - Ele fala com firmeza. - Você não pode deixar que as coisas continuem assim. Ou é para melhorar ou acaba.

- Eu vou tentar. - Falo com incerteza na minha voz. - Mas se tudo der errado...

- Se der é porque não era para ser! - Ele completa a minha frase. - E eu vou estar aqui para te apoiar em qualquer coisa!

- Obrigada amigo. - Eu abraço ele com todo o meu amor.

Eu não o posso perder.

- Vou sair para negociar de novo! - Yeon-jun fala antes de abrir a porta de casa.

Antes que ele pudesse fazer tal ato, eu seguro na mão dele.

- Precisamos conversar. - Digo com firmeza na voz.

- Não pode ser mais tarde? - Ele pergunta. - Eu tenho que ir.

- Não, tem que ser agora mesmo. - Digo, o olhando profundamente.

Ele não falou nada, apenas fechou a porta e se sentou na cadeira da cozinha.

- Sobre o que quer falar? - Ele pergunta, enquanto mexe no anel que tem no seu dedo.

- Você não me ama mais?

Assim que eu falo, ele olha para mim surpreso e não conseguia me responder, apenas me olhava sem qualquer tipo de expressão.

Aquilo me estava deixando mais anciosa, porque não sabia se era um sim ou não.

Ele ficou um tempo assim, sem falar uma palavra sequer, e eu apenas ficava esperando a sua resposta que estava demorando para vir.

- Mi-rae. - Ele finalmente falou, depois de um tempo. - Porque?

- Porque, o quê? - Eu pergunto.

- Da pergunta.

Decidi não me segurar mais e falar tudo que estava cá dentro.

- O que a mim mais importa é ver você feliz. - Eu falo sendo sincera. - Por isso se você não me ama mais, apenas o diga, não quero insistir numa casa que não deixa nenhum dos dois felizes. - Falo, olhando para ele profundamente. - Já faz um bom tempo que nós não somos o que éramos, já não há amor na relação da sua parte, nem uma mensagem, um abraço, um beijo. - Me seguro para não deixar as lágrimas cair. - Não vou insistir nessa merda se você não quer! - Falo, quase gritando. - Apenas seja sincero comigo e tenha uma conversa civilizada, que já não temos faz tempo.

Ele olhava para mim surpreso, como se não esperasse aquela reação vinda de mim.

Mas parece que depois de falar tudo aquilo, um alívio saiu de dentro de mim, consegui falar o que queria.

- Me desculpa, eu não te amo como te amava antes.

Assim que ele falou, apenas olhei para ele sem falar nada.

Ele não me ama mais.

Me levantei de onde eu estava sentada, fiquei na frente dele e apontei para a porta.

- Faça as suas malas e vá ser feliz com quem você ama de verdade.

Ele olha para mim com uma face triste na rosto e se levanta.

- Me perdoe.

- Vá se preparar e saia.

Foi num curto período de tempo que ele preparou tudo e se colocou na porta com as coisas nos braços.

Ele me lançou um olhar triste e, antes que ele saísse de casa, ele me falou.

- Espero que você seja feliz também.

E assim ele saiu.

Em casa estava um silêncio muito desconfortável para mim, ainda com aquele clima horrível de há minutos atrás.

Me deixei cair no chão e desabei as lágrimas que estava segurando.

- Mi-rae?

Não acredito que estava passando por isso, nunca quis acreditar nas palavras das outras pessoas e ser feliz.

- Mi-rae!

Mas caiu em mim também.

- AMOR!

- Quê?

Eu estava no meu quarto, coberta com um cobertor fresquinho e com o meu pijama confortável, enquanto uma pessoa me sacudia, parecia estar me acordando.

Yeon-jun?

- YEON! - Assim que o vejo, abraço ele com todas as minhas forças e choro no colo dele.

- O que aconteceu meu anjo? - Ele me pergunta, acariciando a minha cabeça. - Você estava chorando enquanto dormia, teve um pesadelo?

Calma, foi tudo um pesadelo então?

- Eu estava sonhando?

- Você estava dormindo até agora, não estava conseguindo te acordar! - Ele fala preocupado. - Tem certeza que está bem?

- Agora estou. - Digo sorrindo para ele. - Agora que vejo que você está aqui comigo!

Quando eu falo, ele se aproxima de mim e me beija com todo o carinho do mundo.

- Quer falar sobre o pesadelo ou é melhor deixar passar? - Ele me pergunta, acariciando meu rosto.

- Já passou, não tem problema. - Sorrio para ele.

- O Min-jun está eufórico hoje, não o consigo acalmar porque ele quer ir na praia logo! - Ele fala rindo da figura de nosso filho.

- Verdade, a praia! - Me levanto rapidamente e olho para Yeon-jun. - Vamos preparar as coisas!

╰┈➤ 𝐵𝑜𝑚 𝑑𝑖𝑎, 𝑏𝑜𝑎 𝑡𝑎𝑟𝑑𝑒, 𝑏𝑜𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑙! 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑗𝑎𝑚 𝑏𝑒𝑚!

╰┈➤ 𝐺𝑜𝑠𝑡𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑑𝑜 𝑝𝑙𝑜𝑡 𝑡𝑤𝑖𝑠𝑡?

╰┈➤ 𝑁𝑎𝑜 𝑠𝑒 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑡𝑎𝑟 𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑜𝑢!

╰┈➤ 𝑇𝑒 𝑣𝑒𝑗𝑜 𝑒𝑚 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎? <3

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