𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐍𝐎𝐕𝐄
𝖼𝖺𝗌𝖺

𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐀𝐏𝐎𝐈𝐀𝐕𝐀 sua cabeça na parede enquanto respirava fundo, sua cabeça estava explodindo de dor junto com suas costas.

E tentou se desamarrar das costas quando ouviu uma algazarra de gritos no andar de baixo, e ela desejou com todas as suas forças que não fosse Voldemort.

Mas assim que sua porta foi aberta, deu um suspiro de alívio, e por um momento pensou que estava sonhando.

- Meu Merlim! - Exclamou Sirius a olhando - Vamos te tirar daqui, Car! - Afirmou ele a olhando com o objetivo de passar confiança.

A menina, sem forças para falar, apenas concordou com a cabeça deixando Sirius a libertar daquelas cordas.

E num instante, ele a pegou no colo, levando ela para o andar de baixo, onde James se encontrava amarrando um comensal.

Eles tiveram uma troca de olhar rápida antes da menina desmaiar por completo, ela queria fazer isso a tempos, mas queria esperar para sentir-se segura, ela não poderia desmaiar não sabendo o que fariam com seu bebê.

(...)

Sua mente gritava, e implorava para que ela abrisse os olhos, e assim que o fez, um desespero tomou conta de seu corpo, fazendo-a ficar alarmada.

- E o bebê? - Sussurrou e ninguém conseguiu a ouvir - E o bebê? - Repetiu olhando para sua barriga implorando a Merlim para que ele esteja vivo.

- Não estamos ouvindo, Car - Ela ouviu uma voz mas não conseguiu distinguir o que estava falando.

- E o bebê? - Perguntou novamente de forma chorosa mas dessa vez alta, fazendo com que os presentes ali se olharem em choque.

Carina estava grávida? Isso era tudo que passava na mente de cada um ali.

- E o bebê? - Começou a chorar, sentindo a falta do ar, ela se culparia até a morte se perdesse esse bebê.

- Sh, shhh - Outra voz tentou a acalmar encostando em suas costas fazendo ela se esquivar rapidamente - Tem algo de errado - Falou a pessoa em direção ao médico que estava ali.

- Ela fraturou a coluna - Disse ele calmo, e Carina só pensou nas palavras fraturou e coluna, mas foi ficando ainda mais desesperada quando não ouviu nenhuma palavra sobre sua criança.

A Black mesmo não reconhecendo ninguém direito, rapidamente se levantou com força e gritou, com a intenção de todos a ouvirem.

- E o meu bebê?! - James, que não aguentava mais não saber de nada disso foi para sua frente e pegou em suas mãos.

- Que bebê, amor? - Perguntou com jeitinho já sentindo seus olhos lacrimejarem. Carina conseguiu o reconhecer pela forma como falava.

- Estou grávida, J - Disse tentando o enxergar mesmo que tudo que estava vendo eram borrões.

O Potter desabou a chorar ali mesmo, e tudo que ele pensava era que iria ser pai, mas logo após teve o mesmo desespero de Carina, e o seu bebê?

- Ele está bem, mas perdeu muito peso vendo que você não anda comendo ou bebendo faz duas semanas - Explicou o médico fazendo os dois pais se sentirem aliviados.

- Vamos ter um filho, J - Falou ela sorrindo para seu namorado.

- Vamos ter um filho - Concordou ele a beijando com saudade, e ele não se importou se ela estava toda suja, a única coisa que importava agora era os três.

- Vou dar um espaço para vocês - Falou o médico saindo de seu quarto sendo seguido por todos os outros.

A primeira coisa que James fez foi aquecer um banho na banheira, visto que ela não se sentia limpa a uma semana. Ele com cuidado tirou suas roupas, vendo uma carta cair e a colocou na pia. A ajudou entrar na água, e logo entrou junto, mas consequentemente viu todos seus machucados, o fazendo ficar extremamente preocupado.

- O que aconteceu, Car? - Perguntou ele de forma carinhosa enquanto passava a esponja em suas costas.

- Fui torturada - Sussurrou ela, sentindo uma lágrima cair, fazendo ele a abraçar por trás distribuindo beijos por todo seu ombro.

- Mas por que saiu sozinha de casa? - Perguntou mais uma vez medindo suas palavras.

- Evan me convidou - Respirou fundo - Disse que era urgente, chegando lá ele me disse que.. - Sentiu sua garganta enlatar - Que Regulus havia morrido - Escondeu seu rosto no peitoral de James.

O Potter estava em completo choque, o irmão de seu melhor amigo havia morrido, o melhor amigo de Carina. E seu primeiro pensamento foi em como Sirius iria lidar com isso, mas não sabendo o que falar, apenas a abraçou forte. Como se quisesse guardá-la de todo o mal existente. Queria que ela soubesse que estaria segura ali, em seus braços.

Após o banho, James viu que ela estava um tanto mais calma, e a abraçou distribuindo selinhos por todo seu rosto a fazendo rir, e o menino sorriu com aquilo.

- Linda - Falou ele chamando sua atenção - Que carta é aquela? - Perguntou apontando.

Carina engoliu seco - Regulus me deixou algumas palavras antes de morrer - O olhou e rapidamente negou quando ele perguntou se queria que a deixasse sozinha para ler - Quero você aqui - Deu uma pausa - Comigo - Sorriu fraco.

A menina, abriu a carta e a primeira coisa que viu foi uma foto dos dois, deles brincando juntos quando eram criança.

Car, quero começar a dizer que sinto muito, sinto muito por nossa briga, sinto muito por tudo que falei. Nunca quis que nosso final terminasse assim, afinal, era nós para sempre, certo?! O que eu fiz, você provavelmente só saberá depois, mas espero que com a minha morte, eu realmente mude algo para melhor. Eu deveria ter te ouvido, deveria ter me imposto ou te contado sobre a marca, mas não fui corajoso como você, não tive a coragem para enfrentar meus pais, e eu espero que você me perdoe, e que não sinta nojo de mim. Não conseguiria te contar sobre ela, estava com medo de você me olhar de outra forma, como olhava para os meninos da sonserina do sétimo ano. De como olhava para Snape.
Você é e sempre será minha melhor amiga, nós sendo noivos ou não, e eu desejo com todas as minhas forças que você não receba essa carta, mas prefiro fazer para previnir. E saiba que apoio seu relacionamento com o James, só estava com medo de você me trocar pelos grifinorios, então, me desculpe, ele parece ser um cara legal.
Se você ver Sirius, fale para ele que morri o amando, que nunca parei de amá-lo, mesmo eu sentindo que ele parou de me amar. E cuide dele, Car, por mim, mantenha ele a salvo, por favor.
Nunca esqueça que sempre vou te amar.
Com amor, R.A.B.

Assim que Carina leu a última palavra, desabou a chorar, não é justo, pensou, não é justo que ele teve de morrer, E rapidamente deixou a carta de lado e abraçou seu namorado com força.

- Por que? - Perguntou ela sentindo um vazio - Não é justo..

- Eu sei - Passou as mãos em seu cabelo tentando a acalmar - Eu sei - Sussurrou beijando sua cabeça.

- E o nosso bebê? - Perguntou chorando ansiosa - Digo, nós nem moramos sozinhos - Riu enquanto mais lágrimas caíam.

- Quer casar comigo? - Perguntou James a olhando sério.

- Que? - Perguntou ela sem reação.

- Quer casar comigo? - Repetiu a pergunta com um sorrisinho com as mãos no rosto dela.