𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐃𝐎𝐈𝐒
𝖼𝗈𝗆𝖾𝗇𝗌𝖺𝗂𝗌 𝖽𝖺 𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾

𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐍𝐀̃𝐎 conseguia contar a quantas reuniões da ordem já havia ido, já era abril e tudo que queria era ocupar seu tempo.

Com James e Sirius o tempo todo fora de casa, por conta de seus trabalhos como Auror, ela não havia nada para fazer. E pelo motivo dela não ter acabado a escola, não conseguia um emprego.

Então ocupava todo seu tempo com a ordem, sempre se voluntariando para fazer trabalhos a mais só para não se entediar. Mesmo que acabasse cheia de cortes no final, ela iria querer o trabalho.

E essa reunião é mais um exemplo disso, a menina, a que estava mais acostumada com comensais da morte, vendo que era a que mais lutava com eles. Então era considerada um tanto expert no assunto.

Mas dessa vez tinha algo diferente, quando Dumbledore a convocou, era algo específico. Tinha acontecido algo e ela só não sabia o que, ficou ainda mais estranho quando ele pediu para ela não contar aos outros, justificando que ela era a mais preferível para o trabalho.

Sua missão era resgatar uma mulher que aparentemente foi sequestrada pelos comensais da morte.

Assim que chegou ao local, percebeu que era muito diferente do que esperava, era como se quem morasse ali era obcecado pela Sonserina, o que era muito estranho mas nada surpreendente.

Rapidamente colocou seu feitiço de invisibilidade e andou pelo lugar procurando alguma pista, qualquer coisa.

Mas assim que passou pela sala, percebeu algo estranhamente familiar, era uma flor, era um lírio em uma cúpula de vidro, como se não quisesse que ela despedaçasse.

Mas por que aquela flor era familiar para ela? Tudo ali estava muito estranho e sua cabeça estava martelando para descobrir.

Assim que viu um porão seu primeiro pensamento foi entrar lá dentro, mas o cheiro vindo de lá estava extremamente forte.

Descendo as escadas do porão, aos poucos foi se deparando com estantes e estantes cheias de poções, de todos os tipos, só por olhar ela conseguiu identificar mais de cinco tipos diferentes de poções para matar alguém.

A pessoa que morava ali era extremamente obcecado com poções. Mas o cheiro do lugar estava tão forte que saiu rapidamente, não sem antes pegar uma poção ácida para caso precise.

Assim que saiu de lá ouviu sons vindo do andar de cima, ouviu uma garota gritando, e isso a deixou com extrema raiva.

Subindo, percebeu o quão a casa era pequena e o quanto era burrice manter alguém em cativeiro ali.

No chão havia fios de cabelos para todo lado, cacos de vidro quebrado, pétalas de flores. E percebeu que as pétalas eram as mesmas do lírio no andar de baixo.

Assim que abriu a porta do único quarto que estava lá, como estava invisível ninguém percebeu sua presença, nenhum dos comensais que estavam ali, entrando no banheiro deu de cara com Lily Evans amarrada em cordas nos pulsos, nas pernas, na boca.

- Puta merda - Sussurrou tampando a boca de Lily com a mão para ela não gritar enquanto ficava visível novamente.

- O que você está fazendo aqui, Carina? - Perguntou a menina desesperada.

- Missões da Ordem - Piscou de um olho só - Vou tirar você daqui - Colocou a poção em sua frente e a varinha de lado enquanto desamarrava seu corpo das cordas.

- Ora, ora, ora... - Falou uma voz atrás dela - Veja quem temos aqui - Riu.

Carina virou a cabeça e revirou os olhos ao perceber de quem se tratava e que ele estava com sua varinha nos dedos.

- Aquele velho desgraçado.. - Sussurrou irritada - Faz um favor para a humanidade, Severus - O olhou com raiva - Some do planeta - Sorriu cínica.

- Estou com sua varinha, Black - Riu girando a varinha nos dedos.

- Você acha que sou tão burra de não pensar o que fazer se tirarem minha varinha de mim? - Sorriu e entrou em sua mente o prendendo no lugar dando tempo para ela desamarrar Evans.

- Como isso é possível? - Perguntou bravo tentando lutar contra a magia.

- Obrigada por isso - Pegou sua varinha da mão dele e puxou Lily com si mesma para sair do banheiro, trancando Snape ali.

O único detalhe foi que havia esquecido que possuía comensais ali do lado de fora, a impedindo de sair do quarto, que estranhamente parecia maior que a casa inteira.

Os cinco comensais vieram em sua direção, a fazendo se desesperar um pouco e dar sua varinha para Evans, vendo que ela estava sem. Afinal, conseguiria se virar sem uma varinha.

Lily jogou um expelliarmus em dois dos comensais, e Carina rapidamente os prendeu no lugar, pegando a poção de ácido e jogando neles.

A Black deu uma careta quando viu a pele deles começar a derreter e se virou para encarar os outros três.

Jogaram um impedimenta na menina, fazendo ela cair de costas na parede, e no momento que isso aconteceu, flashback's aparecerem em sua mente e ela se levantou com raiva, muita raiva.

- Eu estava começando a esquecer isso, filhos da puta! - Gritou entrando na mente deles ao mesmo tempo fazendo suas piores lembranças começarem a aparecer sem parar, os fazendo gritar de dor.

- Tira isso da minha cabeça sua maluca! - Gritou um deles e ela só pegou sua varinha da mão da ruiva e jogou um feitiço silenciador neles.

- O que foi? - Riu - Acho que não ouvi - Sorriu cínica e assim que percebeu a porta do banheiro sendo aberta, ela puxou o braço de Lily com força para saírem dali.

Ela e Evans desceram correndo as escadas sem tentar tropeçar, e assim que chegaram na sala, o olhar de Lily foi diretamente para o lírio em um pote e pegou a varinha da mão da Black e explodiu a cúpula em pedacinhos.

- Doentio.. - Falou Carina pensando em Snape guardando a flor por conta de Lily - Segura minha mão! - Gritou mandando a menina vendo Severus descendo as escadas.

A Evans rapidamente agarrou sua mão e as duas aparataram de volta para a sala da Ordem.

- Caralho - Falou Carina pela adrenalina assim que chegaram.

- Carina Black! - Gritou James e Sirius ao mesmo tempo indo em direção a mesma para a abraçar.

- Estou bem! - Gritou rindo e olhou para o lado - Nós precisamos conversar, Dumbledore - O olhou friamente.

- Tudo bem, Srta. Black - Chegou perto da mesma.

- Por que você me mandou para um lugar onde Severus Snape mora? - Perguntou com raiva.

- Você o que? - Gritou James e Sirius novamente.

- Você sabe que tenho passado com ele - Olhou raivosa para o professor.

- Por isso mesmo - Sorriu - Queria ver se você conseguiria  superar isso.

E mesmo que a menina estivesse morrendo de raiva agora, sabia que ele estava certo, e estava orgulhosa que realmente conseguiu passar disso.