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𝟎𝟏𝟕. 𝖿𝗂𝗋𝗌𝗍 𝖽𝖺𝗒

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙𝐄𝐒𝐒𝐄𝐓𝐄
𝗉𝗋𝗂𝗆𝖾𝗂𝗋𝗈 𝖽𝗂𝖺


𝐄𝐑𝐀 𝐎 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐎 𝐃𝐈𝐀 de aula, as meninas de seu dormitório cochichavam sobre a mesma, e mesmo Carina não conseguindo ouvir, suas colegas não eram nada discretas.

A Black mordia a língua enquanto descia as escadas de sua comunal, respirava fundo, sabia que esse dia não seria fácil, mas uma parte dela desejava muito.

Sua primeira aula seria com a Grifinoria, o que só faltava isso para piorar seu dia, quando avistou seus amigos, todos viraram a cara, até Barty que hesitou, isso a deixou com raiva, raiva de sua mãe, de seu pai, raiva do mundo bruxo, raiva de nascer naquele corpo, só queria ser nascida trouxa, só isso, era a coisa que mais desejava do fundo do coração.

A vontade de chorar estava entalada em sua garganta, esperando o gatilho para se soltar, se não parasse de pensar, o gatilho seria sua mente.

Ver seu primo rindo com seus amigos na aula de transfiguração a doeu, não que tinha inveja, mas queria que fosse ela e seus amigos no lugar, perder um namorado doía, mas perder um amigo doía mais.

- E aí Black? - Chegou um garoto da Sonserina na mesma - Fiquei sabendo que foi expulsa - Riu - Agora.. fico me perguntando se foi por você ser uma puta ou por ser mal educada com o papai?! - Imitou um choro de bebê enquanto ria com seus amigos.

- As vezes - Continuou outro - Só cansaram de você - Chegou perto dela e riu ainda mais. Carina só saiu dali e se sentou.

Ouviu McGonagall chamando atenção deles para fazer silêncio, esse dia Carina não ouviu a aula, nem ao menos viu, só conseguia ouvir sua cabeça, gritando a mesma coisa sempre, tentou ignorar, realmente tentou, mas chegou um ponto que começou a doer.

Suas mãos estavam tremendo, sua respiração meio desregulada, seu coração batendo rápido, tentou respirar fundo, realmente tentou.

- Black! Volte aqui já! - Gritou Minerva vendo Carina sair de sua sala correndo.

A menina entrou na primeira sala que viu, tentou afrouxar sua gravata enquanto sentia algumas lágrimas caindo, não queria chorar, mas não conseguia evitar.

Ela se sentia culpada, que se tivesse ficado quieta e recebido a marca, nada disso teria acontecido, e tudo ficaria bem.

Pegou seu amuleto e o segurou forte, apertou seus olhos e lábios e tentou se acalmar, tentou pensar em coisas felizes, mas tudo que sua mente voltava era para a cara que seus amigos a davam.

Olhou para sua mão e viu o anel ali, percebeu que não havia o tirado, e com toda sua raiva o jogou no chão.

E gritou, gritou como se fosse sua ultima vez tendo voz, gritou para sua mãe, o quanto ela a irritava "Isso é forma de tratar sua mãe?", gritou para seu pai, pelos crucius que ganhou, gritou para sua irmã, gritou por ela nunca ter se importado para a vê-la, gritou por sua outra irmã, por ela não conseguir se defender sozinha, gritou por si, não aguentava mais carregar o peso de estar naquela família.

Olhou para o chão e viu a obsidiana estilhaçada, e pela primeira vez, não se importou com o que seus pais iriam achar.

Olhou para o resto da sala e viu a porta se abrindo, nem ao menos se importou em como estava seu estado, mas por precaução, se escondeu.

- Carina? - Ouviu Sirius se pronunciar - Estou sozinho, saia daí - Falou com carinho.

A menina saiu devagar, mostrando seus olhos inchados e lábios tremendo, seu cabelo e blusa bagunçados e o amuleto em sua mão.

Sirius chegou perto da mesma com cuidado para não assustá-la, e a puxou para um abraço apertado, ver sua prima naquele estado o preocupou.

O mesmo soltou uma exclamação de surpresa quando viu ela correspondendo o abraço com força. Carina não queria se pagar de fraca, mas sentia saudade de Sirius, e por mais que nunca fosse admitir, aquele abraço foi o mais aconchegante que ela teve em muito tempo.

Sirius afastou devagar e enxugou algumas lágrimas que escorriam, e sorriu.

- Eu te amo, está bem? - Olhou nos olhos dela.

O coração de Carina se sentia aconchegante, não lembrava a última vez que alguém a disse isso.

- Eu também te amo Sirius - Sorriu de orelha a orelha, também não lembrava a última vez que tinha sorrido assim.

O Black passou as mãos nos cabelos dela, tentando o ajeitar, mas acabou deixando mais bagunçado.

- Tentei melhorar mas.. - Disse o menino com uma cara assustada.

- Tudo bem, Six - Riu, os olhinhos de Sirius brilharam com o apelido que não é usado há muito tempo.

- Nossa próxima aula é juntos, vamos? - Perguntou o mesmo.

- Claro, odeio a aula de Slughorn - Bufou, enquanto via a cara do Black confusa - Eu sei, você deve achar que por eu ser da Sonserina, seria minha matéria favorita.

- Na verdade, você não está no clube dele? - Riu.

- Estou, mas é horrível, só tem meninos, e são só da Sonserina, e sei que Slughorn se esforça para me deixar á vontade, as vezes até demais - Espremeu os olhos como se lembrasse de alguma coisa.

Enquanto conversavam e andavam no corredor, as pessoas encaravam como se fosse a cena mais estranha que já tinham visto em séculos.

- Pare de andar com essa imunda, Sirius - Disse uma menina da Grifinoria.

- Ora, sua.. - Exclamou os dois ao mesmo tempo.

- Calminha Black's - James apareceu e se colocou no meio dos dois, colocando seu braço direito nos ombros de Sirius, e o esquerdo nos de Carina.

- Sai Potter - Empurrou o braço do mesmo enquanto ele ria, o que acabou fazendo a rir junto.

James e Sirius se olharam como se fosse a coisa mais estranha do mundo, Carina Rosier Black nunca ria, o que tinha dado nela?

Mas os três resolveram não pensar nisso e só riram abertamente, se alguém olhasse parecia três melhores amigos e um tinha acabo de contar uma piada, e talvez ali, nasceu uma amizade, mas nenhum dos três iria admitir isso, bom, talvez Sirius iria.

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