𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐎𝐑𝐙𝐄
𝖿𝖾𝗅𝗂𝗓 𝗇𝖺𝗍𝖺𝗅
𝐍𝐀 𝐒𝐀𝐋𝐀, Carina se sentou entediada no sofá, possuía sua postura reta e elegante de sempre, mas estava quase dormindo de tanto tédio.
A Valsa já havia ocorrido e daqui a pouco seria o jantar, sua manhã tinha sido agitada e o que queria menos agora era causar mais estresse.
Estel estava preparando os pratos, e todos os outros estavam conversando com uma taça de vinho na mão, acabou que as famílias que vieram foram a sua, contando com suas irmãs e primo, a família Lestrange, a Malfoy, a Rosier, e junto dessas famílias estava Snape e Barty Crouch Jr, a menina não entendeu muito bem o porquê de Snape estar lá, ninguém havia à explicado nada.
A menina viu Barty chegando ao seu lado e puxou a língua para fora, Carina estranhou, ele nunca tinha feito isso antes.
- Como está sua noite, madame? - Perguntou gracioso e colocou a língua para fora mais uma vez.
- Estou bem - Respondeu simples enquanto observava ele tirar a língua outra vez - O que há com você e sua língua?! - Perguntou irritada.
- Que língua? - Franziu a testa.
- A sua oras, está fazendo isso a um tempo - Imitou sua ação.
- Nossa, eu nem percebi - Falou confuso.
- Isso não importa, você sabe porque todas essas famílias e Snape estão aqui? - Perguntou baixo.
- Tenho suspeitas, mas não vou te falar nada - Falou misterioso, colocamos a língua para fora.
- Afinal, por que você está aqui? Não que eu esteja achando ruim claro - Riu fraco
- Não vejo você perguntando isso à Evan - Provocou - Mas novamente, tenho minhas suspeitas.
Carina calou o pensamento de que o pai dele era ministro, e resolveu não o responder.
A menina estava com um pressentimento ruim, se sentia estranha e desconfiada, toda vez que sua mãe chegava perto da mesma ela preferiria se afastar e ir para algum lugar ficar sozinha, seu pai à estava irritando por à ignorar desde que chegou ontem.
Ela até poderia considerar esse o pior natal que já teve, nunca foi um evento alegre em sua casa, mas esse só estava... estranho.
Olhava para todos conversando e bebendo e percebeu Snape à encarando, o que será que ele estava aprontando? Pensou Carina. O mesmo à encarava como se fosse seu novo joguinho, sua nova presa, um desafio, e a menina estava começando a ficar incomodada.
Ela queria que Pandora estivesse ali consigo, pelo menos ela alegraria a festa, mas estava com o amuleto consigo, escondido, mas estava.
Se despertou quando sua mãe chamou todos para se sentarem, a mesa já estava arrumada e logo ouviu um estalo de dedos e a comida aparecera.
- Queria agradecer à todos que vieram aqui - Druella sorriu sem os dentes - E antes de todos comerem, quero meus parabéns o de todos aqui para minha filha, Carina - Bateu as palmas junto com os outros da mesa.
A mesma estava confusa, tudo que passava em sua mente era o que estava acontecendo, e se alguém poderia à explicar.
Cygnus, vendo a confusão em seu rosto, decidiu pela primeira vez falar com ela desde que chegara em sua casa.
- Para sua marca, é claro - Sorriu abertamente - Finalmente trará orgulho à família.
A face de confusão caiu, e em lugar veio um rosto sério, com tristeza, e tentou não gaguejar quando disse:
- Mas.. não seria só após a escola? - Riu fraco - Fiz 16 anos à pouco tempo - Barty jurou ver seus olhos brilharem de lágrimas.
- Claro que não, querida - Falou Druella - O plano inicial talvez sim, mas com as mudanças que estejam acontecendo no momento, teremos que nos adaptar - Piscou devagar.
Carina estava receosa, se ela receberia hoje.. quer dizer que Reg já tinha a dele? Pensou. Ela queria fazer algo sobre, não queria a marca, estava adiando pensar quando isso acontecia à tempos, mas em todas as brechas só havia o mesmo pensamento de "não", ela não iria receber a marca, o problema era como iria impedir isso.
Não é como se fosse só falar que não queria e seus pais falariam que tudo bem, ela precisava de um plano. Lembrou que não tinha desfeito sua mala de Hogwarts, e perto tinha um envelope com uma quantia suficiente de dinheiro, ao menos para viver por um tempo sozinha.
Teria que sair correndo até seu quarto, não podia aparatar ainda, isso provavelmente causaria todo o estresse que ela gostaria de evitar, mas era melhor manter esse plano por agora.
- Não vai falar nada? - Disse Bellatrix com seu grito agudo - Irmãzinha?
Carina olhou para baixo, respirou fundo 3 vezes, precisava criar coragem, precisava falar, e iria falar.
- Não - Olhou para cima novamente.
- Como assim não? - Sua mãe, riu nervosa.
- Não - Repetiu - Não vou receber a marca - Reprimiu a vontade de fechar os olhos.
- Isso não é algo que você tenha escolha Carina - Disse seu pai, começando a ficar irritado.
Carina continuou com o queixo levantado e os olhos para cima sem praguejar, sempre mantendo a elegância.
- Não quero, e não vou - Respirou fraco.
Todos olhavam para essa cena chocados, Eram algumas das famílias mais importantes no mundo bruxo e estavam presenciando uma traição ao seu Lorde.
- Você vai - Cygnus lançou imperius na mesma - Você vai receber a marca - Sorriu.
Carina lutou contra todas as suas forças, não poderia desistir assim tão fácil, ela praticamente viu seu destino se tivesse recebido a marca, e não era feliz.
A menina, de alguma forma conseguiu sair do feitiço de seu pai e correu para seu quarto, caindo na escada por um feitiço que sua mãe fizera para a derrubar, ela havia ouvido exclamações surpresas vindo de todos, mas nenhum faria nada, sabia disso, sua família, seus problemas.
A Black pegou seu envelope com dinheiro e o colocou na mala, e foi quando olhou para baixo, que percebeu que seus 2 joelhos estavam sangrando, mas não estava sentindo absolutamente nada, provavelmente a adrenalina.
Ouviu passos na corredor e se escondeu atrás da porta, percebeu que pelo barulho, era sua mãe. Quando Druella entrou, a mesma fechou a porta em seu rosto, à fazendo cair no chão com facilidade, ela nunca fora uma mulher com muita força.
Descendo as escadas novamente, estava contando seus segundos até que seu pai apareça e sua mãe levante, ou até que suas irmãs intervirem.
Olhou para o lado e viu um saquinho contendo pó de Flu, e teve a ideia de sair de sua casa pela chaminé, o problema é que teria que passar pela mesa de jantar para ir até lá.
A menina, torceu para que desse certo, fechou os olhos e respirou fundo, tinha que agir, tinha que agir agora.
A menina tentou ser sutil em seus passos, mas olhou rapidamente quando ouviu uma voz ao seu lado.
- Carina, onde pensa que vai? - Disse seu pai, e a mesma pensou que ele estava borbulhando de raiva - Você não tem para onde ir... Seus amigos são comensais - Olhou para eles com tristeza, até Barty? Pensou - Sua família vai te desprezar se você for, e aí ficará sozinha - Tentou se acalmar.
- Prefiro ficar sozinha e decidir meu próprio caminho do que ser uma comensal imunda e ser infeliz - Cuspiu as palavras com irritação.
- Você irá se arrepender.. E nós não vamos te aceitar novamente - Tentou persuadir sua filha.
- Já falei, papai - Falou dando ênfase em disse - Eu não quero receber a marca, e nem vou, o que acontece depois é problema meu - Encarou ele nos olhos.
- Você me dá nojo! - A olhou de cima a baixo - Crucius! - Jogou na mesma.
Carina nunca tinha sentido essa dor antes, era algo insuportável, sentia seus cortes se abrirem e sua camisa encharcar de sangue, e sentiu também sua mala escorregando de seus dedos. A menina não caiu no chão, não iria dar esse prazer à seu pai, mas por dentro ela só queria gritar.
Bellatrix apareceu de trás de Cygnus e jogou outro Crucius na mesma, Carina só conseguiu ouvir a risada doentia dos dois. E dessa vez, seus joelhos fraquejaram, e sabia seu limite, e sabia que não iria conseguir aguentar por mais tempo antes de cair no chão.
- Estupefaça! Estupefaça! - Jogou tanto sua irmã, quanto seu pai na parade. E isso iria dar tempo para ela pegar sua mala de novo e correr.
O problema era que suas pernas estavam latejando de dor, seu corpo implorava por descanso. A menina agarrou sua mala com força mesmo sentindo dor se espalhar por todo seu corpo.
E correu, correu como se sua vida dependesse disso, e realmente dependia.
Estava à um passo da lareira quando caiu de cara no chão, um pé havia a tropeçado, olhou para cima e viu Snape, deu um soco com a maior força em seu pé e o viu estremecer.
Conseguia sentir bolhas nos pés ao levantar, e ao chegar em frente à lareira, viu sua mãe a olhando séria.
- Era para você ser o orgulho Carina - Olhou desapontada para a filha - Você e eu, éramos para ser iguais!
- Você é repugnante! Essa é a diferença entre nós, mamãe - Gritou de longe, e Druella se explodiu de raiva.
- Hogwarts, Comunal.. - Não conseguiu terminar pois ao mesmo tempo que gritava isso, sua mãe gritava Crucius, a fazendo ficar fraca e não poder fazer nada.
A fumaça verde cobriu sua visão e ela apareceu em um lugar muito vermelho, reconheceu como a Comunal da Grifinoria.
Assim que pôs os pés na madeira, viu 7 cabeças se virando para a olhar, e uma das meninas colocar a mão na boca, provavelmente era pelo estado de Carina, estava sangrando, suja e fraca, até andaria mas tudo que conseguiu fazer foi cair.
Mas antes que sua cabeça bata ao chão, sentiu 2 mãos a segurando, olhou para cima e viu os olhos de James, castanhos e brilhantes.
E apagou, desmaiou pensando o quão bonitos eram.
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