Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝟎𝟎𝟏. 𝗉𝗎𝗋𝖾

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌
𝗉𝗎𝗋𝗈

𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀, seu nome, com origem no latim carinus, significa "querida" ou "pura". A constelação Carina também chamada de Quilha, é uma constelação do hemisfério celeste sul. Sua mãe havia escolhido o nome, queria que sua filha fosse única, tanto de nome quanto de personalidade, agora, Druella cuspia seu nome com raiva toda vez que se dirigia a menina.

A Black estava cansada, conseguia-se ver suas olheiras profundas e seus olhos pesando, seu corpo gritando para a mesma dormir, sua cabeça começava a doer e a mesma sentia que podia desmaiar ali mesmo, em sua cama. Mas Carina era inteligente, sua casa não era lugar de descanso e a única que parecia não saber disso era sua mãe.

Carina passou as férias todas no quarto de sua irmã mais velha, nunca a conheceu, mas por algum motivo, sentia sua falta, nunca haviam a explicado direito o que acontecera com Andrômeda, ela pensou que talvez Sirius tivesse a resposta, mas desde que ele fugiu de casa, não haviam se falado mais, em outras palavras, foi obrigada a não fazer nenhum tipo de contato com um traidor de sangue.

Carina saiu de seus pensamentos quando ouviu sua mãe a chamar, Druella estava gritando do andar de baixo impaciente.

A Black desceu as escadas e deu um aceno pequeno para seus pais, estava tão cansada que sentia que sua garganta havia se fechado e isso a impedia de falar. A mesma não esperou a resposta de seus pais e aparatou para a Estação King's Cross, o lugar estava vazio e com as mesmas paredes descascadas, não mudou nada desde a última vez que viera.

A menina entrou no trem procurando por uma cabine vazia, só desejava dormir, só descansar por algumas horas, era tudo que queria. Ela foi andando entre as cabines e viu uma que não tinha ninguém, a mesma sentiu que poderia chorar de felicidade e se sentou em um banco, assim que o fez, sentiu seu corpo relaxar e sua mente esvaziar, rapidamente dormindo.

Carina finalmente acordou, do que se parecia ser horas e se sentiu um pouco mais energizada que antes, mesmo com sua maquiagem, conseguia-se ver que a menina precisava dormir. A mesma levou as mãos aos olhos, coçando-os para ficar mais acordada e sentiu uma mão encostando em seu ombro.

Levantou a cabeça para ver quem era e viu seu primo, Sirius, a mesma congelou, mas sua expressão continuava neutra, fazia anos que não o via, só queria o abraçar e dizer que sentia muito, pelo menos seu subconsciente falava isso.

Mas o que fez foi afastar lentamente do garoto ainda o encarando nos olhos, vendo por sua visão periférica os amigos de Sirius, Potter a estava encarando sem se importar em ser discreto, Remus lia um livro tranquilamente mas uma vez ou outra levantava os olhos para ver o que estava acontecendo e Peter estava comendo um sapo de chocolate enquanto olhava para a janela, sem parecer perceber o clima estranho que estava.

- Carina, não tem problema eu falar com você tem? Não quero outra pessoa me ignorando - Sirius falou a última parte baixa demais ao ponto dela escutar.

A menina continuava a o encarar, continuava sem poder falar, e não entendia o porque, então ela só acenou a cabeça positivamente e saiu da cabine deixando suas coisas para trás e foi em direção ao banheiro do trem.

A mesma se olhou no espelho e viu seu estado, seus cabelos antes arrumados, estavam desgrenhados e tinha alguns fios grudados em sua texta, suas olheiras pareciam estar mais aparentes que tudo e sua boca estava seca, completamente seca, deu um risinho sozinha ao pensar na reação que seus pais teriam se a visse assim.

A mesma arrumou seus cabelos com água e e se sentiu pronta para voltar lá, precisava enfrentar seus medos não é? Não que seu medo fosse Sirius, mas sim de seus pais se souberem que estava falando com um traidor de sangue, não gostava nem se pensar.

Quando chegou na cabine, os meninos que antes estavam rindo pararam na hora que ela chegou, fazendo a cabine entrar em um profundo silêncio.

- Me desculpem, eu estava me sentia um pouco confusa mas agora eu consigo conversar - Disse Carina com um sorriso fraco em um tom de voz baixo por não saber se conseguiria mais alto, deixando os meninos se esforçando para ouvir.

- Claro Carina, pode se sentar, aceita um? - Remus Lupin a ofereceu um feijãozinho, a menina negou calmamente e se sentou do lado de Potter e de frente a Sirius.

- Eu.. Por favor não volte a me ignorar Carina - Disse Sirius exasperado e agora todos os olhares se direcionaram a eles.

- Não era minha intenção Sirius, mas meus pais, você sabe, não posso chegar perto de traidores de sangue ou de sangue-ruins.. - Assim que Corina disse isso ela mesma colocou a mão na boca - S-Sinto muito, eu realmente estou tentando me acostumar a usar nascidos trouxas.. me desculpe mesmo - Terminou a mesma de cabeça baixa com vergonha.

- Te entendo Carina, mas você poderia ao menos falar comigo por cartas ou algo do tipo, éramos melhores amigos.. - Disse o mesmo dando um sorriso sem chegar aos olhos.

- Eu sei, me desculpa, só não quero que me ocorra o mesmo destino que minha irmã - Falou a última parte baixa mas mesmo assim o vagão inteiro a ouviu.

- Tenho certeza que Andrômeda está bem Car, e tenho certeza que ela adoraria te conhecer - Disse o mesmo tentando ser convincente mas mesmo assim não saiu certeza em sua voz.

Carina percebeu que devia parecer patética, cabelos bagunçados, cara amassada e parecendo um bebê chorão. Rapidamente se levantou, erguendo seu queixo e endireitando os ombros, pegou suas coisas e saiu da cabine sem falar nada.

Era ridículo que ela precisasse de consolo de seu primo mais velho, além de que todo o vagão a ouviu, a mesma já estava ficando estressada quando sentiu uma mão a puxando.

- Car, senti saudades! Porque não mandou nenhuma carta as férias todas? - Perguntou Evan.

- Olá Evan, estava ocupada - Disse simples e grosso fazendo com que o garoto se cale e a puxe para seus amigos.

Carina apenas acenou com a cabeça para as pessoas quando chegou e se sentou perto a janela podendo apoiar sua cabeça no vidro.

A Black dormiu sem perceber mas diferente da outra vez, ela sonhou, sonhou com sua casa e sua família, um sonho que pode ser confundido com pesadelo se ela contar a alguém.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro