Capítulo Trinta e Cinco | Discoveries
Alguns erros são cometidos
Tá tudo bem, tudo ok
Você pode pensar que está apaixonado
Quando está apenas com dor
Moral Of The Story | Ashe
━ ANY GABRIELLY
EUA · Nevada · Las Vegas
Josh resolveu todas as burocracias ainda pela madrugada e nós arrumamos nossas coisas para voltar para Nevada no primeiro vôo comercial.
Eu não consegui descansar durante todo o vôo, pois minha cabeça não parava de rodar com tantas questões que surgiram. Ela morreu justo após nossa discussão.
Eu apenas quero saber quem foi que a matou? Será que tem ligação com a mesma pessoa que está atrás de Maxwell?
Eu tenho quase a plena certeza que sim.
Vanessa Hawking está ligada a tudo isso e eu tenho na cabeça que ela pode ser Lilith Bishop, mas com uma outra identidade.
Claro! Como eu nunca pensei nisso antes?
Nós assim que conseguimos nossas malas corremos até um táxi que nos levou rapidamente de volta para nossa casa. Assim que chegamos no portão encontramos Romero.
- Como tudo aconteceu? - eu perguntei saindo do carro desesperada.
Enquanto isso Josh paga a corrida e pega nossas malas.
- Eu não sei exatamente. Sávio me chamou para ir a um lugar com ele, nos afastamos por alguns minutos e eu ouvi muitos tiros e o encontrei quase morto. Ele está entre a vida e a morte agora. - Romero explicou nervoso.
- E Heyoon? Onde está o corpo? - perguntei atravessando os portões.
- Eu deixei o corpo no porão. Eu olhei nas câmeras de segurança para ver quem deixou o corpo, mas eu não pude identificar, a pessoa estava toda coberta. - Romero falou e foi ajudar Josh com as nossas malas.
Eu sai correndo pelo interior da casa até chegar no porão. Abri a porta e desci as escadas.
Procurei ao redor e vi que o corpo parecia estar em cima de uma mesa velha com um lençol por cima. Meu corpo tencionou com o cheiro ruim e eu senti uma ânsia de vômito.
Me aproximei da mesa e hesitante descobri, tendo a vista do corpo sem vida de Heyoon Jeong.
Eu senti meus olhos se encherem de lágrimas, meu corpo começar a tremer e minhas perna fraquejarem.
Ela tinha marcas de estrangulamento no pescoço. A pele clara está marcada por mãos que a machucaram sem pena.
Minhas pernas cederam, mas antes que eu caísse Josh chegou a tempo de me segurar firmemente pela cintura. As lágrimas rolaram livres pelo meu rosto.
- Merda! - eu murmurei e me virei para Josh escondendo meu rosto em seu peito. - Isso tudo é culpa minha!
Eu murmurei apertando a blusa de Josh entre meus dedos, com tristeza e raiva.
- Você não tem nada a ver com isso, Any. - Josh sussurrou passando a mão por minhas costas, numa tentativa falha de me tranquilizar.
- Tenho sim, eu deveria estar morta, assim ninguém teria morrido, nem Maxwell estaria correndo perigo. - eu desabafei e solucei.
- Pessoas ruins sempre serão pessoas ruins, você não tem culpa da maldade alheia. Você não tem culpa, não diga isso de novo. Como eu poderia continuar vivendo sem você? - ele disse seriamente.
- Você poderia arranjar alguém melhor, alguém que te ame e confie em você como você merece. Você merece alguém melhor do que eu. - coloquei para fora parte dos meus pensamentos.
- Não tem alguém melhor que você, eu não posso amar nenhuma outra como eu te amo, Any. Não diga bobagens. - ele diz me fazendo o encarar. - Amar é saber dos defeitos do outro e ainda assim escolher ficar. É confiar que apesar dos defeitos as qualidades podem superá-los.
- Por que você tem que ser perfeito o tempo todo? - eu bati no peito dele. - Eu odeio que você pareça ser tão perfeito o tempo todo, pois me faz sentir insuficiente na maior parte do tempo.
- Eu perfeito? Eu jamais vou ser perfeito, amor. Eu sou um ser humano, pior do que os seres humanos normais, eu sou cheio de falhas e não sou bom para os outros. Eu simplesmente tento ser o melhor com você, porque é o que você merece. Você merece o melhor! Agora não é hora de fraquejar, vamos pegar nossas armas e derrotar o inimigo. - ele disse segurando meu queixo.
Eu sorri, enquanto as lágrimas ainda rolam. Josh colou nossos lábios, me beijando com ternura e cuidado. Eu aproveitei o beijo e o abracei novamente.
- Eu te amo. - falei olhando para ele.
- Eu sempre estarei aqui para você. - ele disse e me deu um selinho.
Josh me soltou e voltou a cobrir o corpo de Heyoon.
- Eu acho que agora devemos envolver a polícia nisso. - eu falei assim que fomos para nosso quarto.
- O que? - Josh questionou surpreso.
- Por Heyoon, ela merece ser vingada independente de qualquer coisa. Eu acho que ela foi só mais um peão nesse jogo doentio. - me sentei na cama e tirei meu tênis.
- Tem razão. - ele disse tirando sua roupa. - Eu vou ligar para Henry e resolver isso.
- Pede para encontrarem Savannah Clarke, ela deve estar sozinha e perdida por aqui e mandem entregarem o corpo de Heyoon para o FBI. Agora eles terão que investigar esse caso, não podem mais ignorar. - falei com rancor.
- Vou fazer isso.
Ele foi para o closet se trocar e eu fiz o mesmo.
- Eu vou ir visitar Sávio e passarei na casa de Henry, tente descansar um pouco. - Josh disse assim que ficou pronto.
- Deixa eu ir com você. - pedi juntando as mãos em súplica.
- Não, Any, quero que você descanse. - ele falou autoritário. - E nem adianta fazer essa cara de cachorro abandonado.
Eu revirei os olhos e me joguei na cama.
- Volto logo com informações, assim eu espero. - ele beijou minha testa antes de sair. Eu fui em busca do meu notebook e o encontrei no closet de Josh, que agora também é meu, junto com minhas coisas.
Eu me sentei na cama, encostada na cabeceira, após pegar a garrafa de vinho que ganhei em Santorini e abri-la. Enquanto bebia o vinho, comecei uma pesquisa aprofundada para descobrir quem é Vanessa Hawking.
Não tinha tantas mulheres quanto esperei, o que foi bom e me fez encontrar rapidamente um caso isolado e desconhecido em um site muito antigo.
Um caso de assassinato e internação em uma clínica psiquiátrica. Uma mulher idêntica a Lilith, porém com um rosto uns vinte anos mais jovem, tinha sido julgada a alguns anos pelo assassinato de um homem e sua esposa.
Ela foi condenada a ficar em um sanatório, após ser diagnósticada com transtorno de obsessão compulsiva, bipolaridade e apresentar dois graus de psicopatia.
Eu estava realmente chocada com o caso e a semelhança da mulher.
Ela tinha matado o homem e a esposa dele por obsessão, pelo o que parece ela era amante dele e ele a rejeitou depois de tantos anos juntos. O cara era uns quinze anos mais velho que a tal Vanessa na época.
Caralho, o tanto de caso louco que existe não dá nem para registrar.
Eu parei de beber quando decidi que deveria descansar. Salvei todas as informações em uma pasta arquivada em meu notebook e coloquei tudo em cima da mesa no quarto e fui dormir.
...
Despertei com Josh me cutucando.
- O que você descobriu? - perguntei coçando meus olhos, grogue de sono.
- Já amanheceu, Any. - ele disse beijando meu rosto. - Eu trouxe café para você e boas informações.
Ele avisou e eu me sentei na cama, sonolenta. Josh beijou meu rosto.
- Diga logo. - eu pedi ansiosa e bocejando. - Sávio está bem?
- Fui visitar Sávio e ele tinha acabado de passar por uma cirurgia para remoção das balas, parece que ele levou uns três tiros em lugares muito perigosos, mas agora ele está estável. - Josh explicou. - Mas ele ainda não pode falar com ninguém, precisa de repouso absoluto.
- Tomara que ele fique bom logo. - falei sincera e ele concordou.
- O corpo de Heyoon já está sendo enviado para o FBI, encontrei a tal Savannah e ela está aqui em casa. Ela quer falar com você, está lá embaixo com Romero, a sua espera. - contou e eu o arregalei os olhos.
- Aqui em casa? E Joalin? - ele assentiu.
- Não tinha nenhuma Joalin, Any. - ele disse e eu franzi a testa.
- Conversou com Henry?
- Sim, mas isso é assunto para mais tarde, tome o café e vai encontrar a menina. - ele disse e eu me levantei abruptamente.
Fiz minha higiene matinal, me troquei e tomei o café na velocidade da luz. Nervosa, eu fui até a sala de estar, ao encontro da Savannah que eu não vejo a tantos meses.
- Amiga. - ela correu até mim e me agarrou em um abraço. - Você não sabe o tanto que fiquei preocupada com você, até Heyoon retornar e nos avisar que você estava relativamente bem.
Savannah fala me analisando.
- Eu também fiquei preocupada, mas a Camorra te levou de volta para casa. - eu disse o que sabia.
- Sim. - ela sorriu meio envergonhada. - Nós precisamos conversar, Any. O seu marido me contou que Heyoon está morta. - ela disse com a voz embargada. - Nós temos que fazer algo para parar esse assassino.
Eu segurei as mãos de Savannah e a levei até o sofá, onde nós nos sentamos.
- Romero, nos dê licença. - eu pedi e ele foi para fora de casa.
- Eu ainda não sei como isso aconteceu, apenas deixaram o corpo dela aqui, pedi para Josh enviar para a polícia. - contei. - Quando foi a última vez que vocês se encontraram?
- Ela disse que tinha que ir comprar algo na rua e que voltaria logo, mas ela estava estranha. Heyoon estava estranha desde que voltou para Nova Iorque.
- E a Joalin? Heyoon tinha me dito que ela veio com vocês duas. - eu perguntei curiosa.
- Joalin não vejo a muito tempo, assim que voltei e Maxwell desapareceu, pelo o que sei Joalin foi transferida para outro estado. - contou coçando a cabeça.
- O que Heyoon te disse para que você viesse com ela?
- Bom, assim que retornei contei tudo sobre o sequestro e que você tinha sido pega por outra pessoa. A Sede do FBI colocou um novo chefe de departamento e mandou transferir todos envolvidos com esse caso, ele deu Heyoon e você como mortas pela Poison e decidiram não investigar mais nada. - ela suspirou. - Eu fiquei revoltada e fui atrás de Joalin, mas não a encontrei, até que Heyoon me achou e me falou que você estava para se casar com um mafioso e que tem gente tentando matar você. Decidi vir com ela para ajudar você, mas Heyoon estava descontrolada, ela saía durante as noites e voltava ao amanhecer. Ela estava mal com alguma coisa e devia estar em contato com alguém, eu até tentei descobrir, mas ela foi esperta em me despistar.
Eu passei a mão pelo rosto enquanto bato meu pé contra o chão.
- Alguém estava fazendo a cabeça de Heyoon contra a Camorra. Eu lembro de um dia ela ter bebido e contado sobre ter sido enganada por um homem, ela queria arruina-lo e queria te salvar de acontecer o mesmo com você. Ela disse também algo sobre uma mulher, mas eu não me lembro o que. - Savannah contou detalhadamente.
- Porra, é tanta coisa que minha cabeça dói. - eu falei massageando minhas têmporas. - Eu descobri uma mulher e tenho a suspeita de que ela seja Lilith, mas com uma outra identidade. Lilith deve ser essa mulher que Heyoon citou e você não lembra. Ela está viva! Um homem me disse sobre ela, ela queria me eliminar a muito tempo, pensou que eu estava morta e ai descobriu que não morri. Eu só preciso entender o porquê de ela me odiar tanto.
- Que loucura! - Savannah exclama em choque.
- Eu já sei quem pode me ajudar.
- Quem?
- Sílvio Vittielo.
To be continued???
Muitas descobertas e muitos suspeitos.
Criem suas teorias, o caso logo logo chega ao fim.
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