𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇 𝐌𝐄 | D. Aɴɢᴇʟ - Chainsaw Man
𖠵ฺ۟ ⃟⏱↷ Angel x Fem Reader
Onde ❲Nᴏᴍᴇ❳ precisa fazer o Anjo
entender que pode tocá-la e que ela
o quer tanto quanto ele a quer.
⏤ ⏤ ✎ Ou 'ˎ-
Onde o Anjo continua reprimin-
do seus desejos de sentir o calor
do toque humano com medo de
perder sua parceira.↶🤍◌໋̼݊ꓸ
⚠ Eu juro que a música da mídia me lembra o Anjo de uma forma surreal. Mais um cap de boa e quem não sabe quem é esse personagem, LEIAM CHAINSAW MAN!! E se vcs quiserem recomendações boas de scans (pra não pegarem a scan podre que mudou 60% das falas originais e meteu 15 tipos diferentes de preconceito no mangá) chamem no privado que eu mando bonitinho 😈😈💪🏻
O dia estava amanhecendo. Podia-se ver no horizonte uma fina camada da luz do sol engolindo aos poucos cada edifício de Tokyo, imergindo a cidade no começo de mais um dia. Mais um dia onde os padeiros já estariam abrindo seus negócios, onde os estudantes iriam se levantar rabugentos para irem ao colégio ou faculdade, ou onde plantonistas poderiam finalmente descansar em suas casas.
Mais um dia onde todos iriam seguir as suas rotinas de sempre, exceto talvez por ❲Nᴏᴍᴇ❳ e o Demônio Anjo, que agora se encaravam ambos sem reação.
Durante a noite passada, o Demônio encontrou sua parceira andando um pouco mais tarde pelas ruas, sua preocupação inegável com a garota o forçou a se aproximar e o forçou a se oferecer para acompanhá-la até sua casa.
Mesmo que seu corpo sempre ficasse com todos os sentidos em alerta quando fosse falar com ela, mesmo com o sorriso bobo que ele não conseguia evitar ao ouvir qualquer coisa que saísse da boca dela e mesmo que ela estivesse incrivelmente encantadora naquela roupa, o deixando cada vez mais sedento por um simples toque seu.
Mas o que Anjo estava acreditando ser uma caminhada inocente, se tornou algo perigoso com a presença de outro demônio ali. Um demônio inteligente que agia por conta própria e estava mais do que disposto a acabar com os membros da Segurança Pública. E aquela dupla teria acabado facilmente com esse demônio se ele não tivesse se dividido em milhares de partes e se espalhado por todo o parque pelo o qual estavam passando.
E em meio a todo esse caos repentino, ❲Nᴏᴍᴇ❳ terminou a madrugada nos braços de Anjo, o apertando contra si enquanto sentia seu próprio corpo tremer pelo medo de quase tê-lo visto morrer. O demônio que os atacou teria jogado uma gosma amarelada nas roupas do Anjo, que começaram a se dissolver e o fizera cair em meio ao parquinho de areia.
❲Nᴏᴍᴇ❳ não se lembrava da última vez que teria sentido aquela angústia de perder alguém importante para si, e talvez ela nunca tivesse sentido aquilo em todos os seus anos existindo. Mas aquele Anjo era certamente intrigante, vê-lo bater a cabeça no escorregador infantil e aos poucos sentir a batida de seu coração desacelerando a fizeram tomar as extremas medidas de abrir o restante de sua camisa e tentar de tudo para que ele voltasse.
E ele voltou, a fazendo o abraçar rapidamente como se quisesse ter certeza de que ele realmente estava ali.
Os olhos caramelados estavam em desespero. Ele finalmente a sentia contra si, mesmo que boa parte do corpo dela ainda estivesse coberta. Ele sentia os peitos pressionados um contra o outro, sentia a respiração pesada batendo contra a pele próxima à orelha e sentia suas mãos frias passarem por suas costas por cima da camisa social.
E era uma sensação ótima, reconfortante, pacificadora. Parecia um misto de todas as coisas boas que ele já teria experimentado. Mas sua consciência gritava o quão egoísta ele estava sendo, ele estava te matando, e ainda poderia sorrir com isso? Ele sabia que era um demônio e não um herói, mas ele se recusaria a ser um demônio perto de você.
Quase choramingando, querendo mais a abraçar do que você queria, ele colocou as mãos sobre sua cintura coberta e a afastou dele, jogando-se cada vez mais para trás ignorando a dor em suas asas ao fazer isso.
— Você está louca? Imagina quantos anos perdeu sendo estúpida assim?— perguntou, puxando o paletó contra seu corpo esguio para disfarçar a pele arrepiada.
— Quantos anos eu perdi?— ❲Nᴏᴍᴇ❳ repetiu em descrença.— Pelo susto que você me deu agora eu imagino que nenhum.
— Você ainda está brincando com isso?— o Anjo quase berrou. Ele não podia acreditar que ❲Nᴏᴍᴇ❳ seria tão impulsiva assim.
Seu rosto estava completamente corado e algumas lágrimas ameaçavam descer por ele. O Anjo definitivamente não era bom com sentimentos e visto a maneira avassaladoramente diferente a qual ele lhe tratava das outras pessoas, ❲Nᴏᴍᴇ❳ poderia ter quase certeza que ocupava um lugar especial em sua mente.
E Anjo também sabia o quão à vontade a ❲c/c❳ ficava perto de si, assumindo uma postura diferente e íntima. Isso só o destruía um pouco mais, ele pensava que sua condição poderia ser o impedimento para nunca terem tido conversas sobre eles. Esses malditos poderes, ele sente que poderia trocar mil anos no inferno apenas para poder passar essa vida ao seu lado a tocando.
Seus olhos se encontraram, o rapaz parecia carregar um peso em suas costas maior que o de Atla. Essa troca de olhares revelou a aflição de ambos sem entenderem os sentimentos um do outro, o medo que cada um sentia por talvez ter feito algo que magoasse-os. ❲Nᴏᴍᴇ❳ se culpava pela proximidade que teria tido com o demônio, sabia que ele normalmente não se aproximava das pessoas. E Anjo se perguntava quantos anos teria roubado dela.
— Anjo…
— Não. Por favor. Eu sei. Eu não deveria ter sido desleixado, então você não iria precisar me tocar.
— Eu não queria ter invadido seu espaço, eu só…
O demônio se apoiou no brinquedo infantil cujo tinha batido a cabeça anteriormente e se levantou. Suas asas sacudiram um pouco tentando livrar-se da areia fina e seus olhos voltaram outra vez para a garota. Em seus olhos tinham culpa, que Anjo acreditava ser de arrependimento por tê-lo tocado, mas que na verdade seria por ter demonstrado demais.
❲Nᴏᴍᴇ❳ parou sua fala quando o demônio lhe deu as costas. Ela levou o olhar para o colo, fechando a mão em punho e acertando a areia com força antes de proferir diversos xingamentos diferentes.
O ruivo sentia o coração apertado, quase tão forte quanto ele segurava o paletó. Talvez ele tenha reagido mal, talvez agora você não quisesse mais sequer o olhar e talvez agora tudo estivesse mudado entre vocês. Tudo por causa de sua estúpida condição. Que o impedia de sentir o calor eletrizante de seu toque, que o impedia de sentir seus beijos, seus carinhos e qualquer mínimo contato que vocês pudessem ter.
Em sua confusão, Anjo andou até chegar no prédio da Segurança Pública, encontrando Denji e Aki na frente dele também. O loiro reclamava sobre diversas coisas com o moreno, em especial o fato de terem que estar ali tão cedo, e Aki o tentava explicar que se passava das sete da manhã, o que não era tão cedo.
O ruivo estava tão imerso em tantos pensamentos que sequer escutou o cumprimento da dupla, sendo imediatamente parado por Denji enquanto começava a subir as escadas.
— Cara, o que rolou contigo?
— Ah, oi Denji, oi Aki.
Os amigos se entreolharam e o loiro estava pronto para falar algo completamente sem filtro, quando foi interrompido pelo moreno.
— Anjo, está tudo bem? Você não costuma chegar tão cedo.
— "Tá" vendo aí? Eu disse que era "tão cedo"!
Sob o julgamento e ameaças silenciosas dos olhos verdes o encarando, o mais novo se calou.
— É só o de sempre, problemas com toque.
— Você está com medo de ter tocado alguém acidentalmente?
— Não, na verdade eu realmente abracei alguém, ou fui abraçado. Mas ela encostou em mim por muito tempo, e talvez tenha perdido mais de dez anos.
— Quem?
— A ❲Nᴏᴍᴇ❳.
— Anjo, você não pode estar realmente preocupado com isso.— Aki disse, fazendo o ruivo arregalar os olhos em descrença.
Poderia ser uma ofensa Aki o considerar insensível ao ponto de não se importar com isso? Mas seria ainda mais insensível da parte do moreno não se importar com a garota, visto que eles se conhecem há muito mais tempo do que Anjo poderia saber.
— Aki, não é porque eu mato as pessoas com toques que estou acostumado e conformado com todos morrendo ao meu redor.
— O quê? Não! Não estou falando disso, por Deus. Ninguém te avisou que a ❲Nᴏᴍᴇ❳ tem um contrato com demônio especial?
Seu coração acelerou com a expectativa. Quando Makima os juntou há quase três anos, ela não tinha falado nada mais do que o básico, que eles seriam novos parceiros. Anjo acreditava que ela teria contado à sua parceira os seus poderes e suas condições, mas se ela não tinha falado nada sobre ❲Nᴏᴍᴇ❳ para ele, então ela também não deveria saber sua condição.
Por um momento ele pensou que seria adorável ela respeitar tão ingenuamente que ele não gostava de toques mesmo que não soubessem que eles eram mortais. E aparentemente não a preocupa que eles sejam mortais.
Anjo estava pronto para deixar o prédio, quando a presença de Makima os fez recuar. Com ela ali, nenhum dos três iria poder sair sem cumprir os serviços, especialmente ele que era um demônio e seria morto caso não se mostrasse mais necessário com algo.
Ele passou o dia em aflição, sem entender como não tinha percebido durante três anos juntos que ela não era uma pessoa qualquer. E quando o final de seu expediente chegou, ele foi o primeiro a sair dali.
❲Nᴏᴍᴇ❳ morava em um prédio antigo, não era um edifício ruim ou um local problemático, seus vizinhos eram em sua maioria idosas com gatos e um ou outro adulto na meia-idade. A vizinhança costumava ser tão parada que ela levou um bom susto quando bateram em sua porta, parecendo alguém desesperado.
— Anjo?— perguntou ❲Nᴏᴍᴇ❳, confusa ao ver o demônio ali assim que abriu a porta de sua casa.— Aconteceu alguma…
— Você tem um contrato?
As sobrancelhas da garota arquearam em surpresa pela pergunta repentina e depois todo o seu cenho franziu.
— Seja mais específico, eu realmente não sei dizer sobre qual tipo de contrato você fala agora.
— Com um demônio. E esse contrato te fez parar no tempo?
— Sim. Há alguns anos eu encontrei o Demônio Estagnação, e acredite foi uma grande surpresa descobrir que existe um.
— Ele te deixa parada? Sem riscos de morrer por envelhecimento ou coisas assim?
Quando ela assentiu, ele riu quase que amargamente, a mente de ambos estava em confusão, porém a do ruivo estava no caminho de esclarecer tudo.
— Você gosta de mim?
A pergunta tinha saído de forma tão espontânea que ❲Nᴏᴍᴇ❳ corou imediatamente, a ponta das orelhas do demônio ardiam por causa da vergonha que ele não teria como consertar. Mas quando os segundos passaram e ela não tinha conseguido formular uma frase para se explicar, Anjo adentrou no apartamento sem um convite e a puxou contra si para um breve selinho.
Quando as mãos dela foram imediatamente para sua nuca também o puxando para si, Anjo esticou um dos braços para trancar a porta. As unhas se afundaram na pele sensível do pescoço dele enquanto os dedos longos e gélidos permitiram aventurar-se sob o tecido que cobria a cintura que ele jamais pensara que iria tocar um dia.
A cada suspiro extasiado que escapava das bocas necessitadas, eram gatilhos ativados para irem cada vez mais longe aprofundando o quanto pudessem. E a carência de toque por uma das partes era grotesca.
Ali, agora, Anjo iria querer o que quer que fosse que ❲Nᴏᴍᴇ❳ estivesse disposta a dá-lo. E ❲Nᴏᴍᴇ❳ queria o proporcionar cada coisa que pudesse.
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