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Depois de Taehyung ter ido embora sem falar uma palavra, eu também me dirigi até o casarão.
Estava na sala, quando Taehyung estava sentado no estofado da sala, de uma forma não tão agradável, e, inevitavelmente eu vejo um volume em suas pernas no qual esperava que não fosse o que eu estava pensando.
Sinto um calor invadir-me e alguma parte do meu corpo simplesmente não conseguia ficar parada, era como se eu necessitasse de algo, ou melhor, de alguém.
Naquele estado, a minha única solução foi fugir, então eu sai correndo até as escadas e quando estava prestes a subir, eu oiço aquela voz me chamando.
— Desça. — ordena.
Maldição! Porque ele tinha justo que me ver subindo a escada naquele estado? Eu parecia um rato indefeso, fugindo da bruxa, que queria pega-ló para o jogar no caldeirão e fazer uma poção mágica. Macacos me mordam!
— O que?
— Venha até aqui.
Porque ele queria que eu fosse até lá? O que ele quer fazer comigo, huh? Estou pensando muito? E o que aconteceria se eu fosse petulante o suficiente para não ir?
— E se eu não for?
— Se você não for, você irá fazer-me ficar muito irritado, porque eu vou sair de onde estou sentado para lhe pegar pelos braços, a força.
Tudo bem. Eu cedo, e obedeço as palavras do mesmo, afinal, ele era meu marido. Por mais que eu odeie esse pequeno detalhe, se eu não obedecer as suas palavras, notícias de que uma esposa não obedece a seu marido correriam pela cidade toda, e, seria desprezada por todos, inclusive pelas mulheres, que são aquelas que têm prazer em servir a esses homens incapacitados.
Já parada em sua frente, eu espero que algo saia de sua boca, o mesmo apenas fica me encarando, quando finalmente, Taehyung move sua boca para falar algo: — Gostaria que me acompanhasse a um banquete, amanhã. A filha mais nova de meu comandante irá comemorar a sua data de nascimento, então, ele gostaria que estivéssemos lá. — sugere.
— Huh! Preciso mesmo ir? Eu mal os conheço e...
— Não é um pedido, é uma ordem. Você sabe que as mulheres precisam acompanhar seus maridos em tais eventos, e não quero que as pessoas falem algo relacionado a mim, ou até mesmo a você. Não se esqueça que sua reputação também me pertence. — fala me interrompendo e esclarecendo. No fundo, ele estava certo. Ele tinha mais que razão.
— Mas a sua reputação nem é tão boa assim...
Fico calada quando vejo que Taehyung havia feito uma careta para mim, e paro de falar quando percebo que havia falado algo não tão bom assim. Tudo bem, ele sabe muito bem que sua reputação não é boa, e eu não estava mentindo, mas talvez eu tenha sido um pouco descarada em ter sido tão sincera com ele, certo?
— Por isso mesmo, Jennie. Quer estragar mais o que já está estragado? Então, trate de ir. Se não, eu estarei lhe responsabilizando pelas consequências. — fala indo embora de onde estava sentado e subindo as escadas, como se nada tivesse acontecido. Ele me deixa sozinha e ainda vai embora com seu ego alto?
Saindo de meus pensamentos, eu também subo as escadas e entro em meu aposento, trancando a porta e me despedaçando no meu leito, já que eu não tinha mais nada para fazer além de relaxar e dormir.
Desde que eu vim morar aqui, junto com o general, aliás, junto com meu marido, a minha vida mudou bastante. Sei que não fazem sequer dois dias que estou aqui, mas eu já nem faço as mesmas coisas que fazia antes. Agora, recebo tratamentos diferentes pelos servos, posso andar livremente pelo casarão, não tenho nenhuma tarefa doméstica a fazer, não preciso aguentar os murmúrios e os momentos de raiva em que eu passava em meu antigo lar. Se é que posso chamar aquilo de lar, provavelmente nem sou considerada da família.
Bem, também tem a personalidade estranha e secreta de Kim Taehyung. O jeito libertino em que ele me trata, ainda não sei o que acho sobre isso. Na verdade, isso tudo está sendo muito novo para mim, ainda preciso me acostumar.
Fecho os olhos esgotando meu êxtase e tento me afundar em algo. Sinto que se eu ficasse de olho aberto por mais um mísero segundo, eu pensaria mais do que o normal.
[...]
Eu acordei com uma batida na porta e, infelizmente, eu me levanto para abrir e ver quem era.
— Bom dia, senhora. Pedimos perdão por acorda-lá. — as servas pedem perdão e se curvam, como sempre faziam. As vezes isso me dá nos nervos, porque eu nunca fui tratada assim, com tanta formalidade.
— Está tudo bem, eu estava prestes a me acordar — era uma mentira, eu provavelmente ficaria dormindo por mais duas horas e, só ai que acordaria e ficaria deitada, pensando nas coisas da vida por mais alguns minutos — O que vocês gostariam?
Olho para as três servas que estavam em minha frente e vejo cada uma segurando utensílios de beleza, como se fossem arrumar alguém para alguma data especial.
— Viemos arruma-lá para o banquete. O senhor Taehyung estará lhe esperando em menos de uma hora. — diz a serva da frente, estampando um de seus sorrisos na sua cara.
— Ah, é verdade! Eu havia esquecido completamente disso. Por favor, entrem. — abro mais a porta para que os servos acomodem-se e façam seu trabalho. Por mais que a minha vontade seja de ficar trancada em meu quarto pelo resto do dia, eu não tenho opções a não ser acompanhar Kim Taehyung até esse banquete.
Me espanto imediatamente quando outros servos adentram ao quarto, e o que eu pensava que iria durar menos de cinco minutos, duraria uma eternidade. Eram no mínimo dez servos e eu realmente não sei como todos eles puderam caber aqui, em meu aposento.
Um deles me prende a atenção com um vestido deslumbrante em suas mãos. Ele era simplesmente belo, um dos vestidos mais lindos que eu já havia visto em minha vida.
— Que vestido esplêndido! — falo para um dos servos.
— Sim, senhorita! É lindo, e foi feito especialmente para vossa excelência. Garanto-lhe que, ele ficará mais bonito ainda em seu corpo. — fala girando o vestido em sua mão e eu fico boquiaberta com suas palavras.
É sério que o vestido foi feito especialmente para mim? Desde quando alguém se preocupou tanto com o que eu iria vestir? E desde quando, eu, Jennie Kim, do reino de Selene, poderia usar um vestido tão lindo desse? E sem falar nas jóias que brilhavam mais que o sol! Parece até que tudo isso é um conto de fadas, um conto de fadas do qual eu desejo que dure para sempre.
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Quando vi Jennie descendo pelas escadas, eu fiquei impressionado. Ela estava tão linda como nunca, e eu não conseguia tirar meus olhos da mesma.
Ela estava vestindo o vestido que eu havia mandado preparar especialmente para ela. Era um vestido que a minha mãe havia usado quando foi ao banquete de seu casamento com o meu pai. Mesmo que eu fosse um garotinho naquela época, a cena de minha mãe usando aquele vestido ficou marcado em minha cabeça. Jurei para mim mesmo que, se um dia casasse com uma mulher, eu queria que ela vestisse um vestido semelhante ao que minha mãe vestiu, afinal, aquele foi o último vestido que minha mãe usou antes de morrer.
Foi como ver a minha mãe novamente em minha frente. Jennie usava jóias, tinha um pequeno sapato verde, da cor do vestido, em seu pé. As rendas do vestido fizeram toda a diferença e adicionaram um toque mais que especial, seu cabelo estava formoso, no estilo de um chignon.
— Vamos? — falo me levantando para que Jennie não note o que eu estava sentindo naquele momento.
— Sim, vamos. — ela fala, me seguindo em seguida.
♥︎
Saímos da carruagem e fui até o outro lado para ajudar Jennie a descer. Eu a pego pelo braço e ela desce em seguida.
Coloco meu braço ao seu lado, para que ela possa agarra-lo e entremos juntos no lugar, mas ela faz uma cara de dúvida.
— O que foi? — questiona.
— Coloque sua mão em meu braço. Não sabe que as mulheres precisam andar assim com seus maridos, quando estiverem na rua?
— Desculpe-me, eu achei que não fosse tão necessário.. — fala colocando a mão meio hesitante, mas eu puxo seu braço com tudo e a agarro entre meus músculos.
Fomos até o lugar e a entrada estava repleta de rosas. Entramos aonde seria o banquete e a música clássica invade nossos ouvidos. Muitas pessoas conversavam, outras dançavam no canto do salão, outras desfrutavam dos petiscos e outros cumprimentavam os anfitriões. Avisto o comandante e, vou até ele, sem soltar Jennie. Ela ainda estava colada a mim sem dizer nada e sem dar nenhum passo, mas ela parecia um pouco nervosa por estar ali.
— Olá, comandante. — falo fazendo uma pequena reverência para o mais velho.
— Olá Taehyung! Fico feliz por você ter vindo — ele olha para Jennie e da um sorriso — E por ter trago a sua mulher! Parabéns pelo casamento. — ele diz, apertando a mão de Jennie que parecia uma pequena criança sem rumo, mas que estava apenas seguindo tudo aquilo sem questionar nada.
— Sim, senhor. Estávamos muito ansiosos para vir.
— Eu imagino! Violet ficará extremamente feliz em saber que está aqui.
Esqueci quem era a filha dele. Violet. Ela é uma garota demasiada irritante e que adora cometer sabotagens por ai. Sempre que eu ia na casa de seu pai, meu comandante, ela ficava fazendo coisas estranhas, do tipo de usar vestes curtas e muito atrevidas quando eu estava lá.
— Mais me conte, como vai a vida de casado? Quando irá sair o futuro bebê? Eu quero que saiba que estou vivendo para ver Taehyung sendo pai! — ele diz rindo para Jennie, e ela fica um pouco sem graça, trocando olhares para mim, e percebo que suas bochechas estavam fervendo. Parece que quando ela está com vergonha, sua cara sempre fica dessa forma.
— Ah, bem! Acabamos de nos casar, ainda não sabemos. Mas com certeza, queremos ter muitos filhos, não é, Jennie? — falo dando um sorriso de lado para ela, que me olha com uma expressão de ódio e vergonha, mas logo em seguida, olha para o comandante e dá risos falsos.
Eu e Jennie nos dirigimos a uma mesa vazia. Eu e ela sentamos, alguns servos passavam servindo comidas e bebidas, quando peguei algumas e comecei a me servir.
— Não vai comer nada? — questiono para Jennie.
— Ah... é que... — ela gagueja, tentando falar algo. Eu cruzo as sobrancelhas sem entender e esperando que colocasse tudo para fora.
— É que eu nunca vim em algo assim! Eu.. eu não sei como me comportar. Como me servir, como comer... — ela fala nervosa.
— Você nunca veio em um banquete desses? Porque? — digo sem entender e procurando alguma explicação.
— Não é nada, é só que eu não tinha vontade de vir, as vezes também acontecia de não ser convidada...
Como assim, não era convidada? Eu sei que a família de Jennie não é tão rica assim, mas eles são da nobreza. Como ela nunca foi para um banquete desses? Isso é estranho. As filhas de famílias nobres vão em banquetes todas as horas...
— Tudo bem, tudo bem. Você não precisa ficar com medo. — um servo estava com uma bandeja de aperitivos, eu o paro e pego alguns, despejando no prato de Jennie. — Veja, você só precisa comer normalmente, sem formalidades. Ninguém vai olhar para o jeito que você está comendo. Não precisa ficar nervosa.
Jennie assente e começa a comer as coisas que estavam em seu prato. Ela parecia mais tranquila e então, uma mão pousa-se em meu ombro, Jennie para de comer e estampa sua curiosidade em sua face, quando também oiço uma voz irritante e suspiro pesadamente.
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