1.19 || Davina (Não Revisado)
Eu amo muito a senhorita campbell e amo muito meus pães de queijo, vulgo vocês
Duas semanas já se passaram desde que cheguei na fazenda. Todos tem sido bons comigo, principalmente Naomi. Ela e Maven se ofereceram para me treinar a lutar e me defender. Naomi me disse que eu sou uma joia preciosa nesse novo mundo e que eu deveria aprender a me defender.
– Bom dia, doc. Pronta para começar o treino? Prometo pegar leve. - Maven disse dando uma piscadela
– Pode pegar pesado, eu aguento. - convencida.
– Pensei que você fosse treinar comigo agora. - Maven arqueou a sobrancelha meio confuso.
– Mudança de planos. Naomi fez um desafio e eu aceitei.
– Se eu te desafiar você o aceita dar uma volta comigo pela fazenda?
– Não. - sorri em provocação.
– Enfim... Vamos começar? - Naomi apontou para longe e Maven entendeu que aquilo foi um comando para ele se afastar.
– Vamos.
– Saque a faca. Postura. Ataque. Guarde a faca. - Naomi ordenava e eu obedecia. – Saque a faca. Força para perfurar o crânio. Retire a faca. Novamente.
Parecia um treino bobo até eu começar a de fato treinar. Você impõe força nos músculos, mas só irei fazer a força devida quando eu de fato encontrar um infectado.
– Agora eu vou te dar uma direção e você vai ter que atacar no sentido que eu disser. Esquerda. Direita. Tem um infectado atrás de você. Dois na sua direita. Um na sua frente. Esquerda. Direita. Três vindo na sua direção. Direita. Esquerda. Atrás.
Segui todas as instruções.
– Nada mal, doc. Melhorou bastante. Só não é melhor que eu. - Naomi me parabenizou.
– Ainda. - sorriu.
– Vai sonhando, doc. Vai sonhando. Pausa de dez minutos para uma água.
Davina começa a caminhar e Maven vai atrás dela passando o braço ao redor dos ombros dela.
– O que você vai fazer hoje? - Maven perguntou com sua voz rouca.
Como se houvesse muitas opções.
– Bem, já que você perguntou... Depois do nosso treino eu vou ver o que Hershel tem aqui e o que precisa para construir uma coisa que eu quero.
– O que é?
– Surpresa.
– Certo. Posso te fazer companhia?
– Maven, eu acabei de dizer que é surpresa.
– Mas isso não impede de ficar ao seu lado. - sorriu, não dá forma galanteadora dele, mas sim um sorriso singelo.
– Certo. - Tirei o braço dele ao redor do meu corpo e sorri.
– Se prepara para o treino, já começamos.
Fui até o banheiro, mas estava ocupado. Decidi esperar um pouco. Não demorou muito e Rebecca abriu a porta. Ela me encarava com cara feia e em troca, sorri amigavelmente para ela. Não ouvi o barulho de descarga, muito menos o da torneira. Ela não tem um pingo de higiene? Ao invés de me pedir licença, Rebecca simplesmente passou esbarrando em mim. Ótimo.
Assim que terminei minhas necessidades e higiene, voltei para onde estávamos treinando. Chegando lá, pude ver naomi dando um mata leão no Maven e depois ele a jogando contra a grama. Os dois começam a rir feito crianças e Maven se juntou ao chão do lado de Naomi, ainda gargalhando. Ao perceberem a minha presença se levantaram.
– Pronta? - Maven estende a mão à mim com um sorriso encantador no rosto. Não funciona comigo.
– Pronta. - peguei sua mão como resposta.
Naomi se afasta para nos dar espaço para o treino e se senta no gramado, cruzando as pernas e colocando as mãos no chão para ter mais apoio.
– Quando vocês estiverem prontos. - Naomi disse suavemente para começarmos sem ser direta.
Maven tirou sua camisa, deixando sua boa forma a vista e a jogou em cima de Naomi, que recebeu a roupa com uma cara de nojo pelo suor.
– Pare de olhar. Está distraída?
– Eu? Não mesmo. - respondi um pouco nervosa.
– Se quiser eu posso tirar o resto da minha roupa. Se gostou do que tem aqui em cima vai gostar do que tem aqui em baixo. - sugeriu malicioso.
– Maven, querido. O treino. - Naomi colocou a mão na testa em reprovação.
– Interessante... - Maven continuou.
– O que?
– Você está vermelha. Entendo, sou o cara mais bonito aqui e de muitos lugares.
– Não mesmo. - respondi firme. De fato, ele era o homem mais bonito aqui, provavelmente o mais bonito que eu vi em toda a minha vida. – Para sua informação, eu não estou vermelha por sua causa. Estou vermelha por conta do calor que está fazendo aqui fora. - Maven arqueou a sobrancelha aceitando o desafio.
– Não disse que era por minha causa. Pontuei apenas que eu sou o cara mais bonito daqui.
– Tanto faz. Vamos começar. - respondi seca.
– Finalmente. Repassando, o objetivo é encostar a madeira na cabeça do outro primeiro. Vou beber água, não se matem na minha ausência. - Naomi parecia uma mãe loba cuidando de sua alcateia.
Naomi foi em direção direção ao Carl e Maven pigarreou alertando que o treino ia começar. Nós tínhamos um espaço definido e não podíamos passar além do limite.
Maven e Naomi acham importante eu aprender a me defender contra pessoas no estilo mano a Mano antes de começar a praticar a mira. Segundo eles, eu vou aprender a matar os infectados mais rápido fazendo isso.
Maven avança para cima de mim e eu desvio assim como Naomi me ensinou. Ela disse que um dos pontos chaves é deixar o oponente se cansar primeiro.
– Está com medo? - ele perguntou provocante.
– Não, mas você devia estar.
Ele veio para cima tentando encostar a estaca de uma vez, mas bloqueei seus movimentos com os braços. Ele sorriu como o diabo. Começou a fazer investidas mais fortes e se movimentar mais rápido, nunca tirando seu olhar dos meus. Vez ou outra surgiam sorrisos provocativos vindo de ambos, alimentando o fogo no treinamento. Meus dedos estavam com as pontas esbranquiçadas de segurar a estaca com força.
Finalmente decidi contra-atacar, mas Maven aproveitou a oportunidade para me derrubar no chão e se colocar sobre mim. Empurrei seu corpo com o antibraço impedindo-o de avançar mais e com o outro soquei sua mão com força, atingindo o trapézio de sua mão, bem no meio do osso. Maven xingou e soltou a estaca de madeira que antes estava na sua mão.
– Cheque mate. - falei antes de encostar a estaca em sua testa.
Nós estavamos cansados do treino, cansados dos desafios, estávamos ofegantes. Permanecemos na mesma posição até Naomi voltar e nos parabenizar.
– Acho que amanhã podemos começar a praticar a mira. Quem sabe daqui algumas semanas levo você para uma busca comigo. - Naomi me jogou uma maçã e para Maven também. – Venham crianças, já vai anoitecer.
Perdi a noção de tempo durante os treinos de hoje. Sei que eu estou melhorando, mas quero melhorar mais rápido. Preciso procurar fios e ferramentas que eles não vão achar sozinhos.
– Você vem? - Maven me estendeu o braço para que eu lhe fizesse companhia.
Dar uma trégua seria bom depois de um dia cansativo. Apenas assenti suavemente e peguei em seu braço.
Rebecca estava saindo da casa e indo em direção do galinheiro, provavelmente para fazer alguma tarefa.
– O que tem de errado com ela? Me refiro a Rebecca.
– Rebecca? Não sei. Por que?
– Hoje ela foi super fria comigo.
– Olha Davina, não sei o que se passa na cabeça dela, mas ela não é uma má pessoa. Antes dela se afastar de todos e começar a fazer buscas sozinhas ela era uma ótima companhia.
– Sua ficante?
– E você se importa?
– Não.
– Respondendo a sua pergunta, não. Ela gosta de meninas e como eu não sou uma... Enfim, não precisa ficar com ciúmes dela.
– Não estou! Só que quando não há tantas variáveis em um fenômeno, as possibilidades ficam mais evidentes.
– O que? Olha, você é linda e inteligente. Eu sou lindo e inteligente, mas eu não sou inteligente igual a você. Então se você quer manter uma conversa normal comigo você tem que ser mais específica, cabeção.
– Cabeção? Vai a merda!
– Não é isso! Eu quis dizer que você tem um cabeção porque é muito inteligente.
– Mesmo assim não me chame dessa forma.
– Você quem manda, cabeção.
Pisei no pé esquerdo do Maven com toda força possível.
– Eu posso ter um cabeção, mas se você não cuidar do seu pé... Você vai ter um pezão. Com licença Maven.
– Nem. Doeu. Mesmo. Ca. Be. Ção. - ele quer mesmo jogar?
– Não me faça pisar no seu outro pé. - avisei séria.
– Vá em frente, eu duvido. - caminhei até ele e pisei no outro pé, fazendo ele xingar. Sorri e o deixei para trás resmungando.
Se ficou ruim perdão, tô sem criatividade
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