1.1 || Tanque (Não Revisado)
Naomi's Pov
𝑂 𝐴𝐿𝐴𝑅𝑀𝐸 fora disparado, soava freneticamente e a euforia tomou conta do meu corpo. Merda. Pensei que a essa altura não teria mais energia nenhuma na cidade.
Pego a bolsa com as joias e a coloco nas costas, me preparando para correr. Corro o mais rápido para fora da loja esperando que desse tempo de fugir antes dos errantes me cercarem.
Os errantes começaram a aparecer e muitos deles se amontoavam famintos em minha direção. Estava fodida. Comecei a correr sem rumo tentando desviar dos errantes que apareciam no meu caminho, mas mais deles surgiam e empacavam o meu caminho.
- Droga. - murmuro para mim mesma.
Analiso as opções ao meu redor e não são muito boas. Se eu seguir reto e desviar dos andarilhos ainda terei chance de escapar.
Sinto alguma coisa puxar o meu cabelo e consigo me soltar do errante que me agarrava tentando morder o meu pescoço. Corri sem olhar para trás quando esbarrei em um homem deixando a minha bolsa cair.
- Que merda. - digo direcionando o meu olhar para ele. - Abaixa! - um andarilho estava prestes a morder o ombro dele quando eu atingi sua cabeça com um pedaço de cano.
- O tanque! - disse o homem.
Abrimos caminho até o tanque onde conseguiríamos ficar longe dos mortos-vivos, mas presos.
O homem me deixou entrar primeiro, quase me empurrando para eu ir mais rápido, mas mesmo assim me deixou entrar primeiro.
Quando entrei vi um cadáver do meu lado e quase gritei de susto, mas antes de me dar o luxo de sentir qualquer coisa me certifiquei que estávamos seguros aqui dentro.
Estávamos ofegantes como se tivéssemos corrido uma maratona inteira, o barulho das nossas respirações descompensadas se mesclavam com as batidas dos nossos corações que gritavam implorando para que tudo fosse um sonho e que nada disso fosse real.
Mantivemos o olhar sob o outro até as respirações se estabilizarem. Quando me acalmei um pouco comecei a analisar o homem tentando descobrir alguma coisa sobre ele.
Belos olhos azuis, roupa e chapéu de xerife, rosto suado e traços bem definidos.
- Qual o seu nome? - tive a coragem de perguntar.
- Rick, Rick Grimes.
- Bem, xerife. - meus lábios se repuxaram ao ver o distintivo de Rick. - Você acabou de estragar todas as chances de conseguir segurança que eu tinha. Sabe aquela bolsa que você me fez derrubar? Eu tinha pego várias joias feitas de ouro, diamante e rubis para pagar a minha entrada e proteção em um acampamento militar e agora estou de mãos atadas. - finalizei a minha frase com um sorriso debochado para o mesmo.
- Você roubou? - perguntou com certo desdém.
- Sim. Vai me prender, xerife? - ele não me respondeu.
- Você não me disse o seu nome.
- Naomi Scott.
- Você também me fez derrubar a minha mala. Não pense que só você perdeu alguma coisa.
Ruídos do rádio tomaram conta do tanque preenchendo o silêncio que Rick causara.
- Ei! - uma voz masculina chamou pelo rádio - Vocês estão vivos aí?
Rick correu para pegar o rádio e responder o homem, fora tão desesperado em direção do rádio que acabou batendo a cabeça no teto.
- Alô, alô. - O xerife respondeu ofegante.
- Ai você está. Estava preocupado.
- Onde você está? Está do lado de fora? Consegue nos ver agora?
- Sim, consigo. Vocês estão cercados de errantes. - respondeu o homem com certa cautela. - Essa é a má notícia.
- Ótimo, estamos mortos. - murmurei recebido um olhar do xerife.
- E tem alguma notícia boa? - perguntou Rick.
- Não.
O xerife demorou muito para dar uma resposta, então fui até ele e peguei o rádio de sua mão.
- Escute. - disse firme. - Seja lá quem você for, eu não me importo em te dizer que eu estou preocupada aqui.
- Você deveria ver de onde eu estou vendo. Iria surtar.
- Tem algum conselho para nós dois?
- Sim, saia correndo daí.
Suicídio, ótimo.
- É isso? Sair correndo daqui? - pergunto incrédula.
- Estou falando sério. Minha ideia não é tão estúpida quanto parece. Serei seus olhos aqui de fora. Olha... Tem um errante em cima do tanque, mas os outros desceram e estão se alimentando do cavalo. - pobre e coitado cavalo. - Está me entendendo até agora?
- Até agora. - engoli seco.
- A rua do outro lado do tanque está mais vazia. - continuou o homem. - Se vocês saírem correndo daí enquanto eles estão distraídos, terão alguma chance. Tem alguma munição?
- Na bolsa que eu deixei cair. Tem como buscar? - Rick interrompeu.
- Não vai dar, esquece. O que você tem aí?
- Espere. - Rick começou a olhar nos bolsos, coldre e verificou o pente da pistola. Poucas balas. Rastejoou até o corpo do militar e começou a saquear os bolsos do homem morto. Achou uma granada e hesitou em guardá-la.
- Ei, pegue. Na pior das hipóteses vamos precisar dela. - meu olhar caiu sobre o xerife aflito em pensar na possibilidade de ter que usá-la.
- Tenho uma Beretta, 15 balas, um pente e ela... - disse me analisando de cima a baixo - Ela tem um pedaço de cano.
- Use direito. - sugeriu o homem. - Pulem do lado direito do tanque. Continuem nessa direção. Tem um beco na rua, uns cinquenta metros. Estejam lá.
- Ei, qual o seu nome? - Rick perguntou.
- Voce não está me ouvindo? Estão ficando sem tempo, precisam ir agora!
- Pronta? - Rick me perguntou sereno.
- Não. Merda! Mas não temos escolha alguma, certo?
- Certo. Eu vou sair primeiro. - disse antes de pegar uma pá presa na parede do tanque e sair. - Vem! - me puxou com a outra mão.
Assim que Rick saiu, bateu com a pá no rosto do errante e logo em seguida me ajudou a sair também. Seguimos as instruções do homem do rádio e corremos até o beco.
Rick começou a disparar nos errantes que se colocavam em nosso caminho até o beco.
- Ei, ei! Não sou errante! Venham por aqui. - a voz dele era familiar, o homem do rádio.
Corremos rápido até as escadas da lateral do prédio e subimos tão rápido que eu podia jurar que era o novo recorde. A adrenalina percorria as minhas veias e me mantinha de pé.
- Você é o novo xerife? Que veio cavalgando para limpar a cidade? - perguntou o asiático para Rick.
- Não era a minha intenção.
- Que seja. Yeeehaa! - revirei os olhos na direção dos dois.
- Continua sendo um panaca. - disse o asiático para o xerife. - Vocês estão juntos?
- Acabamos de nos conhecer. - disse. - Naomi Scott. - estendi a mão para o homem.
- Glenn Rhee. - respondeu apertando a minha mão.
- Rick Grimes, obrigada. - disse cumprimentando o Glenn.
Um dos andarilhos começou a subir as escadas. Merda.
- Vamos. - disse o asiático olhando para cima. - Pelo menos a queda que vai nos matar. - falou admirando a extensão da escada. - Eu sou um cara otimista.
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