As semanas se passaram lentamente para Nicolle. A vida parecia uma sequência de horas silenciosas e reflexivas, mas um pensamento constante a incomodava: ela precisava ver Chaewon, precisava consertar as coisas, ou pelo menos tentar. Determinada a tentar mais uma vez, Nicolle decidiu ir à floricultura. Porém, ao chegar lá, ela encontrou um cenário diferente. Em vez do sorriso de Chaewon, um rapaz desconhecido estava atrás do balcão, cuidando das flores.

??— Olá, posso ajudar? — perguntou o rapaz.

Nicolle hesitou por um momento, sentindo-se confusa.

Nicolle— Sim, estou procurando Chaewon. Ela está por aqui? — perguntou Nicolle.

O rapaz balançou a cabeça, parecendo um pouco surpreso com a pergunta.

??— Chaewon não está trabalhando esta semana. Ela teve que resolver algumas coisas pessoais e foi visitar a mãe. Estou cobrindo o turno dela enquanto isso.
— explicou o rapaz, gentilmente.

A informação pegou Nicolle de surpresa. Ela sentiu uma pontada de preocupação ao saber que Chaewon estava fora da cidade.

Nicolle— Sabe onde fica a casa da mãe dela? Eu realmente preciso falar com ela. É urgente! — insistiu Nicolle, a urgência evidente em sua voz.

O rapaz olhou para ela, hesitando por um momento, mas percebeu a sinceridade nos olhos de Nicolle.

??— Claro, posso te passar o endereço. Fica na cidade vizinha, não é muito longe daqui. — disse o rapaz, anotando o endereço num pedaço de papel e entregando a Nicolle.

Nicolle saiu da loja com o endereço em mãos e um novo senso de propósito. Sabia que precisava falar com Chaewon, explicar-se e, acima de tudo, pedir desculpas.Ela entrou em seu carro, o coração batendo rápido com uma mistura de esperança e ansiedade.
O trânsito parecia lento, como se o universo estivesse tentando atrasá-la, mas Nicolle não desistiria. Determinada a chegar o mais rápido possível, ela acelerou.Enquanto dirigia, a mente de Nicolle estava repleta de pensamentos sobre Chaewon. Será que ela a ouviria? Haveria uma chance de reconciliação? Ou seria tarde demais para pedir perdão?Perdida em seus pensamentos e sem prestar atenção ao tráfego à sua volta, Nicolle não notou o sinal vermelho à frente. Quando percebeu, já era tarde demais.
O som estridente de pneus freando e o choque metálico de um impacto cortaram o ar. Nicolle sentiu o mundo girar enquanto seu carro colidia com outro veículo, lançando-a para frente com uma força assustadora.Quando a poeira começou a assentar, Nicolle estava atordoada, sua cabeça latejando e sua visão turva. O som das buzinas e das vozes ao redor a cercavam como um mar distante de caos. Ela tentou se mover, mas uma dor aguda no ombro a impediu, as pessoas corriam em sua direção preocupadas, e Nicolle podia ouvir o som distante de sirenes se aproximando.

Nicolle— Chaewon... — sussurrou Nicolle com sua voz  fraca.

Os paramédicos chegaram, retirando-a cuidadosamente do carro e colocando-a na maca. Nicolle estava consciente, mas fraca.

Continua...