Nicolle Wallace era uma corredora de 19 anos com uma ambição que parecia não ter limites. Ela treinava incessantemente, dedicando cada aspecto de sua vida à sua paixão pelo atletismo. Seus dias eram marcados por uma rotina rígida de exercícios e competições, sem espaço para distrações ou desvios. A confiança plena em qualquer pessoa parecia um luxo desnecessário, algo que ela não permitia a si mesma.
Em uma tarde quente de verão, Nicolle terminara um treino particularmente extenuante e decidiu fazer uma pausa na floricultura local que sempre via ao passar pela rua. O lugar era pequeno, mas tinha uma charmosa fachada com janelas grandes e flores coloridas em vasos expostos. Ela esperava que o ambiente acolhedor pudesse oferecer um alívio para o cansaço dos músculos.
Ao entrar na loja, Nicolle foi recebida por um aroma doce e leve, Chaewon, uma jovem florista de 18 anos, estava atrás do balcão, arrumando um buquê de rosas vermelhas com um cuidado meticuloso. Seus olhos eram brilhantes, e seu sorriso parecia iluminar a loja inteira.

Chaewon: — Olá! — Chaewon exclamou ao ver Nicolle. Seu tom era alegre. — Posso te ajudar com alguma coisa hoje?

Nicolle hesitou por um momento. Não estava acostumada com esse tipo de abordagem amigável. A sua resposta foi marcada por um tom neutro e um pouco frio.

Nicolle: — Só estou dando uma olhada — respondeu Nicolle, enquanto começava a percorrer os corredores da loja.

Chaewon observava Nicolle com curiosidade. A jovem florista era uma pessoa naturalmente empática e sempre se esforçava para criar uma conexão genuína com os clientes. Ela notou a frieza de Nicolle e a contrastou com a atmosfera calorosa e vibrante da loja.

Chaewon: — Você parece um pouco cansada — disse Chaewon, tentando fazer uma conexão. — Se precisar de algum tipo de relaxamento, temos algumas flores que ajudam na recuperação muscular. Posso mostrar para você.

Nicolle olhou para Chaewon com um leve cenho franzido. Não entendia por que alguém faria um esforço tão grande para ser gentil com alguém que acabara de conhecer. Ela estava acostumada a interações diretas e funcionais, não a esse tipo de cortesia desnecessária.

Nicolle: — Não, obrigada — respondeu Nicolle com uma dose de indiferença,— Só quero dar uma olhada por agora.

Chaewon não parecia desanimada com a resposta seca. Ela continuou arrumando as flores com um entusiasmo palpável, enquanto sua voz continuava a tentar engatar uma conversa amigável.

Chaewon: — Se precisar de algo, estarei aqui.
— Chaewon sorriu, como se a presença de Nicolle fosse uma agradável surpresa.

Nicolle acenou com a cabeça, sem intenção de prolongar a conversa. Sentia-se incomodada com o calor da abordagem de Chaewon, uma sensação que não conseguia identificar completamente. Ela passou mais alguns minutos na loja, observando as flores, mas sem realmente se envolver com o ambiente ou com a jovem florista.
Quando se preparou para sair, Chaewon a cumprimentou novamente com um sorriso.

Chaewon: — Tenha um bom dia!

Nicolle fez um aceno de cabeça e saiu da loja, sentindo uma estranha mistura de desconforto e curiosidade. A frieza que ela mantinha ao redor de si parecia ter sido desafiada por algo tão simples quanto a gentileza de Chaewon.

Continua...