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— N A R R A D O R A
Marine decidiu caminhar pelas ruas da cidade e espairecer. Ficou relembrando de sua vida humana e o quanto ela mudou.
Sentia falta de algumas coisas e pessoas mas não arrependia-se do vampirismo. Ela era eternamente grata por Rebekah Mikaelson ter salvado sua vida.
Apesar dos pesares, a Crawford mais nova não era como a maioria dos vampiros. Ela sabia controlar-se perfeitamente bem e viver entre os demais humanos, sem levantar nenhuma suspeita.
Marine poderia ser comparada com o original Elijah Mikaelson. Ambos eram sensatos, observadores, nobres e bons irmãos. Dignos "diplomatas". Era totalmente ao contrário de sua irmã mais velha, Malia.
Sabia que a irmã sofreu muito no passado e passaram por muita dor de cabeça. Reconhecia o favoritismo de seu pai e não entendia o porquê até descobrirem que Lia era uma filha bastarda. Mesmo assim, a amou intensamente e nunca a julgou por isso.
Malia sempre foi responsável e ainda mais com Marine, mas havia muita escuridão por detrás da mulher. Marine era sua luz e sempre quando precisava trazê-la de volta para realidade, obtinha sucesso.
A mais velha era impulsiva na maioria das vezes e cabe à mais nova, seu braço direito, ser a sua voz da consciência. Era uma perfeita dupla. E desse jeito, sobreviveram muito bem em todos esses anos.
Porém, havia algo no passado de Malia que mexia com as duas. Marine, às vezes, sentia-se impotente e inútil. Achava não ser capaz de fazer a irmã esquecer da dor e depois que Niklaus trouxe essa história, mesmo sem saber, aquilo não magoou apenas Lia como também Mari.
Ela chegou até Audubon Park, sentando-se em um banco e vendo sua flor favorita desabrochar. Lírio.
Era dessa forma que ela conseguia pensar melhor, esquecendo tudo de ruim no momento e sentindo a brisa em seu rosto. Sorriu, sentindo o aroma da flor e uma presença ao seu lado. Não precisava abrir os olhos para saber quem era.
Kol Mikaelson.
O cara que estava mexendo com sua cabeça nos últimos dias, sem perceber. Achava ser apenas uma atração física mas depois do beijo rápido no quarto do vampiro, ela não parava de pensar nele. Sempre com um enorme sorriso bobo e suspiros.
Não queria se iludir e ser apenas um "brinquedinho" para ele. Conhecia o histórico do rapaz e preferia ignorar a maioria das coisas ditas sobre ele.
Queria dar uma chance e ao mesmo tempo, deixar pra lá. Estava confusa quanto à isso. Mal sabia ela que ele também estava na mesma situação.
Kol era muitas coisas e uma delas: um galanteador mortal. Com apenas um sorriso e seus lindos olhos castanhos era capaz de fazer muitas mulheres o desejarem. Ele tinha total noção do efeito que causava nelas e adorava. Era completamente convencido e garantia-se ao máximo.
Só que com Marine era diferente. Ele não queria apenas conquistá-la para uma noite quente. Ele a queria ao seu lado em todas as noites e não somente para o sexo.
Queria poder tocá-la de forma carinhosa e também sensual. Beijá-la com urgência e lentamente. Tê-la como sua amiga e companheira.
Resolveu aceitar que tinha apaixonado-se à primeira vista por ela. Não era de seu feitio mas tudo tem uma primeira vez.
Reconhecia que Marine Crawford valia a pena. Só restava saber se ele seria correspondido. E ele tinha certeza de que iria lutar por sua atenção.
— Se você não fosse vampira, juraria que era uma deusa. — Kol disse, arrancando uma curta risada da menina. — E eu diria que Afrodite.
— Uau, Kol Mikaelson sabe fazer cantadas. — Abriu os olhos e o olhou, sorrindo.
— Sei, sim. — Riu. — Suas pernas não doem de tanto fugir do meus sonhos à noite?
— Tenho medo de como são seus sonhos comigo. — Brincou.
— Com certeza são eróticos. — Piscou, a deixando sem palavras inicialmente e acabaram por rir alto.
— Você não presta, Kol.
— Nunca disse que prestava, Darling.
— Kol... — O chamou, arrepiando-se com o apelido dito perto de seu ouvido. Queria o perguntar algo mas estava receosa.
— Fale.
— Nada, esquece.
— Pode falar, Darling. Eu não mordo ao menos que você peça.
— Você... — Tentou começar mas viu que havia uma cesta atrás do mesmo. — O que é isso? — Apontou.
— Uma cesta de piquenique. Trouxe para podermos conversar e nos conhecer melhor.
— Me seguiu para saber que estava aqui?
— Não! — Falou rápido, como se estivesse ofendido, e a viu arquear a sobrancelha. — Sim.
— Bom, tudo bem. Vamos fazer esse piquenique.
Sentaram-se ao chão, após estenderem a toalha e serviram-se com um copo de suco e sanduíches. Marine foi abrir a cesta, deparando-se com algumas bolsas de sangue. Riu, pegando uma e o encarando.
— Sério?
— Não estaria completo sem sangue. — Pegou da mão dela para tomar. Seu olhar sedutor mantinha-se aos de Marine, deixando-a desconcertada. Lambeu os lábios e fingiu que nada aconteceu. — E então? O que queria dizer?
— Ah... É... — Amaldiçoou-se por não conseguir dizer normalmente já que nunca ficou assim. — Sobre o ocorrido, em seu quarto... Sabe...?
— Ocorrido? Não, sei não. — Fingiu. Ele queria a ouvir.
— Ah... Qual é, Kol?! Sabe sim.
— Mas qual é o ocorrido?
— O "beijo"... — Estava ficando cada vez mais sem graça e pensando que o melhor era ter ficado quieta.
— Beijo? Que beijo? Você quis dizer esse beijo?
— Como assim "esse beijo"? — Perguntou e foi surpreendida com ele beijando-a mais uma vez.
Totalmente inesperado e diferente da primeira ocasião, que foi um "simples" selinho, Kol quis aprofundar, colocando sua mão na nuca da garota, puxando-a para mais perto.
Ela arrepiava-se por inteira com seus toques e o beijo a deixou acesa. Sentia um carinho em seu rosto e sorriu durante o ato, retribuindo as carícias no rapaz.
Kol, se fosse humano, sentiria o coração acelerar absurdamente. Era como se tivesse uma banda tocando em seu peito e a adrenalina estava em alta. Ele estava adorando essa sensação, ao ponto de a puxar para seu colo e intensificar mais.
— Ei... Teremos tempo para isso, apressadinho! — Riu baixo, afastando-se lentamente.
— Pode apostar que sim. — Sorriu, gostando de saber que havia uma possibilidade de continuarem em um outro dia. — Essa situação é engraçada.
— Engraçada? — Questionou, confusa.
— Sim. Se fosse outro tempo, eu teria ido embora, sem mais delongas. Mas com você, quero continuar aqui. Vale a pena conhecer você. — Deu de ombros, tomando mais uma bolsa de sangue.
— Kol Mikaelson está mesmo me dizendo que valho a pena?
— Sim. — Sussurrou contra seus lábios, beijando-a novamente.
A tarde continuaria passando deste mesmo jeito para os dois.
➖ ⚜➖
Mais um capítulo pra vocês e dessa vez, desse casal que estou amando muito. O que acham de Kol e Marine?
O que aguardam para o próximo?
E espero que tenham gostado do capítulo! Não esqueçam do voto de vocês e de comentarem pois é importante para o crescimento do livro.
Ah! Postei livro novo de Julie and the Phantoms. Caso queiram dar uma olhadinha nele e nos meus outros, basta irem em meu perfil. 💕
Beijinhos e mordidas, Lobinhos! 🐺🌕
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