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— N A R R A D O R A
Lia, Klaus, Marine, Kol e Elijah foram até a loja de voodoo para encontrar o grupo de caçadores. Esperaram por longos minutos até verem o tal Kane, da ligação, com Patrick e companhia.
Eles procuravam, do outro lado da rua, o caçador abatido por Ava. Tentaram ligar e o mesmo não atendia, os deixando frustrados.
— Pra que isso? — A Crawford mais velha perguntou ao Mikaelson mais novo.
— Meu taco de basebol da sorte. — Sorriu e olhou para fora, revirando os olhos. — Ah, por favor. Estão parecendo uma boyband desnorteada. — Kol debochou, mexendo nas ervas da loja. — Estamos em uma guerra contra eles?
— Kol...
— É sério, Marine. Estão em cinco. Todos procurando aquele patético lá já morto. Eles são quem...? Diz uma boyband com cinco integrantes da atualidade. — Pediu ajuda à Lia. — One Direction?
— Kol, também estamos em cinco. — Ela apontou para todos. — E a One Direction acabou.
— Como sabe disso, Darling?
— Não importa. Só quero saber se aqueles atrapalhados vão demorar muito para entrarem aqui ou terei de ir até lá.
— Vamos esperar, Niklaus.
— Elijah, sempre cortando o clima. Desde quando esperamos?
— E por que estamos esperando? Qual é! A boyband ali não faria falta. E estou com fome.
— Que seja. Eles precisam entrar aqui. Tenho mais o que fazer. — Lia disse e tendo algo em mente, fingiu ter deixado algo cair na entrada da loja, saindo e sendo vista por Kane. Como se não tivesse reparado, voltou. — Pronto. Agora eles virão.
— E eu achando que era burra, Amor. Brilhante!
— Seu erro é achar que sempre sabe das coisas. — Sorriu, sarcástica. Logo o grupo entrou na loja, apontando a arma para a morena. — Opa, cavalheiros.
— Nossa ordem é atirar em você, vadia. Será rápido.
— Atirem. Não vão me matar mesmo.
— A não ser que as balas sejam especiais, então... Irmã, sai de perto deles. — Marine sussurrou, a puxando para perto.
— Rapazes. — Elijah chamou a atenção, ficando na frente da mulher ameaçada. — Soube que o amigo de vocês... Morreu. Meus pêsames.
— E se não quiserem cooperar com a gente, acabarão da mesma forma. — O irmão bastardo sorriu, sadicamente, de braços cruzados e encostado na parede.
— O que meu irmão, Niklaus, quis dizer é que daremos uma chance para nos contar absolutamente tudo o que acontece dentro daquela fortaleza.
— Não estamos abertos à acordos. Nossa ordem não é matá-los, embora queremos muito.
— Vão embora assim? Sem nenhum tiro em mim?
— Quando você menos esperar, vadia. — Kane saiu, acompanhado de seus parceiros.
— Vamos deixá-los irem?
— Paciência é uma virtude, Amor.
— Não sabia que Niklaus Mikaelson tinha. — Ironizou.
— Seu erro é achar que me conhece, Love.
— Quem não conhece, que te compre. Embora não valesse nem um dólar.
— Já chega os dois! Discussão de lua de mel para depois.
— Sua irmã sabe ser bem louca né, Sweetheart?
As duas o ignoraram e saíram dali, seguindo o grupo de caçadores. Chegaram perto das docas e os avistaram entrando em um dos abrigos. Com certeza era o ponto de encontro deles. Ficaram ouvindo a conversa, pontos estratégicos, ordens...
Logo os originais chegaram e as meninas os impediram de entrar sem antes bolarem um plano para abordá-los novamente. Reconheciam estarem sendo imprudentes e poderiam falhar.
Sem muita paciência, Klaus estava prestes à colocar tudo a perder. Malia segurou seu braço, o fazendo a olhar. Kol e Marine fizeram uma ronda pelo local, procurando mais caçadores.
— Não temos um plano.
— Eu tenho um: Ataque.
E então, entrou derrubando alguns homens, matando outros e deixando o grupo de cinco ainda vivos. Malia revirou os olhos segurando o que iria pegar a adaga, quebrando seu braço.
Elijah cuidou dos três, deixando Patrick e Kane com Malia e Niklaus. O híbrido estava sorrindo, com a boca suja de sangue para amedrontá-los. Elijah tentou compilar Kane, o que não deu muito certo.
— Você é otário, cara? Usamos verbena.
— Não seja por isso.
— O que fará? — Lia murmurou para Nik. Não a respondendo, ele pegou a adaga de sua mão e cravou na perna do caçador. — Previsível.
— Irei tirar toda a verbena do seu corpo assim como dos seus amigos. Serão meus informantes naquele lugar.
— Não iremos fazer isso! Nunca serviríamos vocês! — O ruivo, caído no chão, saiu correndo, sendo surpreendido pelo casal entrando.
— Quanta falta de educação, cara. A boyband não é nada sem você, Cara Normal de 22 anos. — Kol sorriu e o bateu com o taco bem forte. Deu, pelo menos, quatro golpes. — Viram? Meu taco da sorte.
— Ele está morto?
— Não, Linda. Só o apaguei. — Sorriu para Marine.
— E então? Como vai ser? — Nik perguntou e Patrick atirou um pedaço de madeira em Kol, o desacordando. — Do jeito difícil. Gosto também.
⚜
Niklaus levou-os para sua casa, mais precisamente o porão. Os deixou pendurados, sangrando para que a verbena fosse expelida dos corpos. Ele estava os vigiando enquanto brincava com sua adaga, pensando em sua filha e em como ela estaria com Hayley.
Kol acordou depois de uma hora, dando um susto em Marine, que cuidava dele no quarto. O original estava querendo arrancar a cabeça do caçador que havia atirado nele. Ela tentou o acalmar, dando um tapa em seu rosto.
— Chega de piti.
— Bruta. — Massageou o rosto.
— Você não calava a boca.
— Tinha uma bela forma de calar.
— É? E como seria? — Kol a deu um selinho rápido, querendo aprofundar um beijo.
— Lírio, como ele... Está? — Lia chegou no exato momento, repreendendo-se. — Vejo que bem. Volto outra hora. Na verdade, não. Volto não. Divirtam-se. — Saiu, dirigindo-se ao porão.
— Sua irmã é bem legal.
— Diz isso só porque ela falou para nos divertirmos, seu pervertido. — Riram.
— Podemos nos divertir. O que acha?
— Vai dormir, menino! — O empurrou de leve, saindo do quarto.
— Foge, mas gosta. — Sabia que ela ouviria. Deitou-se e dormiu.
Lia chegou ao porão, percebendo Klaus perdido em pensamentos. Se aproximou e pôde ver o estado dos caçadores. Queria entender o motivo de toda aquela loucura.
Era até que compreensível o ódio e pavor dos humanos pelos monstros, todavia, por que criar mais? Qual é a finalidade da guerra?
— Vulnerabilidade. — Por uns instantes, achou que o híbrido tivesse lido seus pensamentos. — Eles estão demonstrando vulnerabilidade assim. Não te satisfaz? Essa sensação de poder e controle.
— É isso o que te mantém vivo?
— Passou à ser depois da minha transformação. Estar no poder e aterrorizar à todos é o que me manteve vivo durante 1000 anos. Foi com essa sede de liderança que cheguei onde queria e conquistei essa cidade.
— Fazer as pessoas te temerem. Uma boa forma de sobrevivência, admito. Só que numa dosagem considerável, claro. Ter o controle da situação é fundamental.
— Como assim, Amor?
— Você precisa filtrar quem deseja atingir afinal, ainda há pessoas que te amam e que se importam com você. Por mais que muita das vezes não mereça esse amor e compaixão.
— As pessoas que me amam já me apunhalaram.
— E quantas vezes você as apunhalou?
— Foram necessárias.
— É mesmo? Não se questiona se valeu a pena?
— Claro que não. Eu tenho uma cidade inteira nas mãos. Poder.
— Família é poder, Niklaus.
— Está andando muito com Elijah.
— Não. Estou apenas dizendo algo que digo para mim mesma todos os dias. Eu tenho uma irmã que precisa de mim e eu preciso dela. Não viro as costas quando não me convêm.
— Lição de moral agora, querida?
— Você tem uma filha, Klaus. Não acha que ela deveria reconhecer o valor da família, bondade e compaixão? Sei que por detrás dessa marra toda, há um bom homem.
— Não me ensine à educar minha filha, Amor. Você não é mãe. — Aquilo atingiu a mulher, muito mais do que deveria.
— É, tem razão. — Preferiu desviar o olhar, o ignorando mais uma vez.
— O que aconteceu? — Acabou preocupando-se, porém, não obteve resposta. — Eu fiz uma pergunta! Quero que responda! — A puxou pelo braço.
— Acontece que nem tudo o que queremos, podemos ter!
— Há uma história, não é? Sobre o que falei...
— Sempre há. Da próxima vez, você tem a opção de ficar quieto.
Deixou o recinto, sem olhar para trás. O original acabou se sentindo culpado, atirando uma faca na parede e resmungando de raiva.
A Crawford chegou em seu quarto, se jogando em sua cama e sentindo seus olhos marejarem. Lembranças vinham com força, a deixando com dor de cabeça.
Tudo o que ela queria era esquecer mas era impossível.
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