•◈- PRÓLOGO
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A SUA RESPIRAÇÃO AMEAÇAVA LHE SABOTAR, tinha tudo menos coragem naquele momento, mas não podia fracassar, não agora.
Toda sua vida havia citado de ponto cabeça nas últimas semanas, e por mais que tentasse não se martirizar, sentia que tinha sua parcela de culpa. A reserva não era mais a mesma, ela tinha um cheiro estranho agora, algo que ela não sabia distinguir.
Seus sonhos se tornaram pesadelos, dos mais sangrentos aos mais impossíveis. Talvez fosse estresse, ela não assumiria que seres da noite existiam, não assumiria que guardiões da reserva caminhassem livres por todo aquele lugar. Eles não existiam.
Mas então, as forças de seus sonhos lhe levaram até ali. Havia sido um dos piores, o primeiro que, de fato, era violento. Foi quando seu cérebro cogitou a possibilidade e desejou que fosse mínima, que ela fosse até aquele lugar e não tivesse nada mais que vento e sua eu incrédula por acreditar em sonhos estúpidos.
Mas não foi isso que seus olhos viram, ou melhor, viram por uma segunda vez. O homem machucado estava lá, deitado e sangrando.
Era possível ver a forma que sua barriga mexia, e ela claro ver que o sangue precisava ser estancado antes que não lhe restasse mais uma gota. Suas mãos trêmulas trabalhavam em estancar o sangue que saia como água, de forma livre e rápida. E sua mente trabalhava em tentar criar um plano para tirá-lo dali. Caminhar não era possível, suas pernas foram os alvos dos ferimentos, e também não conseguiria carregá-lo, ele era o dobro de seu tamanho.
Foi então que pensou em uma das únicas pessoas que tinha como contato salvo em seu celular. Foram necessários duas ligações, através de um grande malabarismo para que pudesse ser atendida, a ligação do outro lado era falha, como se o telefone estivesse entre folhas, mas logo ficou mais clara quando uma voz cansada e temerosa soou.━━ Willow, eu estou resolvendo um probleminha.— Respondeu esbaforido, e apressado.— Eu te ligo mais tarde, pode ser...
Ele não poderia desligar, não agora. Ela não poderia ligar para sua mãe, e seu avô não conseguiria chegar tão fundo na floresta, e então, ela não teria mais contato algum. Era os três únicos. O desespero tomou seu corpo quando ela gritou para o outro lado da linha.━━ Quil, eu encontrei um corpo.
Silêncio, foi isso que ela escutou, já não tinha mais a respiração ofegante e nem o barulho das folhas, seu primo ainda estava ali, mas estava estatístico a julgar pelo mínimo barulho.
━━ O que?— Um fino resquício de voz chegou até ela, junto com um barulho de algo alto se aproximando, não dela, era de Quil.
━━ Estava na floresta, encontrei um corpo.— Ela rapidamente prendeu o celular entre o ombro e o ouvido para que continuasse usando as duas mãos para estancar o sangue, sua jaqueta já estava ali, encharcada pelo líquido.— Ele está sangrando muito, estou tentando ajudar, mas aqui não tem como, preciso que ele vá para a clínica.
Mais um som alto, Willy se perguntou o que estava acontecendo, era claramente alguém ou algo se aproximando do seu primo, mas quem era a pessoa que emitia um som tão alto.━━ Quem é a pessoa?
Foi então que ela lembrou, durante todo aquele tempo, ela não se preocupou em saber quem era e sim em salvá-lo. Levou uma de suas mãos até o rosto da vítima, coberto por seu longo cabelo, e então, sua respiração se viu, outra vez, presa em seu peito.
━━ Quem é a pessoa, Willow?!— Quil soou um pouco mais alta, talvez apavorada.
━━ Harry Clearwater.
Um grande estrondo foi escutado, e logo, os barulhos que uma vez se aproximaram de Quil, se afastaram rapidamente.━━ Eu estou indo até você.
A Ateara não respondeu, apenas respirou fundo pedindo forças, muita força para que se mantivesse sã. Aquela pessoa ali era importante para a reserva, e a vida dela estava em suas mãos. Ele era um bom pai, um bom marido, um bom homem. Não merecia morrer de forma tão dolorosa.
Seu corpo esquentou, se forma que ela não entendeu, o frio de antes não existia mais, e havia deixado de tremer. Suas mãos redobraram a força, na intenção que o sangue simplesmente parasse, e de repente, aquilo funcionou. O sangue abruptamente parou, sem explicação plausível, mas um novo medo se estudou, talvez tivesse parado na parte inferior, continuasse dentro de seu corpo. Ela precisava levá-lo até um hospital, talvez até sua mãe.
Seus ouvidos captaram um som, passos, para ser mais preciso. Estavam calmos, calmos e mais para ser Quil ou qualquer outra pessoa que tivesse vindo ajudar, e por intuição se colocou de frente ao homem machucado.
Não teve tempo para procurar, a criatura estava em sua frente, olhos vermelhos e um sorriso macabro, e algo dentro de si lhe dizia que aquela figura estava culpada pela cena tão cruel de outrora.
━━ Achei você.— Sua voz era grave, no entanto, melodiosa. A figura se aproximou em passos lentos e ameaçadores.
Seus olhos se fecharam em um força descomunal, e todo seu ser implorou para que aquela criatura do mal não lhes machucasse ainda mais, todo seu ser gritava e esbravejava.
O silêncio foi sua resposta, sem passos.
E antes que pudesse abrir os olhos, um grito alto e doloroso ecoou por toda a floresta. E não era seu.
01| Aqui está o prólogo..eu dei uma reajustada no plot, e agora to até gostando mais da históriaaa.
02| estou trabalhando de segunda a segunda, então está complicado de escrever, mas pelo menos tem prólogo né.
03|O que acharam do cap? Bem curto, né..
04| Eu sempre estou postando edits e spoilers no tiktok, vão lá dar uma olhadaa! Inclusive, adoro os comentar de vocês 😅
05| Não seja um leitor fantasma! Comente, vote, interaja..mas lembre-se, todos aqui tem sentimentos. Seja legal com o coleguinha.
Até breve! 💚
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