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Abigail sentia seu corpo mole e sua cabeça doía. Era como se estivesse meio acordada, meio dormindo. Sentia que uma parte sua estava, a maior parte não. Ao ouvir a voz de Tony ela se remexeu. Logo, sentiu os lábios dele tocando sua testa, e a chamando.

-Abby?

Ela abriu os olhos e encontrou os dele. Os olhos de Tony estavam vermelhos, indicando que ele havia chorado. Ela olhou ao redor e finalmente notou que estava num hospital.

-Por que eu tô aqui?- murmurou com a voz fraca

Um vinco profundo se forma entre as sobrancelhas de Tony. Ele segurou a sua mão e seu lábio inferior tremeu um pouco antes que começasse à falar, com cuidado:

-Você sofreu um aborto.- ele segurou a sua mão com mais força

Ele à olhava aflito temendo a reação de Abby. Mas ela apenas franziu o senho em confusão e maneou a cabeça.

-O-o que? Não tem c-

Abby abaixou a cabeça e começou a mexê-la freneticamente em negação. E quando ergueu seu rosto para encarar Tony. Ele apenas se segurou para não chorar ao ver as lágrimas descendo pelo rosto da mulher.

-Eu estava... estava grávida?- sussurrou ela

Tony apenas abaixou a cabeça e assentiu. Era estranho sentir falta de quem não conheceu? Era estranho imaginar momentos dos dois com aquela criança que nem chegaria à nascer?

Se tivesse ao menos tentado à manter longe de toda aquela bagunça, provavelmente ela não estaria passando por aquela dor.

Seu coração se partiu ainda mais quando viu Abby direcionar a mão para a barriga. Ele conseguia imaginar o quanto aquilo estava doendo nela. O sonho de Abby era ser mãe, ela teria recebido aquela gravidez com amor.

Abby se encolheu na cama, abraçando os próprios joelhos. Quando ela começou a chorar. A soluçar. Tony se esgueirou para a cama do hospital e envolveu nos braços.

Naquele momento todos os pensamentos possíveis rodavam pela cabeça de Abby. Tudo que havia acontecido doía. O vídeo da morte de seus pais ainda se repetia várias e várias vezes na sua cabeça. Eles haviam sido tirados dela. E agora aquilo. Uma vida estava crescendo dentro dela e simplesmente não está mais? Não parecia real. Não era justo.

Longos minutos se estenderam, com Abby chorando nos braços de Tony. Até a médica entrar para explicar e dar detalhes do que havia acontecido. Mesmo meio sonolenta, Abby ouviu a mulher falar que ela estava com aproximadamente quatro semanas, e que aborto poderia ter sido causado por algum dos impactos físicos durante os últimos confrontos, ou o estresse, o impacto emocional que os últimos acontecimentos haviam causado. Provavelmente nunca saberiam o que realmente havia acontecido. A última coisa que ouviu foram as recomendações da médica. Depois disso, Abby simplesmente virou o rosto e ignorou o que a mulher falava.

Quando a médica saiu, Tony esperou que Abby falasse algo, qualquer coisa, mas ela nada disse. Seus olhos pareciam vazios. Ela seguiu daquele jeito, sem falar nada, durante todo o tempo que ficou no hospital.

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Tony estava saindo do seu quarto e indo para a cozinha pegar os remédios que Abby deveria tomar. Depois de Abigail passar algumas horas em observação, haviam saído do hospital naquele mesmo dia.

Tinha levado Abby para seu apartamento, para que pudesse cuidar melhor da mulher. Ele nunca tinha à visto tão mal como ela estava naquele momento. Descobrir sobre a morte dos pais e o aborto logo em seguida, havia sido demais para ela.

Ao chegar na cozinha se deparou com Amy. A garota também ficaria no apartamento, para ficar próxima da irmã. Ela estava sentada no banco, e olhava para o nada com um copo de água nas mãos. Quando ela notou a presença de Tony, perguntou:

-Nada?

Ele negou e foi até o armário pegar os remédios.

-Acha que ela vai voltar a ser nossa Abby?

Tony virou-se para Amy.

-Acho que ninguém é capaz de continuar sendo o mesmo depois de viver o que a Abby viveu- ele viu o rosto triste de Amy então logo se apressou a falar- Isso não quer dizer que ela vai ficar triste pra sempre. Ela só precisa de tempo, Amy.

A garota sorriu triste e abaixou a cabeça. Antes de Tony sair da cozinha, se aproximou de Amy e à abraçou de lado.

-Vamos ajudá-la a passar por isso, pirralha.

Ela o abraçou de volta, e depois de alguns segundos lembrou de algo, então perguntou eufórica:

-Vocês estão mesmo noivos?
-Como é que você sabe disso?
-Antes de tudo acontecer, Abby me mandou uma foto de um anel de papel com a legenda estou noiva- Amy fez uma pausa e olhou para Tony- Aliás, Anel de papel? O que aconteceu? Tá falido?
-Você é tão engraçada, Amy.

Tony saiu da cozinha mesmo com os protestos de Amy querendo saber como havia sido o pedido.

-Vai dormir, pirralha!- gritou, já na escada

Seguiu novamente para o quarto. Ao entrar no lugar, seu olhar foi diretamente para a cama, onde Abby estava completamente encolhida. Quando ela viu que ele estava com os remédios, sentou-se na cama silenciosamente.

Abby estendeu a mão e Tony à entregou o remédio e o copo de água. Depois de engolir a pílula, colocou o copo na mesinha ao lado. Ela direcionou seu olhar para Tony, que estava prestes à sair do quarto.

-Não vai se deitar?- questionou num tom baixo

Tony que não esperava que a mulher falasse alguma coisa naquele momento, já que ela não estava falando nada nas últimas horas, ficou meio atordoado, mas logo deu um sorriso mínimo e respondeu:

-Vou sim.

Deu a volta na cama e se deitou rapidamente. Abby ficou de costas para ele, então ele assumiu que ela não queria conversar ou algo do tipo. Fechou os olhos tentando dormir, mas longos minutos se passaram e ele se remexia desconfortável na cama, por não conseguir pegar no sono.

Ainda de olhos fechados, sentiu os braço de Abby envolverem sua cintura.

-Não consegue dormir?

Ele apenas balançou a cabeça.

-Você não tá bem.- comentou Abby
-Por que acha isso?
-Conheço você.- ela o encarou

Tony levou a mão até os cabelos de Abby e começou à fazer um leve carinho. Respirou fundo antes de falar.

-Estou com medo de dormir e ter um pesadelo.- admitiu ele- E você?
-Acho que o mesmo e-
-E..?- incentivou ela à continuar

Ela abaixou a cabeça, desviando olhar.

-É só que... íamos ter um filho se aquilo não tivesse acontecido- Abby falava num tom quase inaudível- E eu fiquei me perguntando qual seria sua reação...boa ou ruim.

Tony segurou o rosto de Abby e à fez o encarar novamente.

-Quando eu disse que queria tudo com você, era tudo mesmo.- murmurou sério e convicto
-Acha que eu teria sido uma boa mãe?
-Teria sido a melhor.
-Tá doendo muito. Queria não ter perdido. Queria não ter visto a morte dos meus pais, aliás preferia ter continuado na ignorância, sem saber que eles foram assassinados. Eu só quero chorar.

Ele à envolveu num abraço apertado e disse:

-Chora! Eu tô aqui com você. Não vou sair do seu lado.
-Não é pra você se colocar em segundo plano e se preocupar só comigo. Um cuida do outro. Promete que vai conversar comigo quando estiver pronto pra se abrir?
-Prometo, docinho. Um cuida do outro, não é? E eu vou cuidar de você agora. Pode chorar, colocar tudo pra fora.

Abby se aconchegou mais nos braços de Tony. Ela chorava ao ponto de soluçar e seu corpo todo tremer. Tony à apertou mais em seus braços quando ela começou à chamar o nome dos pais. Os dois ficaram naquela posição por tanto tempo, que não perceberam quando se aconchegaram mais nos braços um do outro, e dormiram.

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