Abby só queria fechar os olhos e não pensar em mais nada. Os pensamentos à atormentavam, à faziam querer gritar. Ela não conseguia parar de pensar em todas as decisões diferentes que poderia ter tido para não está ali naquele hospital. Para Rhodes não está ali.

Quando recebeu a notícia que Rhodes não voltaria à andar, começou à andar atordoada pelo hospital, e entrou no primeiro quarto vazio que encontrou. Estava deitada na cama encarando teto havia um tempo, poderia ter passado minutos ou horas, Abby não saberia dizer.

Abigail sentia que era sua culpa. E naquele momento entendia de verdade o que Tony sentia. Não dava para controlar esse sentimento, parece que ele vai te correndo até você não aguentar mais. Sentimento de culpa é um abismo sem fim.

Ainda encarando o teto, Abby ouviu a porta do quarto sendo aberta, não moveu um músculo e não precisou olhar para saber que era Tony. Ela não sabia como, mas de algum jeito sempre sentia quando Tony estava no mesmo ambiente que ela. Não era seu cheiro ou algo do tipo, algo ardia no seu corpo e se sentia levemente agitada. Quando sentia aquela sensação que não sabia explicar, era porque Tony estava por perto.

Ele se aproximou e juntou-se à ela, deitando na cama e à abraçando. Abby o abraçou pela cintura, tomando cuidando para não tocar no braço que estava imobilizado por uma tipóia.

Abby ficou com rosto enterrado no peito de Tony, enquanto ele fazia carinho no seus cabelos.

-Você tá melhor?- indagou ele depois de minutos em silêncio

Ela ergueu o rosto para o encarar e viu preocupação nos olhos chocolate. Mas algo diferente aconteceu quando Abby o encarou, foi como uma epifania. Ela o amava. No fundo já sabia há muito tempo, mas naquele momento ela admitiu para si mesma aquela amor intenso e incondicional. Poderia tê-lo perdido, e só de pensar em não tê-lo do seu lado para o resto da vida, seu corpo inteiro doía.

-Eu amo você.- Abby viu a expressão de surpresa de Tony- Eu falei do nada, né? Mas é que você tem saber. Eu te amo tanto, que eu acho que eu não sei mais viver sem você. Tô cansada de dizer que temos que esperar tudo isso passar pra termos uma vida tranquila, talvez nunca tenhamos pois nossas vidas não são normais, mas isso não importa, qualquer vida com você é incrível. Mais pessoas poderiam ter saído machucadas hoje, inclusive um de nós, isso me fez ver o quanto a vida é curta. Eu quero viver cada segundo do resto da minha vida com você, pois eu te amo- e disse mais uma vez- Eu te amo, e não sei de que outra maneira dizer isso.

Quando parou de falar e analisou o rosto de Tony. Ele estava com a boca entreaberta e Abby não saberia dizer qual expressão estava no rosto dele. Talvez... atônito? Então ela começou a falar exasperada:

-Não precisa responder agora, as-

Tony à interrompeu tomando o seus lábios, ele começou a beijá-la como se sua vida dependesse disso. Era um beijo diferente de qualquer outro que já haviam dado. Como um primeiro beijo, um beijo de puro amor. Como se quisessem demonstrar tudo que sentiam um pelo outro naquele ato.

Eles se separaram ofegantes e colaram suas testas.

-Você não vê? Eu amo você, Abby- murmurou ele, com os lábios roçando sua boca- Amo tanto que não consigo respirar quando você está longe. Abigail Rose Griffin você é a mulher da minha vida. Quero uma vida inteira com você, quero tudo com você. Quero casar com você.

Abby o encarava com os olhos brilhando, e franziu o senho quando ele se arrastou para fora da cama. Já de pé, Tony pegou um papel que estava ao lado. Abby sentou-se na cama e observou o papel ser moldado como um anel. Ela arregalou os olhos quando ele se aproximou e segurou sua mão.

-Como eu não planejei isso, não tenho um anel de verdade pra te oferecer, esse é simbólico, mas prometo que amanhã vou arrumar um anel que seja digno de você.- ele sorriu um pouco- Eu... eu nunca planejei me casar. Mas bastou te beijar pra tudo perder o sentido. Eu fui um idiota por ter demorado doze anos pra notar que era você a mulher com quem quero envelhecer. Então... Abigail Rose Griffin, você quer se casar comigo?
-Você quer se casar comigo?- indagou ela, e uma lágrima escorria pelo seu rosto
-É tudo que eu mais quero.- respondeu sem desviar o olhar
-Eu também quero. Quero tudo com você.- sua boca se curvou num sorriso
-Isso é um sim, docinho?
-Sim, um enorme sim.

Tony à tomou nos braços, em um abraço apertado. Se afastou um pouco e deslizou o anel de papel no seu anelar, e logo em seguida à deu um beijo intenso, repleto de amor.

-As vezes nós parecemos dois adolescentes.- brincou ela, rindo
-Concordo, futura senhora Stark.
-Olha... isso soa muito bem.

Os dois continuaram rindo e com sorrisos bobos como se tivessem esquecido que estavam num quarto de hospital. Depois de alguns minutos, Tony decidiu mostrar o que Friday havia encontrado do upload da polícia de Berlim, onde constatava que o verdadeiro psiquiatra havia sido morto.

-Isso quer dizer que Rogers estava certo?- questionou Abby
-Sim.
-Quem é esse homem que tramou tudo isso?
-Mandei Friday investigar tudo, logo saberemos, mas... eu preciso ir, tenho que ajudar Rogers à parar esse cara.
-Eu vou com você.

Ele ponderou e indagou:

-Tem certeza?
-Claro que sim, não vou te deixar ir sozinho. Aliás, não sabemos pra onde o Rogers foi.

Tony abriu a porta do quarto para que os dois saíssem.

-Por isso iremos à balsa.
-A prisão submarina? Fazer o que lá?
-Wilson e os outros foram presos, Ross os mandou pra lá.
-O que? Esse cara é louco? Os prender na balsa já é exagero.- esbravejou ela
-É, pois é. Mas temos que falar com o Wilson, ele com certeza sabe pra onde o Rogers foi.- falou ele, passando pela saída, juntamente com Abby
-Somos as pessoas que o Sam mais deve odiar no momento, não acho que ele vá falar.
-É nossa única alternativa.

Ela então deu de ombros e disse:

-Então tá. Hora de conhecer a famosa Balsa.

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Durante toda a viagem de helicóptero até a prisão, Tony e abby viram tudo que Friday havia descoberto sobre o falso psiquiatra. Inclusive que seu nome era Helmut Zemo, e que o homem havia liderado um esquadrão assassino de Sokovia. O principal, ele havia explodido o prédio da ONU, e não Bucky Barnes. Logo mandaram todas aquelas evidências para Ross.

Quando aterrizaram na balsa, estavam prestes à descerem do helicóptero, quando Tony observou Abby se curvar e soltar um gemido de dor. Ficou preocupado de imediato, e perguntou:

-Abby? O que foi?
-Não é nada.
-Você tá com dor. Você devia ter deixado que te examinassem no hospital, Abigail.- reclamou ele
-Eu tô bem, Tony. Foi só uma dor passageira.- resmungou e pulou para fora do helicóptero

Tony bufou pela teimosia da mulher, e ao sair do helicóptero se deparou com Ross, então disse:

-Recebeu os arquivos? Redirecione os satélites e começamos a procurar o rosto desse tal de Zemo.
-Acha que vou dar ouvidos à você depois do fiasco em Leipzig? por pouco vocês dois não estão presos aqui.

Abby lançou um olhar de desprezo para o homem, mas nada disse. Ela e Tony seguiram Ross até aonde ficavam as celas. Quando a porta se abriu, e Abby viu todos presos e principalmente Wanda Maximoff presa numa camisa de força completamente dopada, a culpa à acertou em cheio. Engoliu a seco ao receber os olhares de desprezo e raiva, e ouviu calada tudo que Clint falou para Tony e ela. Ao se aproximarem da cela de Sam, o falcão perguntou:

-Como tá o Rhodes?
-Vão levá-lo para o departamento médico de Columbia amanhã. Vamos torcer.- Tony fez uma pausa- Do que precisa? Tá com fome?

Abby fechou os olhos e maneou a cabeça em negação.

-Agora é o policial bonzinho?
-Só precisamos saber para onde o Rogers foi.-  disse Abby
-Então vão chamar o policial mau, porque você vai ter que pegar muito pesado comigo pra tirar qualquer informação de mim.- esbravejou Sam

Em menos de cinco segundos, Abigail hackeou o sistema pelo relógio que estava no seu pulso.

-Ela acabou de cortar o som da vigilância, temos trinta segundos antes deles perceberem o problema.- contou Tony

Tony projetou para Sam a imagem do psiquiatra morto.

-Esse é o sujeito que deveria ter interrogado o Barnes. Claramente eu cometi um erro.
-Nós cometemos.- corrigiu Abby
-Acho que vai chover.- ironizou Sam
-O capitão perdeu a noção, mas ele vai precisar de toda a ajuda que conseguir. Não nos conhecemos bem, mas...- murmurou Abby
-Tá legal!- exclamou Sam à interrompendo

Abby e Tony encararam Sam em expectativa.

-Tá, eu conto, mas vocês vão sozinhos e como amigos.
-Fácil.- falaram os dois ao mesmo tempo.
-Sibéria, antiga base da Hydra.

Abigail agradeceu e quando percebeu que o som havia voltado, fingiu está brigando com Sam. Logo eles saíram da área da celas e seguiram para onde o helicóptero estava.

-Ele disse alguma coisa sobre o Rogers?- indagou Ross gritando
-Não, nos mandou ir pro inferno, vamos pro complexo ao invés disso. Mas pode me ligar a hora que quiser, vou te colocar na espera, adoro ver a luzinha piscando.- Tony falou, entrando no helicóptero com Abby

Eles lançaram um sorriso torto para Ross, antes do havia decolar. Quando o helicóptero saiu da balsa e já estava à uma distância segura, Tony começou à tirar a tipoia do seu braço e Abby colocou a jaqueta que havia tirado antes. Os dois respiraram fundo e apertaram os botões que haviam ali.

Em seguida as suas armaduras foram surgindo e se ajustando ao seus corpos, enquanto saiam do helicóptero. Ao saírem, já completamente trajados, seguiram para a Sibéria.

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Ao chegarem na base, perceberam que algumas portas já estavam abertas, então entraram em silêncio, já supondo que Rogers e Barnes já estariam ali. Quando a armadura de Abby indicou que havia duas assinaturas de calor do outro lado de uma porta, ela e Tony forçaram a abertura. Quando eles se abriram revelaram os dois homem, com a arma apontada e o escudo erguido. Abby e Tony retraíram os capacetes do traje, revelando seus rostos. Entraram vagarosamente e Tony perguntou ironicamente:

-Tão na defensiva?
-Foi um longo dia.- respondeu Steve

Abby olhou para barnes que ainda segurava uma arma apontada para eles.

-Abaixa a arma, dory. Não estamos atrás de você.- esclareceu Abby
-Então por que estão aqui?
-Pode ser porque sua história não era tão louca. Talvez... o Ross não sabe que estamos aqui, então não conta pra ele.
-Senão vamos ter que prender à nós mesmos.- completou Abby
-É, parece que isso seria um problemão.

Os dois riram levemente e Steve abaixou o escudo.

-É bom ver vocês.- diz Rogers
-Você também.- respondeu Tony,

Abby apenas maneou a cabeça, e quando olhou outra vez para Barnes ele ainda estava com a arma apontada para eles.

-Tem como parar com isso, dory?
-É, desmemoriado. Tá rolando uma trégua aqui, abaixo isso.- falou Tony

O homem finalmente abaixou a arma, e os quatro começaram à andar pela base, à procura de Zemo. Estavam virando na curva de um corredor, quando Tony falou.

-Tem assinaturas de calor.
-Quantas?
-Uma.

Então eles entraram numa sala que estava completamente escura, mas logo luzes de câmaras de criogenia foram acesas revelando os outros soldados, dos quais Steve havia falado.

-Se serve de conforto, eles morreram enquanto dormiam.

Procuraram de onde vinha a voz e continuaram andando para dentro da sala.

-Acha mesmo que queria outros iguais à você? Mas eu sou grato à eles, trouxeram vocês aqui.

Quando identificaram de onde vinha a voz, Steve jogou o seu escudo.

-Por favor, capitão. Os soviéticos construíram essa câmara para aguentar lançamentos de foguetes UR-100.
-Te garanto que eu atravesso isso aí.- alertou Abby
-Com certeza consegue, senhorita Griffin. Com o devido tempo, mas nunca vão saber porque vieram.
-Matou pessoas inocentes em Viena só para nos trazer aqui?- questionou Steve se aproximando
-Eu não pensei em mais nada por um ano inteiro. Eu estudei você. Eu segui você. E agora que você está aqui, eu acabo de perceber que tem um pouco de verde no azul dos seus olhos- o homem fez uma pausa e riu- Que bom encontrar uma falha.
-Você é de Sokovia. Está aqui por isso?

Abby e Tony se aproximaram da câmara de onde Zemo estava.

-Sokovia era um país falido muito antes de vocês o destruírem. Não, estou aqui porque fiz uma promessa.

Abby olhou para o rosto do homem e perguntou:

-Você perdeu alguém?
-Perdi todos que conhecia. E vocês também vão perder.

O homem apertou um botão num painel que estava dentro da câmara, e ligou um computador que estava próximo à eles. Abby e Tony caminharam para perto do computador.

-Um império derrubado por seus inimigos pode se reerguer, mas o que desmorona de dentro pra fora... esse não. Cai de vez.

Quando Abby viu a imagem congelada seu coração parou. Era seus pais dentro de um avião, aquele foi o dia da morte deles.

-O que é isso?- indagou para Zemo
-Dominic e Melissa Griffin... construíam armas, não é?- murmurou Zemo sem desviar os olhos de Abby- Vou contar uma história pra você. Um belo dia Dominic aceitou produzir armas para um homem chamado Gideon Malick, na época líder da Hydra.
-Meu pai nunca trabalharia pra Hydra.- esbravejou ela
-Não que soubesse. Gideon Malick estava infiltrado no Conselho de Segurança Mundial, então seu pai achava que estava trabalhando para o governo. Um belo dia sua mãe, uma mulher esperta, descobriu sobre Malick. Ela e seu pai estavam construindo uma arma que Malick havia encomendado, uma arma perigosa. Então eles decidiram viajar para longe e esconder essa arma.

Zemo deu um sorriso perverso e colocou o vídeo para rodar.

-Mas isso aconteceu.

No vídeo da câmera de segurança do avião, Abby viu seus pais sentados lado a lado de mãos dadas, pareciam está esperando o avião levantar voo. Mas um homem entrou no avião e seus pais o olharam assustados. Dominic puxou uma arma, mas logo ela foi tirada de si pelo o homem, que logo começou à enforca-lo. Sua mãe gritava e esbravejava para que ele parasse, mas ele não parou. Em seguida ela caiu de joelhos ao lado do corpo já sem vida de seu pai. Ela ergueu os olhos para o assassino e no segundo seguinte ele passou a mão pelo seu pescoço. Abby observou o homem colocar os corpos de seus pais nas poltronas, como estavam antes. E antes de sair pegou uma maleta que estava num cofre.

Quando o avião decolou seus pais já estavam mortos. E quem os matou foi Bucky Barnes.

Naquele momento a dor que Abby sentia era tão grande que se tornou física, tudo doía. Bucky Barnes havia tirado o mundo não só dela, mas de sua irmã. Melissa e Dominic eram seu mundo, eram tudo para ela. Estava sem ar e sua visão estava turva pelo choro, mas viu Tony aparecer e segurar seu rosto com as suas mãos.

-Respira, Abby. Vai ficar tudo bem.- murmurou ele
-Ainda não.

Zemo trocou a fita por outra, e essa era de uma estrada. Abby se forçou à permanecer de pé e à prestar atenção no que aquele vídeo era.

-Eu conheço essa estrada

O vídeo começou à rodar. E parecia ser um acidente de carro comum, até Bucky Barnes aparecer numa moto. Abby logo reconheceu Howard, quando o viu se arrastar para fora do carro e pedir ajuda. Mas logo ele viu quem estava ali, e quando Tony ouviu seu pai murmurar Sargento Barnes, ele direcionou seu olhar para o homem que estava à sua frente. E em seguida Barnes, batia várias vezes seguidas na cabeça de Howard, enquanto Maria gritava pelo marido. Barnes arrastou o corpo do pai de Tony até o banco de motorista, e deu a volta no carro, caminhando para o lado aonde Maria estava. Ele à enforcou e em seguida atirou na câmera de segurança, então o vídeo finalizou.

Tony ameaçou atacar Barnes, mas foi segurado por Steve. Ele olhou para Rogers com os olhos lacrimejando e perguntou:

-Você sabia? Dos meus pais e dos pais da Abigail?
-Não sabia que tinha sido ele.
-Não vem de enrolação. Você sabia?

Abby esperou que Rogers respondesse, e aqueles segundos pareceram uma eternidade.

-Sim.

Tony se afastou assustado. Rogers era seu amigo. Se sentia traído.

Abby olhou para Tony, e naquele momento toda a dor foi substituído por ódio, ódio era tudo que sentia naquele momento. Queria vingança.

Quando Tony socou Steve, ela foi para cima de Barnes. Quando o pegou pelo pescoço o arremessou para que Tony o segurasse.

Abby segurou a cabeça de Barnes e a chocou com o duro capacete da sua armadura. Fez isso diversas vezes até ser puxada por Steve. Tony assumiu seu lugar, e começou a socar Barnes, Steve tentou interferir, mas foi impedido por Abby. Os dois entraram numa briga e Abigail conseguiu o prender. Mas quando ela estava prestes à ir até Barnes, Steve à segurou e a jogou longe no mesmo momento que estruturas ferro caiam. Isso fez que todo a estrutura caísse em cima do seu corpo.

Quando ela e Tony ouviram Rogers gritando para Barnes sair dali, os dois se apresaram para sair debaixo das estruturas de ferro.

-Não era ele. A hydra controlava a mente dele.- gritou Rogers
-Você tá mentindo.- esbravejou Abby

Ela e Tony se prepararam para voar até Bucky, mas Steve segurou a perna de Tony e começou à acerta-lo com o escudo. Então Abby voltou e acertou um soco em Steve, o fazendo cambalear para trás e soltar Tony.

Os dois voltaram a voar na direção que Barnes estava indo. Como o sistema de voo da armadura de Tony estava danificado, ele estava com mais dificuldade de chegar até Bucky.

Mas não Abby. Ela pegou Barnes e o segurou pelos cabelos e o arremessou na superfície de ferro plana que havia ali. Tony e ela atiraram, mas o tiro ricocheteou, pois Steve apareceu na frente de Barnes com o escudo. O tiro acertou o ombro de Abby à fazendo perder o equilíbrio, e no tempo que Tony se distraiu preocupado com Abby, Steve enrolou um tipo de fio no seu pescoço e o puxou para baixo. Abby pensou em ir atrás, mas logo viu Tony se libertar, então mirou na fechadura da abertura, pela qual Barnes estava tentando escapar, ela atirou. Fazendo com que grande abertura no teto de fechasse, e derrubasse Barnes outra vez.

Enquanto Tony era puxado outra vez por Steve, Abby foi até Barnes e conseguiu o segurar.

-Você tirou tudo de mim.

O homem deu um impulso os fazendo cair em queda livre, Abby jogou Bucky para que caísse em queda livre, e aterrissou no chão, ao lado de Tony.

-Isso não vai mudar o que aconteceu.- murmurou Steve
-Verdade, mas eu vou vingar a morte dos meus pais mesmo assim.- respondeu Abby
-Ele matou minha mãe.- vociferou

Tony partiu para cima de Steve, e Abby iria até Bucky outra vez, mas uma dor aguda e forte à fez estancar no lugar. Uma dor profunda. Uma dor que à faz cambalear para o lado.

Abby observava Tony numa briga com Barnes, quando caiu no chão, enquanto sua IA falava de sua temperatura corporal e pressão arterial. Mesmo com a visão turva, viu quando Tony arrancou o braço de metal de Bucky.

Então tudo começou à acontecer muito rápido. A dor que Abby sentia no estômago só piorava. E Tony já estava numa luta violenta com Steve. Depois de Tony finalmente conseguir o derrubar, Steve que estava no chão disse:

-Ele é meu amigo.

Algo inflou dentro de Tony ao ouvir aquilo.

-E eu era.

Tony o socou diversas vezes e o chutou para longe. Foi naquele momento que percebeu que Abby estava no chão, ele franziu o senho. E com essa distração, Barnes e Rogers conseguiram o derrubar.

Steve começou a acertar o capacete da armadura de Tony, com o escudo, diversas vezes. Abby saiu de dentro da sua armadura no exato momento que Tony retraiu seu capacete, e Rogers ia o acertar.

Ele não podia matá-lo. Não podia perder Tony. Não podia perder a pessoa que mais amava.

Então Steve cravou o escudo no peito de Tony, especificamente no reator. Quando Steve saiu de cima do corpo de Tony, Abby se obrigou à levantar e caminhar até ele. Caiu de joelhos ao lado de Tony.

-O escudo não pertence à você. Você não merece. Meu pai fez esse escudo.- bradou Tony

Rogers jogou o escudo ao lado deles, sem os olhar, e saiu carregando Barnes, sem dizer absolutamente nada.

Tony ouviu o grunhido de dor de Abby. E quando finalmente se voltou para ela. Seu olhar foi diretamente para sua calça que estava coberta de sangue. Ele à segurou quando viu seu corpo tombar para o lado.

-Abby. Ei! Não faz isso comigo.

Ele começou à procurar o ferimento, o local de onde estava saindo tanto sangue. Mas não havia nada.

-Tá doendo...- murmurou ela com o fio de voz
-Fica acordada, Abby. Eu te amo. Eu te amo. Só fica acordada.

Ela tentou. Tentou mesmo. Mas tudo ficou confuso, tudo que viu foi Tony desesperado à carregando no colo e murmurando que iria ficar tudo bem. Mas sua visão começou escurecer, e Abby não ouviu e nem viu mais nada.