𝟎𝟎𝟐
Um aviso rápido a todos, a fanfic não segue a linha temporal verdadeira ok? Na realidade quase se encaixa a uma AU (universo alternativo). Como uma viciada em história, passarei a colocar certas informações da realidade.
CAPÍTULO DOIS:
Noite dos Vidros Quebrados
ERA CRUCIAL que Newt tivesse entendido, com as poucas palavras, que ele não queria estar daquele lado da guerra e desejava que Albus impedisse que outras coisas ruins viessem a acontecer. Bem, Newt entendeu algumas coisas, era estranho alguém do lado oposto pedir para perder. O lufano entrou na sala enquanto a maioria dos alunos saiam após o fim das aulas de DCAT, Dumbledore se virou para ele:
─Você roubou meu-
─Está com o Gold...ele era seu namorado, não é?─Newt questionou, caminhando lentamente com sua maleta─Por isso não luta com nenhum dos dois
─Sim, exatamente isso─Albus assumiu dando um sorriso ao antigo aluno─Mas...não esta aqui pra isso, certo?
─Gwayne perguntou de você...e também pediu que você lutasse, que seria o único capaz de impedir isso
Albus não respondeu nada, muito menos demonstrou alguma reação. O pacto de sangue que fizeram na adolescência não impediam lutas, mas sim que sempre se perdoariam no final das contas, o professor suspirou se sentando na mesa atrás de si:
─Ele não disse mais nada?
─Não
[...]
Com a irmã mais velha apoiada em seu ombro enquanto andavam, Gwayne conseguia notar que ela estava feliz independente do que aconteceu em sua vida, seu bebê estava morto e isso havia afetado ela mas não impedia que sorri-se para todos os integrantes do círculo de Grindelwald que passavam ao lado. Ao seu lado estava a única herdeira de Gellert, Melinoe, uma jovem quieta mas inteligente e de acordo com Queenie, sua mente adorava conversar consigo mesma e era barulhenta. Ayla parou quando viu uma luva pairando sobre o ar, um leve sorriso surgiu em seus lábios sabendo exatamente a quem pertencia aqui:
─Acho que meu cunhado quer falar com você, irmão─a mulher murmurou se afastando─Irei ver se Credence precisa de algo, deve conversar com ele
─Eu já conversei
─Não, você apenas o assustou com o Juramento Inquebrável─retrucou amarrando os cabelos negros em um coque─Você não precisa contar a ele com todas as palavras que só ele pode impedir isso, demonstre a ele
─É complicado...
─Você sempre soube expressar para Albus o que você estava sentindo e ele sabia ler você─Ayla completou, segurando o rosto do irmão─A conexão que vocês tem é impressionante, vocês não precisam ser legilimentes para lerem a mente um do outros
─Tínhamos─Gwayne afirmou, se virando pra luva que agora tinha uma carta em mãos─Tudo bem Dumbledore, já estou indo
─Posso ir com você padrinho?─Melinoe perguntou, depois olhando para sua mãe em busca de afirmação
─Está muito tarde, você deveria estar dormindo!─Gwayne respondeu abraçando a afilhada
─Ela vai estar em boas mãos
Mesmo com um pressentimento ruim, Gwayne concordou e segurou a mão da mais nova logo depois agarrando a luva e sendo aparatado para algum beco com paredes de tijolos, logo dando visão ao bruxo que o esperava com um sorriso, também observando a jovem que vinha logo atrás, que reconhecia sendo a sobrinha(e afilhada) de Gwayne:
─Vai ficar aí em silêncio ou vai me contar o por quê de me trazer aqui?─Gwayne murmurou com um sorriso, se aproximando e tocando o rosto do homem
─Talvez exista algo que possa evitar o julgamento do Juramento
─Uma forma de quebrar um Juramento Inquebrável?─perguntou com um tom de sarcasmo, que sempre irritou Albus. E não seria diferente agora
─Não sua toupeira!─o bruxo colocou a mão sobre a testa em desaprovação─Dependendo do Juramento, você consegue contornar certas coisas, não morrendo por isso e conseguindo fazer outra coisas
─Fazer o outro quebrar as regras!─com um sorriso, o moreno completou. Mas havia um problema...
Gwayne sentiu seu coração bater mais rapidamente ao perceber que Melinoe não estava mais ao seu lado, havia se perdido na conversa com Albus e a garota escapou entre seus dedos. Olhou para todos os lados e não viu resquícios ou sinais que ela pudesse ter deixado para trás, uma menina de 17 anos não deveria passar por essas ruas sozinha, principalmente nesse horários, após o toque de recolher.
Dumbledore percebeu a inquietude do parceiro e tocou seu ombro, por instinto, Gwayne se afastou:
─Está tudo bem?
─Minha sobrinha, onde ela está?─murmurou desesperado, saindo andando para fora do beco que foram puxados para conversar
O bruxo não estava ligando muito para si, sabia algumas defesas non-majs e não precisaria mostrar sua magia, o silêncio era aterrorizante, apenas alguns carros da "polícia" passavam e os encaravam, porém nenhum parou para questionar, afinal de contas, eles não tinham uma estrela no braço. Parou brutalmente quando percebeu que já haviam ido longe e mesmo assim não tinha sinais da garota:
─Avise Grindelwald, imediatamente!
─E como eu faria isso?─Albus exclamou agarrando a varinha que estava em seu bolso
─A prisão Nurmengard...
Sem mais perguntas, o professor acenou com a cabeça e aparatou, agora sozinho, Gwayne começou a correr entre as ruas, olhando becos, as janelas das casas ou qualquer estrutura. Melinoe não teria ido tão longe a pé e isso o preocupava, quem a teria visto sozinha.
Parou de correr em uma rua principial, ao fundo conseguia ver um grupo de soldados nazistas parados em roda e outros carros por perto, estreitando seus olhos e forçando sua vista, havia um corpo ensanguentado jogado, eles não ousaram abaixar e ajudar, apenas davam risadas e gargalhadas. O alívio tomou conta de seu corpo quando percebeu que era um homem caído, com a bandeira de estrela azul jogava no chão, se virou para sair despercebido porém uma uma sombra surgiu mais a frente:
─Oh não...
E antes que pudesse se dar conta, Melinoe apontou a varinha e pronunciou as simples palavras Avada Kedavra apenas por curiosidade de saber como era ver alguém morrer, um dos soldados caiu morto e imediatamente os outros se viraram com as armas de fogo em mãos. Gwayne correu, mas inutilmente, os gatilhos foram apertados e um barulho estridente se espalhou pelas ruas de Viena:
─Hündin─o outro soldado murmurou, com um sorriso de canto
Gwayne encarou o corpo de Melinoe estático, os tiros haviam sido acertados em vários lugares que não a matariam, mas um deles estava em sua testa.
Criado desde de sempre por seus pais a respeitar quaisquer outros povos, bruxos e não bruxos, a família Gold era uma das poucas que ainda tinham mestiços e casamento com Trouxas, nunca houve um motivo para odiá-los como o restante do mundo os odiava ou excluía. No começo, Gwayne não sabia do que eles eram capazes em uma guerra, fora alienado durante 1914 a 1918 durante a Primeira, e mais sangrenta, Guerra Mundial, e ignorou as visões de Grindelwald mostradas em Paris.
Existem 5 estágios do luto, negação, raiva, barganha, tristeza e no final a aceitação. A morte existe para todos, não importa o quão saudável você seja, a morte sempre será o destino. Nascemos para morrer.
Mas Gwayne esqueceria todos esses estágios e pularia para o mais importante deles. Vingança:
─Cruciatus!
Gellert aparatou logo atrás do Gold, conseguiu enxergar rapidamente sua menina caída no chão ensanguentada. Não pensou em muita coisa, apenas que aquela era a maior abertura para justificar suas ações contra trouxas. Preferindo esconder a dor. Os outros Bruxos das Trevas surgiram em diferentes lugares de Viena e Berlim. Naquele dia, vidros foram explodidos e as lojas destruídas e saqueadas, era possível caminhar sobre os vidros destroçados, espaços trouxas foram ateados fogo até que não sobrasse nada além de cinzas.
Gwayne, em muito tempo da sua vida, não havia sentido tanta raiva no mundo quanto sentiu no dia 9 de novamebro de 1938. 91 trouxas, entre soldados alemães e judeus, morreram naquela noite.
Albus aparatou no exato momento em que o bruxo corvino lançaria o último crucios no soldado nazista, seus olhos se encararam naquele momento e por fim, Gwayne olhou com desgosto para o trouxa a sua frente implorando por perdão:
─Nada que o medo para fazer um covarde tremer─murmurou Gwayne apontando a varinha para o trouxa
─VOCÊ NÃO PRECISA FAZER ISSO GWAY!─Dumbledore gritou, se aproximando cada vez mais─A vingança não vai trazer ela de volta
─Quem é você para dizer algo?! Seu pai fez exatamente a mesma coisa!
─E MORREU POR ISSO!
O Pacto de Sangue se apertou no pescoço de Gwayne, eles não deveriam brigar dessa forma:
─Você é o homem mais gentil que conheci Gway, esse não é você─Albus implorou, finalmente tocando o rosto do Gold
─Por favor...
─GWAYNE!─a voz de Gellert se fez presente, o bruxo os encarava com desgosto─Precisamos ir, os aurores estão chegando!
─Você já escolheu sua família, elas estão seguras Gway...vem comigo
─Se eu for com você, serei preso como seu pai─o Gold murmurou dando passos para trás e se afastando─Eu não os matei, mas...os torturei até a insanidade...
─Amor...
─Eu sinto muito liebe, mas você não pode me proteger...
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