Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO XXXVI

Após um mês presa, Soyoung estava passando seus dias na penitenciária federal de Chicago, por suposição aos seus crimes hediondos, sua família e advogados esperam impedir que a mesma seja condenada. O uniforme laranja lhe trazia desgosto, a cada um dos seus dias que se passava, tentava não surtar com a rotina de detenta em uma prisão de segurança máxima. Fazer amizade estava fora de questão. Algumas mulheres tentaram intimidá-la, o que resultou seu primeiro mês na solitária por agressão a seis detentas e duas delas gravemente feridas. Soyoung sabia que não precisava de arma ou qualquer objeto para defender-se, após o mês se passar vagarosamente, finalmente saiu da solitária, mesmo que seja quinze dias, conforme foi a agressão, ficou o mês inteiro.

Depois de sair, sua cela fora revistada, nenhuma detenta quis compartilhar com a Park após o que aconteceu. O pedido negado causou confusão entre elas, a escuridão da noite era perceptível por uma simples janela minúscula retangular, sentada em um canto com um olhar baixo, olheiras lhe consumiam a cada noite mal dormida.

A mulher quase próxima dela não parava de encará-la, Soyoung odiava fixação, ficou de pé e aproximou o rosto em direção da loira e a segurou pelo maxilar.

— O que foi, loira? — Ela questiona, a mulher tenta revidar com um garfo afiado em direção a ela, o reflexo rápido fez a mesma esquivar-se do objeto.

— Eu vou acabar com a sua marra, novata. — A loira em um movimento rápido acaba chutando Soyoung em direção ao chão.

— Não vai mesmo. — O punho fechado foi certeiro no rosto da mulher que caiu no chão desacordada. — Qual é, loirinha… Achei que fosse melhor nisso.

Soyoung segurou o pulso da loira caída ao chão, a pequena luta rápida não fez tanto barulho, e logo ela vasculha em busca do objeto cortante e descarta pela a janela minúscula.

— Que droga. — Ao sentir a ardência, Soyoung observou seu cotovelo sangrando e um arranhão no lugar. — Minha vontade de matar cada uma me persegue, mas não posso, não mesmo. Se eu fizer essa sujeira aqui dentro estarei fodida.

O suspiro e cabelos assanhados faziam parte do que ela convivia, estar ali parecia um pesadelo, mas estava longe de qualquer ação dos Villanueva. Mas suas ações também tiveram consequências. Não poderia receber visitas, não podia dormir tranquila pelo fato de que seu pescoço valia mais que ouro dentro da penitenciária e também não tinha apoio preciso.

(...)

Gradualmente, dia e noite foram-se passando, e mesmo que não pudesse receber visitas, Soyoung recebia uma boa demanda de cartas escritas à mão. Três semanas se passaram, e finalmente o dia na qual receberia as tão valiosas cartas chegou. O grito da agente penitenciária ao chamá-la fora agudo, então ela saiu daquele pedaço de cama, as grades foram abertas vagarosamente e as algemas que desciam até seus tornozelos precisaram ser colocados. Ela suspirou, caminhou juntamente com as autoridades, ao chegar até a sala onde receberia as correspondências ficou curiosa em ver a quantidade de cartas.

— Aqui estão suas correspondências, Sophie. — Soyoung segurou em suas mãos e logo agradeceu.

Ao voltar com clareza para a cela, sentou-se no chão e percebeu que sua colega de cela não estava lá, deu de ombros e lançou o olhar em direção aos papéis meio coloridos. Um por um fora aberto, a carta de sua mãe tinha foto de todos reunidos, mesmo que seu pai não estivesse ali na foto ela sabia de cor onde ele estaria, logo depois a carta de seus irmãos contando como estava indo o processo de tirar ela da cadeia. Em seguida, viu a carta colorida cheia de desenhos e rabiscos, observou os bonequinhos de palito e riu soprado quando lembrou de seu sobrinho pequeno. E por último viu uma carta com extensas palavras e resolvera ler.

“Cara mía… — Ao iniciar, revirou os olhos, sabia muito bem de quem se tratava aquela letra e principalmente o apelido irritante. — “Escrevo em meu idioma na qual permito que leia. Estou em contato com a Cosa Nostra após saber da verdade em que meu pai nos colocou, seu irmão me contou e não consigo parar de pensar nisso, eu resolvi sair de seu país. Mas saiba que não abandonei você.” Isso é sério, Christopher?

A cada olhada vergonhosa em direção ao papel ela respirou fundo antes de dar continuidade ao que estava lendo.

— “A Cosa Nostra irá buscar a Villanueva que pertence à Itália. Meus homens irão buscar você, Soyoung. Esqueça os advogados e ao que você jurou ao governo do seu país. O seu juramento por sangue é mais válido do que palavras. Em poucos dias sua saída será decretada, ansiosamente estarei te aguardando como uma Villanueva.”

Praguejou baixinho ao ler a carta, escondeu o rosto entre os papéis e desejou que aquilo fosse algum tipo de brincadeira. Soyoung não apenas jurou a bandeira e ao país, como também fez o juramento ao seu pai, a lealdade que teria a sua família ultrapassa limites. Rasgou os papéis e jogou no vaso sanitário, não poderia ter o mínimo de resquícios seus naquele lugar, era perigoso demais, seu olhar e audição obtiveram outras perspectivas ao ver a figura loira com o rosto desfigurado e cabelos assanhados. A guarda estava lá fora enquanto a mesma arrumava os pertences.

— Solitária, loirinha? — Soyoung a provoca como instinto. E um sorriso se sobressai na expressão.

Após ouvir a provocação, os nervos da loira se afloram mas não atacam, bruscamente ela começa a pegar sua escova e outra vestimenta.

— Tenha uma longa e ótima estadia na solitária. — Ao ir na metade do corredor, Soyoung grita em direção a colega em provocação. E logo sussurra. — Tomara que você apodreça.

Ela riu, em escárnio, suas mãos deslizam pela a barra e o tédio lhe convém. Apesar de sua única companhia te querer morta, não valia a pena, então quis esperar. Talvez se algo surgisse que pudesse dar sua liberdade de forma limpa, seria de bom agrado, mesmo que tudo que fizesse fosse por um bem maior.

(...)

Parlema, Sicília.

A mesa repleta de homens ao redor em silêncio, o barulho do trago do charuto com o cheiro do conhaque se misturavam, poucos segundos depois, a figura adentra ignorando os outros enquanto mantinha seu olhar em apenas um. Tito Falconi, sua expressão séria e limpa, riu poucas vezes durante o bate-papo rápido que teve com os outros. A cadeira ao seu lado estava vazia e permitiu-se que o Villanueva sentasse ali mesmo.

— Villanueva, como está indo o processo em tirar sua pupila da cadeia? — Mais um trago foi dado após a pergunta, o homem encara ao esperar a resposta, mas antes de ser concebido pela a resposta ele impede. — Acredito que ela esteja sendo um problema para os americanos. Lidar com uma assassina incrível é um problema e tanto para eles.

— Ainda preciso que retire ela daquele inferno. — Salientou.

— Compartilho da mesma vontade, Christopher. Mas, quero que me garanta algo… se ela sair da cadeia, precisamente, ela terá que provar que é leal a Cosa Nostra.

— Garanto isso de olhos fechados, Falconi. — Ele declara.

Fica de pé e assente novamente antes de sair, seu copo preenchido pelo o conhaque foi esvaziado de uma vez. Ele tinha muito mais para tirar Soyoung daquele lugar, e se orgulhava constantemente, não podia negar. Mas precisava acreditar que sem provas, sem crime, ou seja, a liberdade iria abraçar Soyoung e não haveria escapatória. Não precisou voltar a Chicago e tentar suas inúmeras tentativas. Após os encontros com o Conselho, Christopher se viu no objetivo de voltar para casa após longa e dezesseis horas de carro, guiado por seus soldados e esperar pelo o que foi prometido. Mas a surpresa lhe aguardava dentro da própria acomodação. Sua irmã na sua espera, sentada enquanto fumava um cigarro. Em silêncio, ele a encara e percebeu que a mesma não iria dirigir uma palavra tão cedo.

— O que faz aqui? — Ditou cansado. Mesmo sabendo que sua irmã havia sumido repentinamente, não poderia achar normal sua visita. — Me responda, porra!

A voz rude fez a mesma despertar, Hannah segura o cigarro com força e desta vez abandona no cinzeiro ao lado, ela rebate com a mão e tenta se redimir.

— Por que está agindo desta forma? Estou de volta!

— Você só me aparece para trazer desgraças, Hannah. — Ele diz furioso, o homem larga o paletó e desta vez a ignora.

— Christopher! — Ela o chama em gritos totalmente irritantes, o que faz ele parar no meio do caminho. — Eu preciso te contar uma coisa.

O Villanueva vagarosamente dá meia volta e a fita, seu olhar parece que vai repreendê-la a qualquer instante, então ela fica de pé e a coragem toma o seu corpo.

— Vou casar e preciso de sua benção. — Ela admite.

Ele semicerrou os olhos, não tinha consciência do que ela diria, não sabia também se sua própria irmã estava sendo ignóbil por aqueles instantes. Acompanhou com os olhos cada possível movimentação de sua irmã, ele não tinha ideia do que ela queria, mas bênção sem conhecer o possível sujeito estava fora de cogitação. Além do mais, não podia confiar, estava sozinho.

— Não. — Sem perder o ar, apenas a negação lhe surge. — E por que veio até a mim e não a um cerimonialista?

— O quê?! — Ela esbraveja incrédula. — Isso é pedir demais?

— Hannah, o que te garante esse casamento? — Ele a questiona tentando não ficar furioso pela perturbação. — É dinheiro que você quer? Eu lhe dou! Mas não me venha com esse assunto.

— Eu não preciso, além do mais, ele é rico! Político! — Ela refuta.

— Que idiotice, sorella! Pare de viver nas mãos desses homens, Hannah! Quantas vezes eles te largaram e você simplesmente desaparecia por que o dinheiro deles acabou? Me diga! — Ele dá uma breve pausa, seu suspiro e derrota lhe consome antes de dizer suas palavras. — Aqui tem tudo o que você precisa, sou seu irmão, a única família que você tem.

— Você não precisa me dar sermões! — Ela ditou chorosa.

— E o que faz aqui? — Ele questiona. — Eu vou ser justo em minhas palavras. Não desejo que nada aconteça com você, amo você, a única família que me restou ainda é você.

Ele se aproxima da mais nova e a envolve em um abraço, sentiu ela chorar, pela primeira vez ouviu e presenciou sua irmã mais nova desabar em lágrimas. Hannah com certeza nunca foi um diamante lapidado por anos, nunca conseguiu frequentar colégios de elites e muito menos as melhores universidades, sempre ficou apegada a imagem da mãe que foi tirada dela. Por não ser uma Villanueva, tinha constantemente pensamentos sobre como subir na vida se casando ou arrumando um jeito de conseguir dinheiro, por alguns anos foi criada por sua mãe e logo após o desaparecimento da mesma nunca teve uma figura materna e feminina que dissesse ou ensinasse algumas coisas da vida. Deu a pequena ousadia de questionar sobre o paradeiro da mulher a Alejandro por anos, e o mesmo sempre omitiu a verdade, desta vez, abraçada ao irmão questionou-se sobre Soyoung.

Christopher observou a fala dela, disse a verdade e não omitiu como pessoas ao redor de Hannah sempre faziam, fato da Park estar presa não era segredo.

— Hannah, você é minha irmã, sinta-se à vontade. Eu nunca vou falhar com você, aqui você terá de tudo, poderá frequentar universidades, terá dinheiro e conforto. — Ele sorri enquanto as propostas são ditas a ela. — Poderá viver assim o resto da vida. Diga a esse cara que casamento está fora de questão e que você não quer mais nada, me ouviu?

Ela assente, mas antes de proferir qualquer palavra, Christopher a interrompe novamente.

— Não cometa erros que me decepcione e também vá decepcionar você mesma no futuro.

(...)

Com o passar dos dias, a garota passou a residir no mesmo ambiente que o irmão, o conforto que sentia era mil vezes melhor que todos os lugares que passou. Enquanto isso, um novo consigliere havia sido nomeado, e com a sua droga em mercado, tudo ocorria melhor que antes. Todavia, Soyoung ainda estava na penitenciária, seus dias deixaram de ser contados por rabiscos de parede. Pensava milhares de vezes o que Christopher iria fazer em respeito ao que disse na carta. Olhou para a pequena janela e observou que o sol estava alaranjado, o que significava que estava entardecendo, alguns minutos se passaram e o susto ao ver a figura abrir a cela repentinamente. Visto que, o guarda segurava algemas e a chamou em voz calma, ao contrário dos gritos que dava constantemente.

Ao ser algemada no tornozelo e pulso, levemente fora levada para fora daquele corredor, os xingamentos e falas arrogantes das outras presas eram proferidas. A sala para qual ela foi levada era bem arejada, o vento adentra com uma certa calmaria, ela é posta para sentar e pedem para que a mesma aguarde por alguns instantes. Em seguida, o barulho do sapato no chão é emitido, logo à sua frente o advogado da família se senta e dá um sorriso leve.

— Parabéns, Sophie. — Ele parabeniza, incerta sobre isso, ela questiona. — Não questione, apenas digo que em poucos minutos sairá daqui.

Seu coração palpita, a felicidade toma conta do seu rosto, e ela o agradeceu inúmeras vezes.

— E como isso aconteceu? — Ela questiona mais uma vez.

— Aparentemente o ministro do tribunal federal ficou sabendo do seu caso, por meio de falta de provas e violação de seus direitos fundamentais, ele emitiu um habeas corpus. — O homem relata gradualmente enquanto observava ela. — Ou seja, a sua detenção foi totalmente ilegal.

— Como isso… — Ela tenta prosseguir mas é interrompida.

— Falaremos disso assim que sairmos daqui, prometo.

Após todo o processo de liberação, o carro lá fora a sua espera, desconfiada ela adentrou. O homem atrás dela, ao entrar no veículo, entregou uma pasta a ela. Ela segura, seus dedos finos dedilham ao abrir, leu cada texto escrito. Estranhou rapidamente a assinatura do ministro do tribunal, outras assinaturas governantes também estavam ali, ela franziu o cenho e o questionou.

— Christopher, senhorita. Aparentemente ele cumpriu com que havia prometido. — Ele sorri.

— Está compactuando com isso? — Sua respiração se torna pesada ao perguntar.

— Pelo contrário, foi a pedido do seu irmão. — Enquanto o veículo percorria de volta, o homem falava. — Tudo foi feito em sigilo seguro. Mesmo que eu não ache certo envolver ele novamente, eu…

— Esse habeas corpus foi por ameaça, não foi? — Ela indaga, seu olho esquerdo treme vagarosamente, Soyoung não poderia colocar sua mão no fogo novamente por algo que não poderia ser verdade. Mas então ela percebeu o silêncio. — Eu não acredito nisso.

Ela suspirou negando, então o homem apenas ficou quieto, todavia, ele percebeu que a raiva iria consumir ela, a forma como a pasta estava sendo amassada e a tentativa de respiração calma era inegável a cena. Seus olhos percorreram as ruas ao olhar da janela do carro, a lágrima presa jogada fora, apenas com o sentimento de voltar a casa. Ela estava presa, e não de forma privativa, mas sim a um documento. Que a mesma sequer assinou, ela lembra, a presença dela no Vaticano com a Cosa Nostra já indicava algo. Mas como ela poderia suspeitar?

Ao voltar para casa, seu irmão e irmã lhe esperavam ao lado de sua mãe. Os abraços apertados e o sentimento de receber lhe acolhia. Sarang, sua gata, miava constantemente em busca de colo, mesmo após o recebimento e as conversas e a saudade encerram-se. O primeiro caminho para a casa foi o escritório de seu pai, ainda estava do mesmo jeito, porém, limpo. Sentou-se junto com a gata, observou as fotos do escritório, aspirou o ar que reconhecia de longe o perfume que seu falecido pai usava.

— Sentiu minha falta, Sarang? — Ela questiona a fofura ao seu lado. — Ai, Sarang, se soubesse o quão complicado é a cadeia, não iria infringir a lei. Se bem que vocês gatos não precisam de lei.

Ela sorriu e encarou mais uma chuva de miados.

— Mas ao menos estou em casa. — Ela virou o rosto de lado e girou a cadeira. 

Soyoung fitou a foto do pai, enorme e clássica foto militar, o homem tinha um pouco de sorriso. Os dias foram se passando, Charlie Morelli havia tentado inúmeras vezes contactar Soyoung, mas a mesma não queria mais tocar no assunto. Mesmo que o pedido de recrutamento da agência lhe perseguisse, outras palavras em forma de carta também estavam atrás dela. Mas as palavras de Charlie por recados sempre tinham pontos na quais Soyoung era boa até demais, como por exemplo; sua experiência como atiradora de elite, especialista em balística e seus poucos anos em direito criminalista. Passou seus primeiros dias indo treinar no stand de tiro.

No quinto dia, chegou ao local, fez seus alongamentos e preparou seus equipamentos. Colocou os protetores auriculares e em seguida o óculos de proteção, a sua bancada continha três pistolas, e duas carabinas, a sua favorita estava ali, uma M4. Para seu treinamento de curta distância usou as pistolas, sua forma ágil de colocar os carregadores na empunhadura se tornou uma mania. Mas quando resolveu usar a carabina, ambos seus olhos mantiveram-se abertos, ao tocar na maior, pode ouvir seu pai sussurrar.

“Mantenha os dois olhos abertos.”

“Use o olho dominante, se você minha filha usar o errado, irá errar a mira. Os dois olhos abertos!”

O desfoque de sua audição focava na voz do falecido, assim que ela regulou o pente na empunhadura, puxou a alavanca e destravou. A chuva de balas caindo e indo em direção ao alvo.

╭━━━━━━━━━━━∙⋆⋅⋆∙━━━━━━━━━━━╮

1999
Oregon State

Nove anos. O passeio mais ansioso e cobiçado por uma garota de nove anos. Ao longe, sua mãe e irmãos sentados na escada do quintal da cabana, e seu pai a observava a cinco passos, não disse uma palavra quando a filha pegou a espingarda. Montou um alvo com garrafas e latas, ainda não orientou a filha, mas tinha noção do que ela iria fazer.

— Se entrar em uma enrascada, você precisa se defender, Soyoung. — Ele orienta em afirmação. — Mantenha os dois olhos abertos.

Soyoung fica ereta, aponta em direção ao alvo, foca em segundos. Então ouvira a voz do pai ecoar ao ar livre.

— Use o olho dominante, se você minha filha usar o errado, irá errar a mira. Os dois olhos abertos! — Agitação percorreu por ela, tentou baixar a espingarda, mas ao ver a aproximação de seu pai, repentinamente atirou nos objetos.

Nunca viu a agilidade em repor o carregamento das balas como a filha fazia. Mas assustou-se quando ela virou o alvo em outro lugar. O barulho do tiroteio fazia certos animais se assustarem e fugir, mas animais como os cervos, facilmente vão em direção errada. Quando encarou o animal, mirou vagarosamente, seu pai alertou que a mesma não atirasse, a voz de sua mãe e seus passos em direção a ela eram ouvidos. Mas ela não escutou.

Por ser uma criança, talvez a percepção do mundo não tenha chegado à sua mente, agiu como uma criança maldosa. Atirou sem dó em um único tiro fazendo o bicho cair morto. A certeza de seus atos nunca fez sentir medo, ou até mesmo preocupação, largou a espingarda na mesa e sentou-se na escada. O rosto dos seus pais incrédulos dando inúmeros telefonemas em busca de um psicólogo. Amélia tinha medo de que sua filha herdasse a psicopatia na qual sua avó e avô possuíam, mas ao voltarem a cidade de Illinois, seu contato com um psicólogo e psiquiatra foi diferente, ambos negaram traços e até mesmo comportamentos que a psicopatia poderia no fim “oferecer”.

╰━━━━━━━━━━━∙⋆⋅⋆∙━━━━━━━━━━━╯

O barulho insuportável de sua arma indicava que não havia munições no carregador. Ao se desvencilhar dos devaneios,  largou a arma, encarou alguns projéteis usados no chão e o cheiro de pólvora em suas mãos. Mas ao seu lado restou a espingarda, checou se havia colocado projéteis e percebeu que estava vazia, não queria usá-la. Lembrar do que aconteceu não lhe deixa esquecer. Após retirar seu equipamento, optou pela limpeza dos objetos e armas antes da devolução, ao seu redor estava sozinha. Estranhou. Seus ouvidos não captam sequer passos, estava silêncio até demais.

Prosseguiu o que desejava fazer, antes de sair, assinou a devolução. A porta de vidro é aberta, entre observar o cruzamento da rua, e o outro lado do estacionamento percebeu o afoitamento de algumas  pessoas em querer atravessar a rua tão movimentada. O que poderia acontecer? Na verdade, tudo, não é?

Seus passos se movimentaram rápidos ao perceber o semáforo verde, confiar no trânsito de Illinois não era fácil, principalmente por ser tão movimentada e perigosa por conta de acidentes. O pátio tinha outros seis carros, mesmo escolhendo uma vaga que tinha certeza que ninguém iria estacionar ao redor, estava completamente enganada. Dois carros ao seu lado, suspirou ao ver, checou se os veículos não estavam encurralados. Mas ao abrir a porta do carro foi surpreendida ao ser arrastada para o canto.

Grunhiu ao sentir seu braço arranhado pelo asfalto, encarou a silhueta mal vista e ofegou, o olhar fugaz queria olhar ao redor em busca de saída.

Allievo Villanueva! — O urro italiano sai de sua boca ao arrastar Soyoung.

— Me solte! — O grito abafado correu por sua garganta, a sua visão observou a mão estranha ir em direção a sua boca, a pressão que sentia em ter seu corpo preso foi agoniante.

A tentativa de morder alcançou com vontade, deixando o rasgo e o rastro de sangue desconhecido em sua boca, mesmo o homem machucado, não vacilou pela segunda vez. Com um inglês totalmente arranhado e péssimo, ele proferiu rosnado.

— Falconi deseja vê-la!

O desconhecido a largou em um empurrão. Soyoung segurou as lágrimas enquanto estava caída no solo, abraçou a si mesma com a cabeça deitada no chão, sentindo a sujeira rodar seu corpo. O gosto amargo do ferro em sua boca, o líquido descendo aos poucos e manchando o chão e a blusa, era uma cena deplorável. Quando ficou de pé, encostou-se no carro e vagarosamente arrumou os fios de cabelo para trás, tentou sair na tranquilidade. O incômodo atingiu suas veias, fechou os olhos e respirou profundamente, no entanto a risada cruelmente amarga soou no veículo. Entregando-se a raiva.

Bateu no volante várias vezes, encarou a face no retrovisor e pôde enxergar o que havia acontecido.

— Falconi quer ver você, Sophie. — Ditou a si mesma. — Você.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro