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CAPÍTULO VI

Quando menos se esperava, aquelas palavras foram um soco no estômago para Soyoung, que nunca havia escutado tais palavras. E ao ouvir aquilo ela deteve a marcha do carro e o encarou incrédula, Soyoung virou-se em direção à Bang Chan e suspirou mantendo a raiva.

— Caso você queira chegar vivo até a sua humilde residência, fique quieto e não envolva os meus assuntos pessoais com o que está acontecendo! — Sua empatia a Christopher estava descendo para o ralo, e logo ao voltar a dirigir, ouviu uma risada fraca e sôfrega.

— Sinto que essa ajuda vai me martirizar a vida toda...

— Se pensa que estou te ajudando é melhor rezar para algum deus que você segue — Suas palavras soaram em um riso, a própria não possuía religião, pelo fato dos pais deixaram-na fazer essa escolha.

Era nítido a análise que Soyoung fazia a cada minuto durante o trajeto até a mansão dos Villanueva, seu carro manchado de sangue a fez repensar no que faria depois disso. Após a chegada, ela desceu rapidamente e chamou atenção dos seguranças da casa, que permitiram a entrada do veículo para dentro.

— Senhorita Park? — Um deles chamou sua atenção e ela apontou em direção ao seu carro.

Leve-o imediatamente para dentro de casa até o quarto, assegura que ninguém entre na casa! — Ela entrou em disparate falando em italiano. — MAGNELLA! MAGNELLA.

— Sì signora? — A mulher apareceu entre a sala preocupada por conta dos berros da Park.

— Chame o doutor Bacco Perrone, diga que a situação é com urgência — Seu tom de voz fora baixando conforme se aproximava lentamente de Magnella.

A mulher então correu em direção ao telefone localizado entre os enormes corredores da casa. Soyoung então subiu as escadas e foi de encontro até o quarto de Bang Chan, assim que abriu a porta, o encontrou mais pálido que giz. Ela se aproximou e encarou ele deitado com a mão pressionada contra o abdômen, sentou-se vagarosamente e buscou uma das tesouras entre as gavetas ao lado da cama; rasgou em apenas um corte.

— Vai com calma, é Versace. Apenas uma camisa dessa é o seu salário.

— Se quiser continuar vivo, senhor Versace, é melhor calar a boca. Muita gente morre por dar opiniões erradas, sabia? — Soyoung apontou a tesoura dourada em direção ao queixo de Bang Chan e soou ameaçadora.

Após dizer isso, a porta fôra aberta com uma certa indelicadeza, Magnella entrou com o cenho franzido e o rosto apavorado.

— Senhorita Park, o doutor Bacco Perrone quer uma confirmação.

A morena então levantou-se em direção ao telefone e dirigiu a chamada. Seu suspiro então parecia alguém cansado da mesma rotina.

Bacco Perrone, que tipo de confirmação quer? — Ela indagou.

— Oh, achei que nunca ouviria a sua voz novamente, não preciso de confirmação. Apenas supus que não fosse você.

— Preciso que venha de imediato até a mansão Villanueva, bala alojada no abdômen, sangramento contínuo. — Soyoung detalhou enquanto encarava Bang Chan pelo reflexo do jarro.

— Tudo bem, mantenha-o acordado até eu chegar.

A ligação encerrou e a Park encarou a empregada que mantinha uma expressão assustada.

— Magnella, prepare água morna e gaze, traga-me a garrafa de tequila também — A garota ordenou e esperou a moça assentir.

— Com a cascavel? — Ela questionou, então em gesto com a cabeça Soyoung assentiu.

Soyoung então caminhou vagarosamente até a porta e fechou, seu olhar fora de encontro com aquele sangue no chão, era pouco. Sua serenidade assustava às vezes. Entretanto, começou a perceber que tudo desandou. Primeiro que ela não permitiu casamento, impedia a criação do CH³; fôra expulsa do departamento pelo próprio pai por conta de uma comissária envolvida com muita merda, e para ela tudo havia calma e serenidade.

— Você está calma demais com o que está acontecendo.

— Me poupe Christopher, se não fosse por mim, você estava fodido — Soyoung deu sua palavra e logo a empregada apareceu com o que a Park havia pedido.

— Para quê a tequila? — Perguntou ele assustado.

Soyoung não respondeu, mantendo-se calada, porém Bang Chan falava demais. Até então ela limpava a região onde a bala estava, com tanto falatório de Bang Chan sozinho, ela acaba por enfiar o dedo dentro do ferimento com força.

— Fica quieto! — Ela disse entredentes.

— P-porra! I-isso dói Soyoung, onde está a empatia?

— Se continuar desse jeito, eu enfiarei outro dedo, e mais outro, e outro, até você perceber que deveria ter ficado quieto. — A garota soava ameaçadora, mas aquilo era uma tática para estancar o sangue. Então logo após isso, ela jogou um pouco de tequila por cima do ferimento, fazendo o rapaz gritar de dor.

— Sophie Park! — A voz adentrou o cômodo em completo desespero.

— Bacco Perrone... que bom ver você, agora é por sua conta.

Ela retirou o dedo e puxou o projétil de bala e jogou em sua direção. Ela saiu de dentro do quarto limpando sua mão com um pano, o sangue cada vez ficava seco, ela se acostumou com aquilo e aguardou no corredor até Bacco Perrone terminar o seu trabalho. Longos minutos se passavam, ela cansou de esperar, e adentrou o quarto novamente. Ela não estava preocupada com Christopher, mas sim preocupada com algo; caso o filho mais velho de Alejandro Villanueva morresse, a herança passaria a ser de Soyoung e de Hyunjin.

Não que aquilo fosse bom, mas se tratava de dinheiro sujo, algo que ela não desejava para si mesma.

— Sophie, o que aconteceu? — Perrone a questionou seriamente. — Isso não foi obra sua, certo?

— Claro que não! Ele chegou na minha residência desse jeito, e falou algo sobre a comissária Harris.

— Soube que ela anda com envolvimento com a pesada fora do FBI — Ele proferiu enquanto terminava seu trabalho — Mas para alguém querer atirar no Christopher, algo ele fez.

Ambos encararam Bang Chan com uma certa desconfiança, o rapaz dormia por conta da anestesia, mas havia dúvidas do que realmente aconteceu.

— Suponho que foi a família da garota com a qual ele havia noivado e eu causei o terror nela — Soyoung confessou, seu cenho franzido e pensamentos tinham incertezas — Mas acho também que poderia ter sido alguém que tivesse alguma rixa.

— Sophie... garota você sempre foi explosiva, por que causou terror na garota?

— Bacco, eu prometi a Alejandro que os filhos dele encontrariam alguém de verdade! Não garotas mimadas que ligam apenas para o dinheiro e o próprio nariz. — Soyoung explicou incrédula pela pergunta de Bacco e continuou — Eu sou explosiva apenas com esse idiota, o irmão dele é o que precisa de cuidados, de mim aliás.

— Acredito haver algo a mais nisso — Bacco tinha certeza que havia algo por isso que colocava tanta lenha na fogueira.

— Se estiver falando sobre eu sentir algo por eles, a resposta é não. A única pessoa que eu amava foi tirada de mim, então não há espaços para isso! — A garota fechou os olhos ao relembrar e suspirou frustrada.

— Sei disso, Sophie. Desculpa-me por envolver isso. Mas saiba que um dia terá que se desprender do passado.

— Obrigada Bacco pelas palavras, mas sinto que isso não é para ser agora. — Ela respondeu com um sorriso fraco.

— Talvez quem saiba, por que não tenta sair com outras pessoas? Conheço alguém... — O homem sorriu e levantou-se.

— A sua sobrinha, certo? Se não me engano, ela se chama Violet Parrone, a garota ruiva que trabalha numa biblioteca.

— Uau! Como sabe que ela trabalha numa biblioteca, Sophie Park? — Bacco arqueou a sobrancelha desconfiado e indagou surpreso.

— É melhor você ir ao invés de fazer perguntas Bacco! — Soyoung desviou-se do assunto e o retirou do quarto — Aliás, que tipo de medicamento você prescreveu para aquele brutamonte?

— Deixei na escrivaninha ao lado, caso tenha dúvidas é só me ligar, só mais uma coisa antes de ir — Perrone parou a sua caminhada e encarou Soyoung — A bala não foi muito profunda, então é uma cicatrização rápida, mas não deixe ele se esforçar muito.

— Bacco eu não ficarei de babá desse homem não! Contratarei uma enfermeira de meio período para cuidar dele, e investigarei o que realmente aconteceu.

— Você é igualzinha ao seu pai, a empatia de vocês dois somem no ar! — Ele começou a negar veementemente e viu a revirada de olhos da garota. — Aliás, enviarei o seu contato para a minha sobrinha para marcarem um encontro.

Bacco saiu da mansão deixando Soyoung com a maior cara de tacho depois daquelas palavras, ela suspirou e após isso riu sem graça, sua atenção voltou quando Magnella veio ao seu encontro.

— Senhorita Park, o que devo fazer para o almoço? Desde que saiu da mansão Villanueva, não veio para atualizar o cardápio. — A moça explicou, não encarava Soyoung nos olhos, pois temia que ela fosse pior que os patrões.

— Magnella, eu, na verdade, não faço a mínima ideia, então opte por algo simples, mas ao mesmo tempo que haja fartura, entende?

— Sim, senhorita — A empregada virou as costas e caminhou devagar e Soyoung lhe chamou atenção.

— Magnella, venha aqui — A Park chamou-a calmamente — Não precisa preparar nada, não há muitas pessoas na casa então, prepare apenas para vocês.

— E o senhor Villanueva?

— Eu mesma faço, não se preocupe. Após suas refeições serão liberadas hoje. — Soyoung respondeu.

Ela se sentia tão libertina na casa que não se importava de fazer agrados. Era o que ela gostava até então.

(...)

O dia anoiteceu, Hyunjin estava sentado fora da casa de Soyoung, aguardando ela. Estava aflito desde manhã ao ver o carro de seu irmão ensanguentado e a ausência da garota. Seu suspiro trouxe uma pequena frustração, sua mente estava confusa, queria notícias de Soyoung. Então levantou-se e correu até o celular que havia deixado no estofado.

— Não adianta ligar para a Soyoung, nosso irmão deve estar largando os pedaços do corpo dela por aí, talvez tenha mandado para os familiares dela como aviso. — Hannah disse calmamente, seu tom de voz às vezes assustavam quando ela falava assim. Hyunjin a encarou com nojo até então.

— Ugh... Hannah, eu estou ligando para casa, algo aconteceu. Soyoung nunca ficou fora de casa por tanto tempo.

— Como sabe disso? — Ela arqueou a sobrancelha e perguntou. Então o garoto estalou a língua e revirou os olhos. — Estava observando ela?

— Pare de falar... Ah, Oi! — O garoto deu um riso soprado ao atender o telefone.

— Mansão dos Villanueva, com quem deseja falar?

— Soyoung! Que bom ouvir a sua voz... O que está fazendo nesse lugar? — Ele questionou nervoso.

Hyunjin, vou lhe pedir que saia imediatamente da casa e traga Hannah até aqui. Quero pedir-te também algo, isso é altamente valioso, dentro do meu closet existe uma maleta de couro marrom, traga ela e abandone a casa.

Eu não entendi... — Hyunjin franziu o cenho e encarou Hannah, que logo possuía um olhar curioso também.

— Isso foi uma ordem, Hyunjin. Saiam dessa casa agora! — Soyoung acabou berrando pelo telefone, assustando em seguida o garoto — Por favor, estejam seguros e vivos, é o que peço...

(...)

Do outro lado, Soyoung havia encerrado a ligação, seguindo em direção ao quarto de Christopher para checá-lo. O quarto estava pouco iluminado, apenas com a iluminação da lua, quando resolveu aproximar-se para checar se havia febre, sentiu seu pulso ser agarrado. A Park não esperava e deu um pequeno sobressalto por conta do susto que havia tomado.

— Mas o quê?

— Como eu estou? — Ele indagou, sua voz fraca e rouca causou um certo incômodo para si.

— Horrível e acabado — Ela zombou e acendeu o abajur.

— Que tipos... aí, de elogios são esses? — O rapaz questionou observando a zombeteira da Park. — É, estou acabado.

— Sorte sua que era apenas um projétil de bala, mandei investigar quem foi o autor do disparo, e assim você poderá retrucar.

— Por que está me ajudando? — Com um pouco de esforço, ele sentou-se, encarando os olhos castanhos da garota.

— Eu não estou ajudando você, não se esqueça, você e seu irmão só estão vivos porque fiz uma promessa. — Soyoung alertou firmemente — Sabe quanto custa vocês dois? Bilhões! Eu poderia ficar bilionária e viver minha vida feliz apenas vendendo vocês dois. Mas estou aqui.

— Sua conta jorra sangue, Viúva.

— PARE JÁ. — Soyoung gritou e quase ousou em aproximar-se para matar Bang Chan, mas recuou — Eu não sou feliz com esse título, me dói muito o que aconteceu, mas se pensa que vou me rebaixar ao seu nível, está muito enganado.

Desculpa... eu não queria dizer isso, acho que é minha própria influência. — Christopher acabou se lamentando, o que fora surpresa para Soyoung.

— Sua influência?! Desde quando a psicopatia precisa ser influenciada? — Soyoung jogou rudemente aquelas palavras para Christopher que por seus machucados não podia retrucar de sua forma — Isso é ótimo, não é? Ser acusado de algo que não tem, meu pai fez o mesmo, bem-vindo ao circo.

2014

No inverno de 2014, a família Belova havia se mudado para Chicago no mesmo bairro que a família Park, entretanto eles estavam sendo investigados. Soyoung na época era uma detetive, estava sofrendo pressões psicológicas e perdia o controle de suas ações. Pobre garota, havia perdido recentemente o amor da sua vida, e constantemente se culpava.

Queria incriminar alguém suspeito, neles a família Belova, então a mesma dirigiu até a casa durante a madrugada. Dentro do veículo havia galões de gasolina, ela não conseguia dormir tranquila, até pôr o fim naquela família mafiosa. Seus pais estavam no caso e até lá não poderiam fazer a apreensão. Mas ela invadiu a casa, retirando primeiro um bebê de cerca de três anos. Seu olhar havia se perdido.

Estava cega pela vingança, e faria de tudo.

Ela derramou o líquido por toda casa silenciosamente, e por fim acendeu o fósforo jogando ao chão. Saindo cautelosamente vendo as chamas aumentarem, e até ouvirem os gritos.

Mas depois das suas ações, Soyoung não conseguia controlar sua respiração, a ansiedade atacava de forma rápida. Olhando para os lados, tudo parecia fazer barulho em seus ouvidos, ela abaixou e abraçou fortemente o pequeno garotinho. Quando a primeira palavra que ouviu fez ela estremecer:

— Mãos para o alto imediatamente! — O policial ordenou rapidamente.

Uma casa em chamas. Uma criança órfã, e uma assassina fora presa.

(...)

Delegacia, 25° distrito de Illinois.

— Com licença, onde posso encontrar Sophie Park?

— Neste momento ela está com o Agente Henderson. — A secretaria brevemente avisou.

A mulher desesperada adentrou aquela delegacia indo atrás de sua filha, entre os corredores havia tantas salas, apenas uma lhe interessava. Ao chegar à frente da sala de investigação, bateu na porta rapidamente e fora recebida pelo homem.

Maxon, a minha filha... o que aconteceu? — Sua voz trêmula, Amy sussurrou.

— Hey, calma... a situação é difícil nesse momento. A Soyoung não quer colaborar, ela diz que não se lembra de absolutamente nada — Maxon explicou desacreditado. — Ela está com o psiquiatra neste momento, e o Jimin?

— Eu não sei! Por que um psiquiatra, Maxon? — Ela indagou em desespero.

— A sua filha carbonizou metade de uma família de mafiosos deixando apenas uma criança de três anos escapar! Ela começou a rir em meio às lágrimas quando foi pega em flagrante, e por fim desmaiou.

A mulher suspirou e veementemente ela negou e sentou-se nas cadeiras. Negava constantemente o que havia acontecido. Quando logo ouvira passos se aproximarem ao corredor, ali estava seu marido apressadamente indo em sua direção.

— Onde estava? — Amy o questionou ainda chorosa. — Nossa filha foi presa injus...

— Não ouse falar essa palavra! — Ele a respondeu interrompendo-a em seguida — Injustamente você quis dizer? Não mesmo. Quando alguém mata a sangue-frio uma família inteira e está sendo sentenciado, isso não é injustiça.

— UMA FAMÍLIA DE CRIMINOSOS AINDA PIOR — Amy levantou-se rapidamente e apontou o dedo em seu rosto, sua feição de raiva começava a deixá-la sensível e explosiva — Era isso que deveríamos ter feito quando eles vieram até Illinois.

— Amy, não fale isso dentro de uma delegacia, fará com que você seja suspeita também — Maxon a alertou.

— Foda-se! E quer saber? Nossa filha está sendo interrogada por um psiquiatra, é daqui para o inferno! — A discussão continuava, ambos não estavam com cabeça para colaborar naquilo, a raiva os consumia.

— Você aponta isso como se a culpa fosse minha, e seja melhor assim, por mim ela continuaria em uma clínica psiquiatra.

A conversa logo fora interrompida quando o médico psiquiatra abriu a porta e os chamou atenção.

— Quem são os pais de Sophie Park?

— Eu! — Logo os três responderam de forma rápida.

— Maxon você não é pai da minha filha — Jimin o afastou e voltou a sua atenção até o médico.

— Dando continuidade, vejo que sua filha tem um pequeno histórico em clínicas psiquiátricas, e volto afirmar que está na hora dela voltar por tempo indeterminado.

— O quê? Não mesmo! — Amy acabou se renegando e aproximou-se em direção ao médico que logo recuou — O que tenho que fazer para ela não ir presa ou ir para aquele inferno?

— Os dados precisam ser apagados — Maxon sugeriu. — Precisam apagar o histórico da Soyoung do governo, e colocar algo para que ela não seja incriminada.

— Isso é ainda pior! — Jimin exclamou e virou-se em direção de Amy e começando a falar em coreano — Soyoung continuará na clínica psiquiátrica até eu decidir, ela vai ficar lá e você Amy, não irá visitá-la, pois sei que tentará burlar o sistema. Ou melhor, durante quatro anos ela ficará em outro estado sem localização.

— Não pode fazer isso... Ji, é a nossa filha, nossa pequena. Por que faz isso?

— Aquela garota matou pessoas por conta da loucura dela, e sim eu posso. Você burlar os limites para que ela não receba uma punição é algo que eu não posso aturar — O Park deu sua palavra à esposa e suspirou fundo antes de continuar. — Eu sinto muito, meu bem. Mas se a justiça não funciona com Soyoung, ela receberá a sentença dela por mim.

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