CAPÍTULO IV
†
O ponto de vista entre cada um se tornou um desfecho totalmente diferente para ela, os 3Racha já poderiam desconfiar dela, e Christopher poderia odiá-la mais ainda. Então ela caminhou até a porta amadeirada do escritório e saiu como se nada tivesse acontecido.
Entretanto, ela poderia ouvir os berros e gritarias de Chris, xingando ela constantemente.
Assim que ela saiu da casa, Félix que aguardava no carro, suspirou aliviado ao vê-la. O rapaz sempre apoiou nas decisões malucas que a filha do chefe tinha, e era por isso que ambos se encrencam quando pode.
- Juro que desejei assistir à confusão de camarote - Disse Félix assim que ela adentrou o carro. - O que disse a ele? Ele parece ter ficado atordoado com você lá.
- Como é?
Assim então ele apontou discretamente para a mansão, então ela redirecionou o olhar até a janela principal da casa, e lá estava Christopher encarando-a com os braços cruzados. E por um instante ela ficou demais, e inusitada ação, ela mostrou o dedo do meio para o rapaz na janela.
Então ela arriscaria algo, após ter pegado o endereço que o pai havia enviado sobre o cartel, era a sua única oportunidade de investigar e provar que ela sim, era competente. Entretanto, Félix apoiou a amiga na decisão, Soyoung dirigiu até a praiana localizada o cartel. Uma embarcação atracada e movimentada, várias SUV's estacionado, nas entradas e arredores homens de ternos preparados para uma situação.
Porém ao se aproximarem, ouviram gritos agudos de dentro da embarcação, um breve arrepio percorreu em seu corpo. Queria tanto entender o por que tanto Christopher fazia isso. Seria vingança contra o pai? Ou querer seu próprio patriarcado.
(...)
Christopher Bang
- Por que deixou ela fazer isso? Qual é, Bang. Está escondendo algo que sei - Jisung questionou interrogativo.
Eu não queria responder àquilo, talvez porque eu não tinha respostas para ele, e também porque eu não entendi o motivo de deixá-la fazer isso. Deixar ela simplesmente adentrar o escritório, machucar a garota usando aliança idiota, e jogar a peça fora. Talvez o pesadelo tenha me afetado.
Fiquei calado por segundos até Changbin resolver bater contra a mesa.
- Ficou calado porque está escondendo algo! - Ele proferiu instantemente irritado.
- Tenho coisas mais importantes do que me preocupar com a loucura daquela mulher - Respondi ainda sim, ficando irritado.
Entretanto, ambos ficaram sem acreditar em mim, talvez estejam certos ou não, porém não seria eles decidirem isso. Decido por si, ir ao cartel sozinho, concretizava uma semana que eu não colocava meus pés lá, isso vai me matar lentamente.
Porém, algo me impede, meu celular começa a tocar inúmeras vezes, recusei na primeira, mas a ligação desligava e novamente retornava.
- Ei, temos problemas no cartel - Quando Changbin se aproximou dizendo isso, comecei a cogitar que talvez a ligação seja por isso.
(...)
Minutos após chegarmos no cartel, havia bagunça, as cobaias haviam sumido e seis dos meus capangas estavam no chão. Dois mortos. Porém, quando Jisung correu em minha direção dizendo que o CH₃ havia sido roubado quatro frascos, meu limite de paciência se foi.
- Como isso aconteceu?! - Gritei furioso - Existem mais de vinte homens como vocês e simplesmente os MEUS, cobaias somem e a porra da minha droga! Quem entrou aqui estava bem equipado para isso acontecer?
- Não mesmo - Jisung proferiu me entregou um bilhete levemente amassado.
" Mesmo que me odeie, provarei para você, nunca brinque comigo Christopher. Fim de jogo, aceite que perdeu, ou suas ações poderá haver consequências..."
- H & VN.
Bang estava perplexo, mas sem esboçar reação diante aos aliados e meio caos, porém já imaginava quem estava por trás disso, e riu sarcástico, entretanto preocupado.
- Foi a Hannah - Chris sibilou calmamente mantendo a respiração, então veio a seguinte pergunta em sua mente, por que Hannah se interessaria pelo CH₃?
- A Hannah não assumiu isso sozinha, aparentemente, ela estava acompanhada de duas pessoas. - Ao falar, Jisung encarou Changbin e gesticulou para que o mesmo se direcionasse ao canto.
- O que foi?
- No bilhete tem uma sigla, "VN", é conhecida como a "Viúva Negra" - Jisung proferiu baixo, então ele olhou de relance para Christopher que bufava irritantemente, e logo prosseguiu - A única pessoa que viu pessoalmente a própria Viúva agindo sozinha fora o Alejandro Villanueva, quando o leilão de Veneza estava prestes a terminar, ela assassinou homens de influência perigosa.
- Nunca mais soubemos dela depois disso. Mas, porque a Hannah? - Changbin intrigou-se - E para quê ela quer o CH₃, isso seria brincar com a própria vida. Acredita que ela é a Viúva?
- Não. Se realmente fosse a Hannah, o Alejandro teria mandado caçar ela, a propósito, Hannah possui atualmente vinte um anos. - Jisung sibilou pensativo - Atualmente, a Viúva tem entre vinte cinco a vinte e seis anos por aí.
- MALDITA HANNAH!
(...)
- Então você é a Viúva Negra! Foi você que matou os homens em Veneza. Soso, não imagina a euforia que estou sentindo agora - A garota sorria constantemente enquanto ambos, Soyoung e Félix, analisavam a droga.
- Porém, não conte a ninguém, Hannah! Caso contrário corto a sua língua - Disse Soyoung em tom de ameaça. E a garota arregalou os olhos.
- Ela não fará isso - Félix a confortou e se aproximou - Mas não conte a ninguém Hannah, o trabalho da Soyoung é arriscado demais para outro tipo alerta.
- Sei disso, além disso, eu sei o que aconteceu com o caso 173. Parece até fanfic a história dos seus pais, Soso. - A mais nova encarou a Park de maneira curiosa.
Soyoung então a encarou de volta, com o cenho franzido, ela não imaginava que pessoas ainda se lembrassem. Não é um caso qualquer recente, e sim um dos maiores, envolvendo intrigas, robôs ilegais, perigos por trás de perigos. E tudo isso, fôra resolvido pelo trio, que na época eram apenas dois detetives e uma sargento.
Soyoung se orgulhava dos pais e do seu "tio", porém, seu pai era protetor demais. E sua mãe, na verdade, Soyoung era uma versão dela. E o "tio" em que é um grande amigo dos Park, ela aprendeu diversos conselhos, algumas advertências e veio de diversão.
- Em pensar que Jack morreu sendo a vítima nas mãos do seu avô. - Hannah sem querer acabou falando aquilo, Soyoung odiava ficar naquele assunto da família desconcertada. - Mas penso que Jack teve culpa um pouquinho...
- Chega! Ele não teve culpa das ambições do meu avô! Hannah, o que Jack realizou protegeu a minha mãe do Garcia, ele forjou a morte de minha irmã, causou o acidente durante a primeira gravidez da minha mãe, e por pouco, eu e meu irmão quase morremos quando estávamos sendo gerados.
- Sinto muito, Soyoung. Não tinha ideia que isso havia acontecido - O olhar baixo de Hannah veio após o pedido de desculpas.
- Soyoung, respire um pouco lá fora, eu cuido disso por enquanto. - Félix cuidadosamente retirou as luvas das mãos da Park, enquanto ela apressadamente pegou o celular e saiu da casa.
Ela caminhou até a varanda e acomodou-se no balanço. A sua vida parecia um livro que muitos gostavam de ler diariamente sem enjoar. Porém, a mesma odiava. Talvez odiasse o que o destino havia colocado em sua vida, esse trabalho, decepções, perdas e talvez um pouco de loucura.
Soyoung passou quatro anos estudando psicologia, e logo trancou o curso para poder ser o que ela é agora, e durante esse tempo estudando a família Villanueva, sua percepção em diagnosticar Hyunjin com bipolaridade aumentou 70% em afirmações.
Seu telefone vibrou, e uma mensagem sem identificação a deixou confusa.
Unknown:
Me encontre na catedral Saint Odell daqui há uma hora, venha sozinha.
Ela respirou pesadamente, levantou-se do balanço, e seguiu para dentro da casa pegando as chaves do carro. Deixando Félix e Hannah confusos. Félix nem ousou em chamá-la, pois, no fundo, sabia o que a amiga iria fazer. Os pensamentos de Soyoung só pensava em quem mandaria uma mensagem tão repentina, imaginava que seria um possível encontro entre os seus pais ou uma armadilha.
Após chegar até a catedral, ela estacionou o carro e seguiu em direção adentro, o lugar estava abandonado, porém, as vidraças coloridas estavam intactas. Soyoung caminhou até o altar e fez o sinal da cruz, em seguida sentou-se entre os bancos, fazia tanto tempo que não entrava em uma igreja que sentia uma estranheza.
Ao seu lado percebeu uma flor murcha, ela pegou delicadamente para não se desmanchar e encarou, e suspirou deixando sem querer a flor cair.
- É estranho ter me mandado eu vir até aqui, não acha? - Ela indagou achando estar sozinha.
- Me perdoe então - Seus batimentos logo aceleraram ao ouvir aquela voz.
- Jeongin...
Tudo pareceu girar, sua visão fôra ficando turva por segundos, suas pernas tremiam. Soyoung não podia imaginar o que estava vendo e acontecendo. Ela se desequilibrou por um momento ao ficar de pé e engoliu seco.
- Não acredito nisso - Ela correu em direção a pessoa e abraçou fortemente, mas algo estava errado. - Você não está morto?
Quando aquelas mãos que seguravam sua cintura a afastou, a visão que a garota havia visto desapareceu, seu rosto molhado com suas lágrimas a fizeram cair. E de joelhos ela havia ficado.
- Soyoung! - Ele a segurou rapidamente, mantendo um abraço, não entendendo a situação. Porém, ela o empurrou.
- Me perdoe, Christopher. Isso não acontecerá novamente - Ela respirou rapidamente e limpou as lágrimas. - O que quer comigo?
- Quem é esse Jeongin? - Ele questionou, então a mesma não respondeu.
- Por favor pare, não me questione mais, eu não quero. - Naquele momento Chris havia sido pego de surpresa com a fragilidade de Soyoung.
- Ei, ficará tudo bem...
†Flashback†
- Ei, ficará tudo bem... se sairá bem no teste! Ou não me chamarei Jeongin! - O rapaz a incentivou e sorriu.
- Não tenho certeza, talvez eu esteja um pouco ansiosa, mas você não tem trabalho hoje?
- Oh sim! Ficarei de tocaia no Leslie, talvez eu efetue uma apreensão hoje. - O loiro buscou a mochila próxima da cadeira, e selou os lábios da garota antes de ir pela última vez. - Eu te amo Sophie, não se esqueça que sairá bem nesse teste e finalmente será comissária no departamento.
- Me promete que não irá se envolver em enrascadas? Fico preocupada quando você cobre turnos dos seus amigos.
- Prometo que voltarei e ainda irei te trazer uma surpresa...
(...)
O silêncio nunca foi tão perturbador naquela catedral, Chris olhava de uma certa distância Soyoung, não entendeu o acontecimento que havia acabado de acontecer. Ele então respeitou o tempo dela, coisa que nunca havia acontecido em sua vida.
- Você ainda não me disse o que quer. - Ela iniciou a conversa como se o que havia acontecido nunca tivesse acontecido em nenhum momento.
- Eu queria entender o que aconteceu aqui, Sophie. - Ela então o encarou de relance, e franziu o cenho e lembrou-se.
"Eu te amo, Sophie"
- Pode parar aí, começando agora me chamando desse jeito - Ela balançou a cabeça negando veementemente. - Isso é um assunto meu Bang Chan.
- Fiquei preocupado com você, tá!? Quando cheguei e falei com você, sua expressão mudou, seus olhos brilharam... coisa que desde que eu te vi pela primeira vez nunca aconteceu. E agora esse brilho sumiu. - Aquele não parecia o mesmo Christopher Bang que Soyoung havia tido atritos, ela sabia e ele tinha dúvidas.
- Quando quiser falar sobre o que deseja, que tenhamos a conversa, não esse papo furado.
- Olha, sei que nos odiamos pra caralho, mas, quero que forme uma aliança comigo - Ele sugeriu colocando a mão no queixo e esfregando levemente.
- Que categoria de aliança? - Ela o questionou e prosseguiu - Eu não vou me envolver na sua bandidagem. Esqueça qualquer acordo.
- Soyoung, eu ainda não acabei contigo por que prezo por algo valioso, sei que foi você que invadiu o meu cartel. A sigla VN, vem de Viúva Negra, mas a única viúva que atuou foi durante a guerra fria, - Bang Chan deu uma breve pausa e suspirou antes de continuar -... e eu sei que você tem a fama de ser viúva, muitos dos seus relacionamentos foram puxados para a morte.
A Park engoliu seco ao ouvir as palavras totalmente brutas de Bang Chan, ele voltou ao normal, pensou ela.
- Tenho coisas importantes, e não ouse me ameaçar, já sabe que sou capaz.
- Então estou lidando com a lendária Viúva Negra? - Soyoung virou de costas caminhando quando ouviu Christopher falar.
- Talvez, eu sei de tudo, e o que você acabou de presenciar, esqueça. Caso contrário, tutto mi apparterrà.
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